Akuryō: Demonic Spirit Keys escrita por EleanorDevil


Capítulo 1
Prólogo - Criança Branca




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Akuryō: Demonic Spirit Keys

Prólogo - Criança Branca

A escuridão tomava conta do lugar, estava tudo escuro como o breu. Ali, um corpo flutuava, de olhos fechados, braços e pernas pendurados. À primeira vista, parecia ser uma criança inocente que dormia...mas esta não era uma criança comum. Esse corpo infantil emanava uma energia obscura por todo o lado...era fria, obscura...repleta de mal!

'Eu não sou como a Kagura! Eu não sou uma ferramenta do Naraku! Eu sou o meu próprio mestre!'

As sobrancelhas da criança subitamente moveram-se para dentro ao ouvir o grito daquela voz, ecoava em todo o seu redor naquele lugar.

Kagura...

Naraku...

Os nomes eram familiares...mas onde é que os tinha ouvido antes?

'Dói, Kagura? Provavelmente porque Naraku acabou de apertar o teu coração...esteja onde ele estiver'

Esses nomes novamente...e a quem pertencia a voz que falava? Não se conseguia lembrar...a sua cabeça começava a latejar de dor. Primeiro a raiva, depois o tom de gozo...não eram apenas os nomes que lhe eram familiares...

'Observa. Todos estes humanos deploráveis irão-se tornar na comida daqueles pássaros.'

Humanos deploráveis...sim...isso mesmo...os humanos eram seres deploráveis, patéticos e fracos...ele estava a começar a lembrar-se, os humanos não eram nada para ele, não podia dizer que odiava aqueles fracos seres, na verdade não sentia nada por eles...a única certeza que tinha era que gostava de os ver sofrer!

'Humph! Como se eu morresse por causa dos poderes espirituais de um mero sacerdote!'

Era verdade...ele não podia morrer...tinha-se lembrado...

'Destrói o meu corpo quantas vezes queiras, eu não vou morrer!'

Ele não podia morrer, ele era imortal...! Ninguém era capaz de matá-lo!

E mesmo assim...

'Kazaana!'

'EU SOU O VERDADEIRO!'

Franziu mais as sobrancelhas, tinha-se lembrado de tudo...ele estava morto...e morreu da maneira mais patética de todas...! Ele tinha pensado em tudo, ele não possuía uma coração dentro do seu corpo, por isso podia ser destruído mas nunca morto...! O seu plano para derrubar o seu patético criador era perfeito, não tinha falhas...!

E no entanto tinha sido ele mesmo a falhar, quando não se apercebeu que o seu criador tinha controlo sobre as suas habilidades...e foi isso que acabou por o condenar ao seu fim...

Patético! Morto às mãos de um monge uma vez mais, e desta vez era para sempre, não havia maneira possível de ele regressar!

"Rapaz...queres viver?"

Desta vez a voz não era a sua, nem eram lembranças...

"Rapaz, queres viver ou não? Responde-me."

A voz era serena mas poderosa...mas ele não gostou do tom exigente - era ele que dava ordens aos outros, não o contrário -.

Abriu a sua boca para responder à voz mas descobriu que ele próprio não tinha voz. Também não era capaz de abrir os olhos.

Como raios ia ele responder se não podia falar?!

"Fala através dos pensamentos, rapaz."

Bem...isto tinha sido um pouco embaraçoso...embora fizesse sentido...

"Quem és tu? És mais um dos tantos demónios que aquele monge sugou com a mão amaldiçoada?"

"Demónio? Eu? Eu não sou um demónio, rapaz." a voz tinha agora um tom divertido, ele não conseguia perceber se tinha sido por causa do que ele perguntou ou se era por outra razão, fosse o que fosse parecia que estava a gozar com ele e muito honestamente...isso irritava-o.

"Pára de me chamar rapaz..."

"És um rapaz, não és? Um rapaz demónio mas ainda assim um rapaz."

A maneira de essa pessoa falar, fosse ele quem fosse, estava a começar a provocar-lhe uma grande dor de cabeça.

"Eu tenho um nome"

Um riso suave desta vez "Eu sei disso, rapaz, eu sei o teu nome."

Agora tinha a certeza que a voz estava a gozar com ele.

"Então pára de me chamar rapaz, usa o meu nome!"

"Não posso fazer isso até que respondas à minha pergunta."

A pergunta...certo...ele tinha feito uma pergunta, uma pergunta idiota segundo ele..."Eu já não estou vivo, perguntar isso é inútil."

"E isso não responde à minha pergunta, rapaz. Queres viver ou não?"

"Como é que posso viver se já estou morto? O meu corpo já não existe!"

"Do mundo físico, sim."

"Então como é suposto eu-"

"Responde à pergunta, rapaz, agora."

A mudança repentina no tom de voz fê-lo congelar, era ainda mais exigente, quase intimidante...não era igual a vozes que ele já tinha ouvido no passado...e fê-lo sentir algo que nunca sentiu antes...tinha-o feito sentir...medo.

Ele não gostou disso...ele é que causava medo aos outros, não o contrário. No entanto...a pergunta ou era um tes"te ou uma mentira...quem quer que fosse aquela voz, sabia que ele estava morto de vez.

"Rapaz..."

"Sim" Porque havia respondido tão depressa? Porque é que ele estava sequer a confiar naquela voz? Ele não confiava em ninguém...!

"Sim? É essa a tua resposta?"

"É." Lá estava ele novamente, havia respondido tão depressa que não conseguia pensar em condições!

"Então...abre os teus olhos, Criança Branca, está na hora de acordares do teu sono eterno."

E assim ele fez, mal a voz acabou de falar...Hakudōshi abriu os seus olhos violeta.

 


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Notas finais do capítulo

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