Poison Lust escrita por Alana Sales Bastos


Capítulo 1
Veneno Misturado




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Uns anos atrás, conheci uma mulher misteriosa. Eu era investigador e ainda possuía uma loja de guitarras.

Após muita insistência, aceitei ir em uma boate recém inaugurada. "Poison Lust"!

Na internet, falavam muito do lugar, mas ninguém conhecia o proprietário. 

Me dei ao luxo de ir algumas vezes. Virei cliente VIP. Eu já havia perguntado sobre esse mistério… Peçonhenta! Foi tudo que consegui. 

Certo dia, recebi uma ligação. Do outro lado da linha, uma gostosa voz feminina.

 

—Olá, policial! Fiz algo de errado? Minha boate só tem luxo, fugindo as regras, não entra drogas!

 

—Peçonhenta? 

 

—Uhum!

 

—Nada que eu precise desconfiar. 

Sou frequentador assíduo e ouço muito falar do seu nome, nos últimos tempos. Isso desperta um pouco do meu lado curioso, só isso!

 

—Não gosto de desconfiança! Eu o convido a me conhecer, hoje a noite, mas aqui, no meu habitat! A chamada foi encerrada.

 

Fui ao encontro. A "Peçonhenta" era uma bela mulher de cabelos verdes e olhos de um tom quase esmeralda, lindos. O cabelo estava solto. Ondas sedosas lhe cobriam os ombros. Suas curvas estavam dentro de um vestido vermelho justo. Se apresentou como Shina e pediu minha mão, para me guiar. Ao se virar, vi suas costas nuas até o cóccix. Ela ofereceu sua mão e pegou a minha, e foi me guiando ao seu escritório, onde conversamos e bebemos.

 

—O mistério faz parte do meu negócio! Parecia sibilar as palavras.

 

Contei sobre meu trabalho, descobri que havia dado meu cartão ao barman, que repassou para ela, bebemos e quando um tanto alto, pedi um táxi, para voltar para casa.

 

             ------

Todo Sábado eu estava lá e ela, fazia questão de me acompanhar. Acabamos nos envolvendo.

—-----

Em uma das poucas vezes que veio até minha casa, bebemos um galão de vinho e nos amamos até o amanhecer. Eu a pedi em casamento, após dois anos desse rolo indefinido ter começado. Ela teve uma reação estranha. Não respondeu e foi embora. Não entendi, mas não fui atrás. 

 

—Não fiz nada errado! Justificava para mim

 

Eu estava apaixonado, louco de amor, mas se ela não me queria… Não iria insistir.

 

Eu sumi da boate e não entrei em contato. Três meses depois, ela me ligou chorando.

 

—Eu preciso de você, me perdoa, vem me ver!

 

—Nos vemos amanhã! Desliguei.

—-----

No Sábado, me arrumei com um jeans preto, uma blusa cavada azul e um sapato social, jogando uma social preta por cima. Logo  compareci na entrada, os seguranças me liberaram e eu fui para o bar. Bebi umas doses de whisky. Certo momento, uma bela moça cutucou meu ombro e veio aos meus ouvidos, dizendo que a Peçonhenta estava no escritório.

Me levantei e tive tempo de ouvir a moça pedindo três garrafas de bebida para o escritório. 

—-----

Subi as escadas, quando ia bater na porta, Shina abriu a porta e me agarrou.

Eu não soube o que dizer, mas a abracei.

Ela me levou até o sofá e sentou ao meu lado, até que chegou a bandeija. Ela a despôs na mesa de centro e nos serviu.

Eu não pretendia beber, minha testa formigava. 

 

—Bebe comigo? 

 

—Sim. Mesmo a contra-gosto, aceitei.

 

Eu tentei ir devagar, mas percebi quando estava ficando alto. Decidi ir embora, mas ela se pôs na porta e me beijou, me levando até a mesa.

"Seu mecanismo cruel

Seu sangue como gelo

Um olhar poderia matar

Minha dor, sua excitação"

 

Após o play, ela parecia fora de si.

Desceu minha blusa social e impaciente,  rasgou minha blusa cavada azul, desceu pelo meu tronco, exercendo pressão por onde suas mãos passavam.

Com facilidade, me virou de costas e me deitou na mesa. 

 

 quero te amar, mas é melhor eu não tocar (não toque)

Eu quero te abraçar, mas meus sentidos me dizem para parar

Eu quero te beijar, mas eu quero isso demais (demais)"

 

Eu senti certo prazer, devido suas unhas em minhas costas.

Eu reclamava do ardor, mas ela quase sibilava, se deliciando com aquela tortura.

 

"Eu quero te provar, mas seus lábios são venenosos

Você é veneno correndo pelas minhas veias

Você é veneno

Eu não quero quebrar essa corrente"

 

As mãos deslizaram até minhas panturrilhas e subiram apertando com força. Após apertar minhas nádegas, me puxou e me pôs de frente para ela.

Tomou certa distância e virou parte do vinho em sua boca e sentada no sofá, sensualmente, me olhava, me media.

 

—Bebe a última dose do whisky. Me obedece, você vai gostar! Mordendo os lábios, pediu, ordenou.

 

Quando eu terminei, ela se jogou em mim. Eu me apoiei sobre a mesa e recebi um beijo que mais parecia querer devorar - me. Era uma sensação louca! Nossas salivas e sabores tão opostos, se misturando. 

Mais um pouco e podíamos entrar em combustão!

 

"Sua boca tão quente

Sua teia, eu estou pego

Sua pele, tão molhada

Laço negro, no suor"

 

Na ponta dos pés, ela misturava fala e gemido.

 

—Você, Miro, me deixa louca!

 

Que tortura arrepiante!

Eu apertava sua cintura e suas nádegas e ela incentivava. Eu mordia seu ombro ou o pescoço.

 

—É assim que eu gosto!

 

"Eu ouço você chamando e isto são agulhas e alfinetes (e alfinetes)

Eu quero te machucar só para ouvir você gritar meu nome

Não quero te tocar, mas você está debaixo da minha pele (no fundo)

Eu quero te beijar, mas seus lábios são venenosos

Você é veneno correndo pelas minhas veias

Você é veneno

Eu não quero quebrar essa corrente

Veneno"

 

—Senta na cadeira e olha para mim.

 

Ela tomava distância e tirava o seu justo vestidinho vermelho. Me encarando, provocando. Eu acabava apertando os apoios da cadeira. 

 

"Um olhar (um olhar)

Poderia matar (poderia matar)

Minha dor, sua excitação"

 

Se aproximava de mim, exibia seu bumbum, só de calcinha fio dental preta.

 

—Não me toca! Só sinta… OK?

 

Eu  permaneci imóvel e ela subia beijando meu tronco, enquanto seus eriçados mamilos, provocavam minha pele. Ela mordeu meu mamilo, eu travei meus dentes e ela, sorriu.

 

"Eu quero te amar, mas é melhor eu não tocar (não toque)

Eu quero te abraçar, mas meus sentidos me dizem para parar

Eu quero te beijar, mas eu quero isso demais (demais)

Eu quero te provar, mas seus lábios são venenosos

Você é veneno correndo pelas minhas veias,

Você é veneno

Eu não quero quebrar essa corrente

Veneno"

 

Entre minhas pernas, brincou com o cós da minha calça, passeando com seu indicador. Eu não aguentava mais… Agarrei e a deitei sobre a mesa, me sentei deslizando a cadeira para perto da mesa. Puxei aquele fiozinho para o lado e pus a desvendar sua intimidade, enquanto a via perder seu controle e apertar seus próprios seus seios. Com dificuldade, ela se punha sentada e mandava eu descer minha calça. Deslizava o indicador em minha silhueta presa na cueca de algodão branca ela se ajoelhou e mordia, arranhava e beijava minhas pernas, enquanto vez ou outra, apertava minhas coxas.

 

"Eu quero te amar, mas é melhor eu não tocar (não toque)

Eu quero te abraçar, mas meus sentidos me dizem para parar

Eu quero te beijar, mas eu quero isso demais (demais)

Eu quero te provar, mas seus lábios são venenosos"

 

Hábil, desceu minha cueca e me empurrou para cair na cadeira.

Afastou sua calcinha e se encaixou em mim, investindo toda sua energia.

Vez ou outra, eu apoiei sua cintura, aí ela gritava meu nome. Implorava para não acabar. Nem bem fechava a boca e nos desfazemos um no outro. Suados, embriagados e satisfeitos, nos beijavamos até o ar se esvair.

 

"Eu não quero quebrar essa corrente

Veneno (veneno)

Correndo profundamente dentro em minhas veias

Queimando profundamente dentro em minhas veias

Veneno (veneno)

Eu não quero quebrar essa corrente

Veneno"

 

Nos recompomos e dessa vez, quando eu saía pela porta, ela segurou minha mão e respirou fundo.

 

—Eu aceito… Me casar com você!

Disse puxando um adesivo do ombro esquerdo, revelando um escorpião, em minha homenagem.

 

—Eu te amo! Eu disse enquanto beijava seu pescoço. 

 

Fechei a porta atrás de nós e a joguei no sofá, recomeçando. Na manhã seguinte, tatuei uma cobra, no braço esquerdo, selando nosso compromisso.


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Notas finais do capítulo

Estava jogando GuitarHero e me apaixonei por Alice Cooper.

Obrigada por ler, mesmo no anonimato!



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