Cowboys and Angels escrita por Alina Black


Capítulo 6
Pais e filhos




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Jacob acordou cedo na manhã seguinte, após fazer sua higiene matinal pegou uma roupa a vestindo, se sentou na cama e olhou para as botas que estavam no canto do quarto, levantou de imediato e ao se aproximar fez uma careta ao sentir o odor vindo das botas – Encharcaram mesmo hein! Murmurou as pegando e saiu do quarto caminhando para a cozinha, aproveitou que nenhuma das empregadas estavam e seguiu para a área de lavar.

Olhou para os lados procurando por algo, sorriu ao ver um pequeno banco com alguns baldes sobre o mesmo, colocou as botas debaixo do braço em seguida retirou os baldes que estavam sobre o banco e o pegou caminhando para os fundos da casa.

Apesar da tempestade da noite anterior o dia havia amanhecido ensolarado, deixou o banco no centro da área colocando as botas sobre ele, ao se virar percebeu que Luiza o olhava e silêncio.

— O que que ta olhando? Perguntou arrumando as botas sobre o banco.

— A patroa está atrás de você, o que você está fazendo Jacob?

— As botas encharcaram! Ele respondeu – Mas o sol tá bom então vão enxugar.

Luiza continuou a rir, embora trabalhasse na casa a bastante tempo e já estar acostumada com o modo simples do Cowboy ele sempre a divertia – Jacob você definitivamente não existe! A empregada falou cruzando os braços.

Jacob fez um bico e franziu as sobrancelhas caminhando em seguida até a entrada – Me diz uma coisa a Ruana já ta acordada?

Luiza sorriu – Ainda não! Em seguida deu as costas ao Cowboy – Se eu fosse você iria logo para a sala, sua mãe está procurando você e o Paul está com ela.

A expressão dele se fechou, como se o tempo tivesse nublado, se Paul havia chegado tão cedo era porque não teria boas notícias, não respondeu nada a empregada apenas passou por ela de forma apressada seguindo para a sala.

— A benção mãe, bom dia! Falou ao entrar na sala dando um beijo em Sara que estava a mesa tomando café acompanhada de Paul – Bom dia Paul! Falou puxando a cadeira e se sentou ao lado da mãe – O que tá acontecendo? Perguntou sem delongas enquanto servia a si mesmo um pouco de café, a troca de olhares entre sua mãe e seu amigo advogado denunciaram a ruim notícia que teria – Desembucha!

— Embry me procurou ontem a noite, pediu uma cópia do testamento do seu pai.

— Diacho o que ele ta querendo agora? O Cowboy perguntou aborrecido.

— Rachel me disse que a noiva dele procurou a mesma ginecologista dela, vai começar um tratamento para engravidar, eles se casarão em 10 dias – Explicou Embry – Parece que seu meio irmão deseja ter o controle do Racho o mais depressa possível.

— Se essa moça aí que vai casar com ele embuchar, ele já terá direitos? O Cowboy perguntou preocupado, sentiu o peito apertar de uma forma o qual não conseguiu disfarçar, a mão da mãe apertou carinhosamente seu ombro e ele a olhou sorrindo timidamente.

—Não! Respondeu o advogado – Seu pai deixou claro que somente depois da criança nascer o pai passa a ter direito de administrar os bens dela, até lá ainda é sua responsabilidade.

A revolta dominou o Cowboy – Eu não entendo sabe mãe, desde que eu era moleque eu dei duro lá, eu nunca vou entender por que o pai me fez isso, ele me odiava só pode ser isso.

— Jacob não diga isso, seu pai sempre amou você! A mãe o repreendeu.

— Que diacho de amor é esse? Amor que tira do filho aquilo que ele sempre batalhou para ter, eu nunca pedi nada ao pai, eu sempre trabalhei, tá certo que eu não tive um monte de diploma como o Embry, mas se aquele Rancho é o que é hoje fui eu quem dei duro, não me conformo!

O Cowboy se levantou angustiado, Sara tentou contê-lo porém ele a ignorou, precisava ficar sozinho, caminhou de forma apressada passando feito um “raio” como ele sempre dizia pela cozinha e retornou aos fundos da casa sentou-se na batente da porta apoiando as mãos sobre os joelhos e olhou para as botas.

Naquele instante Renesmee já havia acordado, se sentou na cama percebendo que não estava mais com o soro preso ao braço, se perguntou em que momento haviam o retirado, com certeza seu sono tinha sido tão pesado que não sentiu quando removeram, se sentia melhor e mais disposta, seus pés descalços tocaram o chão frio mas ela não se importou, o som do relógio de parede quebrando silencio do quarto chamou sua atenção, já passaram das nove horas, lentamente ela abriu a porta do quarto e ouviu a voz alta vindo de algum cômodo da casa, em seguida observou Jacob cortar o corredor de forma apressada sem perceber que era observado por ela, encostou a porta e caminhou na direção a qual ele havia ido.

Chegou a cozinha encontrando Luíza logo na entrada, a moça a olhou surpresa – Bom dia! A ruiva falou se sentindo perdida.

— Precisa de alguma coisa senhorita? Luíza perguntou de forma gentil.

— Sabe onde o Jacob está?

Ao ouvir a pergunta feita por Renesmee a empregada sorriu, balançou a cabeça mostrando o local onde o Cowboy estava, a ruiva sorriu agradecendo e passou pela cozinha lentamente, seus pés descalços tocaram o chão úmido da área de lavar e então avistou as costas do rapaz sentado no batente da porta.

Aproximou-se lentamente e ao chegar ao lado de Jacob percebeu o mover das mãos dele em seu rosto – Atrapalho? Ela sussurrou.

O rosto do Cowboy se virou em sua direção, Renesmee percebeu os olhos vermelhos, Jacob tentou disfarçar levando as palmas das mãos aos olhos – O que você faz aqui Ruana?

— Está chorando? A ruiva perguntou ignorando a pergunta dele, embora a primeira pergunta que tivesse vindo a sua mente fora sobre o que significava Ruana, deu alguns passos passando pelo batente e se sentou ao lado dele.

— Não! Ele respondeu – Foi um cisco que caiu no meu olho!

Renesmee sorriu virando o rosto para olhá-lo – E caiu nos dois olhos?

— Era um cisco grande! O Cowboy respondeu prontamente.

Ela sorriu com o canto dos lábios, o olhar de Jacob se direcionou aos pés da moça descalços sobre o piso molhado – Você vai pegar um resfriamento se ficar pisando nesse chão descalça! Em seguida estendeu as pernas e puxou os pés de Renesmee os deixando sobre as pernas dele, ela o olhou surpresa colocando as mãos no chão como um apoio para que não caísse – Por que você veio aqui? Jacob perguntou.

— Obrigada! Ela respondeu surpresa ao gesto protetor do Cowboy – Eu o vi passar apressado pelo corredor, imaginei que algo tivesse acontecido, não quer me contar a razão desse cisco?

O rosto de Jacob se virou para olhá-la e ele sorriu com o canto dos lábios – Já sei, você é aquelas médicas que cuidam dos sentimentos, não é? Em seguida fez uma careta – Como é mesmo, Pisi, pisi alguma coisa! Completou.

Renesmee riu, o conhecia a menos de vinte e quatro horas, mas ele já havia a feito rir como se o conhecesse a dias, Jacob era um paradoxo, pela conversa que havia tido com Sara sabia que ele era um homem rico, havia crescido em meio a rapazes milionários e cheios de posses, assim como ele possuía, mas Jacob Black era simples, não vomitava luxuria e nem se exaltava com o que tinha, era um homem bonito e de boa aparência, mas tinha um coração de um menino cheio de sonhos.

— Psicóloga! Ela o ajudou com a palavra mantendo o sorriso em seus lábios – Mas eu não sou psicóloga, não se preocupe, só estou tentando ser uma amiga.

O Cowboy suspirou e voltou a olhar para as botas que estavam sendo aquecidas pelo sol – Meu pai me decepcionou! Respondeu ele – Eu num consigo compreender por que ele fez isso comigo, tá certo de que nós dois tivemos nossos arranca rabo mas, ele foi injusto comigo.

Ao ver o olhar do rapaz sobre as botas, Renesmee também fixou o olhar na mesma direção que ele, lembrou de Edward Cullen, sua expressão mudou e decidiu apagar o pai da sua mente – Os pais são complicados mesmo, nunca vamos compreendê-los! Respondeu ela.

— Ele me tirou aquilo que eu mais amo, o rancho, eu dei duro lá sabe, desde que eu era um Poltro jovem sabe...As sobrancelhas de Renesmee se franziram e ela o interrompeu.

— O que seria Poltro Jovem? Perguntou curiosa.

— É um cavalo mais jovem – Explicou ele.

—Ah, como um adolescente? Ela perguntou novamente.

Jacob a olhou de solai-o – É isso ai! Em seguida continuou- Quando eu era ainda um Poltro quase adulto eu comprei um Quarto de milha – Ele sorriu orgulhoso – Foi meu primeiro cavalo, dei duro, juntei uns pá de meses de dinheiro, teve um leilão lá na vila e eu levei ele – Jacob balançou os ombros em um gesto de orgulho – Ele se chama Mascavado!

— Por que Mascavado? Nessie novamente  perguntou .

O Cowboy sorriu – Porque ele era um poltrozinho sabe marronzinho quase caramelo – O sorriso dele de alargou, dai eu cuidei, depois juntei de novo uns meses de dinheiro, e comprei uma fêmea, e cruzei os dois, dai li em umas revistas que era um negócio bom criar cavalos e avisei o pai, e começamos a comprar cavalos, compramos mais terras pra aumentar as produções, e hoje o Rancho tá lá enorme e cheio de raças boas.

Enquanto Jacob explicava Nessie o olhava encantada, sorria ao ver todo o amor com que ele falava das terras, dos animais, permaneceu em silêncio apenas observando seu sorriso e gestos, Jacob era o exemplo de alguém que era feliz naquilo que fazia.

— Mas o que seu pai fez?

O sorriso do Cowboy se desfez – Ele empacotou faz um mês, deixou um testamento e dividiu o Racho, meu irmão que me tirar o Rancho.

— Eu sinto muito Jake! A ruiva levou uma das mãos ao ombro dele, o Cowboy a olhou sentindo o queimar em seu rosto, sorriu um pouco desajeitado olhando para ela, ainda precisava compreender por que ela o deixava tão nervoso – Os pais também comentem erros, quando eu era criança eu achava meu pai meu super herói, meus irmãos sempre diziam que eu era a favorita dele, de certa forma eu era, se eu pedisse algo a ele quando ele saia para trabalhar a noite quando voltava para casa ele trazia, ele me levava nas festas da escola, e mesmo depois que me tornei adulta ele ainda satisfazia a todos os meus caprichos.

Dessa vez era Jacob quem a observava em silêncio, sorriu com o canto dos lábios observando cada traço do rosto da garota achando linda cada expressão que ela fazia, observou atentamente o mover dos seus lábios, a covinha que ela fazia em sua bochecha sempre que sorria, os olhos marrons, o Cowboy se perdeu naquele rosto voltando a realidade ao ouvir a voz dela o chamando.

— O que aconteceu com o seu pai? Ele disfarçou.

— Quando eu não fiz o que ele queria ele me deserdou! Respondeu de forma resumida.

Jacob lançou um olhar de curiosidade sobre a ruiva – E o que ele queria que você fizesse?

— Que eu me casasse, com o pai do meu bebê! Respondeu ela um pouco desconfortável, o semblante de Jacob mudou, sentiu-se incomodado com o que a garota havia dito, porém balançou a cabeça tentando disfarçar.

— E por que não casou?

— Por que eu o odeio! Renesmee respondeu.

Um sorriso se abriu no rosto do Cowboy, rapidamente ele virou o rosto em outra direção tentando não demonstrar que de alguma forma aquela resposta havia o deixado Feliz, desfez o sorriso e respirou voltando a olhar para ela – Ele vai assumir o poltrozinho não vai?

—Será que pode parar de chamar meu filho de cavalo? Ela reclamou.

— Desculpa! Ele respondeu sem jeito – Mas ele vai ter que assumir...

—Ele não vai! Ela o interrompeu, Jacob a olhou surpreso – Ele disse que não é o pai, e eu não quero nunca mais vê-lo, íamos nos casar, mas dois dias antes do nosso casamento o peguei na cama com uma das minhas melhores amigas.

A expressão do Cowboy mudou para raiva – Mas que filho duma put...Ele controlou a língua quando o olhar de Renesmee se voltou para ele – Mas como é que pode? Perguntou aborrecido – São essas espécie de macho que nos envergonham, onde já se viu trair e abandonar uma moça prenha, bulir com a moça e não assumir? Se eu encontro esse cabra eu dava uma boa surra pra aprender a ser homem!

Os lábios de Renesmee se moveram, mas ela não conseguiu falar, percebeu o aborrecimento no rosto do Cowboy, ele mal a conhecia e estava aborrecido por causa dela? Se importava com ela? Ela que estava totalmente desacreditada com relação aos homens, estava diante de um o qual nunca havia conhecido em sua vida e que achou que só existiam nos romances do cinema – Daria a surra por que ele me abandonou? Perguntou curiosa.

Jacob voltou a olhá-la – Claro! Afirmou aborrecido – Esse negócio de traição eu não aceito não, se quer viver galinhando pra que amanceba? Ele balançou a cabeça em negação e moveu os ombros largos – Homem que trai num é homem, o dia que eu casa só minha esposa vai existir pra mim, vou respeita, mulher a gente respeita não faz essas coisas não.

Renesmee sorriu largamente – Tenho certeza de que ela será uma mulher de sorte! Murmurou.

O Cowboy sentiu o nervosismo dominar seu corpo novamente e mais uma vez disfarçou – E que espécie de pai abandona uma filha que precisa de ajuda? Merece uma surra também.

— Tudo bem Jake! A ruiva tentou mudar o foco da conversa e suspirou – Eu preciso voltar para o quarto e encontrar minhas roupas são as únicas que tenho, não posso passar o dia de camisola!

— Se você quiser eu posso ir buscar umas roupas pra você, onde você ta morando?

— Em lugar algum! Ela respondeu um pouco constrangida.

— Ué? Jacob novamente lançou sobre ela um olhar de incompreensão - Como assim em lugar nenhum, todo mundo mora em algum lugar! Percebeu que a garota pareceu incomodada com a pergunta então tentou amenizar o clima que havia se formado – Se não quiser falar, eu vo entender, eu to perguntando demais!

— Eu estava morando em uma pensão, mas ontem eu fui despejada, tive que deixar minhas roupas, celular e documentos como garantia de que vou pagar os dias que fiquei devendo – Ela explicou baixando o olhar, Jacob sentiu pela tensão em seu corpo que ela estava envergonhada, e realmente ela estava, apesar de ter contado a ele sentia vergonha de não ter nem o que vestir, o Cowboy sorriu com o canto dos lábios.

— Me da o endereço que vou buscar suas coisa!

Renesmee ergueu o olhar na direção dele novamente surpresa com o seu gesto – Não é necessário Jacob, você e sua mãe já fizeram muito por mim, e além do mais, eu não tenho como pagar você.

— Ah isso não é problema! Ele respondeu, fez uma cara de pensativo e Renesmee o olhou desconfiada, em seguida ele voltou a olhá-la novamente com o sorriso largo em seu rosto – Vamo fazer um trato!

As sobrancelhas da ruiva ergueram-se – Que trato? Perguntou em tom de desconfiança.

— Eu vo lá na pensão, pego suas coisa pago a conta, e em troca você me promete que nunca mais vai querer pular da ponte!

Os lábios dela se torceram enquanto o Cowboy a olhava sorrindo – Tudo bem! Concordou ela, Jacob estendeu a mão e ela apertou aceitando o trato, ambos se olharam em silencio enquanto Renesmee sentia a mão áspera do Cowboy, do outro lado Jacob sentia a macies da mão da ruiva como se ele tocasse em um veludo, novamente seu corpo reagiu de forma estranha enquanto seus olhos se prendiam ao dela.

— Eu acho que já podemos soltar! Renesmee sussurrou, Jacob soltou a mão dela um pouco envergonhado, mas disfarçou, ambos trocaram sorrisos em silencio até eu Jacob finalmente se levantou, curvou o corpo na direção dela e passou as mãos por baixo das pernas dela a surpreendendo.

— Jake o que você está fazendo? A ruiva perguntou, de início Jacob a ignorou a pegando em seus braços enquanto a garota movia as pernas pedindo para ele colocá-la no chão.

— Agora eu acho melhor você ir pro quarto, comer e descansar, o doutor falou que você precisa de descanso aí por causa do Poltrozinho!

— Jacob eu posso andar! Renesmee reclamou nos braços dele, mas o Cowboy a ignorou, passou pela porta cortando a cozinha fazendo as empregadas rirem ao observar a cena e seguiu em direção ao corredor.

(...)

— Meu filho vai sofrer muito se perder o controle do Rancho, eu não posso permitir que isso aconteça Paul! Sara falou em um tom de preocupação – Ele não vai aguentar, aquelas terras são a vida dele.

— Sara eu nunca entendi por que Billy fez isso, eu mesmo tentei convencê-lo a deixar as terras para o Jacob e as outras coisas ao Embry.

Sara balançou a cabeça de forma negativa olhando para o advogado – Tiffany visitou Billy antes dele fazer esse testamento, ela sabia que ele estava doente, com certeza o fez se sentir culpado como sempre, desde que contou a Billy sobre ele ser o suposto pai de Embry que sempre cobrou que o filho tivesse os mesmos direitos que Jacob, a vida toda foi assim, o manipulando.

— Com certeza Billy não quis favorecer somente um! Paul murmurou compreendendo a explicação de Sara.

— E com certeza está atrás de um neto! Sara falou em um tom de aborrecimento – Eu sempre aturei o cinismo da Tiffany, vivi um inferno por causa dela, mas agora a coisa é diferente, ela está mexendo com meu filho, não vou admitir que ela prejudique o Jacob!

Paul suspirou – Eu estudei todas as possibilidades, eu juro a você Sara eu queria muito ajudar o Jacob, mas estou de mãos atadas.

— Mas você vai ajudá-lo! Sara falou com um semblante pensativo – Paul, quantos meses fazem que Billy registrou o testamento?

Paul torceu os lábios – Três meses! Respondeu – Lembro que foi na época em que Jacob quebrou o nariz do Embry por causa dos filhotes que ele negociou ainda em desmame, deu trabalho convencer o Embry a não prestar queixa – o advogado riu em seguida seu semblante se tornou sério novamente – Mas porque essa pergunta? Concluiu.

— Então se Jacob tivesse engravidado uma moça, e ela tivesse com aproximadamente dois meses esse bebê seria o herdeiro?

O advogado lançou um olhar curioso sobre a matriarca dos Black – Sara, em que está pensando? Conhecendo bem Jacob ele jamais engravidaria alguém apenas para obter vantagem.

— Sim ou não Paul! Ela o ignorou.

Paul respirou – Sim, Jacob é o tutor legal da porcentagem, ele apenas esperaria a criança nascer para ter os documentos dessa porcentagem – Explicou o advogado.

— Embry poderia recorrer caso descobrisse, pedir um exame? Sara novamente perguntou deixando o advogado ainda mais desconfiado.

Paul gesticulou com uma das mãos e negou com a cabeça torcendo os lábios novamente –  Um exame de DNA pode ser realizado após 12 semanas de gestação, porém , por exigir uma coleta invasiva, um médico seria responsável por dizer se a gestante está apta ou não a realizá-lo, mesmo que Embry pedisse um exame de DNA ele não teria nenhum tipo de base para fazer esse pedido, não teria motivos suficientes para um juiz solicitar, principalmente se Jacob afirma-se que o filho é dele, Juiz nenhum acataria o pedido.

Os lábios de Sara moveram-se em um sorriso, Paul manteve o seu olhar de desconfiança sobre a mulher que tentou explicar algo porém os gritos vindos do corredor chamou a atenção de ambos, ao reconhecer a voz de Renesmee a matriarca se levantou caminhando de forma apressada e sendo seguida por Paul e ao aproximarem-se do corredor observaram Jacob passar de forma apressada com Renesmee protestando em seus braços.

— É a moça a qual me falou? Paul perguntou com um tom de curiosidade.

— Sim! Sara respondeu sorrindo – O que você acha?

— Já parecem marido e mulher! O Advogado respondeu compreendendo os planos de Sara – Mas quero ver como vai convencer os dois! Completou.

— Cuide da papelada Paul, quero que esse casamento aconteça o mais depressa possível, se possível para amanhã! A mulher falou em um tom de ordem.

Paul sorriu para Sara – Não se preocupe, a sorte sorriu para o Cowboy, além de ter encontrado uma “Ruana prenha” na ponte tenho um amigo Juiz hospedado em meu apartamento! O advogado sussurrou sorrindo.

— Diga a ele que tem um extra com uma bonificação boa! Sara respondeu voltando a observar Jacob e Renesmee brigando no quarto.


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Notas finais do capítulo

Encharcar - molhar.
arranca rabo - briga
Bulir - tirar a virgindade
emanceba - namora, casa, se junta



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