Maktub escrita por Dreams of a Blindspot fan


Capítulo 10
Capítulo 10




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Tasha continuava no hospital, o tratamento seguia dando bons resultados, porém ainda existia o risco de um parto prematuro e com complicações. Isso deixava todos preocupados principalmente Tasha, fazendo com que a pressão arterial dela oscilasse em muitos momentos do dia preocupando a equipe médica, que fazia de tudo para que essas alterações não fossem graves.

Mas tudo isso era por conta dos pensamentos que ela insistia em enfrentar sozinha, ela tinha medo que algo acontecesse com o bebê, com Reade ou com alguém do time, por muitas vezes Tasha ficava noites sem dormir no hospital pensando em tudo o que estava acontecendo.

A Dra. Montgomery estava orgulhosa por suas pacientes estarem reagindo bem ao tratamento, mamãe e bebê evoluíam a cada dia, as vezes mais que o esperado, ela queria que Tasha chegasse pelo menos ao sétimo mês de gestação, assim poderiam fazer o parto sem um risco maior.

Reade fazia de tudo para estar com ela e lhe dar apoio, as vezes a distância e os problemas no escritório dificultavam bastante, sem falar que o medo dela ser pega aumentava a cada dia. Tasha estava sozinha num hospital e ele se culpava muito por isso, conversando com Kurt ele teve a ideia de se afastar do escritório, nada para ele era mais importante do que a sua família.

Longe daquela tranquilidade Madeline Burke mandava seus capangas vasculharem todos os possíveis locais onde Tasha poderia estar, inclusive os seus amigos do FBI estavam sendo vigiamos sem suspeitar, ela declarou guerra a Tasha por ter arruinado seus planos e iria fazer qualquer coisa para encontrá-la e concluir o seu pleno de vingança.

— Senhora Burke encontramos ela. — Disse um dos seus homens.

— Onde ela está?

— Eu a vi no Hospital Memorial, podemos levá-la se quiser.

— Não, espere mais um pouco até descobrirmos o que ela está aprontando, vamos descobrir o que ela está fazendo aí. — Disse Madeline já calculando o seu próximo passo.

     Com a evolução positiva do quadro gestacional de Tasha veio a tão sonhada e esperada alta médica, ela poderia terminar o tratamento em casa, mas para isso precisava seguir à risca as indicações médicas, que seriam não viajar para outra cidade, não fazer nenhum tipo de exercício ou esforço físico e usar as medicações corretamente, não foi preciso explicar duas vezes, ela faria qualquer coisa para que a sua filha ficasse bem.

Tasha se preparava para ir embora já tinha agradecido aos enfermeiros que cuidavam muito bem dela, agora só restava a sua obstetra aparecer. Ela  não sabia para onde iria ainda, Reade tinha avisado que iria buscá-la antes ele só iria resolver algumas coisas, provavelmente sobre a nova casa. Tasha só teria que assinar os papéis da alta, quando ele lhe surpreendeu.

— Olha, você já está pronta! — Ele lhe abraçou por trás acariciando sua barriga e depositando um beijo no seu pescoço como de costume.

— Meu amor que bom que você chegou! Nem acredito que realmente vamos ter alta, todos aqui são realmente incríveis, mas nada se compara a estar em casa.

— E por falar em casa — Reade faz uma pausa. — Uma das recomendações era não viajar, então voltar para casa segura ou para NY está fora de cogitação.

— O que vamos fazer? — Perguntou Tasha.

— Eu pedi para a Patterson procurar um local seguro próximo ao hospital, conseguimos um apartamento à poucas quadras daqui, não é tão confortável quanto a nossa casa, mas é só até a nossa filha nascer.

— Reade, qualquer lugar que eu estiver com você e com a nossa filha será um lugar maravilhoso.

Reade sorriu com a forma como ela falou, foi inevitável não beija-la ali, a cada dia que se passava ele se apaixonava ainda mais por ela e pela ideia de terem um filho juntos.

Após assinarem os papéis da liberação, ele e Tasha seguiram para o seu mais novo endereço, era um pequeno apartamento que ficava num bairro calmo com uma ótima vizinhança, o apartamento era aconchegante, tinha uma pequena cozinha, uma sala de jantar com varanda que dava para a rua principal onde se podia observar as crianças brincando umas com as outras pela tarde, Tasha já imaginava a pequena Aurora com Reade aprendendo a andar de bicicleta na calçada, ela não via a hora de ter a sua pequena nos braços. A casa também tinha um quarto com banheiro. Ali eles ficaram por algumas semanas até que pudessem voltar para as suas vidas.

Tasha correu os olhos pelo apartamento e direcionou um olhar doce para Reade, o olhar dela queria dizer tantas coisas para ele.

— Obrigada amor, por tudo! — Disse ela ficando na ponta dos pés e lhe beijando.

— Eu que agradeço por você ter ficado, eu amo de mais a família que estamos formando Tash. — Reade devolveu o beijo. — Você tá com fome? Eu posso preparar algo.

— Por favor Reade, eu não aguentava mais a comida do hospital. Eu vou tomar um banho e volto logo para te ajudar.

— Não se preocupe, sei como você adora demorar no banho. Eu trouxe algumas roupas nossas, já estão no quarto.

Reade preparou algo leve e saudável para que Tasha comesse, uma salada com frango que era um dos pratos favoritos dela. Durante a refeição os dois conversavam sobre como fariam depois que a Aurora nascesse, de como estavam ansiosos para descobrir a sensação de serem pais de primeira viagem, tudo isso regado a boas gargalhadas.

— Ei você está bem? — Perguntou Reade após Tasha fazer algumas expressões de dor.

— Foi só uma dorzinha leve, deve ser por conta das escadas que subimos. Fica tranquilo que vai passar. — Ela tentou acalmá-lo.

— Você não acha melhor se deitar um pouco? — Tasha negou com a cabeça.

— Reade eu passei tantos dias naquele hospital deitada que a última coisa que eu quero no momento é me deitar. — Disse ela com humor. — Que tal um filme? — Reade concordou com ela e logo estavam juntos no sofá.

Ele amava o som da gargalhada dela, tê-la ali depois de tudo o que passaram era motivo para agradecer. Nem nos seus melhores sonhos ele imaginou esse momento lindo compartilhado com uma pessoa que ele tanto admirava, e agora a tinha ali e em breve seriam pais de uma linda criança.

Tasha estava acomodada nos braços dele, a todo tempo os olhares dele se encontravam e demonstravam todo o sentimento que tinham um com o outro.

— Eu te amo Reade. — Ela disse lhe puxando para um beijo calmo, a mão dele estava segurando a sua cintura.

O beijo deles foi ganhando ainda mais intensidade e desejo, ele distribuia beijos em seu pescoço enquanto sussurrava no seu ouvido o quanto a amava e era feliz ao lado dela.

Ela o queria tanto, seus hormônios estavam gritando por ele, logo as mãos dela logo encontraram o caminho dos botões da calça dele.

— Tash sabe que não podemos por enquanto não é? — Disse ele interrompendo o que estava prestes a acontecer.

— Sei... — Ela bufou em frustração, fazendo Reade sorrir com isso.

— São os hormônios a gravidez, mas é pela nossa filha eu espero o tempo que for.

— Ouviu Aurora? — Perguntou Reade beijando a barriga dela. — Sua mãe sempre foi assim e agora está colocando a culpa em você. — Ele se divertia da careta que ela fazia.

— Não é assim como o seu pai está falando filha. — Reade estava com o rosto apoiado na barriga dela quando sentiu o impacto do chutinho da Aurora. — Você sentiu amor?

— Senti sim meu amor,  ele deve está concordando com o papai.

— Ou com a mamãe que está sempre certa. — Tasha rebateu com humor.

— Eu amo vocês duas, mas isso não é segredo não é? — Tasha concordou com um carinho no rosto dele, logo os dois foram dormir. No dia seguinte teriam uma visita dos amigos, Tasha não via a hora de revê-los novamente.

      Após uma ótima noite de sono diferente das semanas anteriores, Tasha acordava relaxada Reade era como um calmante para ela.

Os amigos chegaram por volta das 11:00 Kurt e Jane estavam felizes por reencontrarem Tasha depois de tantos meses sem vê-la.

— Tasha você está maravilhosa. — Disse Jane ao abraçar a amiga fazendo carinho na barriga dela.. — Parabéns aos dois, serão país incríveis.

— Obrigada Jane, obrigada por terem vindo. — Disse ela agradecendo.

— Ficamos muito felizes com a sua volta Tasha e mais felizes ainda pela princesa Aurora. — Falou Kurt enquanto abraçava a amiga. — Trouxemos um presente para nossa sobrinha.

— Ei, nem precisava disso, eu fico muito grata por todos vocês. — Tasha agradeceu pelo presente. — Que roupinha linda, estou apaixonada. — Se derreteu ela vendo o vestidinho branco.

Os quatro conversaram por horas, Jane e Tasha se divertiam com os assuntos sobre bebês, não era novidade o quanto o casal visitante sonhava em serem pais, e logo seriam.

Após um divertido almoço preparado por Kurt e Reade eles se despediram.

Tasha estava exausta das emoções do dia e resolveu tirar uma soneca enquanto Reade iria ao supermercado.

Ela estava tendo o sonho agitado, mas precisamente um pesadelo, ela corria por uma longa rua escura e sem fim enquanto estava sendo perseguida. Ela acordou ofegante, as mãos trêmulas e o bebê agitado que não parava de se mexer dentro dela.

— Cálmate mi amor, estamos bien.  Estamos a salvo aquí con papá, pronto estarás en nuestros brazos. ( Calma meu amor, estamos bem. Estamos seguros aqui com o papai, em breve você estará em nossos braços.) — Disse Tasha enquanto acariciava sua barriga.

Ela ouviu a porta de abrir, Reade tinha chegado com as compras, ela respirava mais aliviada, a cada vez que ele saia de casa Tasha sentia um enorme medo, ela só ficava mais tranquila depois que ele voltava.

Desde o hospital ela tinha o mesmo pesadelo, ela não queria comentar isso com ninguém, não queria preocupa-lós com bobagens.

— Te acordei? — Perguntou Reade ao perceber a presença dela na cozinha.

— Não, eu já estava acordada quando você chegou. O que você está escondendo aí atrás? — Perguntou ela ao ver que Reade tinha uma pequena embalagem nas mãos.

— Eu estava voltando para casa quando passei por uma loja de artigos para bebês. Achei esse cachorrinho de pelúcia para a Aurora.

— Nossa que pelúcia fofa, o primeiro ursinho da nossa menina. — Tasha estava com o cachorrinho branco com manchas em tons caramelo. — Ela vai amar!

— Tenho certeza que vai. — Disse Reade feliz por aquele momento.

      Era a segunda visita de Tasha ao hospital, sempre com muito cuidado ela e Reade saiam de casa para o pré natal, a trigésima semana chegou e eles comemoravam bem isso,  a Dra. Montgomery examinava Tasha sob os olhares atentos de Reade.

— Você  está ótima Daniela. — Tasha ainda usava o nome falso durante as consultas. — A qualquer momento a Aurora pode nascer então vamos ficar atentos, no primeiro início das contrações me ligue e venham para o hospital, é fundamental monitorar tudo do começo.

Os dois assentiram, ouviram o coração do bebê que fez até uns movimentos para o ultra-som deixando os papais ainda mais emocionados. Ao saírem do hospital a pedido de Tasha eles foram a uma loja de roupas infantis, ela queria comprar algumas coisas para o bebê.

Reade estava encantado com tudo, cada peça de roupa ou acessório de decoração ele fazia comentários fofos com Tasha, era um mundo que ele nunca pensou que poderia viver.

— Porque não podemos levar tudo? — Perguntou ele enquanto via Tasha separar algumas coisas.

— Reade isso se perde com facilidade, os bebês crescem muito rápido, é bem capaz de nem conseguirmos usar tudo.

— Você tem razão, mas por mim eu iria levar tudo. — Disse ele se divertindo.

— Eu estou percebendo isso amor, acho que aquele conjuntinho vermelho será usado para o dia em sairmos da maternidade. — Falou Tasha apontado para algumas roupas na vitrine.

— Tash olha esse body. — Reade retirou a peça do cabide.

— “Cuidado papai ciumento” — Tasha leu a frase da roupinha. — É bem a sua cara essa frase, vamos levá-la. — Disse Tasha ao ver Reade com cara de bobo, ela também estava assim.

Após um pequeno tour na loja, eles saíram com algumas peças de roupas, sapatinhos, e alguns itens para a mamãe . O berço portátil que escolheram seria entregue em alguns dias, torciam para que quando a bebê nascesse estivesse tudo pronto.

     Tasha se via na sala olhando para o por do sol, as crianças brincavam na rua e ela se divertia com isso, Reade estava com o Kurt ao telefone quando observou as expressões da mulher que estava debruçada do parapeito da janela.

— Tash você está bem? — Ele se aproximou dela.

— Estou sentindo umas dores bem fraquinhas, mas não deve ser nada.

— Vamos ligar para a Dra. Montgomery, ela pediu que fizéssemos isso.

— E se for um alarme falso Reade?

— E se não for Tash?

— Você tem razão, vamos ligar. — Concordou ela.

Reade conversou por alguns minutos com a médica explicando como Tasha estava, por orientação os dois seguiram para o hospital, não era muito distante de onde moravam e em poucos minutos já estavam lá.

Continua...


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