Meet You There escrita por PJOdasfic


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO! É UMA ONESHOT COM LIPER (Leo Valdez e Piper McLean como um casal)!

Se não gosta, por favor não leia... Agora se você gosta, espero que se derreta em cada momento desse casalzin cheiroso!

Boa leitura e não se esqueça de ler as notas finais!!



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Encaro a estante onde minhas antigas fotos estavam guardadas. Era estranho pensar que hoje, depois de 15 anos, haveria uma reunião de faculdade. A maioria dos meus amigos de hoje em dia haviam frequentado a mesma faculdade que eu, o que era bom porque pelo menos eu não estaria sozinha na tal reunião, mas também havia várias pessoas com quem eu havia perdido contato. Uma em específico não saía da minha cabeça desde que eu acordei essa manhã. 

Annabeth, minha colega de apartamento, entra pela terceira vez em meu quarto para me apressar com um sorriso, provavelmente imaginando o motivo de minha relutância. Annie e eu nos conhecíamos desde o primeiro ano da faculdade, e ela sabia da minha ansiedade para essa noite havia um nome e um rosto. 

— Pipes, vamos chegar atrasadas se não sairmos logo... Percy disse que talvez não consiga vir buscar a gente, então pediu um táxi que chega em 10 minutos. Te espero lá na sala. Ah, e pega um guarda-chuva, porque ‘tá começando a chover um pouco. 

Ela fecha a porta e eu respiro fundo me olhando no espelho uma última vez. Eu não era de me arrumar muito, mas sabia que esse ia ser um evento mais elegante, então acabei fazendo o esforço de colocar um vestido preto básico, sem mangas, que alcançava meus joelhos. Também tinha passado uma sombra leve e um batom vermelho-claro que eu havia aprendido a amar alguns anos atrás. Meu cabelo estava semi-preso e quase batia em minha cintura. Sorrio em aprovação e vou ao encontro de minha melhor amiga. 

— Você sabe que está arrasando, né? Percy é um cara de sorte. – Annabeth sorri com o elogio e destranca a porta de casa. 

— E você também está, Pipes. Vai arrasar o coração de todos os solteiros presentes no lugar. Mas sério, se for trazer alguém para casa, me avisa que eu durmo na do Percy! 

Uma risada escapa de meus lábios ao ouvir isso e balanço a cabeça negativamente. 

— Pode deixar, amiga, mas sinceramente não planejo trazer ninguém aqui. 

O táxi nos busca na frente do nosso prédio e meu coração parece prestes a pular para fora do meu corpo. Durante todo o caminho, Annie e eu comentamos sobre como estávamos ansiosas para rever o campus e alguns professores nossos e ela não deixa de comentar o quanto sentia falta da biblioteca gigantesca que tinha lá. Ao chegarmos na festa, Percy já nos esperava na porta junto com Hazel e Frank. Nós geralmente não tínhamos muito tempo para nos vermos, já que todos estávamos trabalhando muito, e não consigo esconder minha animação ao ver meus amigos. Corro e dou um abraço em cada um, especialmente em Hazel, que mesmo sendo a mais nova do grupo, havia sido a primeira a casar e agora mostrava uma barriguinha de grávida, e entramos no salão de festas.

Havia pelo menos umas 300 pessoas presentes e demos sorte de encontrar uma mesa grande o suficiente para que pudéssemos sentar todos juntos e guardar lugar para nossos amigos que ainda não tinham chegado. Os garçons serviram nosso jantar, mas meu estômago estava se revirando tanto que eu sequer consegui pegar o garfo para comer. Resolvi dar uma volta no salão para cumprimentar alguns conhecidos e, no meio do processo, aceito um copo com um pouco de espumante que me é oferecido por um dos garçons. Em algum momento, Hazel me encontra e diz que também queria dar uma volta, já que para ela era mais fácil ficar em pé do que sentada. Conforme nos aproximamos de um dos cantos do salão, meus olhos encontram uma silhueta que eu conhecia muito bem e meu corpo para abruptamente. 

Minha respiração falha por um momento, e eu preciso tomar um gole do copo que eu segurava para recompor minha postura entediada. Era estranho vê-lo depois de tanto tempo. Alguém que já significou tanto para mim, e que pelo visto continuava significando, aparecer assim do nada depois de tanto tempo. Meu aperto no braço de Hazel aumenta quando Leo não tira os olhos de nós, e quando ela me pergunta se estava tudo bem eu simplesmente não sabia o que responder. 

— Piper? Piper, pelo amor de Deus... O que foi? Você... Você parece pálida, o que aconteceu? – Hazel sequer notara Leo. Não, não teria como ela o ter notado, já que para ela, Leo era apenas mais umas das trezentas pessoas presentes na reunião. 

— Eu... Eu já volto. – viro o copo de bebida alcoólica que eu segurava e o entrego para Hazel que me olhava totalmente confusa — Não precisa se preocupar, amiga. Eu estou bem. Só preciso ir falar com um antigo conhecido. Eu te encontro na mesa junto com os outros, tudo bem? 

Respiro fundo e preciso usar todas as forças do meu corpo para não correr até onde meu ex estava. Percebo que ele não havia mudado muita coisa, o que era péssimo, já que Leo sempre fora um dos homens mais lindos que eu já vi em toda a minha vida e sempre fora capaz de mexer comigo de um jeito que eu sequer sei explicar. 

— Você sabe que está tão pálida que parece que acabou de ver um fantasma, certo? – e... essas foram as primeiras palavras dele para mim depois de... Quanto tempo? Paro por um momento e faço as contas. QUINZE ANOS! 

— Quinze anos sem nos falarmos e essas são as primeiras palavras que você escolheu para dizer para mim?

— Desculpe, Rainha da Beleza, foi a melhor coisa que eu consegui pensar. – ele admite dando de ombros com um sorriso. 

Pego seu braço e o puxo de leve até a saída que daria na escada, onde era mais privado e poderíamos conversar um pouco. Chegando lá, faço a última coisa que eu pensei que fosse fazer: o abraço. Era estranho pensar que fazia tanto tempo desde que nós... Terminamos. Eu já nem lembrava mais o motivo. 

— Como você está? – perguntamos ao mesmo tempo para a surpresa dos dois. 

— Pode falar... – de novo ao mesmo tempo. Lembro que quando éramos mais novos isso sempre acontecia e eu achava fofo. Agora eu só conseguia sentir minhas bochechas esquentando. Que droga!

Fico quieta e espero que ele responda a pergunta. 

— Estou... Bem, para ser honesto. Continuo ajudando minha mãe na oficina embora agora eu esteja trabalhando em um projeto grande. E você? 

Me lembro que ele havia se formado em engenharia, o que sinceramente combinava muito com ele. Sorrio ao lembrar de sua mãe e dos bons momentos que nós passamos naquela oficina. Por mais que eu não fosse muito boa com ferramentas, sempre que eu ia lá era ótimo.  

Lembro da primeira vez que estive naquela oficina. Meu dia tinha sido horrível e Leo e eu ainda éramos apenas melhores amigos. Ele estava fazendo de tudo para me animar, então resolvemos sair para comer alguma coisa. Quando estávamos saindo da faculdade, a mãe dele ligou e pediu que ele fosse ajudá-la em casa, já que uma das máquinas tinha quebrado e Leo tinha um talento nato para consertar as coisas. Não me entenda mal, Esperanza Valdez era a mecânica mais talentosa que eu já tinha conhecido na minha vida... Mas se você fosse procurar no dicionário a frase “talentoso com máquinas”, você provavelmente veria o rosto de Leo estampado ali. 

— Você se importa se dermos uma passada lá em casa? Vai ser coisa rápida, eu prometo. – Leo parecia um pouco decepcionado por não podermos seguir com nosso plano, mas podia ver que estava animado para ajudar a mãe. 

 

— Hm... Vai ficar me devendo um almoço! – dou o braço para ele rindo e caminhamos até sua casa. A oficina dos Valdez era enorme e cheirava um pouco a óleo, mas também parecia confortável demais para uma oficina. Leo abre a porta dos fundos e me espera passar, entrando logo depois de mim e chamando pela mãe. Ela responde de algum lugar mais no fundo da oficina, e sigo Leo até onde ela estava. 

 

— Piper, querida! Se eu soubesse que você viria junto, teria dado um jeito na oficina... – ela lava as mãos sujas do que parecia ser graxa e me dá um abraço apertado.

 

— Não se preocupe com isso, Sra. Valdez. – sorrio sinceramente. Aquele lugar estava bem arrumado, exceto a mesa ali do canto que claramente pertencia à Leo. Ele dá um abraço na mãe e pede que ela mostre qual das máquinas havia dado problema dessa vez. Sigo os dois de perto, calada e confusa enquanto escuto os dois conversarem usando termos técnicos dos quais eu não entendia nada. — Não precisa se preocupar, eu consigo dar um jeito nisso rapidinho. Enquanto eu dou uma olhada nisso... Será que a senhora não pode ver algo para comermos? Estávamos indo almoçar, mas aí você me chamou e viemos direto. – Leo falava naquele tom que ele usava quando sua mente estava trabalhando. Era como se apenas uma pequena porcentagem de sua atenção estivesse focada no que ele estava fazendo, enquanto o resto estava trabalhando e tentando resolver o que quer que fosse que ele estava tentando solucionar.

 

— Claro, querido. Eu venho chamar vocês aqui quando estiver pronto. Muito obrigada pela sua ajuda! – ela entra em casa pela porta que conectava a mesma com a oficina nos deixando a sós.

 

Fico calada atrás de Leo, observando a máquina que era um mistério total para mim. Ele parece se lembrar da minha presença, então vira para mim com um sorriso enorme aberto.

 

— Quer me ajudar? – eu nunca poderia dizer não para tamanha animação. — Claro!

 

Depois de pelo menos 40 minutos de Leo me dizendo o que fazer e me ajudando quando eu não entendia, finalmente conseguimos um bom resultado. Leo aperta um botão e a máquina começa a se mexer, indicando que havíamos sucedido. Leo e eu levantamos ao mesmo tempo em comemoração e nos abraçamos, os dois muito animados pelo feito. Nos afastamos poucos centímetros, ainda tomados pela sensação de vitória e nos encaramos sorrindo.

 

— Conseguimos! – digo sinceramente animada.

 

Ele me olha, dessa vez com um sorriso mais doce.

 

— É... Fizemos um ótimo trabalho. Você principalmente. – ele leva uma mão até a minha bochecha, fazendo carinho e se mostrando realmente orgulhoso. Finalmente percebo o quão perto estávamos e meus olhos automaticamente começam a alternar entre seus olhos e sua boca, que agora estava tão próxima da minha. Respiro fundo e me aproximo quase que instintivamente. Ele se aproxima também, até que nossos lábios estivessem colados um no outro. 

A memória boa me faz sorrir, e um poucos meu nervosismo se esvai. Me pego pensando como foi que perdi contato com Leo durante todo esse tempo. 

— Eu estou bem também... Meu consultório ficou pronto há um tempo atrás e finalmente estou conseguindo manter um horário em que eu possa viver um pouco além de só trabalhar. Antes eu costumava atender meus pacientes na minha casa, mas agora eu finalmente tenho um lugar todo focado neles. 

Minha voz sai mais animada do que o que eu planejava, mas eu não ligo. Quando se tratava do meu trabalho, era sempre assim que eu ficava. Trabalhei duro e estudei muito para conseguir chegar onde eu estou, e agora, finalmente poder exercer meu trabalho de psicóloga em um lugar em que eu sabia que não teria inconveniências durante as sessões era ótimo. Lembro também de alguns incidentes que aconteceram enquanto eu atendia na minha casa e seguro o riso. 

Por mais que eu e Leo fôssemos praticamente estranhos, nem mesmo essa distância desconhecida havia sido capaz de criar uma parede entre nós. Talvez agora houvesse uma cortina nos separando, mas nada que não pudesse ser atravessado... Ou pelo menos, assim espero. Ele sorri, aquele mesmo sorriso que costumava iluminar os meus dias mais sombrios e que costumava fazer com que tudo ficasse bem. Aquele sorriso que era tão importante. 

— O que você acha de irmos tomar um café? Aí podemos aprender um pouco mais sobre a vida do outro nesses últimos anos. – Leo parecia ansioso para isso e eu admito que eu também estava. 

Sorrio para ele, concordando com a cabeça. Era engraçado pensar o quanto havíamos mudado e mesmo assim como parecíamos as mesmas pessoas. 15 anos depois e ainda era perceptível algo entre nós. Tiro meu cabelo do rosto e o encaro. 

— Que tal amanhã? – começo a me aproximar da entrada do salão — Às catorze horas. No café aqui do lado, onde costumávamos ir.

Aceno para ele, me despedindo por enquanto, e volto para a mesa com Hazel e Reyna. Frank e Jason conversavam próximos à mesa do banquete enquanto Annie e Percy dançavam a música lenta que tocava na pista de dança próxima dali. Enquanto isso, eu só podia pensar no encontro marcado para amanhã.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Por favor, deixem comentários e adicionem a história aos favoritos e na biblioteca! Nos vemos daqui a pouco!

?” Moony



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