Cowboys and Angels escrita por Alina Black


Capítulo 68
Com quantos paus se faz uma canoa?




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Os raios de sol começaram a passar entre as cortinas da janela do quarto quando o Cowboy abriu os olhos, ainda sonolento sorriu ao ver Renesmee e Billy ainda dormindo, apoiou a cabeça sobre um dos braços para admira-los melhor, a sensação que sentia era de uma imensa felicidade.

Suavemente suas mãos acariciaram as madeixas ruivas de Renesmee que cansada com todo o trabalho do Rancho nos ultimos dias nem sequer se moveu, seu semblante era de um sono pesado, em nem sequer os carinhos do marido foram capaz de acorda-la.

Lentamente o Cowboy saiu de debaixo dos cobertores, fez uma careta sentindo a pequena dor no ferimento cirurgico em seu peito, sabia que havia exagerado no dia anterior, calçou os chinelos e caminhou até as caixas de comprimidos que estava sobre a mesa olhando as anotações feitas por sua mãe em cada uma delas – Se eu num morri pelo tiro, morro pelo remédio – murmurou ele pegando duas das caixas e saindo silenciosamente do quarto.

Caminhou pelos corredores e como esperado ouvi as vozes vindo da cozinha, Leah e Claire conversavam com Sam que estava sentando a mesa da cozinha com uma caneca de café nas mãos.

—Bom dia! Disse o Cowboy ao passar pela porta.

— Bom dia Jake, cê ja ta de pé homi – disse Sam sorrindo para o amigo.

O Cowboy suspirou deixando as duas caixas de medicamentos sobre a mesa perto do amigo – tenho que tomar os comprimido – explicou ele enquanto pegava um copo e abria a geladeira.

Leah e Claire trocaram olhares sorrindo – Essa cara feia é porcasa disso? Perguntou a morena curiosa.

Novamente Jacob suspirou, deixou a jarra com água sobre a mesa e ao lado um copo e em seguida puxou a cadeira se sentando – Tarvez eu tenha exagerado ontem.

A expressão de Sam, Leah e Claire mudou para preocupação – Cê ta se sentindo mal Jake? Perguntou Sam olhando para o amigo que jogava os dois comprimidos na boca e tomava um gole da água que havia colocado no copo.

O Cowboy negou com a cabeça – Tô bem, se preocupa não, já olhei o luga e num tem nada de errado na cirurgia, mas não contem a Ruana nem a mãe, num quero preocupar elas.

Leah ergueu uma das sobrancelhas – Cê tem certeza Jake?

— Tenho, eu vô fazer menos esforço, ainda bem que cê ta aqui viu Sam, ia pedir pra chamarem ocê mesmo.

Sam balançou a cabeça concordando – Ocê num precisa pedi amigo, eu coloquei uns peão pra fazer o trabalho dobrado, a patroa disse que ia pagar um extra e eles foram animado, espero que ocê num discorde disso.

O Cowboy sorriu orgulhoso – Essa Ruana, né que ela me cuidou direitinho do Rancho.

Leah e Claire concordaram – Cê precisava vê ela pondo seu irmão pra correr daqui – Disse Claire – Seu irmão saiu com as zorelhas baixa do tanto que escuto dela.

A expressão de Jacob tornou-se um pouco mais séria enquanto seu sorriso se desfazia – Podi deixar as coisa como a Ruana mando Sam, e falando no meu irmão, inda bem que cê me lembrou Claire preciso ligar pro Paul e saber noticia do processo – Os olhos do Cowboy se direcionaram para Leah – Eu num tive tempo ainda de conversa direito com ocê sobre a Emily, seus pai como que tão?

Leah suspirou – até que tão bem sabe, foi um choque pra mãe e pro pai, eles nem quiseram ir no enterro dela.

— Vô passa na taberna pra prosear com eles dois.

Leah sorriu timidamente- vai ser muito bom sabe Jake, a mãe ta muito envergonhada e o pai também.

— Mas eles num tem que se envergonhar de nada não Leah, cês num tem curpa.

— Verdade Jake – disse Sam concordando com o amigo – Eu já falei pra Leah isso.

Os dois amigos concordaram – Agora vamo muda essa prosa né, o importante é que to vivo.

Sam sorriu e apertou o ombro de Jacob – E nós ta muito feliz, o povo da vila ta querendo fazê uma festa procê tão tudo feliz que cê ta bem – Disse o peão em um tom de animação.

Jacob sorriu- Pois olhe, depois de acha que ia morre eu vô quere essa festa viu Sam – disse o Cowboy animado.

—Pois intão vô falar pra peãozada que no sábado vai ter festa! Sam falou se levantando e o Cowboy confirmou.

— Pode fala Sam, depois do café vô da uma caminhada pelo rancho e vê como as coisa estão.

Sam estretou os olhos – A patroa e a sua mãe num ha de gostar disso homi.

— Eu num vô fazer esforço, só olha.

— É bom mermo, ou sua mãe te da uma surra! Disse Leah voltando sua atenção para o fogão.

Jacob sacudiu a cabeça e riu se levantando – Cê me fazem um café bem reforçado pra Ruana, tô achando ela magrinha demais, vô ligar pro Paul – Disse o Cowboy pegando as caixas de comprimidos que estavam sobre a mesa e em seguida passou pela porta da cozinha indo para a sala, apesar de ainda ser cedo sabia que esse era o melhor horario para conversar com o advogado, durante o restante do dia seria mais dificil ele atender sua ligação.

O Cowboy pegou o telefone e caminhou na direção de seu escritório, após entrar seguiu para sua mesa e se sentou ligando seu notebook enquanto realizava a ligação, após o terceiro bip o advogado atendeu.

Bom dia dia Jacob, eu estava prentendendo ligar para você— disse Paul ao atender.

Bom dia Paul, quero sabe como é que tão as coisa.

Saiu ontem o resultado da balística e da analise da arma Jake, pegamos o Paul, havia impressões digitais dele e da Emily na arma.

O semblante de Jacob mudou para tensão, apesar de já esperar aquele tipo de resultado saber que seu próprio irmão havia tentando contra sua vida ainda pesava sobre ele – intão ele vai se preso?

— Temendo que Embry pudesse fugir o juiz imediatamente expediu o mandando, Embry estava em casa quando foi preso, você terá que retornar para São Francisco nas proximas semanas para dar seu depoimento no julgamento.

O cowboy ficou pensativo, por alguns segundos lembrou dos momentos em sua infância quando muitas vezes tentou se aproximar de Embry e ele sempre o agredia com palavras ofensivas, apesar de nunca terem sido amigos jamais havia desejado um final tão triste para Embry – Jacob...Jacob esta ai? A voz de Paul o tirava de seus devaneios.

tô sim Paul- Respondeu o Cowboy – Já que Embry ta preso preciso que ocê faça uma coisa.

Que coisa? Perguntou Paul curioso do outro lado da linha.

—Na verdade são duas coisa amigo— Explicou O Cowboy- a primeira é que quero que ocê segure um pouco as coisa do julgamento, eu quero fica mió e quero descansa um pouco com minha família, a Ruana ta prenha e tem passado por tudo isso, quero da um pouco de paz pra ela.

— Eu vou tentar, mas sabe que não depende somente de mim, principalmente pelo fato de você ter pedido sua alta, eu podia alegar que ainda não esta recuperado— Disse Paul – E qual a segunda?

— Quero que cê entre com um processo contra o Embry, quero pedi um DNA.

Surpreso o advogado sorriu timidamente – Você tem certeza disso Jacob?

— Embry tinha tudo sabe Paul, ele podia ter de ficado satisfeito com o que o pai deixo, mas ao invés, ele tento me matar, e ainda tento matar meu filho e minha mulhé, nós sabe que tem dedo dele no sequestro da Ruana.

Realmente- concordou Paul- Vou abrir um processo onde você solicita anulação do testamento do seu pai, somente desse modo o Juiz pedirá o DNA, mas amigo você tem que estar preparado caso o resultado dê positivo.

 - Tem problema não Paul, se Embry for mermo meu irmão num vô mexer em nada que é dele mermo ele tento feito o que fez, mas se ele num for, quero que você me tire tudo dele.

O advogado concordou, deu mais algumas explicações ao Cowboy que desligou o telefone deixando o aparelho sobre sua mesa de trabalho.

— Cê num tava satisfeito com o que o pai deixo Embry, pois agora se vai saber com quantos pau se faz uma canoa, vô tirar tudo de ocê – sussurrou o cowboy consigo mesmo - Chegô a minha vez de ataca.


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