Still Into You - Pausada (voltamos ainda em 2021) escrita por LadyVênus


Capítulo 3
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Notas iniciais do capítulo

Olá, olá, está conseguindo entender a fic? Se não conseguiu, comenta sua dúvida eu eu te dou dicas do que está acontecendo. Mas se não quiser, saiba que a fic está quase completa, então não demoro muito em postar os capítulos posteriores.



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Abro os olhos de repente. O relógio ao meu lado mostra que são seis e meia da tarde e isso era demais para mim. Mas passar a madrugada dirigindo me deixou exausto e eu precisava descansar. Mesmo cochilando desde as duas, eu ainda estava muito cansado. Já tinha chegado aqui, onde tudo começou. Era o fim de mais uma temporada de acampamento e só parei aqui pois na entrada ficava a casa dos funcionários da vigilância e eu precisava chegar em Forks ainda hoje.

As dezenove já estou pronto e renovado. Daqui para o acampamento tem um quilômetro de distância e para Forks, do outro lado, eram pelo menos dez. Abasteci quando entrei em Port Angeles e agora precisava estar mais perto dela. Da menina, agora mulher, que não saiu da minha cabeça por quase seis anos. Apesar de querer iniciar a minha busca ainda nessa noite, o cansaço e a dor no pescoço tornavam a minha postura e aparência detestáveis.

Parei na frente da casa dos meus pais. Eles se mudaram para Forks depois que aceitei o trabalho em Seattle. Minha irmã, Alice, de doze anos, vivia muito isolada e os colegas na antiga escola não entendiam que só por ela ser ligada no duzentos e vinte, não era tão diferente dos outros. Então eles recomeçaram na cidade mais chuvosa do Estado. O que era útil pra mim. Queria estar perto de Bella e ficar longe dos meus pais seria triste, mas meu futuro é com ela. Eu espero que ainda seja.

Por incrível que pareça, ter a chave de tudo me fazia um precavido. Sempre tinha cópias. Então entrei na casa dos meus pais, não tinha ninguém por lá a quase uma semana. Eles estão visitando os Withlock no Texas e Alice, segundo meu pai, não fez objeções sobre o lugar. Ele tinha certeza que era por Rosalie, a amiga dela, mas eu sabia que era por um rapaz de quinze anos que morava por lá. Resolvo tomar um banho, dormir, pois amanhã teria que seguir para o lugar onde sabia que encontraria ela. Encontro a foto que eu nós temos cada um sua cópia. Ela e eu estávamos nos encarando antes e ela viu que Leah, uma amiga dela no acampamento estava tirando fotos nossas. Ela tinha estado adorável e conseguimos as cópias depois. Pelo menos eu tenho uma, não sei se Bella pediu a dela. Não posso não sorrir da lembrança daquele dia. Sorrir pra logo depois cair no poço do desânimo.

— Leah! - Ela sorri ainda mais e eu não consigo parar de olhar para ela. Hoje seus cabelos em um rabo de cavalo e ela tem essa sombra azul em seus olhos. Ela sabe que gosto de azul.

— Olha, vocês estão tão fofinhos. Não estão, Claire? - A outra amiga de Bella somente assente e puxa Leah de perto de nós. Elas soltam risadas altas quando estão mais longe.

— Ei. - Eu chamo a atenção dela. Ela me abraça pelo pescoço e beija o meu queixo, depois cada bochecha, suspira perto dos meus lábios e sorri antes de aceitar meu beijo.  Puxo um pouco a gola alta da blusa dela e arfo com a surpresa. Tem uma marca roxa lá. Eu sei quem o fez. Eu. Mas não me lembrava de ter sido tão intenso. - Eu te machuquei.

Quando me afasto, ela já tem os olhos molhados.

— Edward, não.

— Dá última vez que fiz isso, você disse que me avisaria. Prometeu pra mim, Bella.

No começo da semana, a marca certa da minha mão estava no lado direito do seu quadril. Eu a tinha abraçado e não tinha medido a força. Por fim, acabei ficando cada vez mais delicado. Mas, pelo visto, não era o suficiente.

Saio de perto dela.

Eu a machuco.

Eu sou um bruto.

Ela ainda me chama.

Mas eu não volto.

E então aconteceu o pior.

O acampamento promoveu uma festa no terceiro dia desse último ano de temporada para mim e para Bella. Os dois dias que se seguem, mal vejo ela. Isso é bom, não é? As crianças correm animadas e agitadas pela competição. Na sexta foi de natação e corrida. Hoje é corrida de barcos, corrida de sacos e caça ao tesouro. A noite sempre tem música com Marcus e Peter e enquanto as crianças curtem isso perto da fogueira ou no salão de jogos, que é aberto só quando chove ou anoitece, os adolescentes ficam no salão de festas do outro lado do lago. Tem os responsáveis, mas eles só não permitem que mais jovens que os comuns bebam o ponche que sempre está batizado e que o acampamento não traga os "lindos problemas" nove meses depois.

Fico apreensivo ao lembrar os meus motivos para evitá-la. Bella nunca me perdoaria.

Jane.

Ela e eu acordamos na mesma cama e nem era a minha. Na manhã seguinte a briga com ela. Eu estava nu e não me lembrava de absolutamente nada, nada além de ter bebido muito do álcool que o primo dela tinha trazido. Depois vi Bella, mas ela estava zangada com o meu estado e eu a afastei brutalmente. A magoei. Jane me agradeceu pela noite e saiu. Desde então, o sentimento de traição se alojou em meu peito.

Notei Bella perto da fogueira, essa que eu encarava e percebia que queimava rápido demais. As faíscas ainda voavam para todos os lados. Ainda estava tão linda e perfeita. Se eu estava perto a marcava como se fosse um animal, se estava longe... eu a traía? Que tipo de ser nojento eu sou?

Consegui sair de perto dela e cerca de meia hora depois entrei na minha cabana. Tomei um banho e estava só de short e vestia a minha camisa quando ela entrou no meu dormitório sorrindo. O sorriso morreu depois de me ver arrumando as malas.

— Eu não entendendo. - Ela sentou na cama a minha frente. Eu costumava dormir no mesmo dormitório desde a primeira vez. Ver ela tão linda na minha frente, enchendo o quarto de luz como se fosse seu próprio sol. Ela é o meu. Eu precisava dela ainda. Eu a amava e precisava fazer isso antes de contar. Precisava disso como se fosse o ar que eu respirava. Passei por ela, tranquei a porta e sabendo que as janelas são só para ventilação, já que são altas, percebi que só tinha uma chance. A última. Me ajoelhei aos pés dela. Suas mãos tremiam quando as toquei.

— Não somos mais crianças.

— O-o que quer dizer? - Lágrimas saltaram de seus olhos.

— Vou para a faculdade, você também. Você sabe que... não é nossa hora. Não é o momento.

— Está terminando?

— Fiz uma coisa Bella. Bebi demais naquela noite...- baguncei meus cabelos. Ela nem quis ouvir o resto. Me encarou ainda chorando depois de tudo e no segundo seguinte pulou em mim. Me deu um beijo. Um ainda apaixonado. E eu aceitei. Sua língua na minha, o sabor salgado das lágrimas e algo parecido com luxúria.

— Me ame, Edward. Por favor... - ela acariciava minha orelha e desceu pela mandíbula. - Por favor.


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Notas finais do capítulo

Comente, compartilhe com as amigas e amigos que curtem fics. Ficaria honrada em receber novos leitores. Bjs!



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