Felizes, mas até quando? escrita por Amurat


Capítulo 2
Chapter II




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Frisk estava deitada em sua cama com seus olhos fechados, a música ecoava em seus ouvidos através de seus fones, de repente ela teve a impressão de ouvir batidas em sua porta. Frisk retirou seus fones, guardando eles em seu bolso junto do celular, em seguida foi até a porta para abri-la.

─ Ah, oi mãe. Desculpe a demora, eu estava com os fones.

─ Tudo bem querida. Vamos, Chara está te esperando lá embaixo. ─ Frisk fechou a porta do quarto e as duas desceram as escadas, indo em direção a sala. Ao chegarem lá, Frisk foi até Chara, que se levantou do sofá e lhe deu um abraço.

─ Feliz aniversário Freska.

─ Muito obrigada, Charada. ─ As duas caíram na gargalhada por conta dos trocadilhos com seus nomes.

─ Bem, como é seu aniversário, eu pensei em te chamar para ir ao shopping, você topa?

─ Mas é claro! Eu posso ir mãe?

─ Claro que pode, mas volte antes do jantar. ─ As garotas deram gritinhos de comemoração, a mãe de Frisk sorriu com a cena.

─ Então vamos, meu pai está nos esperando lá fora. ─ As três caminharam em direção a porta, Frisk se despediu de sua mãe, então ela e Chara foram até um carro preto que estava estacionado em frente á casa. As duas entraram no veículo e se sentaram no banco do trás, em seguida o carro deu partida.

A viagem seguiu silenciosa, então Frisk colocou um dos fones em seu ouvido, entregou o outro a Chara e apertou o play, então a música começou a ecoar pelos fones. Depois de cerca de meia hora de viagem, elas finalmente chegaram ao shopping.

─ Chegamos garotas.

─ Obrigada pela carona pai. ─ Ele deu um sorriso em resposta. As duas saíram do carro e Chara foi até a janela do motorista.

─ Ah pai, que horas você vem pegar a gente?

─ Desculpe querida, mas eu vou ter que ficar na delegacia até tarde. ─ Ele colocou a mão em seu bolso, pegando sua carteira, retirou de lá uma nota e a entregou para Chara. ─ Use isso para pagar um taxi. ─ Ela guardou a nota em seu bolso e se afastou do carro, em seguida as duas adentraram o shopping.

─ Aonde você quer ir primeiro?

─ Na loja de chocolates. ─ Os olhos de Frisk brilharam de empolgação, a cena fez Chara rir.

─ Não sei nem por que perguntei. ─ As duas caminharam pelo shopping até chegarem a uma loja com portas de vidro, ao entrarem nela, Frisk correu até as prateleiras que estavam repletas de todos os tipos de chocolates, amargo, doce, trufas, em barras, tinha para todos os gostos. ─ Hey Frisk, olha só quem está ali. ─ Chara sussurrou em seu ouvido. Ela olhou para onde sua amiga tinha apontado, avistando Sans que estava carregando duas sacolas, ao perceber a presença das duas, Sans esboçou um sorriso e foi até elas.

─ Olha só, se não são as minhas alunas favoritas.

─ Você gosta mesmo de chocolate eim professor. ─ Disse Chara apontando para as sacolas.

─ Ah, não são para mim, comprei para outra pessoa. ─ Deu uma piscada discreta para Frisk. ─ E vocês?

─ Eu detesto, mas como é o aniversário da Frisk abri uma exceção.

─ Mesmo? Então feliz aniversário Frisk. ─ Ele estendeu a mão e Frisk a segurou, lhe dando um aperto de mão.

─ Obrigada. ─ Ela deu um sorriso.

─ Bem, tenho que ir agora, até mais garotas. ─ Sans saiu da loja e as duas acenaram para ele. Frisk voltou a olhar os chocolates, então ela ouviu o som de notificação do seu celular, anunciando que havia recebido uma mensagem. Frisk pegou seu celular, desbloqueou a tela e sorriu ao ver que era uma mensagem de Sans, que dizia:

“Feliz aniversário sweet, hoje a noite venha para a minha casa, irei te dar o presente.”

 

                                        [...]

 

As garotas voltaram do shopping as 18h00min, quando adentraram a casa, Frisk se deparou com todos os seus amigos e familiares, que começaram a cantar parabéns. Quando o parabéns terminou, sua mãe surgiu em meio aos convidados, carregando um bolo de chocolate com duas velas acessas, uma das velas tinha o formato do número 1 e a outra do número 7.

─ Agora querida, faça um pedido e assopre as velas. ─ Frisk fechou seus olhos, pensando no que pediria então os abriu novamente e soprou as velas.

─ Agora vamos agitar essa festa! ─ Chara gritou e ligou o som, logo todos começaram a dançar.

 

                                       [...]

 

A festa chegou ao fim por volta das 22h30min, na casa ficaram apenas Frisk, sua mãe e Chara. A mãe de Frisk se encarregou de jogar o lixo fora, enquanto as duas garotas recolheram e lavaram toda a louça suja, quando terminaram já estava perto das 11 da noite.

─ Chara, pode vir até aqui, por favor?

─ Ok. ─ Ela andou em direção a Frisk, que se encontrava sentada no sofá. ─ O que houve?

─ É que...eu preciso que me faça um favor. Poderia falar com a mamãe para que ela me deixe dormir na sua casa?

─ Era só isso? Espera um pouco! Você vai se encontrar com o seu namorado misterioso né?

─ Shhh, fala baixo.

─ Não ta meio tarde pra isso?

─ Vai Chara, por favor. ─ Frisk fez uma expressão de suplica, Chara riu e se deu por vencida.

─ Ok, ok. Você venceu.

─ Ebaa, você é a melhor amiga do mundo. ─ As duas foram até a cozinha, onde a mãe de Frisk estava, quando notou a presença das garotas, a mesma se virou e deu um sorriso.

─ Obrigado pela ajuda meninas.

─ Foi um prazer ajudar tia, mas a gente queria te pedir uma coisa.

─ E o que seria?

─ A Frisk poderia ir dormir na minha casa hoje?

─ Eu não sei, Frisk tem dormido muito fora de casa ultimamente, sem falar que ela mesma quem devia ter me pedido isso. ─ Falou, lançando um olhar acusador sobre Frisk.

─ Por favor mãe, eu prometo que volto assim que amanhecer. ─ A mulher ficou com uma expressão pensativa e depois de alguns minutos, finalmente deu seu veredicto.

─ Tudo bem, mas só por que hoje é o seu aniversário, e eu quero que me ligue assim que chegarem lá. ─ Frisk foi até ela e lhe deu um abraço, que foi retribuído.

Frisk foi até seu quarto, para pegar algumas coisas que precisaria, ela guardou tudo em uma mochila e voltou para a sala, onde sua mãe e Chara a esperavam. A mãe de Frisk chamou um táxi, que chegou depois de alguns minutos, elas se despediram e em seguida adentraram o carro. Depois de algum tempo de viagem, o veículo chegou a um parque e parou para que Frisk descesse, quando ela estava prestes a descer do veículo, Chara segurou seu pulso.

─ Não posso te deixar aqui sozinha, é perigoso.

─ Não se preocupe, ele não vai demorar. ─ Chara suspirou e soltou Frisk, que desceu do carro, quando o taxi já não podia mais ser visto, Frisk pegou seu celular e mandou uma mensagem para Sans, o informado que já estava a sua espera.

Sans chegou ao local pouco tempo depois, ele buzinou para Frisk e a mesma entrou no banco da frente, Sans lhe deu um beijo e em seguida ligou o carro.

 

                                        [...]

 

Ao chegaram a casa, Sans foi até a garagem guardar o carro, enquanto isso, Frisk ficou o esperando na sala e aproveitou para ligar para sua mãe. Ele voltou dentro de alguns minutos e se sentou ao lado de Frisk.

─ Desculpe ter te deixado esperando, quer beber alguma coisa?

─ Claro. ─ Disse sorrindo.

─ Espere um segundo, já volto. ─ Sans foi até a cozinha, voltando de lá carregando duas taças e uma garrafa de vinho. Ele se sentou no sofá, depositou as taças em cima da mesa de centro e as encheu com o conteúdo da garrafa. Sans entregou uma das taças para Frisk, ela a pegou e ficou encarando-a.

─ Algo errado? ─ Ele pegou a outra taça e deu um gole.

─ É que... Eu não posso beber... ─ Sans se aproximou dela e sussurrou em seu ouvido.

─ Claro que pode. Não se preocupe, eu guardo segredo. ─ Um arrepio subiu por sua espinha, ela deu um gole na bebida e fez uma careta, Sans riu.

─ Ei, não é engraçado. ─ Ela bufou e fingiu uma falsa irritação.

─ Sabe, você fica uma graça quando finge estar brava. ─ Sans segurou o queixo de Frisk e a puxou para um beijo calmo. ─ Vem, tenho que entregar seus presentes. ─ Os dois colocaram as taças sobre a mesa e se levantaram, indo em direção ao quarto. Ao chegarem lá, eles se sentaram na cama, onde estavam duas sacolas, Sans as pegou e entregou uma delas para Frisk.

─ Deixe-me adivinhar, são chocolates?

─ Talvez. ─ Disse dando de ombros. Sans pegou a sacola de Frisk e retirou dela uma caixa com trufas, ele pegou uma das trufas e levou até a boca de Frisk, que deu uma mordida.

─ É deliciosa!

─ Mesmo? Me deixe provar então. ─ Sans a beijou e segurou-a pela cintura, Frisk fechou seus olhos, entrelaçando seus braços no pescoço de Sans, logo ela sentiu seu corpo começar a esquentar, então Sans rompeu o beijo. ─ Ainda falta um presente. ─ Ele pegou a outra sacola e entregou-a para Frisk, que a abriu. Dentro a sacola estava uma lingerie preta com cinta-liga.

─ Você é um pervertido.

─ Um pervertido que você ama. ─ Disse, dando um abraço de lado em Frisk. ─ Por que não experimenta?

─ Hm... ─ Ela colocou a mão no queixo, como se realmente estivesse pensando no assunto. ─ Ok, eu experimento, mas vira pra lá. ─ Sans desviou seu rosto para o lado oposto de Frisk, mas acabou por dar algumas espiadas, Frisk o repreendeu, porém isso não impediu que ele continuasse com o ato.

─ Pronto, pode olhar. ─ Sans se virou e encarou Frisk que estava de pé, ele se levantou e foi até ela, com a luxuria nítida em seus olhos. ─ O que achou?

─ Acho que não ficou muito bem em você. ─ Disse enquanto colocava uma das mãos sobre o rosto de Frisk e o acariciou.

─ Então, você me ajuda a tirar? ─ Ela deu um sorriso malicioso.

─ Claro.

Sans avançou em Frisk, lhe dando um beijo feroz, que foi retribuído. Ele colocou suas mãos sobre suas nádegas e apertou a região, pressionando o corpo dela contra o seu. Sans rompeu o beijo e a jogou na cama, então tirou seu casaco e subiu em cima dela, traçando uma trilha de beijos que ia da coxa até o ventre de Frisk. Ele colocou a mão em sem bolso, procurando algo, mas ele estava vazio, procurou no outro e também estava vazio.

─ Merda...

─ Algum problema?

─ Que se dane, só uma vez não mata. ─ Sussurrou e avançou novamente sobre Frisk.

 

                                        [...]

 

─ Frisk? Posso entrar? Frisk! ─ Chara disse enquanto batia na porta.

─ Entre. ─ Chara abriu a porta e adentrou o lugar, dando de cara com Frisk que estava deitada na cama, com uma aparência péssima. Ela foi até a cama e se sentou ao lado de Frisk.

─ O que aconteceu? Por que sumiu da escola por dois dias? E o que era tão importante que não podia me contar por mensagem? ─ Frisk permaneceu em silêncio por o que pareceu uma eternidade, até que finalmente decidiu falar.

─ É que... Ultimamente eu tenho sentido bastante enjôo, tontura, e eu acho que estou atrasada... Chara acho que estou grávida.

─ Você... Por Deus, Frisk. Como isso foi acontecer? Você tem certeza disso?

─ Não. ─ Chara deu um suspiro de alivio.

─ Você precisa fazer o teste.

─ Eu sei, mas eu estou com medo, e se eu estiver mesmo? O que eu faço?

─ Não sei, mas eu sei o que eu vou fazer. Irei matar aquele seu namorado, aliás, não acha que já está na hora de me contar quem é? ─ Frisk abaixou seu rosto em resposta. ─ Você não tem jeito mesmo... Por agora não vou insistir, mais tarde a gente conversa sobre isso. Agora anda, levanta daí. ─ Disse enquanto se levantava da cama.

─ Por quê?

 ─ Não é obvio? Vamos para a farmácia.

─ A-agora?

─ E por que não agora? Levan- ─ Ela se interrompeu ao ouvir seu celular tocando, Chara retirou o aparelho do bolso e atendeu a ligação. ─ Pai? Eu to na casa da Frisk. Agora? Entendo... To indo agora. ─ Chara encerrou a chamada e guardou o celular de volta em seu bolso.

─ Aconteceu alguma coisa?

─ Meu pai precisa de mim em casa, então eu tenho que ir agora. ─ Ela caminhou até a porta do quarto e a abriu, mas antes de sair, Chara direcionou um olhar sério para Frisk. ─ Mas essa conversa ainda não acabou. ─ Disse enquanto trancava a porta. Depois que ela saiu, Frisk ficou encarando o teto por algum tempo, com a dúvida martelando sua cabeça.

─ Chara tem razão, eu preciso resolver isso logo. ─ Ela se levantou da cama, abriu a gaveta do criado mudo e pegou algumas notas, as colocando em seu bolso, em seguida se dirigiu até a porta e a trancou. Frisk desceu as escadas silenciosamente, não queria que sua mãe a visse saindo, por sorte, conseguiu sair da casa sem fazer nenhum barulho. Havia uma farmácia que ficava perto de sua casa, então com um pouco de sorte, ela poderia voltar sem que sua mãe percebesse.

Depois de alguns minutos de caminhada, Frisk adentrou a farmácia e andou por entre as prateleiras, até chegar ao corredor onde estavam os testes de gravidez. Ela pegou um dos testes e correu para o caixa, dando um suspiro aliviado ao ver que não havia outros clientes ali. A funcionária que estava no caixa lhe encarou por alguns segundos e deu de ombros, então colocou o teste em uma sacola, o entregando a Frisk. Ela retirou de seu bolso algumas notas e as colocou sobre o balcão, em seguida pegou a sacola e se retirou da farmácia.

Ao chegar a sua casa, Frisk marchou silenciosamente para o banheiro, quando chegou ao cômodo, ela trancou a porta e tirou o teste da sacola. Depois de fazer tudo o que tinha de fazer, Frisk se sentou no chão do banheiro e esperou enquanto um turbilhão de pensamentos invadia a sua mente. Quando finalmente voltou a si, ela pegou o teste de gravidez, que confirmou o que ela já sabia, Frisk estava grávida.

 

                                       [...]

 

Frisk estava encarando a porta da casa de Sans, criando coragem para bater. Apesar de querer muito contar para Chara, ela havia decidido que ele deveria ser o primeiro, a saber, sobre a gravidez. Depois do que pareceu uma eternidade, Frisk finalmente arrumou coragem para bater na porta, que foi aberta instantes depois.

─ Hey Frisk, como você está? Me contaram que você estava doente e por isso não foi a escola.

─ Sans, eu preciso falar com você.

─ Ah, entre. ─ Frisk entrou na casa, os dois seguiram para a sala e se sentaram no sofá. ─ Então, o que você quer falar comigo? ─ Ela ficou em silêncio por alguns minutos, então respirou profundamente e começou a falar.

─ Sans...eu estou grávida. ─ Ele arregalou seus olhos e passou as mãos nervosamente pelos cabelos.

─ Você tem certeza disso? ─ Ela apenas balançou a cabeça de forma afirmativa. ─ Mas que droga!

─ O que vamos fazer? Eu estou com medo. ─ Lágrimas de desespero começaram a escorrer pelos olhos de Frisk.

─ Calma, não chore, ok? Vai ficar tudo bem, eu vou dar um jeito nisso.

─ Como?

─ Bem, eu tenho uma amiga que é médica, eu vou ligar pra ela e pedir que-

─ Não! ─ Frisk gritou, o interrompendo.

─ Como assim “não”? Não me diga que está pensando em continuar essa gravidez.

─ Eu não consigo fazer isso, eu não posso.

─ Qual é Frisk? Isso aqui não é um conto de fadas, você tem ideia da quantidade de problemas que essa gravidez vai te trazer? Isso irá destruir a sua vida

─ Mas...

─ E se você não quer a minha ajuda, então por que veio aqui? ─ Frisk estava incrédula, aquele não era o Sans por quem ela se apaixonou, aquela era uma pessoa totalmente diferente, uma pessoa ruim...

─ Eu não vou fazer isso e nada vai me fazer mudar de ideia.

─ Se é o que você quer tudo bem, afinal a vida é sua. Bem, boa sorte.

─ Como assim “boa sorte”? Não se esqueça que essa criança também é sua filha.

─ Não seja ridícula. Que fique claro que eu não vou fuder a minha vida por causa dos seus caprichos. ─ Isso foi á gota d'água para Frisk, ela se enfureceu e acertou uma tapa no rosto de Sans. ─ Satisfeita?

─ Você...Você é desprezível! Como pode fazer isso comigo? Eu confiei em você, eu te amei e ao que parece, você apenas me enganou.

─ Quer que eu seja honesto? Então vou ser. Você não significou absolutamente nada para mim, foi apenas uma diversão, entendeu? Você não passa de mais uma colegial imbecil, que abre as pernas pra qualquer um que fala “eu te amo”. Aliás, quem garante que esse bebe não é de algum outro cara?

─ CALA A BOCA! ─ Frisk tentou acertar mais uma tapa em Sans, mas dessa vez ele conseguiu segurar sua mão.

─ Se já acabou o seu showzinho, saia da minha casa e nunca mais volte, sua vadizinha.

─ Certo, eu vou embora. ─ Ela se levantou e ficou de costas para Sans. ─ Mas saiba que todos irão ficar sabendo quem é o pai dessa criança. ─ Frisk começou a caminhar, mas foi parada por Sans que segurou seu pulso e a virou para encará-lo, o ódio estava visível em seus olhos.

─ Você nem ouse falar sequer uma palavra sobre isso pra alguém.

─ Ah é? E o que você vai fazer? Eu não tenho medo de você, agora me larga. ─ Frisk tentou soltar seu pulso, mas Sans a estava segurando com muita força, então ele agarrou seu outro pulso e começou a apertá-los mais ainda.

─ Você não vai sair daqui até me prometer que vai ficar com a boca fechada.

─ Me larga! Você ta me machucando. ─ Como lutar não adiantou de nada, Frisk mordeu o braço de Sans, o mesmo se enfureceu ainda mais e a empurrou com violência, Frisk acabou batendo com a cabeça na mesa de centro e caiu no chão.

─ Isso foi tudo culpa sua, se tivesse me ouvido desde o começo não estaríamos brigando. ─ Disse enquanto passava a mão sobre a área que tinha sido mordida. ─ Anda logo, levanta daí. ─ Ele não obteve nenhuma resposta, então ele se agachou perto dela e sacudiu seu ombro, mas continuou sem uma resposta.

─ Frisk? Vamos, acorde! ─ Sans começou a sacudi-la desesperadamente, mas Frisk não demonstrava nenhum sinal de vida, então logo a ficha caiu, ele a havia matado.

─ Não, não, não, não, NÃO! ─ Ele se levantou e socou a parede, estava completamente desesperado, pois se ele fosse pego, sua vida iria acabar. Sans se sentou no chão e respirou fundo, tinha de pensar em uma forma de resolver isso.

 

                                         [...]

 

Depois de muito pensar, Sans pegou o corpo de Frisk e o carregou até seu carro, o depositando dentro do porta-malas, em seguida ele adentrou o veículo e começou a dirigir para fora da cidade. Ele dirigiu por horas e horas, até ter certeza que estava longe o suficiente. Sans parou o carro no acostamento de uma rua deserta, ao lado dela tinha uma espécie de floresta, o lugar perfeito para se livrar do corpo de Frisk.

Sans desceu do carro e foi até seu porta-malas, pegou o corpo de Frisk e começou a caminhar floresta adentro. Depois de alguns minutos caminhando, ele parou e colocou o corpo sobre o chão, então começou a cobri-lo com terra e folhas caídas no chão, quando terminou de cobrir todo o corpo, Sans caminhou para fora da floresta sem olhar para trás. Ele entrou em seu carro, dando uma última olhada para a floresta.

─ Adeus Frisk.


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