Conforme havia sido combinado com o médico na noite anterior, Renemee e Jacob foram para a vila, devido a distância a vila possuía apenas um pequeno centro médico para tratamento de crianças e gestantes, em caso mais extremos era necessário levar o paciente para a cidade mais próxima.

O casal entrou de mãos dadas no pequeno porém confortável local, o olhar de Renesmee se direcionou a mulher grávida que estava sentada em um banco na recepção, pelo tamanho de sua barriga a ruiva deduziu que faltava pouco para que eu bebê nascesse, ao perceber o olhar da ruiva sobre ela a mulher sorriu gentilmente, Renesmee assentiu retribuindo ao sorriso dela.

— Bem vindo patrão! A recepcionista falou chamando a atenção de Renesmee que voltou o olhar em sua direção dando um tímido sorriso, como estava a poucos dias na vila não havia se acostumado com o fato de todos os habitantes daquele pequeno lugar chamarem Jacob de patrão, até mesmo os funcionários do pequeno centro médico.

— Bom dia! Respondeu Jacob de forma gentil – O Doutor tá a nossa espera, essa é minha esposa Nessie, nós tamo esperando um potrolzinho – completou ele orgulhoso, Renesmee baixou a cabeça e riu, admitia que quando conhecerá Jacob a forma como ele falava de seu bebê a havia incomodado, porém agora sabia que era apenas a forma dele expressar o carinho pelo bebê.

— O doutor me avisou! Respondeu a moça alargando seu sorriso – Muito prazer patroa, bem vinda a cidade.

— Obrigada! A ruiva respondeu a cumprimentando – Você pode me chamar apenas de Nessie.

— Claro dona Nessie! Respondeu a moça de forma educada – Vocês podem me acompanhar o doutor está à espera de vocês.

O casal concordou com a cabeça e seguiram a recepcionista por um pequeno corredor, a recepcionista parou diante da porta com  descrição “consultório 1”, abriu a porta pedindo para que eles entrassem, o medico que olhava alguns papéis levantou-se de sua cadeira atrás de sua mesa ao ver ambos entrando em sua sala.

— Finalmente senhora Black! Disse o médico estendendo a mão, Jacob o cumprimentou e após Renesmee apertar a mão do médico ambos se sentaram nas cadeiras a frente de sua mesa.

— Demoramo um pouco mais viemo! Falou Jacob após se sentar segurando carinhosamente a mão de Renesmee – Nosso filho tá cada dia maior esse poltrozinho, daqui a pouco vai ta chutando a mãe.

— Jake! Nessie tentou conter a empolgação do Cowboy.

— Não se preocupe Nessie - O médico balançou a cabeça rindo – Jacob é assim mesmo já estou acostumado – Mas vamos a nossa consulta, você sabe que precisa iniciar seu pré-natal, você sabe qual seu tempo exato de gravidez?

A ruiva olhou de soslaio para o Cowboy e suspirou – Pelos meus cálculos estou próxima dos quatro meses!

— Precisamos fazer um ultrassom para confirmarmos isso, porque você precisa tomar algumas vacinas – Disse o médico gentilmente – Irei pedir a Angela para que a prepare e agora mesmo iremos conhecer o novo membro da família Black.

Renesmee concordou com a cabeça dando um lago sentindo o beijo carinhoso de Jacob em sua testa, o médico realizou uma ligação e minutos depois a porta da sala se abriu.

— Por favor me acompanhe! Disse a recepcionista, Renesmee assentiu, sentiu novamente o beijo do marido em sua testa e se levantou deixando sua bolsa com ele e saiu da sala acompanhada de Angela entrando na porta seguinte – Você vai vestir uma batinha, apenas para facilitar o exame! Explicou Angela.

— Esse local é tão pequeno! Murmurou Renesmee enquanto se sentava tirando as botas – Não imaginei que tivessem equipamentos aqui.

Angela sorriu – O patrão junto com o doutor Mike fora bastante cauteloso quanto a isso – Respondeu a moça abrindo um pequeno armário e retirando de dentro uma veste hospitalar verde.

— Jacob? Sussurrou a ruiva com um semblante de surpresa, em seguida se levantou tirando cuidadosamente a legging que usava e em seguida a batinha ficando apenas de calcinha e sutiã.

— Sim! Respondeu Angela – Foi Jacob quem construiu isso tudo, ele quem paga nossos salários e ajuda a manter o centro, como existe uma cidade próxima ninguém construiu nada na região, só que o patrão acha que até uma mãe chegar a próxima cidade  para dar a luz pode não resistir – Explicou a moça entregando a bata para que a ruiva vestisse.

Renesmee sorriu, se existia um anjo na terra esse anjo era Jacob Black, por isso todos os moradores da vila tinham tanto carinho e admiração por ele, Jacob era um grande amigo, o melhor patrão que alguém pudera ter, se antes se sentia privilegiada por tê-lo conhecido naquele momento toda a admiração que sentia por ele duplicara, ela o amava e sentia-se feliz por ter seu amor retribuído por ele.

— Podemos ir? Murmurou Angela a tirando de seu breve devaneio, a ruiva concordou e ambas saíram da sala entrando na sala ao lado, onde Mike e Jacob as aguardavam, Renesmee suspirou sentindo a ansiedade a dominar enquanto era ajudada por Jacob a deitar-se na cama hospitalar, o Cowboy segurou sua mão e a aproximou de seus lábios a beijando enquanto o médico iniciava os preparativos para o exame.

— Então papais prontos para conhecerem o Poltrozinho? Disse o doutor fazendo o casal rir, Renesmee e Jacob trocaram um olhar carinhoso e concordaram com a cabeça, o médico então se sentou diante do pequeno monitor enquanto cuidadosamente encostava o transdutor no abdômen de Renesmee – Temos um bebê Black bastante grande, como o pai!

Jacob sorriu largamente beijando novamente a mão de Renesmee – Da para sabermos se é menino ou menina? Perguntou a ruiva.

— Sim – Respondeu Mike dando um sorriso logo em seguida – Pronto para ensinar seu filho a montar a cavalo Jacob?

O olhar do Cowboy se fixou no médico e seus lábios moveram-se como se as palavras tivessem desaparecido, compreendo a resposta de Mike, Renesmee apertou a mão do marido controlando suas lagrimas – É um menino é isso, não é? murmurou ela.

Mike concordou com a cabeça.

— Um garoto! Sussurrou Jacob engasgando-se em sua própria voz, seus olhos brilhavam e seu coração parecia ter criado vida própria em seu peito, naquele momento sabia que precisava se acalmar, mas naquele momento desejou sair gritando “ sou pai de um garoto” pela rua, amava Renesmee com todas as suas forças, e amava aquela criança de uma forma que naquele momento em que ambos ouviam o coração daquele pequeno ser bater sentiu um dos ápices de felicidade, estava vivendo mais bonito de todos o sonhos, o de é ser pai.

— Jake!

— Jake você está bem?

— Eu...oi...murmurou ele.

— Amor! Renesmee sussurrou apertando sua mão – Você ficou calado.

— Descurpa eu! Respondeu o Cowboy levando a mão livre aos olhos, Mike sorriu voltando a atenção ao monitor e Renesmee puxou suavemente a mão do marido aproximando de seus lábios a beijando – Minha Nosinhora eu...Jacob tentou falar em meio a sua emoção.

— Relaxa Jacob! Mike falou dando um aperto em seu ombro – Sei que agora que se deu conta do problema que terá com compra de fraudas, mas você dará conta!

Renesmee e Jacob riram juntos, Mike finalizou o ultrassom enquanto o Cowboy ajudava a esposa a se levantar da cama – Eu encontro você na sala do Mike! Murmurou a ruiva selando os lábios de Jacob que apenas concordou com a cabeça.

A ruiva retornou a sala anterior vestindo suas roupas, sorriu acariciando a própria barriga, um menino, seu filho era um menino, por um breve instante imaginou um garotinho correndo pelo rancho como Vivi e Sam sempre faziam, já haviam pensando em muitos nomes antes mesmo de saber se era menino ou menina, mas agora ela havia escolhido um. O nome mais especial de todos.

Saiu da sala e seguiu para a sala de Mike que conversava com Jacob, ao entrar o marido a puxou carinhosamente pela mão para sentar-se ao seu lado -  O bebê de vocês está muito bem, porém temos que nos atentar com os seus desmaios e sua pressão que estava um pouco alta hoje, você também está abaixo do peso, para suprir as suas necessidades e as do bebê, você deve contar com 500 calorias a mais em sua porção habitual diária de comida – Explicou Mike.

As sobrancelhas de Jacob se uniram em sua testa – Eu disse Ruana, que cê precisa comer direitinho, mas ela quer comer igual passarinho, mas cê pode deixar doutor que eu vô ficar de olho nela.

— Mas meus desmaios significam alguma patologia? Renesmee perguntou com um semblante de preocupação.

— Geralmente desmaios são causados por mudanças hormonais e a necessidade de aumento do fluxo sanguíneo, porém quero que você evite locais muito quentes ou abafados, com pouca circulação de ar, ficar mais de três horas sem comer nada e o principal evitar estresse, tente sempre manter-se tranquila.

— Pode deixar doutor! O Cowboy falou voltando a segurar as mãos da esposa – Nós vai seguir isso tudo.

— Sim! Concordou Renesmee dando um sorriso, o casal levantou-se em seguida cumprimentando o médico e saíram de mãos dadas da sala.

— Um menino! O Cowboy murmurou soltando a mão da ruiva e passou um dos braços em volta dos ombros da moça enquanto caminhavam até a saída – Cê sabe Ruana, eu nunca que tive preferência por menino ou menina, nem aquela coisa de que “primeiro filho tem que ser homem!”. Mas eu tô feliz por demais.

Saíram do centro médico e caminhavam lentamente pelas ruas da vila Renesmee sorriu largamente olhando para o marido e sussurrou – Obrigada, por todo esse amor que tem por mim e por nosso filho.

Ao ouvir as palavras da ruiva o Cowboy pausou seus passos tirando o braço dos ombros de Renesmee e levou ambas as mãos a sua cintura a deixando de frente para ele, curvou o corpo deixando os rostos de ambos próximos – Cê não precisa agradecer, eu amo ocê.

A ruiva sorriu subindo as mãos ao rosto de Jacob fazendo uma caricia suave em sua barba mal feita -  Também amo ocê! Sussurrou ela o fazendo rir.

— Sabe Ruana, eu vô fazer de tudo para ser o companheiro do nosso filho, e mais ainda pra ser o herói dele, nós vai sair  vestindo as mesmas roupas. E se ele quiser sair pra qualquer lugar fantasiado de super-herói, eu vô sair com ele fantasiado de vilão só pra ele me vence quantas vezes ele quere, vamo matar cê de vergonha mas vamo.

A ruiva balançava a cabeça para os lados rindo das palavras do Cowboy que também ria selando seus lábios, as testas de ambos se encostaram enquanto seus olhos se fixaram um no outro como se mais nada ou ninguém existisse no mundo, apenas eles - E quando eu num for um bom pai, ele vai ter a sorte de ter uma boa mãe – Completou ele olhando naqueles olhos cor de chocolate que ele tanto amava – porque eu sei que num vô ser um pai perfeito, nem tenho a esposa perfeita, mas eu quero completa naquilo que  faltar pro cê ser uma boa mãe, assim como cê vai me preenche em tudo que me falta pra ser um bom pai.

Os olhos da ruiva lacrimejaram, não havia palavras que pudessem descrever a sensação que sentia naquele momento, paz, amor, felicidade, seus lábios tocaram os lábios do Cowboy dando início a um beijo calmo e terno que durou alguns segundos antes que serem interrompidos com o som de palmas.

— Que romântico! Embry falou ironicamente enquanto aplaudia- Desculpe interromper meu amado irmão e minha linda cunhada mas vim fazer-lhes uma visita.