Memories of a Red Rose escrita por Amurat


Capítulo 2
Chapter II




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Sans continuou seu caminho pelas ruas da cidade, até que fez outra pausa, dessa vez ele parou em frente a um parque. O local tinha uma grama verde, arvores e belas roseiras com rosas vermelhas, também havia alguns brinquedos, como balanços e um escorregador.

Resolveu ir até um dos balanços e se sentou lá, aquele parque lhe trazia várias lembranças, pois foi lá que Sans e Frisk tiveram seu primeiro encontro e deram seu primeiro beijo. Ele fechou seus olhos e deixou as lembranças novamente tomarem conta de sua mente.

Sans estava sentado no parque olhando seu relógio de forma apreensiva, o motivo disso era que mais cedo ele havia convidado Frisk para sair. Desde que a garota começou a trabalhar no mesmo restaurante que ele, os dois ficaram cada vez mais próximos, no inicio era só uma amizade, mas depois de um tempo, Sans começou a sentir algo a mais por Frisk. Naquele dia ele iria se declarar para ela e estava mais nervoso do que nunca, pois temia que a garota não o aceitasse.

“Se você gosta mesmo dela, então a chame para sair e se declare de uma vez. Se não o fizer, então a esqueça”

As palavras de Sarah ecoavam por sua mente, apesar de no começo ela ter se mostrado contra o relacionamento, depois de descobrir sobre os sentimentos de Sans para com Frisk, Sarah começou a dar alguns empurrões para que os dois ficassem juntos. Na época ele desconhecia o motivo para tal mudança de atitude, mas depois de um tempo ele descobriu que era por que ela tinha conhecimento sobre como Frisk se sentia em relação á Sans. Ele agora se arrependia por ter sido idiota e não ter percebido logo os sentimentos de Frisk, pois eles teriam aproveitado bem mais o tempo que tinham para ficarem juntos.

Ficou tão perdido em seus pensamentos, que não notou que sua amada já havia chegado e se sentado ao seu lado. Frisk teve que cutucar seu ombro algumas vezes para que sua cabeça voltasse do “mundo da lua”.

─ Sweetheart? V-você já chegou? Desculpe, eu acabei me distraindo. ─ Disse dando um sorriso nervoso, Frisk sorriu em resposta.

“Ta tudo bem. Ei, esse parque é lindo.”

Frisk disse se levantando do banco e olhando ao redor. Ela tinha ensinado a Sans a linguagem de sinais, então agora eles podiam conversar sem mais precisarem de seu bloco de notas.

─ Sim. Eu gosto daqui, minha mãe costumava me trazer aqui quando eu era um pirralho. ─ Sans foi até Frisk e entrelaçou seus dedos na mão dela, que fez o mesmo. Os dois começaram a caminhar pelo lugar, até que Frisk soltou sua mão e foi até uma roseira, passando seus dedos sobre as delicadas pétalas das rosas. Sans ficou a olhando hipnotizado, Frisk estava linda, ela usava um vestido azul e seus cabelos castanhos curtos voavam com o vento. Quando voltou a si, viu que Frisk estava o encarando e rindo, ele desviou o olhar imediatamente e corou.

“Sabe, eu adoro flores vermelhas. São as minhas favoritas.”

─ Elas realmente combinam com você. ─ Sans pegou uma das rosas e colocou no cabelo de Frisk, que sorriu.

“Aquilo ali é um escorregador?”

─ Sim, quer ir nele? ─ Frisk assentiu e os dois foram na direção do escorregador vermelho. Ao chegarem lá, ela subiu as escadas até o topo do brinquedo, onde permaneceu por alguns segundos.

─ Vamos sweetheart, desça. ─ Mas ela não moveu um músculo. ─ Está com medo? ─ Frisk assentiu. Sans foi até a parte da frente do escorregador. ─ Pode descer sem medo, eu seguro você. ─ Ela hesitou por alguns segundos, mas logo se sentou no brinquedo e prendeu seu vestido entre as pernas, em seguida escorregou para baixo com os olhos fechados, os abrindo quando sentiu mãos segurarem seus braços.

─ Viu? Eu disse que ia te segurar. ─ Ele sorriu para ela e os dois ficaram parados se encarando, até que Sans começou a aproximar lentamente seu rosto do de Frisk, lhe dando um selinho. Quando se deu conta do que fez, ele se afastou rapidamente do brinquedo. ─ D-desculpa, não sei onde eu tava com a cabeça.

Frisk reuniu toda sua coragem e se levantou indo na direção dele. Os dois ficaram cara a cara, ela segurou a mão de Sans, fechando seus olhos, depois de alguns segundos processando a situação, ele tomou coragem e a beijou, sendo retribuído. O beijo foi um pouco atrapalhado, pois era o primeiro de Frisk.

─ Hehe você realmente não é muito boa nisso. ─ Ela não gostou nada da afirmação e lhe deu um peteleco na testa. ─ Ei calma, não se preocupe. Eu irei te ensinar. ─ Disse colocando sua mão no rosto de Frisk e a puxou para outro beijo, mas ela virou seu rosto, Sans a olhou confuso.

“Você não acha que está se esquecendo de alguma coisa?”

Sans logo entendeu o que ela queria dizer e se ajoelhou no chão, pegando a mão de Frisk.

─ Ô bela dama, me daria à honra de ser a minha namorada?

“Não sei, deixe-me pensar.”

Ela colocou sua mão no queixo e ficou com uma expressão pensativa, como se realmente estivesse pensando no assunto.

“Ok, eu deixo você ser meu namorado.”

Sans sorriu e se levantou. Frisk lhe beijou a bochecha, então ele a segurou pela cintura e a levantou, girando a garota no ar, depois a colocou novamente no chão. Ele sorria como um bobo, aquele era sem dúvidas o dia mais feliz de sua vida.

“Sans, vamos naquele balanço.”

Ele olhou na direção onde sua amada apontava e avistou dois balanços vazios, os dois deram as mãos e caminharam até o local. Quando chegaram até os balanços, Frisk se sentou em um deles e Sans a empurrou.

─ Tio, tio? ─ A voz de alguém o chamando o tirou de seus pensamentos, olhou para baixo e viu uma garotinha, que aparentava ter no máximo seis anos,  puxando sua jaqueta, ela usava um vestido rosa e seus cabelos eram cachinhos loiros.

─ Sim?

─ Tio empurra meu balanço.  ─ A garotinha foi até o balanço ao lado e se sentou. Sans se levantou e deixou o buquê no balanço em que estava sentado, em seguida se dirigiu para o balanço ao lado e começou a empurrar a menina. Ela ria bastante e parecia estar se divertindo muito.

“Se pudéssemos ter tido filhos, será que seriam tão adoráveis assim?” Se perguntou em seus pensamentos. Depois de alguns minutos ele parou o balanço.

─ Porque parou? ─ Disse a garota com a decepção visível em sua voz.

─ Sinto muito kiddo, mas eu preciso ir. ─ Sans pegou o buquê e retirou uma das rosas, dando para a garotinha, que sorriu com o ato, Frisk com certeza não iria se importar dele ter dado uma de suas rosas. Ele se despediu da menina e voltou ao seu caminho, chegando ao seu destino cerca de 20 minutos depois.

Sans ficou encarando o portão durante alguns minutos, ele era preto e um pouco enferrujado, em seu topo havia uma placa que dizia “cemitério”.


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