Cowboys and Angels escrita por Alina Black


Capítulo 66
De volta ao lar


Notas iniciais do capítulo

Ninguém segura esse Cowboy.



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— O resultado dos exames estão excelentes Jacob, a bala atingiu a região abaixo do mediastino, por isso sua recuperação está sendo bastante rápida, só precisamos manter os antibióticos para a cicatrização da cirurgia – Explicou o médico ao Cowboy e a Sara entregando a matriarca alguns papéis.

— Intão eu já posso ir doutor? Perguntou Jacob.

— No máximo em dois dias darei alta para você caso não haja nenhum tipo de complicação.

— Dois dia? Retrucou o Cowboy se sentando na cama – Mas eu num vô fica nem mais uma hora.

— Jacob! Falou Sara em um tom de autoridade.

— Jacob é importante que fique eu...

— Oia doutor eu me sinto bem mió, eu num fico nem mais um dia aqui – o cowboy olhou para a mãe – A Ruana não me aparece a cinco dias mãe, cê acha mermo que vou fica aqui sem sabe cê ela ta bem, se meus filho tão bem?

— Filho, ela ligou para você.

— Mas num me convenceu- Os olhos do Cowboy retornaram para o médico – oia doutor cê me descurpe, mas eu quero sai, me traga a papelada que eu assino e libero ocê.

O médico olhou para Sara que suspirou e depois para Jacob – Tem certeza disso? Se você tiver uma infecção ou qualquer outro tipo de...

— Se preocupe não, prepare tudo que preciso sai hoje daqui – Disse o Cowboy o interrompendo.

O médico assentiu – Está certo vou preparar o documento da sua alta – disse o médico que sinalizou para Sara e caminhou até a porta saindo do quarto.

Sara suspirou – Filho o que deu em você? Você levou um tiro e passou por uma cirurgia, tem que se recuperar antes de sair do hospital.

— Oh mãe, a sinhora me discurpe mas como a sinhora espera que eu fique aqui tranquilo sem saber da Ruana? Ela num me aparece aqui a cinco dias mãe- Disse o Cowboy com um semblante de preocupação – Se a Ruana tivesse bem ela já teria de vindo aqui, tem alguma coisa errada e cê sabe.

A matriarca desviou os olhos dos olhos do filho, sabia que não havia mas nenhuma forma de esconder de Jacob o que estava acontecendo, os olhos de ambos se voltaram para o abrir da porta e Sara fechou os olhos e suspirou em alivio ao ver Paul entrar no quarto.

—Encontrei com o médico no corredor – Disse o advogado dando um tímido sorriso – O Cowboy está dando dor de cabeça é?

Jacob sorriu timidamente com o canto dos lábios – Mas que bom que cê chegou Paul – disse ele encarando o advogado – porque agora ocês dois vão me explicar direitinho o que ta acontecendo que a minha mulhé sumiu.

O advogado olhou para Sara que ergueu as sobrancelhas demonstrando que havia se dado por vencida – Melhor contarmos a ele Paul, sabemos que não vamos conseguir segurá-lo aqui – disse Sara cruzando os braços.

O advogado balançou a cabeça concordando – Alec Volturi denunciou Embry, o departamento de policia enviou a solicitação ao Juiz mas ele está respondendo o processo em liberdade, Alec entregou uma prova, porém estamos esperando a pericia da arma usada por Emily.

— Isso a mãe me contou – Disse o Cowboy – Mas o que isso tem a ver com a Ruana?

— Embry limpou algumas contas Jacob...

— O que? Disse Jacob interrompendo o advogado.

—Filho se acalme- falou Sara aproximando-se de Jacob – Você ainda não está totalmente recuperado.

— Jacob me escute – continuou Paul – Renesmee me entregou seu aparelho celular e Edward e eu conseguimos cancelar algumas transações, mas Embry foi para o Rancho e Renesmee foi atrás dele.

A expressão do Cowboy mudou para preocupação e desespero – A Ruana foi para o rancho sozinha com nosso fio enfrentar o Embry, cê deixaram ela fazê isso mãe?

— Ela está bem – disse Sara tentando acalma-lo.

—E ainda colocou o Embry para correr – Completou Paul dando um tímido sorriso – Você sabe que Sam e Quil jamais deixariam Embry tocar em Renesmee.

O Cowboy suspirou e levou ambas as mãos ao rosto, em silêncio olhou para a mãe e para o amigo, apesar da preocupação sábia que se eles estavam tranquilos era porque Renesmee e seu filho estavam bem – Paul conversa com o doutor e acelera minha saída, daqui eu vô direto pro rancho.

— Não acha perigoso você operado ficar tantas horas na estrada? Perguntou Paul tentando convencê-lo.

— Cê acha mermo que eu vô fica aqui depois do que ocê me disse Paul? Vô pro rancho cuidar da Ruana e dos meus fios.

— Tudo bem, vou conversar com o médico e ver o que posso fazer – Concordou Sam olhando para Sara que sacudiu a cabeça sinalizando que estava de acordo.

Jacob observou o amigo sair em silêncio, novamente passou ambas as mãos em seu rosto tentando não demonstrar a angustia que estava sentindo – Eu num intendo mãe, Embry podia ter sido um irmão pra eu, nós ia tocar o rancho, num intendo porque ele fez isso – Desabafou o Cowboy.

Sara aproximou-se do filho e tocou carinhosamente seus cabelos – Algumas pessoas filho dão mais valor ao dinheiro do que a família, infelizmente Embry é uma delas.

— Ele tentou matar eu -O Cowboy balançou a cabeça de forma negativa – sabe mãe as vezes me pergunto se Embry realmente é meu irmão.

As sobrancelha de Sara ergueram-se mais uma vez – Eu tenho minhas dúvidas filho.

—Quer sabe mãe, eu vô pedi um dna, Embry num ta satisfeito com o que o pai deixou pra ele, pois bem, se ele num for meu irmão de sangue eu vô tirar dele o pouco que o pai deixo.

Sara sorriu timidamente – Você sabe que isso vai aumentar ainda mais o ódio dele por você.

— Pois agora eu vô ta pronto, ele me pego disprivinido mas agora eu num vô deixa ele fazer mal pra mim e muito menos pra Ruana e nossos fio.

A expressão de Sara mudou pra preocupação – Jacob pelo amor de Deus olha lá o que pretende fazer.

— Cê sabe que num vô fazer nada de ilegal mãe – Respondeu ele tentando acalmar sua mãe, a porta do quarto novamente se abriu e Paul entrou interrompendo a conversa entre mãe e filho – cê conseguiu Paul? Perguntou Jacob ansioso ao amigo.

Paul sacudiu a cabeça – Você poderá sair em duas horas.

O Cowboy sorriu em alívio – Intão vamo arrumar minhas bagagem e trata de pedi pra trazerem minha caminhonete.

—Jacob, você não vai dirigir por oito horas!

—Mas é claro que vô – disse ele em um tom firme de voz – Dirigir num é esforço naum, daqui eu vô direto pro rancho.

— Jacob fazem exatos oito dias que você levou um tiro.

—Eu tô ótimo Paul, cê me devolve meu celular e pede pra alguém trazer a caminhonete, não passo mais nenhum dia longe da Ruana.

Paul e Sara suspiraram, e conhecendo Jacob como ambos conheciam apenas trocaram olhares e concordaram.

(...)

— Esses são os últimos fornecedores que pagamos? Perguntou a ruiva a Quil enquanto ambos caminhavam pelo rancho, a ruiva olhava atentamente para o papel preso em sua prancheta e marcava alguns números.

—Sim patroa – respondeu o peão – agora nós vamo da uma pausa pra almoçar, cê ta gravida e num quero problema com o Jake.

A ruiva sorriu – eu realmente estou com fome, e ainda preciso ver o Billy – concordou enquanto seguiam pelos estábulos – a tarde temos uma entrega não temos?

Quil confirmou – Hoje a tarde eu vô cuida dos cavalo, o veterinário vem ver os Mustang patroa.

— é verdade você tinha comentado comigo.

— O Sam vai ajuda ocê!

— Obrigada Quil – disse a ruiva sorrindo, se despediu do peão e caminhou na direção da casa, sentia-se exausta e aproveitaria as duas horas que teria para cuidar do filho e descansar.

A ruiva deu um largo sorriso ao entrar na sala de estar e encontrar o filho brincando com a babá, o menino sorriu enquanto suas mãozinhas seguravam-se no sofá fazendo assim com que ele se mantivesse de pé.

— A mamãe chegou – disse a ruiva aproximando-se do menino e o pegou em seu colo – Você se comportou direitinho com a tia Kim?

O menino gargalhou fazendo algumas linguagens indecifráveis, Renesmee sorriu e olhou para a babá – Ele disse que sim!

Ambas riram e então a ruiva continuou – Você pode ir almoçar Kim, eu cuido dele, vou sair em duas horas, tomar um banho, comer e descansar, aproveita um pouquinho meu cawboyzinho.

— Tudo bem patroa em duas hora eu to di vorta – Disse Kim se despedindo da ruiva – vô sai pela cozinha e avisa a Leah e Claire que cê já chegou.

— Obrigada Kim – a ruiva agradeceu.

Renesmee pegou o filho no colo e seguiu para o quarto, deixou o menino brincando no berço e após tomar um banho vestiu uma roupa limpa e brincou alguns minutos com o menino sendo interrompida por Claire que entrava no quarto com uma bandeja nas mãos, o cheiro da comida fez seu estomago roncar enquanto a empregada deixava seu almoço sobre a mesa – Cê ocê quiser eu posso ficar com ele pro cê comer sossegada – sugeriu a empregada.

A ruiva sorriu – Obrigada Claire mas quero curtir um pouco meu filho, ultimamente só o vejo a noite e sempre está dormindo – explicou caminhando até a mesa – eu estava desejando macarrão.

Claire sorriu – Nós sabe por isso fizemos uma macarronada.

— Vocês são uns anjos –  disse a ruiva levando o garfo com macarrão a boca não deixando de olhar para o filho.

— Intão eu vô deixa cê comer, quando termina podi deixar ai que despois a Leah ou eu vem buscar.

— Obrigada novamente Claire – sussurrou a ruiva com a boca cheia de macarrão, a empregada riu enquanto saia do quarto.

Faminta a ruiva repetiu o prato de macarronada e após terminar o almoço e escovar os dentes deitou em sua cama para descansar, seus pensamentos se perderam em Jacob, não tinha mais desculpas para dar a ele por sua ausência e quando retornasse a noite precisaria ligar para o hospital.

Após fazer um carinho nos cabelos do pequeno Billy a ruiva fechou os olhos e quando os abriu olhou para o relógio, sorriu percebendo que havia dado um cochilo, pegou o filho em seus braços e saiu de seu quarto o levando para o quarto dele.

— A noite mamãe vai estar aqui com você – sussurrou a ruiva dando um beijo no filho e saiu do quarto.

Após se vestir colocou o chapéu de Jacob na cabeça e caminhou pelo rancho, Sam a esperava próximo o celeiro com seu cavalo e mascavado – O peão disse que os comprador já chegou, eu antecipei as coisa e colocamo os cavalo no caminhão, eles já foram.

— Obrigada Sam, assim não demoramos e antes da noite estaremos de volta – Disse a ruiva pegando as rédeas de mascavado e acariciou o animal – Você está com saudade do Jake não está? Eu também estou – murmurou ela ao cavalo.

Cuidadosamente a ruiva montou no cavalo e saiu ao lado de Sam na direção da estrada de entregas, o clima estava frio e pela primeira vez agradeceu por isso, naquele horário o sol estaria escaldante caso não fosse inverno e ela sabia que isso faria mal a ela e ao bebê, trocou algumas informações com Sam enquanto seguiam, nos últimos cinco dias havia percebido o quanto era difícil o trabalho no rancho, se perguntou como Jacob conseguia fazer todo aquele trabalho sozinho.

(...)

Após receber a alta do hospital o Cowboy partiu de volta para o rancho, estava a algumas horas na estrada, Sara havia o acompanhado não conseguiria ficar tranquila em saber que o filho operado estava dirigindo por tantas horas em uma estrada deserta.

O sol começava a se por quando finalmente a caminhonete de Jacob entrou na vila, ao reconhecerem o veículo algumas crianças correram ao lado com carro o acompanhando, Jacob sorriu batendo com a palma da mão na buzina chamando a atenção e todos.

—Patrão! Alguns peões gritaram e acompanharam o veículo, Jacob diminuiu a velocidade os cumprimentando – Mas o patrão ta bem! Disse um dos peões com um sorriso largo no rosto.

— Despois eu venho prozear com oces – Gritou o cowboy de dentro do carro e em seguida acelerou pegando a estrada em direção ao rancho, Sara o olhava com um semblante de preocupação, o cansaço do filho era aparente em seu rosto.

— Assim que chegarmos você sossegue filho, não deveria estar se esforçando desse jeito.

O Cowboy sorriu olhando para a estrada, apesar de aparentemente estar bem tinha que admitir que sentia-se cansado, deixou apenas uma das mãos no volante e com a mão livre segurou a mão de sua mãe a aproximando dos lábios dando um beijo carinhoso – tô bem mãe!

Sara sorriu – Não vai me comprar com beijos.

Quando a caminhonete passou pelo portão do rancho a ansiedade o dominou, os peões surpresos e assustados correram ao lado do veiculo e assim que Jacob estacionou e saiu do carro os homens aproximaram-se com uma expressão de felicidade.

—Patrão! Gritou Seth aproximando-se e surpreendendo Jacob com um abraço – Que bom que cê ta bem.

— Eu tô é ótimo moleque – respondeu Jacob bagunçando os cabelos do garoto, em seguida se afastou cumprimentando os outros peões – A Ruana tá em casa? Perguntou a Brad que negou com a cabeça.

—A patroa ainda num volto não, ta fazendo entrega com Sam! Respondeu Brad.

A surpresa dominou o rosto de Jacob – A Ruana tá fazendo entrega? Diacho de Ruana danada – completou com um sorriso largo nos lábios.

— A patroa cuido de tudo patrão, é tão gente boa quanto ocê! Disse Collin de forma animada.

— Vô atras dela...

—Jacob – Sara o interrompeu – Eles já devem estar voltando, você dirigiu por horas precisa descansar.

— Oh mãe, cê acha que vô ficar esperando em casa? Cê fica e preparar um jantar pra nós com a Leah e a Claire, Seth ajuda a mãe com as mala?

— Podi deixa Jake – gritou o garoto.

—Jacob...

— Eu num demoro mãe! Disse o Cowboy a ignorando e apressou os passos na direção do celeiro dos cavalos, ao se aproximar sorriu ao ver Quil que se despedia do veterinário, os olhos do peão arregalam-se ao ver o patrão vindo ao seu encontro.

— Jake! Gritou Quil caminhando em sua direção- Tu ta bem homi?

— Mas é claro – respondeu Jacob sorrindo – Me trás o mascavado que vou buscar a minha mulhé.

O peão coçou a nuca meio sem graça – O mascavado num tá – disse ele temeroso.

O olhar do cowboy tornou-se sério – Como assim o mascavado num tá? O que aconteceu com meu cavalo?

—A patroa levo ele!

— Diacho – murmurou Jacob novamente surpreso – A Ruan ata cavalgando prenha?

— Nós tento viu, mas cê conhece a patroa.

Apesar de preocupado o Cowboy riu – Essa Ruan ata me saindo mió que incomenda, me trás outro cavalo que vou buscar ela.

— Mas cê pode cavalga? Perguntou o peão preocupado;

—Pode eu num posso, mas eu vo assim mesmo.

Como conhecia o patrão o peão não discutiu, entrou no celeiro buscando um dos cavalos da baia, ajudou o patrão a por a cela e então Jacob partiu em disparada pelo rancho.

Enquanto cavalgava o Cowboy sorriu, fechou os olhos por alguns segundos sentindo-se feliz, lembrou que havia pensado que morreria quando estava baleado, havia sentindo falta do cheiro de terra misturado com o cheiro da floresta, diminuiu a velocidade ao aproximar-se da estrada e ver o caminhão passar ao seu lado, e quando finalmente viu Renesmee de longe conversando com os peões seu coração disparou em felicidade.

— Essa é a última entrega do mês – Disse a ruiva olhando para sua prancheta – Amanhã vocês estão de folga.

Os peões concordaram agradecendo, enquanto Renesmee tinha a atenção total para as contas do rancho.

Ao ver o cavalo de Jacob se aproximar os peões sorriam o reconhecendo – Patroa...murmurou Sam com um sorriso Largo em seus lábios.

— Pode falar Sam – respondeu ela ainda com os olhos nos cálculos.

Jacob levou o dedo indicador direito aos lábios pedindo que eles nada dissessem a ele e desceu com cuidado do cavalo, apesar de preocupado sentia-se orgulhoso de ver Renesmee cuidando do Rancho com um de seus chapéus em sua cabeça.

Caminhou lentamente na direção da esposa e cruzou os braços parando a alguns metros dela – Podemo ir patroa? Perguntou ele em um tom alto de voz.

Renesmee paralisou, lentamente sua cabeça se moveu para a direção da voz que havia ouvido e seus olhos cor de chocolate se arregalaram – Já..ke...murmurou ela.

O Cowboy deu um largo sorriso ao vê-la correr indo ao encontro dele.


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