Written on my wrist escrita por PJOdasfic


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!

O shipp foi tirado de algumas fics lidas no AO3 e tá muito perfeitinho!! Lembrando que essa fic envolve abuso de álcool (ficar bêbado) e flashbacks, além disso, as personagens tem 18 anos ou quase completando os 18.

Boa leitura e leiam as notas finais!!



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Hazel respirou fundo, abrindo seus olhos lentamente, ela estava deitada em uma cama num quarto desconhecido. Ao seu lado, uma mulher de cabelos longos e negros também permanecia deitada de bruços com um dos braços jogado descuidadamente sobre ela, de certa forma parecia estar lhe abraçando a cintura. Ela não podia ver o corpo da jovem, porque uma coberta azul escuro estava jogada sobre ambas, mas podia sentir seus corpos se tocando por debaixo da coberta, pele com pele. Nenhum tecido.

Engoliu em seco tentando não surtar, sua cabeça estava explodindo de tanta dor e seu corpo também estava dolorido, amaldiçoou Leo mentalmente. Era ele quem a havia convencido de participar de uma festa das irmãs McLean-Beauregard-Tanaka-Vênus para comemorar a formatura e superar o rompimento com Frank.

Eles, Frank e Hazel, haviam terminado dois dias antes da formatura – e consequentemente da festa – e Hazel se sentia completamente desolada, pois haviam namorado o ensino fundamental e o ensino médio quase inteiro, ela tinha certeza de que o rapaz era sua alma gêmea. Quando as iniciais “SB” apareceram em seu pulso no seu aniversário de 18 anos, ela ficara realmente um pouco frustrada e chateada, mas eles tinham decidido continuar juntos! O que aquela gravura estúpida poderia saber sobre Hazel? Sobre o que seria melhor para ela?

Ela amava Frank com todas as suas forças e era isso que importava, o fato de ‘’PJ’’ estar gravado no pulso do rapaz no lugar de suas iniciais não significava absolutamente nada para ela, assim como imaginou que seria para ele. Tinham sido quase seis anos de namoro afinal, seis anos incríveis juntos! Mas tudo mudou no instante em que Perseus Jackson cruzou a porta da sala do coral deles, com seus cabelos negros repicados num topete ridículo, os brilhantes olhos verdes e aquele maldito sorriso perfeitamente alinhado e branco.  Fazia dois meses agora desde aquele dia, Hazel quis acreditar que nada mudaria entre ela e seu amado, mas então, apenas dois dias antes da formatura, Frank lhe procurou e disse que precisavam terminar, que ele a amava muito mas não da forma que gostaria, que seu coração era de Percy e que ele sentia muito por lhe causar tamanha dor, mas torcia por sua felicidade.

E Frank ainda tentou justificar o término: era para que Hazel encontrasse a pessoa a qual as iniciais estavam gravadas em sua pele, para que ela fosse muito feliz e, por fim,  desejou poder ser amigo dela ainda. Aquilo foi o fim.

Ela só não entrou sozinha na formatura porque, com sorte, seu meio-irmão, Nico, fez questão de ser seu par. Bianca, também sua meia-irmã, havia se oferecido para, juntamente com seu grupo de amigas do clube da luta, quebrar Frank no soco se ela quisesse, mas Hazel disse que não era preciso medidas tão extremas, que ela ficaria bem. Sua definição de ficar bem não envolvia acabar na cama de uma completa desconhecida, é claro.

Se lembrava da formatura, uma festa linda onde teve de ver Frank adentrar o local de braços dados com Percy, como os amigos agora chamavam o rapaz, teve de ver os dois tirando fotos de casais que Hazel havia sonhado tantas vezes antes tirar com ele, ver os beijos trocados…Bem, tinha sido uma tortura definitiva e ela havia chorado horrores, então Leo a puxou pela mão, já a levando até seu carro onde Calypso, Annabeth e Jason já os esperavam na parte de trás e foram para a mansão do trio mais conhecido na escola Dionysios B. Olympus, todas as três garotas tinham se formado ali, sendo Piper a mais nova e última a se formar com a classe de Annabeth. Elas eram do Terceiro A enquanto que Hazel era do terceiro B. Lembrava-se vagamente de Annabeth contando histórias sobre a McLean e sobre como eram ótimas amigas, que ela e Jason haviam namorado também, mas no final, quando “LV” aparecera de todo tamanho no pulso do loirinho, a amiga terminou porque não queria ficar entre ele e seu verdadeiro amor.

Elas eram filhas de uma modelo e atriz muito famosa que estava sempre viajando e vivia trocando de namorados/maridos, por isso cada uma tinha um próprio sobrenome além do da mãe, e Annabeth jurou que davam as melhores festas, ela tinha ido a algumas quando ainda namorava aquele que não deveria ser mencionado – era assim que os amigos chamavam Percy. Parecia uma piada de mal gosto enorme do destino que, estando na mesma escola Frank, os dois tivessem demorado tanto para se cruzar.

Ela não se lembrava muito sobre a festa, eram ali que suas memórias começavam a ficar confusas. Música muito alta, uma casa digna de ser chamada de palácio, um garoto loiro – Luke, era esse o nome dele? – lhe oferecendo drinks atrás de drinks e ela bebendo todos enquanto fingia achar as piadinhas chatas dele engraçadas. E ele era bonito, mesmo com a cicatriz em seu rosto, se lembrava de ter pensado isso. Se lembrava do rapaz ter tentado lhe beijar à força a prensando contra uma parede, essa era uma lembrança bem vívida que fez seu estômago se retorcer, mas antes que o rapaz conseguisse de fato lhe fazer algum mal, alguém o havia acertado na cabeça com alguma coisa, e braços fortes e gentis a estavam envolvendo num abraço protetor. Era uma menina, muito alta com longos cabelos ondulados negros e olhos tão azuis quanto o próprio mar, ela se lembrava de ter pensado que era muito fácil se perder ali. Depois disso, a garota a tinha retirado da festa e a levado para seu quarto, onde… Ela não se lembrava muito bem, mas em algum momento tinha acabado no colo da jovem trocando beijos e carícias muito mais do que apenas amigáveis.

Sua cabeça continuava a doer muito, tentou se lembrar do nome da jovem com quem claramente havia passado a noite e tido sua primeira vez, bem aquela era afinal uma ótima forma de superar Frank: dando a outro algo que pretendia perder apenas após o casamento. Se sua mãe ainda estivesse viva, provavelmente Hazel seria deserdada depois disso, sentiu-se grata pelo pai e pela madrasta serem muito menos conservadores. Ao seu lado, a garota se mexeu e então Hazel sentiu um par de lábios mornos em seu pescoço deixando um beijo lento e delicado seguido de uma pequena mordida. A garota se ergueu sobre ela, muito, muito perto, os cabelos caindo como cachoeiras ao redor do rosto e os olhos tão azuis quanto se lembrava lhe fitavam cheios de… Amor?

— Hey… Dormiu bem, Haz?

O apelido era novo, mas soava muito bem em sua voz sonolenta e rouca de sono. Hazel sentiu seu rosto esquentar dado à proximidade e aos olhos da outra sobre si. Não sabia o que dizer, o que pensar. Era realmente complicado utilizar sua voz com aquela deusa em forma de mulher sobre si daquele jeito, seus corpos tão próximos se tocando sem nenhuma roupa… Oh droga, deveria estar furiosa por ter transado bêbada com uma garota qualquer à quem nem conhecia, mas pelos deuses….

— E-eu… D-desculpe, eu não… Ontem nós…?

A garota soltou um suspiro breve, mas continuou a sorrir de maneira muito doce, gentil e amorosa. Então, se apoiando em apenas um dos braços, levou a outra mão até a bochecha da Levesque num carinho muito suave.

— É, você estava muito bêbada ontem. Imaginei que não se lembraria de muita coisa mesmo…. – começou ainda sorrindo e sem parar o carinho — Não se preocupe... Nós não chegamos até lá, se é isso que está te atormentando….

— Hã…? Estamos meio que sem muita roupa aqui… – comentou ainda entre gaguejos, a mulher riu e se afastou voltando a se deitar, agora meio virada para Hazel.

— Depois que eu te salvei do Castellan, espero que se lembre disso aliás, eu te trouxe pro meu quarto. O ex da minha irmã queria te levar para casa, mas como ele e os seus outros amigos também estavam tudo menos sóbrios, eu achei melhor botar eles nos quartos de hóspedes. Depois que você me disse seu nome, eu ri e acabei te beijando, e depois expliquei o porquê. Mas imaginei que teria de explicar hoje de novo… Não fizemos nada além de beijos e alguns toques mais ousados, mas estava muito quente e você queria muito tirar as roupas e tirar as minhas, então eu disse que tudo bem... Mas que só faríamos qualquer outra coisa quando você estivesse sóbria... Devo admitir que foi realmente bem difícil me segurar, você é ótima em provocar.

A garota falava num tom quase divertido, Hazel franziu o cenho muito confusa com as palavras dela e ao mesmo tempo extremamente envergonhada por suas próprias atitudes.

— E-eu... Eu não sou acostumada a beber... Desculpe se eu causei algum desconforto eu…

— Haz, relaxa. Eu queria tanto quanto você, mas me lembre de não te deixar beber tanto no futuro, okay?

A menção de um ‘’futuro’’ onde elas iriam a outras festas juntas fez o coração de Hazel errar uma batida, pelos deuses, ela amava Frank e estava sofrendo o término ainda! Como raios acabara na cama de uma desconhecida que lhe dizia tantas coisas fofas?

— Eu… Não me lembro do seu nome. – admitiu sentindo-se ainda mais envergonhada, um riso suave inundou os ouvidos de Hazel antes que a outra se apresentasse numa voz tão doce e apaixonada que quase fez Hazel chorar.

— Silena, meu nome é Silena Beauregard. E eu sou a sua alma gêmea, Hazel Levesque.


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Notas finais do capítulo

Gostaram da história? Por favor, comentem as partes que mais gostaram hehe e não se esqueçam de adicionar aos favoritos!

RoseThorns.



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