Dragon ball: Eu sou um Tsufurujin escrita por Luquest


Capítulo 6
Segundo Encontro


Notas iniciais do capítulo

Acabei me empolgando e esse capítulo ficou mais longo que os outros. Ainda tenho mais uns 5 capítulos planejados para este arco da história, então espero que estejam gostando. Tenham uma boa leitura, e não se esqueçam de comentar depois o que acharam :)



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Desde que a guerra começou, os sayajins vinham investindo em montar acampamentos distribuídos em pontos estratégicos pelas terras de Planta, a fim de obterem vantagens geográficas quando planejando ataques em larga escala às cidades tsufurujin, tudo isso comandado pelo Rei Vegeta em sua fortaleza na Cidade Vegeta – que outrora era a Cidade S, pertencendo aos tsufurujins -. Não muito perto dali, ficava a Cidade Central, e ao norte e parte do leste dela, se estendia um enorme deserto, com mais de oito mil quilômetros quadrados. Alguns animais viviam por ali, como camelos, gazelas, avestruzes até mesmo dinossauros, mas muitos destes vinham se afastando para outras áreas, já que os sayajins estavam tentando fechar um grande cerco à Cidade Central, e naquele deserto montaram vários acampamentos.

Esses acampamentos, quando havia escassez na caça, ficavam sem comida algumas vezes, e a cidade tomada por sayajins mais próxima lhes enviava os suprimentos que precisassem. Assim, certo dia, uma caravana de dez sayajins escoltava uma carroça cheia de suprimentos até um dos acampamentos. Porém, quatro sayajins naquele grupo possuíam outros planos.

Otosu, Chiri e os gêmeos Orenji e Ringo, um grupo de nômades independentes, em meio a suas aventuras, conseguiram afanar algumas armaduras dos sayajins e passaram a usá-las para se infiltrar no exército do Rei Vegeta, e o faziam exclusivamente para lhes roubar, ou melhor dizendo, afanar suprimentos. Desta vez não seria diferente, e eles bolaram um belo plano; Ichigo, outra integrante da Companhia de Otosu, acompanhava a caravana sorrateiramente a uma distância atrás dela. No momento certo, ela dispararia uma onda de energia na direção da caravana, mas errando-a por pouco, e logo em seguida sairia voando à toda velocidade. A caravana, por sua vez, voltaria toda a sua atenção para a direção do disparo, por pensarem estar sendo atacados por algum inimigo. Assim, Otosu, Chiri e os gêmeos aproveitariam a distração para encherem suas mochilas com quantos suprimentos da carroça fosse possível, para então fugirem também.

Eles planejaram tudo com muito cuidado; Ichigo só efetuaria o disparo quando a caravana estivesse num ponto específico, próximo a uma área mais montanhosa onde havia a entrada de uma caverna que se estendia em um grande labirinto subterrâneo, permitindo uma fuga fácil e com poucas chances de serem seguidos. A caravana iria pensar que Otosu e os outros sumiram como em um passe de mágica.

Porém, aquele plano, como muitos, não saiu como previsto. Durante a viagem, em uma certa área montanhosa, Kuresu, um dos sayajins inimigos e também o batedor do grupo, andava a certa distância na frente dos outros, a fim de se certificar de que o grupo não daria de cara com qualquer tipo de perigo. Ele voltou voando baixo às pressas aos outros, trazendo notícias.

— Vocês não vão acreditar! Tem dois tsufurujins ali em frente, pilotando um tipo de veículo flutuante.

O líder do grupo deu um passo à frente. Era um sujeito jovem, mas bem alto e forte, com um bigode saliente e apenas um tufo de cabelo no topo da cabeça. Seu nome era Nappa.

— Interessante. Acha que são batedores do exército tsufurujin?

— Definitivamente não, na verdade são só adolescentes. Venham ver, eles não estão muito longe agora.

A caravana deu mais alguns passos até o topo da pequena montanha em que estavam, e de lá tinham uma boa visão da planície em frente, inclusive do carro a uns bons metros de distância, se movendo a uma velocidade bem baixa. Otosu e seus amigos se entreolharam, engolindo em seco; conseguiram reconhecer aqueles dois como sendo Purin e Keki.

Keki, que resolveu acompanhar seu primo em mais essa aventura, pilotava o Donburi, enquanto Purin olhava ao redor com o Scouter, procurando exatamente o grupo de sayajins com quem passara a tarde anterior. Mas infelizmente ele não olhou na direção em que eles estavam junto com aqueles outros sayajins, não tão bem intencionados.

— Devo atirar, comandante Nappa? – Kuresu perguntou, já criando uma bola de energia com a mão – Um disparo bem dado e eles já viram cinzas.

— Não, eu tenho uma ideia melhor. Esse carro que eles estão pilotando é uma tecnologia tsufurujin muito valiosa, e o Rei Vegeta vai ficar satisfeito em pôr as mão nela. Sem falar que um deles também parece estar usando um daqueles aparelhos que indica a posição do adversário. Vamos até lá cercá-los e fazer com que saiam do carro. Mataremos eles tentando não quebrar nada, além de seus ossos. – Nappa então indicou o Kuresu, Otosu, os gêmeos e mais um sayajin – Vocês, venham comigo dar um jeito neles. O restante fica aqui vigiando a carroça.

Otosu e os gêmeos lançaram um olhar preocupado para Chiri, que teria que ficar sozinha com outros dois sayajins. Não tiveram tempo de planejar juntos o que fariam a seguir; se deixassem aqueles tsufurujins morrerem, talvez até conseguissem prosseguir com o plano de roubar os suprimentos da carroça, mas se tentassem salva-los, colocariam suas próprias vidas em risco, já que era possível que o Nappa sozinho já fosse capaz de derrotar todos eles, embora não tivessem certeza sobre isso.

Os seis sayajins voaram e pousaram formando um circulo ao redor do Donburi, e Keki não teve escolha a não ser frear com tudo. Ele e Purin foram tomados por um grande susto, e logo que viram a expressão maligna de Nappa, tiveram a impressão de que talvez não tivessem tanta sorte dessa vez, lidando com sayajins. Na verdade perceberam na hora que seriam mortos. Otosu e os gêmeos estavam de cabeça baixa para não serem reconhecidos; ainda não tinham se decidido sobre o que fazer e nem queriam dar o primeiro passo, então lançavam olhares entre si, como se esperando que um deles tomasse a decisão.

— Ora ora ora, se não são dois t...- Nappa começou a dizer, mas repentinamente algo redondo e brilhante veio cortando os céus e explodiu em sua cabeça. Ele caiu no chão e Purin percebeu que seu poder de luta, outrora de mais de quatro mil, foi reduzido à zero. Todos ficaram em silêncio por uma fração de segundo, tentando assimilar o que acabara de acontecer.

— Certo... – Otosu disse, com um suspiro – Mudança de planos, então.

Ele quase que instantaneamente apareceu bem em frente a Kuresu, e desferiu um chute que jogou o batedor para longe.

O que veio a seguir foi uma confusão de socos, chutes, explosões e gritos para todo lado. Chiri, a que deu início àquilo tudo com seu disparo, lutava sozinha contra dois sayajins na carroça, mas logo depois recebeu a ajuda de Ichigo, que logo percebeu que se iniciara um combate. Os gêmeos lutavam em dupla pelo chão contra um dos sayajins, enquanto Otosu tentava atirar uma rajada de energia em Kuresu pelos céus.

— Que diabo é isso, você ficou louco!? – Kuresu disse. Ele era muito rápido e conseguia, mas com esforço, se desviar de todos os tiros, que acabavam voando em todas as direções, inclusive no chão – Traidor, vou limpar o chão com a sua cara!

Os pobrezinhos dos tsufurujins se sentiram completamente deslocados e cheios de medo naquela confusão, como se estivessem sozinhos em uma festa onde não conhecem ninguém. Keki tentou dirigir para longe, mas tudo acontecia muito rápido; para onde virava via uma explosão, ou algum sayajin sendo jogado com tudo no chão. A luta se estendia por uma parte enorme da planície, mesmo com tão pouca gente envolvida. Purin até arriscou dois ou três tiros com a Burendã, a arma laser, mas não acertou ninguém. Num certo ponto, Keki pensou ter visto uma abertura e nesta direção dirigiu tão rápido quanto possível, mas então parou quando outra explosão aconteceu bem na sua frente. Foi o batedor quem tentou acertá-los.

— Palermas! Não pensem que vão sair dessa, vocês vão... – Kuresu não conseguiu concluir a frase, já que foi arremessado para longe com mais um chute de Otosu, que logo em seguida lhe fez um disparo mais carregado de energia. Mas não acertou o alvo, já que o Kuresu sumiu por um segundo e logo depois reapareceu em frente a seu adversário, lhe dando um soco no estomago e golpeando-o com as duas mãos juntas para baixo, fazendo Otosu voar com tudo para o chão, formando lá uma cratera.

Kuresu lá do alto voou a toda velocidade para atacar Otosu, que estava fincado entre as pedras, mas em pleno ar foi interceptado por dois tiros, um de cada lado; os gêmeos conseguiriam dar cabo daquele outro sayajin, e assim se juntaram contra o batedor. Mas ele era muito rápido e mesmo em desvantagem numérica conseguiu se desviar de todos os outros ataques, de vez em quando ele mesmo golpeando seus adversários. Não era muito forte, mas nesse ritmo eventualmente conseguiria acabar com todos eles.

Otosu, ainda se recompondo no chão, ficou assistindo a luta por alguns segundos, com o máximo de atenção que pôde, tentando identificar um padrão nos movimentos de Kuresu, que atacava e sumia repetidamente. Até que num certo ponto ele apareceu no chão, e Otosu, se movendo instintivamente, foi até ele e pisou em sua calda de macaco, tudo numa fração de segundo.

Kuresu caiu no chão urrando de dor, tentando se desvencilhar mas sem sucesso, já que a calda é o ponto fraco dos sayajins.

— Você conseguiu nos dar um baita trabalho, pelos deuses. — Otosu disse, limpando o sangue escorrendo em seu queixo, ainda com o pé pressionando a calda do batedor. Já estava prestes a dar o golpe final, mas então uma luz brilhou alguns metros ao seu lado. Otosu apenas teve tempo de levantar o rosto para ver que Nappa estava em pé novamente, com a mão emanando uma energia poderosa.

— DESGRAÇADOS! NÃO ESTOU NEM AÍ SE É UM SAYAJIN, VOU MATAR VOCÊ – Nappa disse e então atirou. Ele tinha quase certeza que acertaria, mas os dois tsufurujins, que por um momento todos até esqueceram que estavam ali, finalmente entraram em ação: Purin deu um tiro certeiro com a Burendã em Nappa, enquanto Keki, voando com os sapatos à jato, se jogou em Otosu, tirando-o do caminho do tiro, que explodiu no chão.

— Caramba... – Keki disse, trêmulo diante de sua coragem recém descoberta, deitado ao lado de Otosu. Olhou para trás e viu que o tiro acabou atingindo Kuresu, que agora estava morto – Ainda bem que aquele grandalhão parou para anunciar o seu ataque ao invés de só atacar, caso o contrário eu não teria conseguido te salvar. – Otosu riu.

Ainda de dentro do Donburi, Purin também sentiu uma onda de adrenalina invadindo seu corpo. Por um momento sentiu como se fosse alguém extremamente poderoso e capaz de fazer qualquer coisa. Mas então a fumaça de seu disparo começou a se dissipar e todos viram que Nappa ainda estava em pé. Purin não pôde evitar e apenas se escondeu sob o painel de carro, desejando estar em casa.

Mas Nappa definitivamente não estava mais em plena forma; sua armadura fora completamente destruída – restou apenas a sua sunga -, revelando um corpo todo machucado e ofegante, o lado esquerdo de sua face coberto de sangue, devido ao disparo inicial de Chiri.

— Vocês todos não passam de uns insetos irritantes – Nappa disse. Foi andando até Otosu, e embora parecesse estar muito debilitado, só o próprio som de seus passos já era aterrorizante. Otosu não viu outra alternativa e partiu para um ataque descontrolado, mas acabou com ele próprio sendo nocauteado com uma cotovelada nas costas. Orenji e Ringo também fizeram sua tentativa, com um vôo rasante em alta velocidade, mas Nappa conseguiu os pegar no ar pelos braços, um em cada mão, e depois rodopiou ao redor de si como um furacão, para então arremessar os gêmeos para longe.

Nappa virou sua atenção para Keki; o tsufurujin a princípio levantou as mãos, se rendendo, mas em um novo acesso de coragem e tentando fazer um ataque surpresa, ele voou com os sapatos à jato com tudo para atacar Nappa, mas este se desviou com facilidade, ao mesmo tempo que desferiu um forte chute, atirando-o para longe. Assim Keki foi rolando pelo chão como um boneco de pano, até colidir com uma montanha.

— KEKI! – Purin berrou, finalmente pulando para fora do carro. Não conseguiu assimilar a cena de seu primo e melhor amigo sendo jogado daquele jeito. Por um segundo sentiu vontade de chorar, mas logo em seguida veio uma enorme fúria dominando-o. Com a visão turva, ele se virou para Nappa e ergueu a Burendã para um disparo com o poder máximo.

Mas Nappa conseguiu desviar o tiro com um tapa, jogando-o para o céu.

— Criaturas insolentes! Ficam tentando me atacar de surpresa... Vou me certificar de que pelo menos um de vocês saia com vida para que o grande Rei Vegeta dê a punição que... – Nappa começou a dizer, mas de novo e pela ultima vez foi interrompido; Chiri vinha voando de onde estava, emanando uma luz vermelha como fogo, rápida como um cometa, e assim antes que qualquer um percebesse, ela colidiu de cabeça com Nappa, jogando-o tão rápido contra uma montanha que esta acabou explodindo, como se estivesse recheada de dinamite!

Os inimigos foram derrotados.

Purin caiu de joelhos no chão, subitamente sentindo falta de ar e exaustão. A adrenalina ainda corria por seu corpo, e mesmo a luta tendo acabado, sentiu um grande desespero, pensando em seu primo.

Mas algo surgiu no céu em um vôo vacilante, e quando chegou mais perto, não restaram dúvidas; Keki ainda estava vivo. Ele pousou ao lado do primo.

Pelas plantas... Pelas plantas! – ele disse, desabotoando os botões do casaco, revelando que usava uma armadura – Essa armadura do seu avô salvou a minha vida! Mas talvez não as minhas costelas... Ai.

Orenji e Ringo vieram se juntar ao grupo, e também Ichigo, que gritava e pulava feito louca, como se tudo aquilo tudo fosse um jogo bizarro.

— ISSO FOI A COISA MAIS INCRÍVEL DO MUNDO! – ela viu Purin e Keki e foi até eles para um abraço forte nos dois – Esses dois pilantrinhas sabem mesmo dar uma festa, mas que surpresa ter vocês por aqui!

— Ei, não me aperte tanto, fiquei todo moído embaixo dessa armadura – Keki disse, ficando corado.

Chiri se levantou, passando a mão na cabeça; tinha ficado com um calo na parte superior da testa, e sangrava um pouco. Mas fora isso, parecia bem.

— Nós conseguimos vencer aqueles sayajins na carroça. Será que Nappa ainda está vivo?

— E-eu acho que não. – Purin disse, olhando com o Souter para o lugar onde ficava a montanha em que Nappa fora arremessado.

— Bem, só pra confirmar... – Ichigo disse, atirando uma bola de energia na direção do oponente morto, criando mais uma explosão.

— É isso aí, fogo nele! – Orenji e Ringo se juntaram a ela com mais disparos.

— Parem com isso, não devemos nos divertir derramando mais sangue sayajin. – Otosu disse, mas sem tanta convicção, tentando se recompor. – Era pra termos roubado a carroça sem matar ninguém, mas então esses dois sujeitinhos aparecem de novo. Mas que diabo vocês estão fazendo aqui?

Purin deu um passo à frente, ansioso para finalmente falar sobre seu plano para alguém além de Keki.

— Bem, primeiro de tudo, eu gostaria de agradecer por vocês terem nos salvado. Procuramos vocês naquela caverna de antes mas não encontramos, então acabamos vindo para cá. E na verdade, procuramos vocês justamente para evitar que mais pessoas morram... -  Purin se sentiu meio bobo ao dizer isso, já que havia cinco sayajins mortos por aquela planície. Mas mesmo assim continuou – Acho que sei de um jeito para acabar com a guerra, mas precisamos da ajuda de vocês.

— Tá, isso parece ótimo. Mas somos os únicos aqui morrendo de fome? – os gêmeos disseram – O que acham de irmos nos servir na carroça enquanto conversamos mais sobre isso? Afinal se ficarmos aqui, corremos o risco de sermos encontrados por mais inimigos.

.......

A companhia de Otosu, juntamente com Purin e Keki, foram até a carroça e levaram-na para dentro de uma caverna próxima para se alimentarem e descansarem escondidos e em segurança, já que a batalha recém travada deixou um rastro de destruição por boa parte daquela planície – sem falar nos cadáveres -, e uma hora ou outra, alguém sentiria falta daquela caravana de sayajins que partira para levar suprimentos aos colegas de guerra.

Dentro da caverna, o grupo estava sentado em circulo ao redor de uma pequena fogueira improvisada, que usavam para iluminar o local e para esquentar os alimentos. A adrenalina do combate já se esvaíra e agora todos se sentiam apenas cansados e famintos.

— Agradeçam principalmente a Chiri por salvar vocês, foi ela quem deu o primeiro golpe. – Otosu disse, devorando uma coxa de frango – Essa daí não perde uma boa luta por nada.

— É, não tem de quê, meninos. É sempre um prazer ter a oportunidade de dar uma cabeçada em alguém.

— Mas agora que estamos mais tranqüilos, conte mais sobre esse plano de vocês para acabar com a guerra. – Otosu disse. Ele não parecia estar levando isso completamente a sério, já que não imaginava como ele e seu grupo poderiam fazer algo tão grande. Mas estava cercado de seus amigos e de comida, então estava de bom humor, apesar de tudo.

Purin pigarreou, pôs sua comida de lado por alguns instantes e começou seu discurso, que ensaiara algumas vezes no caminho de carro até lá:

“Novamente, agradeço por terem nos salvado. Como vocês sabem, já faz dez anos que essa guerra começou, quando os sayajins começaram com essa disputa por território. Nossas duas raças não têm contato nenhum, além dessa guerra. Entre nós, tsufurujins, é dito que todos os sayajins são seres sanguinários que vão matar qualquer um que se ponha entre eles e seus objetivos, e por isso a única saída para essa guerra é matar todos eles. Mas depois de conhecer vocês, eu e Keki passamos a pensar diferente. Não sabemos exatamente como funciona a sociedade de vocês, sayajins, mas acreditamos que muitos de vocês não desejam violência. Alguns daqueles soldados que nós matamos talvez nem desejassem também, mas eram apenas vítimas das circunstâncias, que os fizeram não ter escolha a não ser trabalhar para o Rei Vegeta, o verdadeiro vilão da história com esse plano de dominar o mundo. O meu plano é fazer com que todos tenham escolha; e se o exército tsufurujin recebesse ajuda daqueles sayajins que desejam ter uma convivência pacifica em Planta? Eu tenho certeza de que além de vocês, outros sayajins também não teriam deixado que eu e Keki morrêssemos hoje. Devíamos nos reunir. Então o que vocês acham?”

A Companhia de Otosu se entreolhava, com expressões indecifráveis. Apenas os gêmeos demonstravam certa incredulidade.

— Essa não é a versão da história que nós conhecemos – disse Orenji – Nossos pais chegaram a conviver com os outros sayajins por um período. Era dito que nós chegamos à Planta a quase duzentos anos, mas vivíamos escondidos dos tsufurujins porque estes nos tratavam muito mal, como se fossemos escravos. Foi só quando nós crescemos em número que começamos a revidar e começar a guerra. Embora muitos, assim como nós, escolhemos viver isolados.

Purin e Keki ficaram chocados; nunca tinham ouvido a história contada sob uma perspectiva diferente, então sequer questionavam se o que eles mesmos conheciam era verdade.

— Mas... Na escola nós vimos que os sayajins chegaram na terra a apenas dez anos, e que foi o Rei Vegeta que começou a guerra, quando ele e seus homens mataram todos os habitantes da Cidade S! – Keki questionou, mas agora ele mesmo não sabia mais no que acreditar.

— Nenhum de nós aqui gosta de Vegeta, ou sabe quem começou essa confusão, já que foi há tanto tempo. – Chiri disse – Mas sabemos que ele é maligno e deseja apenas a destruição.

O grupo então passou horas conversando sobre o assunto, trocando suas opiniões e tentando chegar a uma conclusão. Havia muitas divergências nos fatos, dependendo de quem contava, mas a essa altura já até se poderia dizer que todos ali eram amigos, então não houve hostilidades.

— Nenhum de nós esteve presente, ou conhece alguém que esteve presente, no dia que os sayajins chegaram. – Otosu concluiu – Embora tenhamos estilos de vida muito diferentes, podemos concordar que devemos viver em paz. Mas não acho que seria tão simples assim, um grupo de sayajins arruaceiros como nós, aparecer assim na Cidade Central falando em trégua. Iam nos prender na hora.

— Eles nem ao menos contaram a história certa sobre a chegada dos sayajins em Planta, então não dá para confiar. – Ichigo disse.

Nisso Purin e Keki foram obrigados a concordar, já que mudar a postura de toda a sociedade tsufurujin diante da guerra provavelmente não seria algo fácil.

— Eu entendo... – Purin disse, agora ficando mais empolgado – Mas tudo bem, acho que tenho mais um plano.


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