Maktub escrita por Dreams of a Blindspot fan


Capítulo 8
Capítulo 8




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O corpo de Tasha estava passando por diversas mudanças desde de que descobriu a sua gravidez. Ela estava entrando na oitava semana, e os enjoos matinais estavam cada vez mais fortes, ela sempre tentava cuidar bem da sua alimentação, comia bem pela manhã, bastante frutas nos intervalos das refeições, mesmo que muitas vezes esses alimentos não ficassem por muito tempo no seu estômago.

Muitas vezes ela sentia uma vontade absurda de desistir de tudo, estava com medo e cheia de incertezas, agora não era mais sobre ela, tinha uma criança vindo ao mundo, o que deixava tudo mais complicado. Mas era dessa situação que ela extraía forças para continuar lutando, ela tinha que ser ainda mais forte o seu bebê precisava disso, precisava dela.

Tinha dias que até o gosto do creme dental lhe causava mal estar, e ela passava horas do dia sentada na cama, não tinha muito o que fazer naquele lugar, então ela aproveitava aqueles momentos para meditar e conversar bastante com o nenê, era a maior felicidade e ela não via a hora que ele começasse a mexer, torcia para que Reade estivesse por perto quando esse momento mágico chegasse, mesmo em meio a toda essa fuga ela se sentia tão grata por ele está ao seu lado.

Reade já se organizava para ir encontrar com Tasha, passou pelo mercado comprou algumas frutas e verduras, e também algumas comidas saudáveis para preparar. Durante o caminho ele só pensava em encontrá-la, era muito difícil para ele passar tanto tempo longe da mulher e do bebê. Para Reade estar com eles eram os melhores momentos da sua vida, ele não imaginava que precisava disso para ser feliz, já se imaginava segurando o seu filho ou sua filha nos braços.

Assim que entrou em casa, avistou Tasha folheando uma revista sobre gestação, a revista que ela tinha lhe pedido para trazer assim que descobriu sobre a existência do nenê..

Quando ela o viu entrando pelas portas pulou nos seus braços e o abraçou forte, Reade deixou as sacolas caírem e agarrou sua amada com toda sua força, estavam com muitas saudades um do outro.

Após um beijo carinhoso cessar, Tasha o ajudou a guardar as compras enquanto ele lavava algumas frutas para consumirem.

— Tash você está se alimentando bem amor? — Perguntou ele.

— Estou sim Reade, estou comendo tudo certinho.

— Estou te achando muito pálida. — Reade se preocupava bastante com ela.

— Reade eu não estou saindo de casa, deve ser por isso.

— Então que tal um picnic lá fora? — Sugeriu Reade. — O clima está super agradável e você aproveita para levar um pouco de sol da tarde.

— Tem certeza que você não quer ficar aqui? Podemos ver um filme. — Sugeriu ela.

— O que poderia ser mais divertido do que nós dois fazendo um picnic lá fora?

— Tudo bem, eu topo. — Disse ela animada.

Tasha preparou com Reade o picnic, algumas frutas e alguns pães, um pouco de suco e chá e foram dar uma volta lá fora.

Os dois estavam animados em passar esse tempo juntos, Reade conhecia bem o local, já que passou boa parte da sua infância ali, não era longe da casa, tinha um pequeno lago onde eles decidiram ficar, ele forrou o chão com uma toalha e organizou o lanche deles, era um momento divertido e cheio de carinho enquanto se preparavam para assistirem ao por do sol.

Tasha estava deitada no colo dele enquanto ele acariciava sua pequena barriga, Tasha contava o que estava aprendendo sobre gravidez enquanto ele não para de admira-la.

— Tash... — Chamou ele.

— Hmm? — Ela fez sinal para que ele continuasse.

— Já podemos escolher nomes para o bebê? — Quis saber ele.

— Não acha cedo? — Ela sorriu, sentando-se para ficar bem próximo a ele.

— Não, acho já poderíamos pensar, um nome para menino e um para menina.

— Certo... O que você acha de Miguel? — Sugeriu Tasha.

—  Miguel? Eu acho lindo, é um nome calmo. Sabe amei esse nome. — Disse Reade que parecia satisfeito com a escolha.

— Ufa... Eu pensei que seria mais difícil escolhermos um nome. — Brincou ela. — E se for uma menina Reade? Como vamos chamá-la?

— Menina... — Reade ficou alguns minutos pensativos. — Que tal Aurora?

— Aurora é lindo! Nome de princesa, eu amei. — Disse Tasha.

— Então escolhemos os nomes para o nosso bebê, se for uma menina vamos chama-la de Aurora e se for menino o  chamamos de Miguel.

— Perfeito, agora podemos comer? Estou com fome de novo. — Disse Tasha provocando risos nele.

Após uma tarde cheia de troca de carinhos e momentos maravilhosos juntos, os dois seguiram o caminho de volta para casa, Tasha não escondia o sorriso de felicidade por estarem juntos, e não via a hora de serem logo três, a família que ela jamais imaginou ter.

Quando Reade estava com ela o tempo parecia voar, tudo o que ela não queria, a hora de se despedir era sempre triste, tudo o que ela mais deseja era voltar a normalidade, e ele também, não via a hora de poder morar com a sua Tasha, no apartamento dele, ele sempre pensou em constituir uma família e isso tudo estava acontecendo, e com a mulher que ele tanto ama.

Só que no meio de tudo isso existia um sério problema, provar a inocência de Tasha para os amigos e para a CIA,  e quando conseguissem isso poderiam enfim viverem livres, mas até lá eles só poderiam contar um com o outro e com o conforto um do outro.

    A viagem de volta para casa foi pensativa e Reade precisava tomar uma decisão, ele tinha que lutar pela sua família, e faria isso com unhas e dentes. Assim que chegou a cidade tratou logo de ligar para Tasha avisando que tinha chegado bem, conversou um pouco com ela e foi direto para o escritório do FBI. Precisaria tentar resolver toda essa história, e seria hoje.

Avistou Patterson assim que entrou, a loira estava saindo do seu laboratório, mas ele não queria falar ali, não era um local seguro.

— Patterson preciso falar com você, está muito ocupada? — Perguntou ele.

— Eu ainda tenho alguns minutos Reade. Porque?

— Vamos precisar de mais do que isso, pode vir comigo?

— Posso se você me disser para onde estamos indo, porque esse mistério todo? — Ela ficou curiosa.

— Eu preciso da sua ajuda, mas não podemos conversar aqui, será que agora podemos ir? — Explicou ele.

— Onde você estava esse final de semana? Tentamos falar com você, temos algumas pistas sobre a Zapata. — Aquilo fez Reade congelar. — Acho que ela pode ter saído de Zurique e deve ter ido para o México.

— Eu explico tudo quando estivermos num local seguro.

Patterson acompanhou Reade que parecia bastante nervoso, o local mas seguro que ele encontrou foi um parque próximo, os dois encontraram um banco um pouco afastado, ela já estava apreensiva com o teor do que iriam conversar.

— Reade você está me deixando nervosa, o que aconteceu? — Disse a loira.

— Por muitas vezes você me disse que eu poderia confiar em você, e que estaria aqui para me ajudar sempre que eu precisasse.

— Sim Reade, e eu estou aqui por você, por cada um de vocês. — Afirmou ela.

— É sobre a Tasha... — Ele começou temeroso.

— O que tem ela? Reade você está me deixando com medo. — Patterson ficou ainda mais preocupada.

— Preciso que você me prometa que vai me ajudar independente de qualquer coisa.

—  O que você fez? Reade?

— Me promete? — Ele insistiu.

—Tá Reade eu prometo, o que você fez?

Ele mostrou uma foto de Tasha pelo celular, a foto tinha sido tirada no dia anterior enquanto estavam juntos. Tasha nem viu quando Reade tirou a foto, ela estava distraída  com a mão da barriga enquanto eles conversavam.

— O que significa isso Reade? De quando foi essa foto? — Perguntou ela pasma.

— Patterson, há alguns meses atrás eu fui atrás da Tasha em Zurique, e eu a trouxe de volta...

— O QUE? Como assim? A Tasha está aqui? Onde ela está? — Eram muitas perguntas que ele tentaria responder.

— Está em um local seguro, ela precisa da nossa ajuda, de toda a ajuda que conseguirmos. — Disse ele.

Patterson ficou de início calada, estava pensativa sobre o que Reade falou, ela nunca ficava sem respostas, mas dessa vez foi diferente, a loira não sabia nem o que falar.

— Reade eu nem sei o que dizer... — Falou ela ela ainda olhando a foto.

— Calma, tem mais... creio que é uma das partes mais delicadas da história. — Disse ele. — A Tash tá grávida!

— Grávida? Reade é seu? — A loira perguntou tentando se recuperar do segundo susto do dia.

— De quem mais seria Patterson? Claro que sim!

— Nossa Reade eu... Eu nem sei o que dizer, uma criança no meio disso tudo. — Ela estava tentando raciocinar. — Mas se vocês estão felizes eu fico feliz por vocês. Mas com tudo isso o que está acontecendo, como a Tasha está reagindo?

— Ela ficou assustada no começo, e aos poucos estamos nos adaptando. Não foi uma coisa que planejamos, aconteceu. — Explicou ele.

— Era por isso que você sumia e não atendia o telefone? — Perguntou ela.

— Era sim. Eu queria te contar antes, mas tive medo da sua reação. Eu estou tentando provar a inocência dela, mas não consigo sozinho. — Confessou ele.

— Certo! Do que vocês estão precisando?

— Nesse pen drive tem bastante informação sobre o trabalho que ela estava fazendo lá e sobre o plano da Madeline, isso deve ajudar a inocenta-la ou pelo menos já é um caminho.

— Hoje a noite na minha casa vamos cuidar disso, posso avisar os demais? — Perguntou ela.

— Se forem ajudar, claro que sim!

— Eles vão, é da Tasha que estamos falando.

— Nem sei como agradecer! — Disse ele.

— Reade, quando vê-la novamente diga que farei o possível para ajudar.

— E porque você mesma não diz? — Questionou ele. — Ela vai adorar ver você, sempre foi uma das poucas amigas dela.

—  Eu fui muito dura na nossa última briga. — Confessou Patterson . — Falei tantas coisas, eu não sei se faria bem para ela me ver novamente.

— Com certeza vai ela vai gostar muito de rever você. Vem comigo no próximo final de semana?

— Tudo bem, eu vou!

Após Patterson confirmar que ajudaria com as informações do pen drive, os dois voltaram para o SIOC e fizeram seus trabalhos cotidianos. A loira passou o dia pensando em como a amiga poderia está, a forma como Reade se arriscou fazendo tudo sozinho, fez com que Patterson se sentisse culpada, em nenhum momento ela pensou em dá o benefício da dúvida a uma amiga que por muito tempo esteve ao lado dela, mas quando Reade falou que ela estava tão próximo, mas do que ela imaginava e ainda mais correndo risco com um bebê a loira não pensou duas vezes e se despiu da armadura que estava usando.

   Depois do dia de expediente Patterson reuniu a todos no seu apartamento, primeiro ficaram assustados pelas informações, o segundo sentimento foi de apreensão por Tasha e pelo bebê, mas se comprometeram em ajudar.

Kurt disse que estava disposto a fazer qualquer coisa e Jane concordou com ele. Reade se sentia mais confiante, pois agora estavam todos juntos nessa. Rich também não ficou para trás, ele e Patterson iriam explorar todos os recursos tecnológicos. Agora todas as noites se encontrariam no laboratório improvisado que montaram para ajudarem a encontrar um modo de provar a inocência da ex parceira.

   No final de semana seguinte, Reade passou cedo pelo apartamento de Patterson, eles iriam fazer uma surpresa para Tasha, a loira separou alguns livros que sabia que ela gostava, além de um presentinho para o bebê.

Durante o caminho, Reade explicou como estavam as coisas entre eles e como conseguiu convencer Tasha a voltar e lutar para limpar o seu nome. Durante o percurso, Patterson se desculpou novamente com Reade por ter tido aquelas atitudes no começo, e disse que estava apenas tentando se proteger. Ele compreendeu o que ela quis dizer e entendeu também o lado dela, quando estava na CIA Tasha fez muito mal para as pessoas, inclusive para ela mesma.

    Ao chegarem no local Patterson ficou admirada com a casa, pois ela nem sabia da existência daquele lugar tão calmo, e com um clima tão acolhedor.

Reade entrou primeiro, pediu para que Patterson esperasse um pouco, ele queria preparar Tasha para a supresa. A encontrou preparando um chá, a mesa estava posta pois Reade já tinha avisado que chegaria mais cedo para tomarem café da manhã juntos.

— Bom dia meu amor! — Reade a abraçou por trás, segurando na sua barriga. — Como vocês duas estão?

— Meu amor, que bom que você está aqui. Estávamos com saudades não é bebê? — Tasha falava segurando as mãos de Reade que estavam sobre a sua barriga. Os dois trocaram alguns beijos, enquanto matavam um pouco da saudade.

— Eu não parei de pensar um momento em vocês, e eu tenho uma surpresa... Eu espero que você goste. — Disse ele.

— Surpresa? O que é hein Reade? — Perguntou Tasha curiosa.

— Vamos lá fora, sei que você vai gostar.

Tasha seguiu Reade até o lado de fora da casa, a morena se surpreendeu ao ver Patterson, de todos ela era última que ela pensou em encontrar, a loira estava encostada no carro.

Não tinha muito o que fazer, e o impulso foi o que guiou as duas amigas, um abraço que estava guardado por muitos meses. Reade apenas tinha virado expectador de uma linda amizade, sabia da importância que uma tinha na vida da outra.

— Não acredito que você está aqui Patterson! — Tasha falou lhe cumprimentando.

— Por favor não some mais, isso quase destruiu a todos nós e nos levou a loucura. — Ela falou ainda abraçadas.

— Não vou mais sumir, prometo! Vamos entrar e conversar lá dentro. — Falou Tasha.

Os três seguiram para a cozinha, tomaram café juntos enquanto conversavam, Tasha pode contar a versão dela dos fatos, e agradeceu por Patterson e os outros amigos estarem lhe ajudando.

— Não vejo a hora de poder abraçar todos, Jane, Kurt e até o Rich. Eu fico feliz por poder contar com vocês.

— Nós vamos conseguir meu amor, e em breve vamos voltar para as nossas vidas com o nosso bebê. — Reade tentava passar conforto segurando nas mãos dela.

— Vamos sim, é só questão de tempo. — Concordou Tasha.

Tomaram café juntos, lembrando-se das antigas missões. Ao terminarem foram até a sala, Patterson contou que tinha alguns livros que sabia que Tasha iria amar lê-los. Mas os olhos deles se encheram de lágrimas quando a loira passou uma pequena caixinha para os dois, tinha um par de sapatinhos vermelhos bem pequenos.

— Dizem que trás sorte, então esse aqui é para trazer muita sorte para vocês três.

— Ah Patterson muito obrigada. — Se derreteu Tasha.

— Olha bebê a tia Patterson trouxe um presentinho lindo. — Reade ficou apaixonado pelo presente, já podia imaginar seu bebê com o sapatinho.

— Tasha você há vez algum exame? Já procurou algum médico? — Perguntou Patterson.

— Ainda não! — Disse a morena.

— Eu tenho um obstetra de confiança, muito amigo meu, posso tentar conseguir uma consulta para você e aí te levamos em segurança para o hospital.

Tasha e Reade concordaram com a ideia que Patterson teve, sabiam que ela precisava se consultar com um médico, eles queriam saber como estava o bebê.

— Já escolheram nomes? — Perguntou a loira.

— Sim! — Tasha olhou sorridente para Reade. — Se for um menino se chamará Miguel e se for menina Aurora.

— Os dois nomes são absolutamente lindos, seja Miguel ou Aurora vai ser muito amado por todos nós. — Patterson já estava se derretendo pelo bebê também.

    Os três passaram um final de semana juntos, conversando e podendo matar a saudade, no domingo à tarde Reade decidiu voltar para a cidade, eles teriam uma reunião bem cedo na segunda-feira.

Tasha agradeceu muito pela visita e por terem passado um final de semana tão agradável juntos, a despedida foi regada de muitas promessas, uma delas era de que logo todo o time estariam juntos novamente, e iriam comemorar isso. Isso era o que mais todos queriam, que tudo isso passasse logo e que Tasha voltasse a sua vida normal. 

    Com tanto trabalho o time estava sempre investigando algo e procurando pessoas que poderia inocentar Tasha das acusações da CIA, muitas vezes quando estavam próximos a alguma pista algo dava errado, e eles precisavam começar do início. O trabalho era cansativo, em muitos momentos estressantes, as vezes gerava um certo conflito entre eles que logo se resolvia. Sabiam que não tinham muito tempo, os meses estavam se passando muito rápido, e queriam que antes que bebê nascesse tudo já estivesse resolvido.

     Três meses já tinham se passado com essa correria toda, Tasha agora entrava na vigésima primeira semana de gestação, sua barriguinha não estava mais uma pequena barriga, já denunciava a presença do fruto de duas pessoas que amavam de mais.

Reade estava todo feliz, agora só mais quatro meses e estariam completos, eles estavam confiantes com as investigações, e logo já conseguiriam provar que todas as acusações eram falsas.

Já estava próximo as 21:00 Reade e Tasha estavam no sofá assistindo um filme, quando Tasha sentiu o bebê se mexendo dentro dela, Reade ainda não tinha conseguido presenciar esse momento, e essa noite seria o momento perfeito para ele sentir.

— Reade me dá a sua mão aqui. — Ela segurou cuidadosamente a mão dele e colocou sobre uma parte na barriga.

— O que foi amor? — Reade ficou curioso.

— Espera um pouco e você já vai sentir! — Ela sorriu ao ver a reação dele, que foi de surpreso a feliz muito rápido.

— Tash o bebê mexeu, isso foi real?— Ele perguntou ainda sem acreditar. —  É... ela mexeu não foi? Foi isso que eu senti? — Reade estava muito feliz quem nem conseguia formular uma frase completa.

— Foi sim, está mexendo bastante essa semana, eu estava louca para você sentir. — Disse ela.

— É tão boa essa sensação. Isso dói? — Ele perguntou preocupado.

— Só um pouquinho, mas é algo suportável.

— Acha que vai mexer de novo? Eu gostei de sentir... — Confessou ele encantado pelo momento.

— Claro que sim, é só você deixar sua mão aqui.

Reade continuou com as mãos na barriga dela, e logo sentiu novamente seu bebê mexer dentro de Tasha. Os dois dormiram abraçados, sentindo em alguns momentos o bebê fazendo uma festinha na barriga da mamãe.

     Era terça-feira, Tasha voltava do seu passeio que sempre fazia toda a tarde, tomou um banho, mas não estava se sentindo muito bem, sentia algumas dores incomuns na barriga, algumas pontadas que ficavam mais fortes. Ela nunca tinha sentido aquele desconforto, decidiu deitar para ver se aliviava, na próxima sexta ela e Reade iriam até o obstetra que Patterson marcou. As dores não passavam, ela pensou em ligar para Reade mas não queria preocupa-lo, não era nada grave, para ela isso era normal.

Depois de experimentar várias posições, Tasha conseguiu adormecer um pouco, a dor tinha aliviado e ela agradeceu mentalmente por não ter incomodado Reade com nada, ela o conhecia bem e sabia que ele largaria tudo para vê-la. Com o tempo, as dores foram voltando, e a cada momento mais forte. Tasha se levantou para ir até o banheiro.

— ¿Qué era precioso? Tu mami está aquí contigo. — Ela acariciava a barriga, e o bebê não parava de chutar. — Necesitas calmarte, no es hora de que nazcas.

Ela foi até o guarda-roupa, pegou um casaco, e uma identidade falsa, iria até um hospital próximo, precisava saber se algo de errado estava acontecendo, ela torcia para que não fosse nada grave. Pegou o carro e foi até a emergência mais próxima que tinha, era pelo seu bebê que ela estava se arriscando. A noite estava bastante fria, e não tinha muitas pessoas circulando no bairro, o que já foi considerado um ótimo sinal pela morena, quanto menos pessoas menor o risco de ser pega.

— Dios mio ... Calma mi amor... — Tasha se contorcia de dor no volante.

O hospital estava a poucos minutos, ela resolveu ligar para Reade, nem percebeu que o celular estava descarregando e talvez não daria tempo de completar a ligação. Pelo horário ele já estaria em casa.

— Meu amor... — Ela falou com uma voz trêmula.

— Oi Tash está tudo bem? — Perguntou ele.

— Reade eu estou indo para o hospi... — E o celular descarregou.

— Tash... Tash?

Reade viu que a ligação foi encerrada, agora ele tinha ficado nervoso, ele tentou retornar mas o telefone só dava como desligado, não sabia o que estava acontecendo com Tasha ou para qual hospital estava indo. Precisava da ajuda de Patterson ou de Rich para achá-la, já estava um pouco tarde mas foi a única ideia que ele teve no momento.

CONTINUA...


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