Amor e Ódio escrita por Albby Star


Capítulo 17
Explicações




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/792226/chapter/17

Bakugou se revirava na cama, que encontro de merda! Tinha certeza de que Ochako o odiou e nunca mais iria querer sair com ele. Começou bem, ela estava se divertindo, mas porra, iria pensar duas vezes antes de levar alguém em um show de rock.

Com certeza iria matar Denki e a maldita Jiro, onde estava com a cabeça quando foi ouvir eles? Devia ter ido ao parque de diversões como sugeriu Kirishima — "Aquele cabelo de merda tinha razão, que inferno!"— e ainda teria que ouvir um belo de um "eu te avisei", por um momento até pensou na possibilidade de não contar nada a ele, mas logo se recordou de uma rosada fofoqueira que iria contar.

— Posso tentar descobrir algo com ela — disse para si mesmo — Você é um gênio, Bakugou — sorriu vitorioso.

Depois de se remexer muito em sua cama, ele conseguiu pegar no sono, mas é claro que maldita cara de lua tinha que estar presente nele. Em seus sonhos, a castanha dizia que o amava e não poderia mais viver sem ele, aquele devaneio foi o suficiente para acordar sorrindo.

Depois daquele desastre — vulgo encontro — O loiro decidiu que não poderia ficar me martirizando, depois de relembrar o sonho que teve, se ordenou a praticar as suas atividades matinais de domingo. 

Por ser um dia de “descanso” e estar avoado por conta do acontecido da noite anterior, resolveu pegar "leve" com si mesmo. Apenas correu um pouco e fez algumas flexões, decidiu que iria ficar o dia inteiro trancado no quarto, mas se permitiria receber visita do seu melhor amigo

Agradeceu por não ter ninguém acordado quando voltou ao dormitório, entrou sorrateiramente pela grande sala e seguiu de cabeça baixa até o elevador, etapa um concluída com sucesso. Segunda etapa: conseguir sair do elevador e chegar até seu quarto sem interrupções. O elevador abriu em sua frente e ele analisou o andar, estava vazio, como esperado. Um passo atrás do outro, sem fazer barulho, já estava quase lá, só mais um pouco.

Uma porta se abriu e logo em seguida veio um grito — BAKUBRO — Denki o chamou, mas ele ignorou — Bakubro, não me ignore pô — andou atrás do garoto — Como foi o encontro com Ochakinha? — Katsuki estremeceu, aquele maldito ele sabia de algo — Já podemos encerar a aposta? — provocou.

— SEU MALDITO — gritou sem se importar com quem estava dormindo — VÁ PARA A PUTA QUE PARIU — suas mãos esquentaram — COMO VOCÊ SOUBE?

— Soube do que? — foi então que entendeu — PUTA MERDA, DEU RUIM — ele riu.

— VAI SE FODER — entrou em seu quarto e bateu a porta — QUE SACO! — se jogou na cama.

{...}

Do lado oposto ao quarto dele, a castanha encarava o teto, como poderia encarar Katsuki depois da conclusão que chegou? Como poderia olhar para ele sem pensar quanto o queria? Ela estava ferrada em todos os níveis possíveis.

Apesar de ser seu dia de folga, decidiu que iria correr um pouco para se distrair, sabia que naquele horário Katsuki já teria encerrado suas atividades. Olhou em seu celular e não havia nenhuma notificação dele, não sabia o porquê de estar esperando algo ... Só queria um motivo para falar com ele.

Ela terminava sua primeira volta ao redor do lago quando avistou Deku, se aproximou do garoto que parecia avoado — Dekuuu — o chamou e se sentou ao lado dele.

— Oi Ochako — sorriu tímido — Como você está?

— Tô bem e você? — olho para o lago à frente.

— To bem ...— suspirou ficando em silêncio.

— O que está acontecendo? Você parece desanimado — ficou preocupada, nunca tinha o visto assim.

— Ah — olhou para ela — Eu preciso te confessar algo — sua voz tremeu.

— Oh ... Pode falar — tentou manter a calma.

— É ... Ocha , eu nem sei como começar ... — olhou para suas mãos.

— Pelo começo parece ser uma boa — ela riu.

Ele respirou fundo — Eu sei que você gosta de mim — a castanha quase desfaleceu em sua frente — Só que eu... Eu — lhe faltava coragem para dizer.

— Não gosta de mim? — ela perguntou intrigada — Deku — olhou para ele.

— Desculpa, Ochako — não tinha coragem de olhar em seus olhos.

— Olhe pra mim — pediu e ele fez — Está tudo bem — sorriu — Eu não gosto de você nesse sentindo, eu admiro você e amo muuito como um irmão — se explicou — Antes eu achava que realmente gostava de você romanticamente, mas alguém me fez perceber que estava apenas confundindo tudo — sorriu ao pensar no loiro — Está tudo bem Deku, só espero continuar sendo sua amiga.

O esverdeado ouviu tudo atentamente, era um alívio ouvir aquilo, não queria magoar a castanha — Você não sabe como eu estou feliz em ouvir isso — a puxou para um abraço — Obrigada, Ura.

Ela retribuiu o abraço, estava aliviada. Essa era a sensação, estava carregando isso há tempos e quase não aguentava mais, essa história de ela e Deku ser um casal já estava maçante. Ela percebeu isso quando se irritava quando alguém dizia algo do tipo, sempre se questionam do porquê não poderia ser ela e Bakugou.

— Ochako — ele a chamou — Quem te fez distinguir seus sentimentos? — a olhou curioso.

— É ... é — seu rosto ficou vermelho, tentava organizar uma frase, mas nada saia.

— Foi o Kacchan? — perguntou com um sorriso travesso, o rosto dela confirmou tudo, mesmo sem que ela dissesse nada — Uraraka!

— Eu não planejei nada! — suspirou — Simplesmente aconteceu — deu de ombros.

— Ah, eu imagino como aconteceu — sorriu malicioso — Me conta tudo, vamos — apressou a castanha.

Ela respirou fundo, estava querendo desabafar com alguém, mas não poderia ser com as meninas. Não que elas não fossem suas amigas, mas eram meninas e provavelmente iria vazar pela escola, era sempre assim — Lembra aquele dia que você acabou me magoando? — tocou na ferida — Eu saí magoada de lá, só saí andando sem direção, acabei indo para o terraço e Kacchan foi atrás — suspirou ao se lembrar do primeiro beijo — Em um instante estávamos conversando e no outro ... se beijando — ficou vermelha.

— URARAKA! — o cabelo verde exclamou — Eu realmente nunca imaginei nada — foi então que um estalo veio em sua cabeça — Foi com ele que você saiu sábado? — ela acenou que sim com a cabeça — E foi bom? Sabe, Kacchan é meio Kacchan — sorriu sem jeito.

A castanha começou a desabafar, contou tudo o que estava entalado, sobre como gostou do começo do encontro e até que odiou a parte do show. Mostrou os hematomas resultado das cotoveladas e empurrões, falou sobre a lanchonete e do passeio do parque, o menino ouviu tudo pacientemente e atento — Eu realmente estou gostando dele, Deku, não é nenhuma confusão — sorriu feito boba.

— Caramba — ficou surpreso — Nunca tinha visto esse lado do Kacchan, sempre tão explosivo e sendo ele mesmo — riu balançando a cabeça — Eu acho que ele fez tudo o possível, aposto que suas intenções eram as melhores — animou a menina.

— Eu acho que ele não quer me ver tão cedo — ficou triste — Mas eu não posso guardar tudo o que sinto nessa altura do campeonato em uma caixinha e colocar no fundo do armário ...

— Por que você não o chama para sair? — sugeriu.

O rosto dela se iluminou, como não tinha pensado nisso antes — Você está certo! Mas espera — murchou novamente — Eu não tenho ideia de onde levá-lo, me ajuda Deku — pediu a ele.

— Claro! — sorriu animado.

{...}

O loiro andava impacientemente pelo quarto, tinha mandado mensagem para o cabelo de merda há 10 minutos e até agora nada dele apareceu em seu quarto, com certeza estava com o demônio rosa. Já estava prestes a explodir quando ele entrou em seu quarto, mas revirou os olhos quando viu o ser rosado ao seu lado.

— Eai, BakuBro – o ruivo sorriu para o amigo.

— Que caralho — reclamou — Se tivesse morto, já estaria em decomposição e porra, ainda trouxe o embuste — apontou para a rosada.

— Calma mano, já sei que deu merda o encontro — observou — Você deveria estar em êxtase, Bro — deu levemente um tapa em suas costas.

— Tsc — resmungou — FOI UMA BOSTA — desembuchou — ELA ODIOU AQUELA MERDA, NÃO DEVERIA TER OUVIDO AQUELE MERDA — o ruivo sabia que ele estava falando de Denki — EU VOU MATAR O PIKACHU E A MP3.

— Calma Bro — tentava acalmar — Me conta aí.

O loiro respirou fundo e organizou seus pensamentos, abaixou seu tom de voz e começou a narrar o encontro, Kirishima e Mina ouviam atentamente, o loiro realmente estava incomodado com aquilo — Agora eu não sei nem com que caralhos irei olhar para ela — desabafou.

— Ué, como sempre olhou — o cabelo vermelho falou sem dar a mínima.

A rosada que estava em seu lado instantaneamente lhe deu um tapa — Não seja idiota, Kirishima! — se concentrou no Bakugou — Ela com certeza amou, mesmo com o contratempo — tentou tranquilizá-lo — Não tire conclusões precipitadas, irei conversar com ela e depois te conto tudo.

Katsuki ficou aliviado, tinha conseguido uma cúmplice e estava feliz, agora só deveria esperar ela fazer o trabalho sujo e extrair informações de Ochako. Eles logo desceram para almoçar, mas ele ainda não se sentia confiante para ver a castanha, decidiu que iria ficar mais um tempo em seu quarto e a evitaria.

Uma chamou sua atenção, quem seria o maldito agora? Não estava afim de aguentar Denki e nenhum outro extra — Que foi, porra? — perguntou abrindo a porta mal humorado.

— Hã ... Oi — estremeceu ao vê-lo daquele jeito.

— Cara de lua — estava surpreso — O que faz aqui? — a puxou para dentro antes que alguém a visse.

— Eu ... eu vim saber como você está — gaguejou — Você não mandou mensagem e até sumiu — o encarou — Está fugindo de mim?

Ele a odiava naquele momento, como poderia ser tão pequena, mas ao mesmo tempo tão destemida — Eu não estou fugindo de você — respondeu a encarando — Só não quis te ver, eu tenho cara de quem fica de melação por aí? — Estava na ofensiva.

— Bom, depende — sorriu brincalhona — Mas enfim, como você está?

— Tsc — resmungou — Estou bem.

— Eu também estou — sorriu nervosa.

— Desembucha logo — ele percebeu o nervosismo da castanha, ela só ficava assim quando queria falar algo ou pedir algo.

— Bom ... é — olhou para as mãos nervosas — Kats, é — respirou fundo e falou rápido — VocêQuerSairComigo? — saiu tudo enrolado.

— Eu não entendi, bochechas — mentira, entendeu muito bem, mas queria ouvir de novo.

Ela respirou fundo novamente, inalando todo o ar possível para os seus pulmões, olhou para os olhos carmesim — Você quer sair comigo? — perguntou tímida.

— Não sei não — fingiu pensar — Sabe, meu último encontro não foi muito bom — zombou.

— Atrevido! — lhe deu um tapa — Pois então fique aí sozinho — se virou para sair.

— Eu tô brincando — a puxou para perto de si — É claro que eu aceito — sorriu e a beijou — Mas acho bom você me impressionar — sorriu a desafiando.

— Eu vou!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor e Ódio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.