Audeline escrita por Jardim Selvagem


Capítulo 14
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Música: Catapult - Arctic Monkeys



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James se encontrava num estado turvo de semiconsciência. Ele flutuava em meio à escuridão, o corpo imóvel, quente e úmido com a poça do próprio sangue. O cômodo girava ao seu redor. Nada parecia real. Ele sentia como se fosse apagar de novo a qualquer instante. Não muito longe dele, dois borrões — um vermelho e outro negro — comunicavam-se em murmúrios.

— Está morto?

— Não, acho que não…

— Então me chamou até aqui por quê? Não vou me alimentar dos seus restos, já disse.

O borrão vermelho ia de um lado para o outro.

— Não sei o que fazer com ele.

— Oras, é só fazer o que sempre fez. Finalize a refeição e se livre do corpo.

— Você está desconsiderando um fato…

— O quê?

— Sabe quem está ali?

Uma pausa.

— Você fez uma bela de uma sujeira… Só consigo ver sangue.

— Aquele ali é James Witherdale.

— James Witherdale?

— A matéria, Laurent, a matéria. Lembra?

— Ah, sim, a que o acusava de bater em mulheres?

— Isso mesmo. A questão é: tenho dúvidas.

Outra pausa.

— Ah, não, não me diga que está considerando…

— Pense como ele poderia se tornar útil para nós, Laurent. Canalizar toda a sua energia e transformá-la em…

Os dois pararam de falar e se aproximaram dele. James, apesar de grogue com a perda de sangue, reconheceu as feições de Victoria, com seus dentes grandes e vermelhos. O homem ao lado dela era um desconhecido.

— Olha só quem acordou.

James sentiu algo cortando a pele de seu pulso. Ele gemeu de dor.

— Ainda está fresco…

— Por Deus, tenha modos, Victoria.

James já adentrava a inconsciência quando ouviu um último pedaço da conversa entre os dois:

— Mas não por muito tempo. Se quiser realmente fazer isso, terá de ser agora.

— Merda.

Victoria forçou a boca de James a se abrir e enfiou o pulso em sua língua, forçando um líquido com gosto de ferrugem garganta abaixo. James quis vomitar, mas ela tapou sua boca.

Um segundo depois e James queria morrer.

Cada centímetro de seu corpo parecia estar em chamas. A ardência e dor eram tão grandes que passaram por sua cabeça pensamentos estapafúrdios. Ela ateou fogo no meu corpo. Ela despejou ácido na minha garganta. Ela perfurou meu estômago.

Ela me mandou para o inferno.

James fechou os olhos e voltou à inconsciência.

Leah encontrou Bree num canto estrategicamente próximo da saída, agarrando a bolsa no colo com força desnecessária, os olhos assustados varrendo o espaço de um lado para o outro.

— Bree! — Leah aproximou-se, apoiando as costas na parede de concreto.

— Eles estão aqui.

Leah não precisou de mais palavras para entender instantaneamente o que ela queria dizer.

— Eles estão aqui, um dos bartenders confirmou para mim. Ela é alta e ruiva, ele tem o cabelo bem escuro e está todo de preto, gola rolê e tudo. — Bree parou, olhando para Leah pela primeira vez naquela noite. — Cadê a Rosalie? Ela não veio com você?

— Ela tinha ido ao banheiro… Será que devíamos…

Leah nem terminou a frase; Rosalie surgiu das sombras, o rosto todo vermelho e suado, os fios loiros desarrumados, como se alguém tivesse enfiado as mãos em seus cabelos, puxando as mechas com ardor.

— Eu não acredito que você estava se agarrando com um cara enquanto eu procurava a…

— Tá maluca, Leah? Eu estava tentando arrancar informações do Emmett e…

— Espere aí, ele estava aqui também? De novo?

— Isso já está ficando suspeito… — Bree comentou.

— Emmett não tem nada a ver com isso, ele… Quer dizer, ele tem e não tem, ele…

— Você vai explicar isso com todos os detalhes quando estivermos em casa. Mas agora temos que sair daqui. — Leah começou a puxar as duas em direção à porta de saída.

— Mas e… e Victoria e Laurent? Não podemos simplesmente sair assim quando os dois estão tão perto! Não podemos perder essa chance! — Bree disse, a voz trêmula, mas decidida.

— Bree, não podemos fazer nada. Não por enquanto.

— Como assim "não por enquanto"? E o acônito? — Bree virou-se para Rosalie. — Você sempre carrega um pouco na mochila, não carrega?

Leah e Rosalie se entreolharam. Era difícil tentar perdoar Rosalie quando a culpa por elas perderem o último frasco com o veneno pronto era exclusivamente dela. Leah estava cansada das irresponsabilidades de Rosalie, de como ela só percebia a gravidade da situação quando as coisas já estavam avançadas e complicadas demais.

O impulso de Leah era discutir mais uma vez com Rose, mas não poderia, não com Bree ali, ouvindo tudo. Ainda não era hora de envolvê-la nesses problemas. O próprio fato de ela ter vindo sozinha para um ninho de vampiros só mostrava o quão estúpidos e inconsequentes seus ímpetos de coragem podiam ser. Bree não estava pronta para ter mais responsabilidades sobre seu colo. Não ainda. Leah inspirou fundo e soltou o ar aos poucos. Às vezes era cansativo ser a mais experiente e mais velha do grupo. Às vezes ela desejava poder ser insensata como Bree e irresponsável como Rosalie. Mas aquele era um direito negado às caçadoras mais antigas. Um direito que ela não teve, não tinha e sabia que nunca poderia ter.

Rosalie encarou Leah de volta por mais um instante antes de se voltar para Bree e responder em voz monótona:

— Não podemos fazer nada.

— Precisamos ir, meninas. Estou falando sério.

Bree abaixou a cabeça, os dedos puxando o zíper de sua bolsa pesada e vasculhando alguma coisa nos fundos.

— E o que podemos fazer com isso?

Ela mostrou às duas o que segurava. Em suas mãos delicadas, havia um pequeno objeto preto retangular. Leah olhou para Bree e abriu um raro sorriso.

— Muita coisa.

As três permaneciam encolhidas nos fundos do posto de gasolina, olhos grudados na porta de saída da casa noturna. O bartender tinha razão; seria mesmo muito fácil encontrar Victoria e, por consequência, Laurent. "Ela é a única ruiva por aqui," ele comentara, e agora Bree percebia que ele dissera a verdade. Da boate, saíam aos montes vampiros de cabelos castanhos e pele curiosamente bronzeada, a maioria carregando humanos desacordados, que de longe pareciam apenas bêbados apoiando-se nos ombros dos amigos. Nada suspeito ou anormal. No máximo, o que poderia chamar a atenção era sua beleza, todos andando elegantes e rindo como anjos que desceram do céu diretamente para Forks, mas Bree não se deixava levar por aquela aparência angelical. Ela tinha lido nos livros. Ela tinha ouvido os comentários de Leah e Rosalie. Todos aqueles atributos eram apenas um chamariz para seduzir suas presas, como aquelas belas e coloridas plantas carnívoras que atraem os insetos para depois prendê-los e sugá-los aos poucos, um lento e cruel processo de absorção. Belos, sim, muito belos. Mas mortíferos.

Demorou mais um pouco, e Rosalie já batia os pés, sempre impaciente. Leah também perdia as esperanças, mas quando estava prestes a abrir a boca para sugerir que elas voltassem para casa, os dois surgiram. Victoria Sutherland e Laurent Da Revin. Medo e nojo acoplaram-se entre suas vértebras quando Bree viu as roupas manchadas de sangue. Victoria tinha mesmo um longo cabelo ruivo, cachos reluzindo ao sol, e o jeito sinuoso e elegante como ela desfilava em seus saltos pretos de quinze centímetros lembrava Bree de um gato. O batom vermelho dela estava borrado, espalhando-se nos cantos da boca, chegando quase à ponta do nariz — um toque de selvageria que descaracterizava o ar controlado que ela aparentava. Ao seu lado, caminhando com longos e suaves passos, estava um homem longilíneo todo de preto. Os dois conversavam entre si, e enquanto Victoria exibia um sorriso felino, Laurent tinha o rosto compenetrado, duro, como se centenas de preocupações lotassem sua cabeça.

Elas se afundaram mais atrás dos carros quando eles chegaram no posto. Victoria tirou da bolsa as chaves e abriu a porta de uma Blazer verde brilhante, a frente toda polida contrastando com as rodas sujas do que parecia ser lama seca. Mais um detalhe fora do lugar, Bree pensou. Laurent foi para um Honda Civic preto, da cor exata de sua pele e de suas roupas.

As três entreolharam-se. Pensavam a mesma coisa. Em qual carro?

Os olhos de Bree voltaram a acompanhar os dois. Bom, se tivesse que apostar em alguém, ela apostaria em Victoria sem pestanejar, embora não conseguisse explicar exatamente o porquê. Algo em Victoria não parecia… certo. Confiável. Quer dizer, não que Bree achasse que algum vampiro pudesse ser minimamente confiável, mas ela sentia algo de estranho em relação a Victoria.

Leah apertou o rastreador nas mãos. Ela mexeu os lábios para as duas, mas de sua boca não saiu som algum. As palavras formaram-se mudas: "Blazer". Rosalie e Bree assentiram. Leah então grudou o corpo no chão, arrastando-se um pouco de cada vez entre a fileira de carros. Bree afundou as unhas na calça jeans. Rosalie tinha se oferecido para realizar a tarefa, mas Leah insistira que se alguém devia fazer aquilo, esse alguém era ela.

O motor dos carros começava a trabalhar, e agora Bree só enxergava a sola suja dos tênis de Leah debaixo dos carros. Por favor, que ela consiga, por favor, por favor…

Victoria abaixou o vidro para conversar com Laurent. Mais uma vez, Bree não conseguiu ouvir nem uma palavra do que eles diziam. Leah sumiu entre os carros.

O motor rugia novamente, mais alto desta vez, e o vidro da janela de Victoria levantou-se de novo. Ela virou o belo rosto para a frente, pronta para partir. Laurent também.

Quando eles estavam prestes a arrancar o carro, no entanto, o barulho do motor parou de súbito.

As entranhas de Bree gelaram. Rosalie olhou para ela. "Fodeu tudo," ela sussurrou.

A porta da Blazer se abriu. Victoria deslizou para fora com graciosidade. Os saltos andavam um passo de cada vez. Ela começou a rodear o carro.

Rosalie xingava baixo, as mãos agarrando a barra da blusa de Bree. De repente, as duas conseguiram ver a sombra dos tênis de Leah voltando em direção a elas.

Victoria fez uma volta completa na Blazer. Bree engoliu em seco. Se ela visse embaixo do carro, Leah estaria em apuros.

Como se Victoria captasse a sugestão no ar, começou a se abaixar quando…

O baque da porta do Honda Civic desconcentrou-a.

— O que você está fazendo? — Laurent perguntou, parando ao lado dela com os braços finos cruzados. — Está ficando tarde, vamos logo.

Victoria olhou ao redor. Depois balançou a cabeça, como se quisesse expulsar a desconfiança de seu cérebro.

— Não é nada.

Os dois então voltaram para seus respectivos carros, o motor rugindo uma última vez, e eles finalmente saíram do posto de gasolina, desaparecendo no fim da rua.

Bree apertou os olhos.

Embaixo de um dos carros, agora com o rosto virado para elas, estava Leah, as mãos suadas e sujas apoiadas no chão.

As mãos suadas, sujas e …

Vazias.

Angela apertava tanto aqueles ingressos que agora eles estavam completamente amassados. Apesar do desespero bruto que perambulava nas esquinas escuras de seu cérebro, ela tentava manter-se otimista. Proibida de tocar no assunto James-Abusador-de-Mulheres-Witherdale, enfiou na cabeça que só havia uma saída: voltar a atenção para Edward Cullen e o término súbito com Tanya Denali. Tudo daria certo se conseguisse os motivos antes de qualquer um, repetia a si mesma. Vou salvar meu emprego.

Não perdeu suas chances — ainda, a vozinha dentro de sua mente teimava em acrescentar. Afinal, Angela começou com o pé direito. Graças aos seus contatos da área jornalística, conseguiu dois tickets para um show exclusivo para a imprensa da banda de Cullen, a Maze. Ela pretendia entrar em contato com o agente e propor uma entrevista sobre o último álbum da banda. Supostamente.

É claro que, com dois ingressos para uma bela vista no camarote, Angela só pensava em uma pessoa com quem gostaria de ir.

A mesma pessoa que neste exato momento levantava a cabeça do travesseiro para dizer:

— Não.

— Vai ser divertido, Bella!

Bella olhou a amiga com expressão cansada antes de se deitar novamente no sofá.

— Dispenso esse tipo de… diversão.

— Mas…

Bella escondeu-se debaixo das cobertas. O sofá era tão minúsculo que os pés continuavam descobertos, balançando para fora. Angela não desistiria tão fácil. Podia não fazer a menor ideia do que acontecera com sua melhor amiga para deixá-la naquele estado, mas sabia que permanecer trancada em casa não era um bom plano de recuperação.

— Sabe quanto um ingresso desses está custando? O show da Maze está esgotado, isso aqui é a melhor coisa que alguém poderia querer fazer numa sexta à noite! Levanta!

— Não mesmo — a voz de Bella saiu abafada.

— Vai ser assim, então?

Um par de olhos castanhos emergiu das cobertas.

— Assim como?

Angela cruzou os braços.

— Bom, se você se recusa a sair daí… Serei obrigada a tomar medidas drásticas…

— O que você vai f…

Antes que Bella pudesse emitir algum protesto, Angela começou a fazer cócegas nos seus pés. As duas acabaram rindo.

— Falando sério agora, se não fizer isso por você, então faça por mim. Dependo desse show para encontrar o agente deles e pedir uma entrevista com o cantor da banda. Ou então serei demi…

— Isso já é chantagem emocional.

— É a verdade, quer você queira acreditar ou não. — Angela deu de ombros.

Bella bufou antes de se levantar, jogando as cobertas de volta na cama.

— Vou me arrepender disso, tenho certeza.

Angela e Bella tiveram sorte em chegar mais cedo. Quando o táxi as deixou em frente ao portão de entrada principal da Jouer Arena, Bella percebeu o quanto exatamente a Maze era famosa no seu nicho. Não eram nem oito horas da noite, mas já havia uma fila interminável de fãs em busca de pelo menos um vislumbre dos membros da banda. Bella nunca tinha ouvido uma música da Maze e também não se dera ao trabalho de conhecer ao menos uma antes do show. Aquilo tudo seria uma grande perda de tempo. Só estava ali por causa de Angela.

Elas mostraram o passe da imprensa no hall de entrada, e o funcionário responsável por alocar os jornalistas e fotógrafos orientou-as até a área do camarote.

No local já havia alguns pequenos grupos de pessoas, que pelo falatório pareciam ansiosas com o show. Num dos cantos, Bella avistou uma farta mesa de buffet, e no lado oposto, um pequeno bar oferecendo diferentes tipos de coquetéis. Pela primeira vez em semanas, sentiu o corpo relaxar. Estava segura ali. Talvez a ideia de Angela de arrastá-la até o show não fosse tão ruim, no final das contas.

Angela mostrou os assentos reservados para as duas. Eles proporcionavam uma visão central para o palco e os telões nas extremidades da arena. Sua melhor amiga começou a tagarelar sobre tudo que sabia sobre a banda, e Bella não precisou de muito para perceber seu nervosismo com a entrevista que faria com o tal Edward Cullen após o show.

Mas seu cérebro logo se desligou da conversa e de tudo o mais que ocorria no mundo externo. Bella queria aproveitar o raro momento de paz em que poderia ser ela mesma, agir normalmente e não como uma fugitiva, papel que andara desempenhando nas semanas anteriores. Afastou a imagem de James da cabeça e se esforçou para esvaziar a mente e prestar atenção à única coisa que importava naquele momento — o show da banda Maze.

A área do camarote se enchia pouco a pouco, até todos se encontrarem em seus devidos lugares. Bella olhou para o relógio. Faltavam seis minutos e trinta e três segundos para o início do show. Angela calou-se; seus olhos fixos no palco. Bella aconchegou-se na cadeira, afundando o corpo no encosto macio.

Luzes vermelhas piscaram sobre o palco durante exatos quinze segundos, Bella contou. Finalmente, emergiram da escuridão quatro homens altos e esguios, oferecendo pequenos vislumbres de seus rostos conforme eles se moviam para chegar até os instrumentos. Todos vestiam ternos bem cortados — uma escolha que ela achou inusitada e adorável ao mesmo tempo; como se fosse uma preocupação extra em se apresentarem em suas melhores formas possíveis.

O cantor passou a alça da guitarra por sobre o ombro, os dedos pálidos fechando-se no cabo do microfone. Por baixo do terno azul escuro, ele vestia uma camisa branca com os três primeiros botões abertos, possibilitando uma amostra de pele. Bella forçou-se a tirar os olhos de lá. Ela conhecia aquele truque, porque fazia a mesmíssima coisa: deixar apenas um pedaço de pele visível o suficiente para o restante ser preenchido pela imaginação. E estava funcionando, admitiu a contragosto.

Eles cumprimentaram a plateia com um aceno rápido antes de começarem a apresentação. A primeira música revestia-se de contrastes: o som pesado da bateria e da guitarra acompanhava uma letra sedutora e metafórica, ronronada na voz suave e veludosa de Edward Cullen.

Bella teve a impressão súbita de que ele olhava diretamente para ela, embora pensar aquilo fosse absurdo. Ele tinha os olhos cobertos pelos fios de cabelo, e ela estava a centenas de metros de distância dele. Edward poderia estar encarando qualquer um, ou mesmo ninguém em particular. Ele nem deve saber que eu existo.

Ela se forçou a desviar os olhos de seu rosto para se atentar ao que ele fazia. No solo de guitarra, observou seus dedos longos subindo e descendo com habilidade no braço do instrumento. Os quadris movimentavam-se junto com a guitarra num ritmo lânguido, e Bella se pegou imaginando coisas que não devia.

O jeito como ele passava a mão pelos cabelos para afastar os fios cor de bronze do rosto bonito. Como fechava os olhos doces quando se concentrava em cantar a letra. O jeito como seus lábios finos se moviam suavemente ao microfone.

A imaginação dela era irrefreável agora.

Bella fitou-o e imaginou seus dedos passeando por aquele cabelo glorioso. Seus lábios tocando os dele. Seu corpo queimando contra o dele. Adormecendo e acordando na cama de Edward Cullen.

E, no fim…

Bella imaginou-se esvaziando sua conta bancária.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler! Comentários são sempre bem-vindos!



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