E se...(naquele dia) Betty e Armando escrita por MItch Mckenna


Capítulo 24
Capítulo 24: Betty descobre tudo




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Após descer do carro, Betty adentra a Ecomoda e chega ao andar da Administração, sob olhares curiosos de Wilson, Fredy e o quartel, pois é a primeira que veem um homem acompanhando-a.

—Meninas! Este é o Nicolás!

—Nicolás Mora? Seu secretinho? -Bertha feliz, por finalmente conhecê-lo, embora ele fosse bem diferente de como imaginava.

Quando Betty ia adentrar direto a Presidência, Patty a repreendeu.

—Ei, ei! Pensa que é assim? Aqui todo mundo entra e faz a festa! Está pensando o quê?

—Tenho permissão, assim como Seu Mário para entrar na sala da presidência!

—E quem deu permissão?

—Seu Armando, ora!

—Quem tem permissão é você, Betty! Não seus acompanhantes! Eles devem ser anunciados!

—Ora essa!

—Não tem problema, anuncie-me! Anuncie-me!

(Nicolás estava babando por Patrícia, pois era a primeira vez que a via, sem ser por fotos)

—Posso saber que barulheira é essa?

—Este senhor, Armando, que Betty trouxe, tem que ser anunciado!

—Quem disse isso, Patrícia?

—Acontece que no regulamento...

—Desde quando você segue o regulamento? CALE-SE!  Como vai, Nicolás? (cumprimentou-o) BETTY! O que aconteceu?

—Ai, Seu Armando! (Ao sentir as mãos quentes dele em seu ombro, estremeceu. Seus olhos estavam radiantes. Betty havia pedido Nicolás para não contar a novidade ainda a Armando. Nicolás nada entendia ou fingia não entender.)

—Entrem! E vocês: VOLTEM AO TRABALHO!

O quartel, pôs-se a comentar:

—Este aí não o secretinho da Betty? O Nicolás Mora?

—Ai, não era aquele loirinho divino da foto?

 

Patrícia estica o pescoço para escutar

—O que está fazendo aqui, oxigenada?

—Estou vendo se estão trabalhando!

Na sala da Presidência:

—Conte-me, Betty, o que aconteceu?

—Ah, doutor...  -virou para Nicolás  -Tive um mal-estar, minha pressão, a médica disse que não tenho me alimentado bem.

—Mas agora está melhor?

—Sim, claro. Temos uma reunião de Diretoria!

— Vou buscar os relatórios!

—Calma, Betty! Acabou de sair do hospital!

—Mas eu já busco, doutor1

—Depois, Doutor Mendoza, temos que marcar um dia com calma para mostrar a quantas andam os investimentos da Terramoda.

—Sim, veja com Betty e marquemos! Agora não posso, tenho uma reunião daquelas

—Ah! A Betty me fala como são estas reuniões, sei como é! Tenho que ir! Tenho uma reunião agora também! São os negócios, doutor Mendoza, os negócios!

Betty chega com os relatórios das vendas e os balancetes e Nicolás aproveita para ir embora. Ao passar por Patrícia, vê que a moça está lamentando sobre as contas que chegaram.

—Olha, senhorita, se puder ajudá-la, para conversar, qualquer coisa, aqui está meu cartão: gerente-geral da Investimentos Terramoda. É uma sólida empresa, administrada por mim! Precisando, é só chamar!

Patrícia olha-o de cima a baixo.

Na sala da Presidência, enquanto Armando olhava os relatórios, Betty segurava nervosamente o resultado do exame, aí lembrou-se que Armando queria lhe falar algo.

—Doutor, ontem o senhor me  ligou, sobre o que quer falar?

—Ah sim, Betty! Mas eu precisava que estivéssemos sozinhos. Antes dos outros empregados chegarem. Agora, alguém pode ouvir... É uma questão complicada! Algo que saiu do meu controle.  Mas creio que se te explicar tudo, entenderá.

—Sim.

—Podíamos sair agora antes da reunião para tomar um café e conversarmos. Agora, Betty! Fiquei preocupado. Tem certeza que foi só uma queda de pressão?

—Seu Armando, tem algo que tenho que lhe contar...

—Vamos sair, então...

—Mas antes, não vai me dar nem um beijinho de bom dia?

—Humm... sim!

(beijinho, eles se levantam e vão até a salinha para dar outro e uns abraços.)

—Vamos, então?

 

Neste momento, a porta da presidência se abre, é Marcela:

—Armando! 

—Ai, não!

—Vai, eu fico aqui, depois que ela for, saímos.

Beijos

—Sim, Marcela?

—Meu amor, o que faz aí?

—Estou organizando umas coisas na salinha, Marcela!

—Aí está sujo! Fétido!

—Não, não!

—Venha cá, meu amor! Estou tão feliz de marcarmos a data! Logo, seremos oficialmente noivos! Desta vez você não vai fugir, Armando!

—Marcela! Já disse para não falarmos destas coisas na empresa!

—Em breve, estará em todos os jornais e revistas: Armando Mendoza e Marcela Valência oficializam o noivado. A união das duas famílias tornará a Ecomoda ainda mais forte.

—Chega, Marcela! Não foi isto que combinamos!

—Não fui eu, meu amor! Não conhece sua mãe? Ela está muito feliz com nossa união.

—Não vê que estou trabalhando? Teremos reunião hoje!

—Sim, e eu vim exatamente para avisá-lo que meu irmão já chegou, assim como Cata e estão em minha sala!

—E meus pais?

—Estão a caminho!

—Ótimo! Quando eles chegarem, me avise.

—Não vai me dar nem beijinho?

(eles se dão um beijinho)

Armando está branco, gelado. “Será que Betty ouviu algo? Ela vai entender errado! Pretendia contar-lhe antes”.

Do lado de dentro, Betty está gelada desde que ouvira a palavra “noivos”, neste momento tremeu e sem perceber, deixou o envelope com o exame cair ao chão.

“Então, eles voltaram, marcaram a data do casamento e era isso que queria me contar? Quer que eu seja sua amante?”

Ao voltar a si, limpou o beijo da boca.

“Seu Armando é um porco! Safado!

Armando abriu a porta, rezando para que ela não tivesse ouvido nada e tivesse tempo de contar-lhe tudo.

—Meu amor!

—O senhor está enganado, doutor! O seu amor, a mulher a sua vida com quem vai se casar, acabou de sair por aquela porta!

—Não Betty! As coisas não são assim!

—São assim sim! Quando ia me contar?

—Hoje! Agora! Era isto que queria te contar!

—Interessante, Dr. Mendoza! Muito interessante!

—Betty! Vamos tomar o café, sim? Aí vou te explicar tudo e vai entender!

—Eu não vou a nenhum lugar com o senhor! (pisa no pé dele, pois estava na frente dela, impedindo que saísse)

—Ai!! 

—Pode ficar tranquilo que sei ser profissional e farei uma excelente apresentação!

—Betty! Não estou preocupado com isso!

Quando Betty sai da sala, Armando vai atrás dela.

Betty sai desesperada para sua sala, desviando de todos, inclusive do quartel. Neste momento, Catalina cruzava a mesa de Patrícia, ia falar com Armando, mas ao ver Betty assim vai atrás dela e bate na porta. Ao ver Catalina, Armando dá meia volta.

—Por favor, Betty, abra! Sou eu, Catalina!

—Ai, Dona Catalina! (ela abre a porta)

—Que foi, Betty? Nunca te vi neste estado!

—Me mataram, Dona Catalina! Me mataram!

Catalina a abraça forte

—Quer conversar, Betty? 

—Agora não posso, Dona Catalina...

—Sim, temos reunião, mas... (Betty abraçava Catalina cada vez mais forte. E Catalina começou a massagear suas costas, depois os puhos, os ombros, deitou-a para massagear as costas.)

—Não sei qual é sua dor, o seu problema, Betty, mas sei quanto ama sua profissão, logo, tem que se acalmar, jogar-se no trabalho. E esquecer momentaneamente o que está acontecendo. Está bem?

—Sim, Dona Catalina!

—Venha, Betty! Vamos ao banheiro, vou te retocar! Não pode se apresentar assim perante a diretoria.

 

Betty foi com Catalina e nos corredores, o quartel e Patrícia estavam indagando porque Betty saíra chorando da sala de Armando. Patrícia queria falar com Marcela, mas como estava com Daniel, preferiu não entrar.

Betty logo se refez (pelo menos, do lado de fora)  com a maquiagem e o penteado que Catalina lhe fez. Parecia que nada tinha acontecido, estava renovada, mas por dentro, destroçada, nem parecia a mesma que horas antes, embora, insegura, abraçava seu corpo, e falava “Então, você é o fruto de nosso amor, um Pinzón Mendoza?”

Betty adentrou a sala de reuniões. As pastas estavam sendo distribuídas por Sandra, Patrícia contrariada servia os cafés, Hugo, desta vez participaria, pois estava animado sobre os rumores de sucesso da coleção, a primeira da nova gestão de Armando, assim como os pais dele, Marcela estava feliz com isso e com a data do casamento. Já Daniel estava ansioso para achar algum defeito no balancete, lançar suspeitas. Maria Beatriz não havia chegado. Mário olhava o amigo, vendo nele a preocupação, sem entender o porquê, já que as coisas pareciam estar nos eixos. 

Betty adentrou a sala com Catalina. E após a apresentação de Armando começou a falar:

—Ai, não! Não me digam! Não me digam! -exclamou Hugo -Que a assistente de Cata que agora é a responsável pelo financeiro desta empresa é nada mais, nada menos que a Betty, aquele monstrinho!

—Boa tarde para você também, Seu Hugo! Vou começar a explicar o balancete agora! -Betty retrucou-lhe, colocando-o no lugar dele

—Estava entusiasmado com os rumores que ouvi, mas ao saber disso, estou com calafrios!

—Neste ponto devo concordar contigo, Hugo!

—Ai, Danny Boy!

—Olha! Eu não vou admitir da parte de ninguém nenhuma interrupção ou observação maliciosa referente ao trabalho e muito menos à pessoa de Beatriz!

—Meu filho tem razão nesta questão, por favor, Dra. Beatriz, continue.  -Roberto, levantando a voz

 

Logo após a apresentação, Roberto estava feliz, pois finalmente a gestão do filho estava dando bons resultados.

—Parabéns, dra. Pinzón! Devo agradecer-lhe por colocar minha empresa finalmente nos eixos!

—Grata, dr. Valência!

—Aliás, cumprimento-a duplamente: primeiro pelos números e segundo pela mudança de visual. Com certeza, essas novas roupas revelam uma mulher muito mais interessante!

Armando percebeu o galanteio e quebrou o lápis debaixo da mesa. Betty percebeu e agradeceu Daniel, timidamente. Logo, Maria Beatriz adentrou a reunião:

—Desculpe-me pelo atraso! Ou ainda não começaram?

—Já praticamente terminamos, Maria Beatriz! -gritou Armando

 

Maria Beatriz olhou um por um e cumprimentou.

—Esta não conheço!

—É a Betty!

—Betty? Betty?

—A ex-assistente do Armando!

—Jura? Mas ficou maravilhosa!  Nossa! Sua plástica ficou perfeita!

—Não foi preciso plástica!

—Como não? Era horrorosa! Não era?

—Era não! Vai saber o que tem por baixo dessa maquiagem! Vuuuu  -Hugo provocando

—Ah mas eu acho que as cicatrizes!

—Eu sou a responsável pela transformação da Betty e posso garantir que não implica em cirurgia plástica!

—Ah, mas eu pensei...

—Vamos parar com este assunto, ou quer que eu mostre as suas fotos antes das operações, Maria Beatriz? -perguntou Armando

—Não está mais aqui quem falou!

´-Ótimo!

—Ah! Mudando de assunto! Parabéns! Estou sabendo de tudo! Já vou encomendar um vestido! Parabéns, Marcela! Será que desta vez você agarra o Armando? -continuou Maria beatriz, indiscreta, como sempre

—Agarro-o nem que tenha que ser embrulhado!

Armando olhou para Bettyy, constrangido, logo, ela, sem jeito, deu uma desculpa que tinha muito trabalho para fazer e que ainda precisava ligar para seus pais e retirou-se. Armando queria ir atrás, mas logo, chegaram os garçons. Catalina, observava tudo atentamente. É lógico que havia uma tensão no ar entre Betty e Armando, uma tensão que se agravou com o assunto do casamento dele com Marcela (eles não tinham terminado?). Sentada ali, lembrou-se da mudança do estado de humor de Betty com a chegada de Armando à Cartagena.

“É lógico! Betty e Armando tem algo!”

Logo, ela também deu uma desculpa e também saiu. Foi até a sala de Betty, que disfarçou o choro. Mas de Catalina não adiantava esconder nada.

—Betty, abra, sou eu de novo!

—Oi, dona Catalina. Gostou dos números da reunião?

—Sim, muito. A empresa vai bem, mas sinto que você não vai bem... Venha almoçar comigo!

—Dona Catalina, não...

—Não aceito não como resposta!

Betty resolve ir, avisa as do quartel que irá almoçar com Catalina. Armando, finalmente, consegue sair da sala, mas Betty já havia ido.

Então, ele volta à sala da Presidência e encontra Mário.

—Mas o que há com Betty?

—Venha cá, que vou te contar! Ela descobriu tudo e da pior forma!

—Não é para menos do jeito que a Maria Beatriz falou!

—Antes disso! Me viu com a Marcela.

...

—_____________

Enquanto Armando conta tudo a Mário, Betty, pressionada, se abre para Catalina, omitindo, por enquanto, a gravidez.

—O que dizer, Betty? Não quero te julgar, mas te avisei!

—Sim, Dona Catalina, mas quando me falou eu já estava envolvida com ele... Na verdade, sempre o amei! Desde que o conheci, me apaixonei. 

—Compreendo, Betty! Mas todo este tempo em que os conheço, Armando sempre volta com Marcela. Por isto, duvidei quando ele disse que  tinham se separado, pois sempre voltam.

—Eu sei, Dona Catalina! Mas meu coração não entendia assim...

—Então, você e Michel nunca tiveram nada?

—Eu dei uma chance a ele, mas não consegui sentir nada! Eu tentei falar a ele, mas não quis me ouvir!

—Pois prepare-se, Betty! Pois em breve ele virá para vê-la, pois tem que abrir uma empresa para registrar o restaurante e prometeu vir aqui, vê-la.  E não vai demorar!

—Sim, ele me disse quando parti. Mas não vou magoá-lo!

—Quem sabe, Betty, pode tentar abrir o coração para deixá-lo entrar!

 

Betty queria dizer que não é tão fácil, já que está esperando um filho de Armando, mas resolve deixar para depois. Quando acabaram, Betty voltou para a Ecomoda, acompanhada de Catalina, pois pedira a amiga que ficasse com ela, para que Armando não viesse abordá-la. 

—_______________


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Notas finais do capítulo

Betty ouve ou não o que Armando tem a dizer-lhe?



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