Cartinha de Amor escrita por AiUzumaki


Capítulo 4
Condições


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo. :)



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A confissão fez que estudante, piscasse os olhos castanhos segurando as lágrimas que teimavam em querer escapar, mas deu um sorriso triste para Bakugou.

— Obrigada, espero de todo coração que você seja feliz com essa pessoa Bakugou-san.

Bakugou pensou tristemente, que não tinha tanta certeza sobre isso ser possível algum dia.

 

Capítulo IV

 

Condições

 

Uraraka não conseguia prestar atenção na explicação do professor Present Mic, as linhas do caderno se encontravam vazias, não tinha escrito nada da aula, diferente dos outros dias, no qual se esforçava para não perder qualquer informação importante dos professores. Ela fechou o caderno, dando um leve suspiro, faltava poucos minutos para acabar a aula, depois poderia emprestar a matéria de Deku ou Iida. Queria ter coragem, muita mesma para olha-lo, pensou triste batendo de leve o lápis na superfície da carteira, nome que não saia de sua cabeça, quase uma semana Bakugou Katsuki tinha se declarado para ela, o Big Three junto com Todoroki e Deku, um dos alunos mais inteligentes e fortes de toda U.A, o loiro mais explosivo que tinha conhecido em toda sua vida.

Se fechasse os olhos se lembraria com detalhes a declaração de Bakugou.

 

Estou fodidamente apaixonado por você Uraraka, você me conquistou de um jeito que não pude resistir, minhas barreiras foram quebradas de um jeito que jamais imaginei, porra o que você fez para eu me senti assim?

 

Tudo isso por causa de uma carta sem assinatura, se Haruka tivesse assinado, não estaria naquela situação e não saberia da paixão do loiro por isso. Imaginou um futuro de Bakugou com Haruka, dois namorariam durante anos e por fim se casariam em uma bela cerimônia, os dois teriam filhos que seriam crianças poderosas combinados o quirk de explosão do loiro com quirk de teletransporte da morena. Um casal perfeito aos olhos de qualquer um.

 

Você a única capaz de fazer esse maldito coração, bater tão acelerado.

 

Abriu os olhos castanhos, se lembrando das batidas do coração descompassado do loiro, aparecia tão acelerado, toque de Bakugou tinha sido tão terno e gentil consigo, naquele momento sentiu todos seus sentidos se desordenarem, sua mente não conseguia processar direito suas reações, então veio o golpe final, o beijo,   toque em seus lábios, algo mais profundo e avassalador. E havia gostando tanto do sabor do loiro, ele era quente e intenso, aparecia ser capaz de incendiá-la com suas palavras e seus toques.

Mas bem no beijo se lembrou de Haruka, a garota que devia estar sendo correspondida, não ela. Por tudo que era mais sagrado Ochako não acreditou quando confirmou que a morena não tinha assinado a carta de amor, e por cima o loiro explosivo achou que as duas eram namoradas, não conseguiu reagir aquela pergunta.

— Ochako. – Uma voz preocupada fez voltar a dura realidade, seu melhor amigo observava com atenção.

— Tudo bem, que já terminou a aula a poucos minutos, você nem guardou o seu material.

Piscou algumas vezes, e pegou com rapidez seu caderno, seu estojo e lápis de cima da carteira, sobre um olhar analítico de Midoriya.

— Só estou pensando em uma coisa. – disse, tentando fazer que ele menos preocupado.

— Isso envolve o Kacchan?

A acastanhada abriu a boca em completo choque, como Midoriya sabia da história da carta? Bakugou teria contado? Ou Haruka? Várias questões surgiam como um turbilhão em sua mente.

— Como você sabe?

— Eu não sei de nada. – Confessou vendo-a se levantar da cadeira. – Apenas era uma hipótese Ochako.

Os dois são melhores amigos desde o Primeiro Ano, a acastanhada tinha pensando durante algum tempo que existia algo a mais em sua amizade e admiração por Deku, porém a determinação do esverdeado em se tornar o herói numero 1, fez que notasse que talvez não fosse paixão o que sentia afinal de contas. Sua ligação profunda eram uma espécie de irmandade, não escondendo segredos um do outro. Também por este motivo, sentia temerosa de tentar um relacionamento com Bakugou, ela sabia do passado de ambos. Dos anos de bullying e agressões contra seu melhor amigo, como poderia ficar com uma pessoa assim? mesmo que ele tivesse melhorado, seria uma traição com Deku.

— Ele fez algo com você naquela noite de sexta-feira? – o tom sério e frio era perceptível em sua voz, Deku aceitaria qualquer xingamento vindo de Bakugou para si, mas com Uraraka a história era completamente diferente.

— Bakugou. – disse olhando o chão da sala. – Se declarou para mim.

O esverdeado precisou de alguns segundos para processar a informação. Seu antigo amigo de infância apaixonado pela sua melhor amiga? Não que fosse uma surpresa alguém se apaixonar por Uraraka, ela era uma pessoa incrível em todos os sentidos, mas a última pessoa que imaginaria se declarando para a acastanhada era o loiro explosivo.

— Que aconteceu depois disso?

Perguntou, quando caminhavam pelos extensos e intermináveis corredores da U.A.

— Foi tudo por causa de uma carta de amor.

Ochako contou desde o início, do pedido de Haruka para entregar uma simples carta, até o desfecho da história, aonde recebeu uma declaração inesperada. Midoriya olhava para o chão do corredor cinzento, seus olhos sempre animados, apareciam perdidos.

— Ochako. – a chamou novamente, quando os dois entravam no refeitório da U.A. – Você vai fingir que nunca aconteceu essa declaração?

Na enorme fila do refeitório, ela ficou refletindo sobre resposta da simples pergunta do melhor amigo. Ela ainda podia sentir o toque quente de Bakugou em seus lábios, e seu coração batendo de maneira acelerada, mas poderia dá uma chance ao loiro explosivo?

— Você e o Bakugou. – Tentou formular algo coerente.

— Ochako. – a interrompeu. – Eu te contei o que aconteceu comigo e o Kacchan, porém você não pode querer controlar os seus sentimentos, por minha causa. – Continuou. – Sou seu amigo, não seu dono, é problemas de nos dois, não seu.

— Deku. – sussurrou.

— Por você, posso aguardar o Kacchan. Mas não prometo que não vou dá uma surra nele, se for muito provocado.

 

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 A história tinha começado com uma carta e deveria terminar com uma, pensou quando escrevia.

 

Bakugou,

Me encontre hoje, fora do dormitório. Em baixo do pé de cerejeira, as 19:00 da noite.

Uraraka Ochako.

 

Tinha pedido para Kirishima para entregar a cartinha, o ruivo fitou-a desconfiada, ele já sabia sobre a declaração de Bakugou, viu em seu olhar. Então passado dois dias da conversa com Deku, estava exatamente de baixo do pé de cerejeira florido da conversa perturbadora com loiro, as pétalas rosadas caiam da árvore mostrando sua beleza e cheiro inebriante, algo que não havia acontecido naquela fatídica noite de primavera. Anoiteceu a pouco tempo, a única luz que iluminava o local era dos postes. Não conseguiu ignorar o medo que Bakugou não aparecesse, ele não era obrigar estar ali, depois de tudo.

Virou para esquerda, seu coração imediatamente bateu acelerado, a figura masculina surgiu, seus passos eram devagar, como se quisesse ao máximo evitar o encontro, os cabelos levemente molhados, os olhos carmim olhando o chão, o loiro vestia uma camiseta preta, com uma calça da mesma cor e um tênis azul. Parou poucos metros de si, levantou a cabeça a olhando com intensidade, isso lhe causou borboletas no estômago, então pode reparar melhor no rosto masculino, complementado e sério.

— Ochako, o que você quer? – o loiro foi direto.

— Pensei muito no que aconteceu.

Esperou a reação do loiro, mas nada veio, além do silêncio.

— Nunca imaginei isso vindo de você Bakugou. – sentiu mais confiante. – Se alguém me contasse que é apaixonado por mim, jamais acreditaria.

— Eu acho que já deixou bem claro seus sentimentos. – falou com uma pontada de amargura, Katsuki achou melhor voltar ao dormitório, quando fez menção sair de perto de Uraraka , foi segurado pelas mãos pequenas, mas firmes da acastanhada.

— Eu ainda não terminei. – disse decidida. – Eu decidir dá uma chance para você. – Bakugou ficou mudo, as escutar as palavras da acastanhada.

— Uma chance? – repetiu descrente.

— Sim, apenas uma chance. -  Soltou seu braço, tinha um sorriso divertido nos lábios. – Porém tenho algumas condições.

Ainda sem acreditar no que estava acontecendo, ele concordou com um leve aceno de cabeça, será que aquilo era um sonho? Ou uma brincadeira do Pikachu, da Fita Crepe e do Cabelo de Merda? Não sorriso de Uraraka era real, caloroso e gentil, suas mãos faziam ter pequenos arrepios percorrendo seu corpo.

— Primeira condição, eu quero sair com você antes de qualquer coisa. Entendido. – Colocou as mãos na cintura.

— Segunda condição, contatos físicos apenas se eu quiser. Ok. – Se lembrando do súbito e arrebatador beijo.

— Terceira condição, quero que você interaja como ser humano decente com meus amigos, especialmente o Deku. – Frisou bem a última palavra. – Também converse com ele, e peça desculpas por o que aconteceu no passado.

 Ela sabe, foi a única coisa que passou a mente do loiro.

— Durante nossos encontros vou acrescentar mais condições. – Finalizou a explicação.

— Eu aceito as condições.

Se aproximou de Uraraka, pegou seu rosto com delicadeza, por causa da diferença de altura, teve que abaixar cabeça, ficando a centímetro de seus lábios. A acastanhada levantou seu rosto, dando um sorriso travesso pela atitude do loiro.

— Posso beija você agora?

— Bem se eu quiser contato físico entre nós dois, é claro. – respondeu.

Ela cortou a distância, começando um beijo suave. Mas foi aprofundado de maneira lenta, sentiu sua boca se invadida pela língua exigente do loiro, soltou um pequeno gemido. Será que seu talvez futuro namorado, tinha já beijado muitas garotas, ou, será que Uraraka era primeira a descobrir as habilidades do loiro na arte do beijo? Pensou, quando terminou o beijo, a acastanhada ofegava levemente, seu rosto estava vermelho e seus lábios inchados.     

Os dois finalmente puderam notaram que não estavam sozinhos, seus colegas de turma estavam a alguns metros, e tinham expressões em choque e completamente mudos.

— Não acredito, bro. Você desencalhou finalmente. – foi Kirishimira, primeira pessoa que saiu do choque coletivo.

— Nosso menino cresceu tanto. – Kaminari colocou seu braço na frente do rosto, fingindo choro.

— Como possível, uma gostosa igual a Uraraka dá bola para um idiota igual o Bakugou. – Mineta levou uma bofetada da língua de Tsuyu no rosto, sendo ignorado pelo resto da turma.

Bakugou e Uraraka se soltaram vermelhos com a atenção recebida, um com raiva e outra com vergonha.

— Bakugou-sama, espero que suas intenções com Ochako sejam as mais sinceras possíveis. – disse Iida, chegando perto dos dois.

— Ora seu. – Sua voz morreu ao notar o olhar estreito da acastanhada em sua direção.

—  Kacchan, cuide bem dela. – foi a única dita por Midoriya, observando com atenção os dois.

— Deku precisamos conversar um dia.

 

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Os encontros aconteceram durante semanas, depois meses. Até chegar um ponto, onde Bakugou e Uraraka não sabiam mais definir qual era o relacionamento dos dois. Sendo a pessoa mais sensata da relação, a acastanhada teve uma longa conversa com loiro explosivo, na qual decidiriam evoluir para sua relação para um namoro.

Uraraka apresentou Midoriya a Haruka, que ficou completamente encantado e fascinado pelo seu quirk de teletransporte, causando surpresa na morena do 2˚ Ano. Os dois passaram a conversar muito por mensagens e também pessoalmente, algo nasceu ali.

Depois de cinco anos de namoro, Bakugou decidiu pedi-la em casamento, sendo o herói n˚20 e Uraraka a heroína n˚32, dois tinham maturidade e estabilidade econômica para esse grande passo. Agora com seus 29 anos, uma casa enorme com um belo jardim e com primeiro filho encaminhado, loiro e acastanhada apareciam completos.

— Vamos logo Ochako. – gritou para a grávida de poucos meses, que vestia um vestido floral e sapatilhas brancas no pé.

— Calma Kacchan. – disse chegando perto do marido, depositando um selinho nos lábios do marido.

— Você pegou essa maldita mania do Deku. – Constatou irritado, ao se lembrar do herói n˚ 1.

Gargalhada gostosa de Ochako, fez que sua irritação sumisse.

— Não quero perder nada, da festa de noivado do Deku e da Haruka. – Pegando mãos do marido, quando saíram da casa, a acastanhada não conseguiu evitar o sorriso.

— Por que você está sorrindo? – perguntou o loiro, puxando as bochechas da esposa, que bufou fingindo-se de braba.

— Que tudo começou com uma cartinha de amor. – respondeu sorrindo, lembrando-se do passado.


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