Antares escrita por Tahii, éphémère


Capítulo 7
Talvez seja tudo parte de um plano


Notas iniciais do capítulo

[Tahii] OIEEEEEE! Tudo bem por aí, pessoal? ♥

Bom, com esse último capítulo só me resta dizer: OBRIGADA! Por tudo! Pelos comentários, pelos surtos no twitter, pelas recomendações, pelos favoritos, por todo o carinho com Antares ♥ ♥ ♥

Em especial, quero agradecer a minha brilhante co-autora que, a cada dia, me impressiona mais com sua forma linda de escrever e com a paciência de monge que só ela tem para conseguir aguentar minhas zilhares de mensagens no WhatsApp. Você é incrível ♥ e Antares não seria Antares sem você e o seu rococó! Obrigada por tudo, por cada palavra, por cada capítulo, por cada música da Taylor Swift, por toda sua dedicação, carinho, empenho... Enfim... Você é INCRÍVEL, e foi um prazer escrever essa história linda com você ♥

Foi um prazer estar aqui com vocês, com a quldditch e com o nosso casal!
Um grande beijo e até a próxima ♥ ♥ ♥

↕ Playlist: https://www.youtube.com/playlist?list=PLm_bv0SbG68WYLGfkT336Iuoi5xqBtFJR

Ps. Nesse capítulo vamos ter uma última faceta dessa intensidade das marcas: o medo.
Ps². Se eu puder recomendar uma música em especial para o final, ela certamente é "Você pra sempre em mim" do Tiago Iorc

https://www.youtube.com/watch?v=OxR6vqkvcSg



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Rose não sabia dizer a quanto tempo estava correndo, ou para onde estava indo, mas seguia trilhando os corredores afobada, desviando dos grupos inconvenientes que insistiam em obstruir o caminho.

Tinha acabado de receber a notícia da briga que houve no horário livre, e aquela tinha sido sua primeira reação: correr, esperando que as paredes lhe indicassem o caminho. Gelo fluía pelas suas veias, seu coração errava a batida a cada dez segundos, e seu estômago despencava mais e mais fundo, deixando para trás uma enorme sensação de vazio. Apenas Scorpius ocupava sua mente naquele momento, e a remota ideia de que ele não estivesse bem a desesperava mais do que gostaria de admitir. Sequer se lembrava da desculpa que dera à Pomona, ou se a professora tinha mesmo concedido permissão para sair daquela forma.

Em pouco tempo, viu-se diante das portas duplas da enfermaria. Apoiando-se contra o batente para conseguir recuperar o fôlego, suspirou, aliviada por não estar assim tão longe das estufas. Endireitando, então, o corpo, pausou por um minuto, encarando o padrão da madeira enquanto tentava pensar direito; algo atrás daquela maçaneta fazia o ar ao redor de sua cabeça vibrar, e preenchia seus ouvidos de um zunido característico, como um rádio sofrendo interferência. Não sabia se aquilo fazia parte da magia marcas — nunca tinha chego nem perto de rastrear sua alma gêmea daquela forma —, mas sentia, muito forte, algo atraí-la para além daquelas portas. Seus olhos marejaram um pouco com a ansiedade que a consumia, mas ela respirou fundo, bateu duas vezes e entrou.

— Não me diga que é mais um cabeça oca que se arrebentou! — a voz de madame Pomfrey ecoou contra o teto alto, soando como uma ameaça.

— N-não, madame Pomfrey, e-eu gostaria de ver o… 

— Senhor Malfoy, suponho — suspirou pesadamente, fitando Rose com uma expressão não muito amigável. — Pode entrar, senhorita Weasley. Ele está ali, atrás da penúltima cortina.

E sem mais nenhuma palavra, a bruxa virou as costas. Com o amontoado de bandagens que tinha em mãos, voltou para perto das janelas, e quando Rose a acompanhou com o olhar, sobressaltou-se. Megan, com o olhar baixo, estava sentada ali, e encarava as juntas ensanguentadas que as costas de suas mãos ostentavam com uma expressão impassível; parecia perdida em pensamentos, refletindo. Era o mais próximo de preocupação que ela vira na loira nos últimos sete anos.

Rose engoliu em seco, tentando empurrar o nó que atou sua garganta enquanto olhava para o outro lado. Sentia como se estivesse invadindo um momento demasiado pessoal, e uma sensação estranha fazia seu estômago revirar, afinal, tinha sido bastante injusta com Scorpius e, indiretamente, com a Creevey. Balançando a cabeça ligeiramente, sentindo as dobras de seus dedos endurecerem com a baixa temperatura que acometeu suas mãos, seguiu para os fundos da enfermaria. Seus passos ecoavam pelas paredes, preenchendo o silêncio da enfermaria em conjunto com os sussurros próximos da porta. Quanto mais se aproximava dos fundos da sala, mais zunidos preenchiam seus ouvidos, e antes que pudesse perceber, já estava aos pés do leito de Scorpius.

As lágrimas voltaram a embaçar sua visão. Não que ele estivesse com uma cara ruim — primeiro que era impossível, segundo porque os métodos de madame Pomfrey eram bastante eficientes —, mas sim porque não conseguia encarar aqueles olhos abatidos e aqueles hematomas remanescentes nos cantos daqueles lábios sem tremer.

— Ah, por Merlin!

— Dia para você também, Rosie — piscando vagarosamente, Scorpius ensaiou abrir um sorriso, mas não conseguiu ir muito além de um leve curva no canto dos lábios; parecia dolorido.

— O que foi que aconteceu? — sua pergunta saiu em um sussurro, e suas mãos buscaram apoio na peseira quando seus joelhos falharam.

— Estou tentando entender até agora, também. Quando o carinha ali acordar, seria interessante perguntar, talvez ele tenha as respostas — Rose virou para onde o Malfoy apontou, e uma leve interjeição escapou da sua garganta. Ali, Lorcan estava apagado, e parecia estar num estado bastante pior. Aquilo explicava porque ele não estava na aula. — Gostaria de dizer que foi obra minha, mas digamos que a Megan salvou o dia novamente.

Com as pernas ainda trêmulas, a Weasley postou-se ao lado de Scorpius e abaixou-se para depositar um beijo primeiro no topo de sua cabeça, depois sobre a sua testa, então na ponte de seu nariz e, por fim, um suave, sobre seus lábios. Mesmo que tivesse algo a dizer, não saberia se conseguiria dizer sem debulhar-se em lágrimas. Tanta coisa passava pela sua cabeça! A que mais a incomodava era a ideia de que aquilo teria acontecido por sua causa, e que seria um motivo bom o suficiente para que Scorpius pudesse desistir do que eles apenas começaram a construir.

Ah, se ao menos as marcas pudessem amenizar a insegurança de um coração aflito. As mãos tranquilizadoras do Malfoy subiram ao rosto de Rose, e com o polegar, acariciaram a bochecha dela com brandura. Sabia que tinha se equivocado na última vez em que deduziu já ter vivido tudo o que tinha para viver com sua alma gêmea, no que parecia ter sido anos atrás, mas não pôde evitar voltar a pensar naquilo. Talvez estivesse sofrendo à toa, talvez seus nervos estivessem sendo afetados pelo excesso de hormônios daquele período do mês; não sabia dizer o quê, mas algo dava àquele toque em seu rosto uma aterradora sensação de despedida. Piscando rápido para livrar-se da ardência em seus olhos, ela depositou um beijo na palma da mão de Scorpius.

Quando puxou o ar para finalmente se pronunciar, foi interrompida por um estrondo nas portas da enfermaria. Alarmada, deu alguns passos para trás, para enxergar além das cortinas, e imediatamente seu rosto avermelhou-se pela vergonha que a consumiu.

Julieta! — bradou Alvo, ignorando as censuras proferidas por madame Pomfrey, cobrindo a sala em passadas largas; ao chegar no leito de Scorpius, simulou um desmaio, pendurando-se no pescoço de Rose que, despreparada, teve que fazer força para não cair. — Romeu, oh, Romeu, a notícia me foi devastadora, mas não tanto quanto te ver neste estado.

— Cala a boca — Scorpius retrucou em um grunhido, olhando para a janela. Tinha as bochechas levemente avermelhadas, mas Rose não sabia dizer se era por constrangimento ou febre.

— Estamos em uma enfermaria — ela se pronunciou, deixando um tapa na base da cabeça do primo. — Faça o favor de ficar quieto.

— Ele vai se recuperar, Rosita, não precisa ficar tão mal-humorada. Além do mais, atravessei o castelo pra conferir como ele estava, me dá um desconto, vai.

— Você só quer saber o que aconteceu — Scorpius afirmou categoricamente, olhando para o amigo com olhos brilhando com divertimento.

— Ainda bem que você me conhece tão bem, Romeu — ajoelhando-se ao lado do Malfoy, ele segurou-o pelo braço e piscou os olhos excessivamente. — E então, o que está esperando?

Pigarreando um pouco para limpar a garganta, Scorpius contou tudo, desde o momento em que fora desnorteado pelo choque repentino até o último que se lembrava antes de apagar, de Megan arrancando pedaço de Lorcan. 

Conforme discorria sobre o assunto, prestava bastante atenção nas reações que Rose tinha, e não sabia o porquê, mas ela retraía o peito e projetava os ombros para frente, como se desejasse diminuir-se, não ser notada. Aquilo o preocupava, pois trazia memórias daquela semana em que ela estivera distante, mas decidiu não dizer nada, temendo constrangê-la caso estivesse exagerando. Uma pontada prolongada do lado esquerdo de seu peito, no entanto, permaneceu. Esperou que Alvo fosse embora para poder conversar livremente com sua alma gêmea, mas aquilo não aconteceu; pelo contrário, foi Rose quem se despediu brevemente antes de desaparecer detrás das cortinas e, em seguida, sair da enfermaria. Disse que já estava demorando muito e que não queria ter problemas com a Pomona. Como se Sprout fosse fazer alguma coisa, pensou Scorpius, lembrando-se das vezes em que Alvo fez algo inapropriado e a professora simplesmente relevou. Ele não protestou, mas teve que se segurar para não levantar e manter Rose ali, consigo.

Enquanto Alvo desfazia-se em comentários impróprios sobre Megan, sem parecer ter conhecimento que ela se encontrava ali, e poderia ouvir toda a conversa graças aos ecos produzidos pelo teto alto, Scorpius voltou a olhar para a janela, admirando o batente ornamentado. Ele gostava de como o sol atravessava o vidro e fazia com que as pedras que cobriam o chão e as paredes adquirissem um tom alaranjado, acolhedor. No entanto, não conseguia tranquilizar-se, não quando a imagem de uma Rose desconfortável ainda lhe tomava a cabeça e lhe atormentava o coração. 

Madame Pomfrey apareceu depois de alguns minutos e, com cara de poucos amigos, tirou Alvo da enfermaria, justificando que Scorpius precisava descansar, que a faladeira descabida não ajudaria em nada e que ele devia estar em aula. Claro que o Potter não se retirou sem protestar, mas a voz dele extinguiu-se antes de chegar às portas, talvez por finalmente perceber que Megan estava ali. O Malfoy riu-se, divertido; adoraria ter visto a cara do amigo ao deparar-se com a capitã.

O restante da tarde passou devagar. Zabini apareceu para dar um alô, Higgs prometeu que lhe emprestaria suas anotações, mas além daquilo, o tempo se arrastou, tão monótono quanto ficar de repouso poderia ser. Perguntou tanto para madame Pomfrey quando poderia ir embora que ela nem dava mais bola quando ele chamava. E quando a noite caiu, após uma bandeja de um jantar particularmente insosso, não restou muita coisa a fazer além de dormir.

Passava das dez da noite quando Rose caminhava pelos corredores do quinto andar cabisbaixa, e não havia barulho ou movimento que a fizesse atentar-se àquela ronda. Só havia uma coisa em sua cabeça, e toda vez que ela passava pelo corredor onde o lance de escadas que levava à enfermaria se encontrava, um calafrio a consumia. Mas o que faria caso chegasse lá e Scorpius estivesse desperto? Mesmo o olhar despreocupado dos quadros que ficavam em seu caminho faziam-na sentir diminuta, que dirá colocar-se diante de sua alma gêmea, tendo em vista os pensamentos que a importunavam e a forma que seu coração apertava em vê-lo naquele estado. Gostaria que, ao invés de Megan, fosse ela quem estivesse lá para dar a lição que Lorcan merecia; seu ódio pelo rapaz agora congelava ainda mais o sangue que corria pelas suas veias.

Percebeu que estava andando rápido demais. Freando sobre seus calcanhares, olhou em volta, para ver onde estava, e maior não poderia ter sido sua surpresa quando viu que seu pé direito já levantava para o primeiro degrau dos muitos que desapareciam no breu acima e guiavam-na para o andar da enfermaria. Relutante, ela limpou o suor frio que começava a deixar sua mão escorregadia e refletiu. Que mal faria dar apenas uma passada rápida? Não era obrigada a manter um diálogo com Scorpius, poderia muito bem dizer que seguiu alguém até ali ou usar alguma outra desculpa. Sem contar que um momento fugaz, que lhe permitisse ver se ele estava respirando, seria mais que suficiente para acalmar seus nervos e, quem sabe, conceder-lhe um sono tranquilo.

Agora diante das portas duplas da enfermaria, ela já não tinha tanta certeza do que fazer, mas algo fez com que seus pés desbravassem o que a sua mente temia. O rangido da dobradiça, imperceptível durante o dia, anunciou sua presença no cômodo silencioso, cuja aura estranha a enlaçou em direção à cama em que Scorpius dormia com a cabeça pendida. Não pôde deixar de sentir o tropeço do próprio coração ao vê-lo tão indefeso, em paz, e bonito, essencialmente bonito; quis tocar sua mão pendurada na beirada do colchão, aconchegá-la no cobertor esverdeado e deixar um beijo ali, esperançosa que fosse o suficiente para ele abrir os olhos e lhe transmitir algum sinal de que as coisas não tinham mudado, por mais que seu corpo reagisse como se tivessem. Segundos após tocar a pele fria, nada aconteceu, ele continuou respirando compassadamente num sono profundo. Rose sentiu as pontas das orelhas ferverem de vergonha, por que tinha que ser tão egoísta? Provavelmente ele estava numa situação pior do que a dela, com dores e tudo mais, e ela ali, matando alguns minutos de sua ronda, desejando acordá-lo para uma realidade que nem sabia se deveria considerar como verdadeira. 

— Sério? — a voz da cama oposta soou arrastada. Rose negou com a cabeça, virando-se sutilmente para encarar Lorcan. Por um breve instante sentiu pena dele; Megan tinha feito um excelente trabalho em seu rosto. — Você veio pra ver ele?

— Não comece.

— Rose — ele insistiu. Seus lábios tremiam, seus olhos clementes começavam a derramar as primeiras lágrimas, ele gemia enquanto tentava se sentar sobre o leito. Ela, no entanto, não se moveu, temia que se o fizesse, poderia dar continuidade no que Megan tinha começado. — Rose, por favor. E-eu… foi por v-você, fiz isso por você.

— Não, não fez — girando sobre os calcanhares, ela cobriu um pouco da distância, mas forçou-se a parar antes de atingir o pé da cama dele; com maxilar travado, cerrou os punhos com força, seus dedos ficando gradativamente brancos conforme a circulação era interrompida. — Você fez isso por si mesmo, Lorcan, porque não conseguiu lidar com as suas escolhas.

— Isso não é verdade.

— É sim! Foi você quem abriu mão e disse não querer mais, foi vo…

— Você só pode estar de brincadeira com a minha cara — soltando uma risada baixa, o corvino lançou a cabeça para trás e enxugou o rastro de lágrimas, uma postura afetada adicionando tensão aos seus ombros. — Eu te deixei? Foi você quem atou minhas mãos e me deixou no escuro, Rose. Como acha que foi descobrir que a minha namorada mentiu pra mim porque não teve a capacidade de olhar na minha cara e falar que tinha outra pessoa envolvida? Foi aí que você jogou o que tínhamos fora, você bem sabe.

— O quê? — atordoada demais para elaborar uma resposta, conseguia apenas encará-lo, exasperada. Procurou naquele semblante algum indício de blefe, de que estava só tentando extrair alguma espécie de confissão dela, mas não havia qualquer sinal de hesitação em seus olhos avermelhados. Lorcan realmente acreditava no que dizia.

— É simples: você sabia da marca desde o começo, mas fingiu ser única para me manipular. Orgulhe-se, a pressão psicológica deu certo, me sinto mal até agora por ter quisto algo pra mim. Só não esperava que fosse levar suas intriguinhas adiante e usar esse daí pra tentar queimar a minha imagem, me humilhar, ou que um dia se uniria à maluca da Creevey.

— Você enlouqueceu.

— Não me faça rir — diante do tom de voz subitamente elevado, Rose recuou um passo, assustada com a aura sinistra que pairava em volta dele; parecia sinistramente satisfeito, como se tivesse conseguido uma confirmação apenas em exteriorizar seus pensamentos.

— Nunca fui sua namorada, Lorcan. Em nenhum momento menti, nem sobre a minha marca, nem sobre ter um terceiro envolvido, e foi você quem jogou tudo fora sim, por causa dessa estúpida lâmpada, ainda por cima. Ninguém queria te humilhar.

— A sua ceninha lá em Hogsmeade ligou todos os pontos que faltavam, não adianta tentar mentir, já descobri tudo.

Louco — chiando aquela última palavra, Rose deu as costas e correu dali, os passos rápidos ditando o ritmo das batidas de seu coração. Nunca se sentiu tão assustada quanto naquele momento; sabia que Lorcan nunca teria a capacidade de encostar um dedo que fosse nela, mas temia por Scorpius, por Megan, e até mesmo pelo dano a longo prazo que aquilo causaria ao próprio Scamander.

Quando toda a adrenalina passou, Rose estava ofegante. Encontrava-se de volta ao quinto andar, apoiando-se nas paredes, engolindo a saliva na tentativa de dar um jeito na garganta seca. Com todos os pensamentos e preocupações devolvidas aos seus respectivos lugares, percebeu que saiu de lá sem nem mesmo deixar um beijo sobre a testa de Scorpius.

No entanto, ainda que ele parecesse bastante tranquilo em seu sono, Rose não conseguiu dormir; seus olhos permaneceram abertos, fixos no teto do dossel, rezando para que nada acontecesse com sua alma gêmea aquela noite.

Os dias se seguiram, e rapidamente se tornaram semanas. Neste intervalo de tempo, Rose não conseguiu dirigir-se decentemente a Scorpius nenhuma vez, ainda que ele continuasse fazendo suas investidas bastante sugestivas e tentasse sustentar uma troca de olhares significativas por mais que dois desesperados segundos. Mas daquela vez, a felícia não tomou seu lado, e o distanciamento dos dois foi inevitável, estendendo-se de centímetros para metros e quilômetros. Por um lado, a Weasley justificava aquilo como cautela — Scorpius tinha passado uma noite inteira na Ala Hospitalar por causa do ataque de um ex particularmente ensandecido, por que ele ainda ia querer manter o que quer que eles tivessem? Por outro lado, Scorpius conseguia apenas preocupar-se — não sabia o que tinha feito, o que aconteceu, e continuou adotando mais e mais cautela para não causar nenhum constrangimento em sua alma gêmea, mas agora via que tinha ido parar longe demais dela. Sequer uma companhia solitária parecia natural àquele ponto, uma vez que cada palavra trocada parecia esquiva.

Então, certo dia, a infelicidade fez com que tensão acumulada, inevitavelmente, explodisse. Uma aula de Transfiguração tinha encerrado o dia, e sonserinos e grifinórios cruzaram-se no pátio pavimentado. Travando o maxilar pelo nervosismo, Scorpius, num movimento completamente impensado, mergulhou a mão no meio dos uniformes vermelhos e puxou para o lado uma Rose completamente desorientada. Antes que a frieza bloqueasse o verde daqueles olhos, ele começou a falar:

— Rose, estamos a uma semana da Noite Estrelada e eu ainda quero que você vá comigo. Se quiser, posso passar na torre da Grifinória, assim chegamos juntos aos jardins, mas pra isso eu preciso que você fale comigo, por Merlin — seus olhos magoados a encaravam suplicantes, mas a moça apenas desviou o olhar, escondendo-se detrás dos cabelos compridos enquanto desvencilhava-se de seu aperto.

— Não sei se é uma boa ideia, Scorpius.

Por que não seria? — estava tão nervoso que, para ela não perceber o tremor em suas mãos, soltou-a por conta, fingindo ajustar a alça de sua bolsa de couro. Como evitaria sentir-se inseguro, se aquele era o tratamento que recebia?

— Porque não é, simplesmente — o peito de Rose formigava, e um verdadeiro choque térmico tomava conta de suas entranhas, uma vez que o nervosismo gelava e esquentava, tudo de uma vez; precisava fazer força para manter o tom de voz estável. Tinha sentido Scorpius por perto, mas não esperava por aquilo, então certamente não teve tempo de preparar o misto de reações.

Rosie — foi a voz dele que quebrou. Alarmada, ela olhou para o rosto dele, sentindo o impacto das íris acinzentadas sobre si, e teria cedido, não fossem as palavras que se seguiram —, eu juro, essa é a última vez…

— Não precisa se incomodar com isso, então. Posso muito bem ir sozinha, obrigada.

— Deixe-me ao menos terminar.

— Não, já ouvi o suficiente. Estou cansada de esperar — e, dizendo isso, Rose saiu rapidamente de seu alcance.

Sentia-se aliviada por ter ido antes que as lágrimas, que faziam o fundo de seus olhos arder, começassem a escorrer pelo seu rosto. Estava tão profundamente frustrada — esperava que, após tanto tempo, Scorpius ao menos tentasse mais. Tinha erguido barreiras entre os dois, era claro, e a dor lhe rasgava as costas, de cima abaixo, quando desviava o olhar, quando se esquivava daquele toque, quando usava de toda a sua força para bloquear alguma investida. Mas ela sequer se lembrava da última vez que tiveram um diálogo decente, e a cada passo para trás dado, o Malfoy parecia distanciar-se mais dois. E ainda assim, tudo o que ele tinha a dizer era que aquela era a última vez. Última vez que tentava? Seria doloroso demais ficar ali para ouvir aquilo. Tudo o que ela queria, era o rapaz direto de Hogsmeade. Por que ele não tinha tentado mais?

Scorpius, por sua vez, precisou de umas boas sacudidelas de Adam antes de finalmente despertar de seu torpor. Não conseguia entender, por mais que repassasse todos os detalhes em sua mente — onde é que tinha errado? Quanto mais fazia questão de mostrar que não culpava Rose pela briga, de mais espaço ela precisava, e aquilo lhe era concedido sem que nenhuma palavra precisasse ser dita. Tentava falar da mesma forma natural de sempre, mas ela parecia cada vez mais constrangida, fechada às investidas, às trocas de olhares, aos toques suaves de mão. Tinha cedido de seu orgulho e atravessado diversas barreiras naquela jogada arriscada, e alguns resquícios da adrenalina que sentiu ao tocá-la depois de tanto tempo ainda remanesciam, mas a custo de que? Eles tinham combinado, não tinham? Tinham colocado em todas as letras que queriam tentar. Scorpius apenas percebeu que seus olhos estavam marejados quando lançou o rosto para o céu e algumas lágrimas escorreram pelas suas têmporas. Só queria dizer que aquela era a última vez que permitiria que ela o barrasse daquela forma.

Quando a Noite Estrelada chegou, tudo não poderia estar mais estranho. Uma sensação perturbadora fazia o corpo de Scorpius tremer, as mãos mal conseguiam segurar a lamparina apagada, o coração parecia querer estourar seu peito e, pela primeira vez, não queimava em fogo; parecia se encontrar em meio a uma severa nevasca, tamanho era o calor que seu corpo expulsava. Porém, olhando-se no espelho do dormitório, tinha a sensação que deveria estar ardendo em febre pela tonalidade avermelhada de suas bochechas e pelas gotas de suor que lhe escapavam pela lateral do rosto, atravessando algumas lágrimas que rasgavam, lentamente, sua armadura de ferro. Alvo estava arrumando as abotoaduras, sentado sobre seu malão, e tinha os olhos atentos ao que acontecia com o Malfoy, ciente de que as coisas entre ele e a alma gêmea não iam tão bem, embora não fosse passível de compreensão. 

Percebendo que era observado, Scorpius virou-se para o amigo, os lábios tremendo na tentativa de segurar um inevitável desmoronamento. Ainda não sabia onde tinha errado, se tinha errado, não sabia como controlar o que não parecia ser consciente, não sabia por que sua mente apenas enxergava estilhaços no caminho que o destino trilhara para a rosa em seu braço. 

— E se… — engoliu algumas lágrimas, pressionando os olhos antes de expirar todo o ar, aflito. Alvo o olhava com a boca entreaberta, temeroso, alheio a todas as possibilidades desastrosas sobre algo desconhecido que passava na mente do rapaz. — Tudo isso não for real?

— Considerando que você está à beira de um colapso, na minha frente, eu tenho certeza que é real, sim. Bem real — levantando-se, o Potter segurou o rapaz pelos ombros, buscando por algo na sua expressão derrotada. — Não sei o que está passando por essa sua cabecinha, Scorpius, mas aceite o privilégio de ter encontrado sua alma gêmea, e por ter sido tão rápido. Sabe que ainda não acredito tanto nessas coisas, mas vi o desenvolvimento de vocês, e não há outra explicação, foi destino. E, bem, ele já te deu o sinal, não é? Não aja como se precisasse de mais um.

Scorpius pôde respirar fundo ao ser envolvido por um abraço de Alvo, e parecia ser a primeira vez em muito tempo que conseguia sentir efetivamente o ar em seus pulmões. O amigo o chacoalhou ao final, dando alguns tapinhas em suas costas, provocando um riso involuntário e a certeza de uma verdade invariável: a única coisa que precisava para sua vida era Rose, inevitavelmente Rose, e se os astros tinham marcado desta forma, não seria ele, ela, ou qualquer outra eventualidade do acaso que seria capaz de mudar os cursos do destino. Mesmo com medo, dúvidas e anseios, ele deveria permanecer no caminho certo, mirando sempre os olhos verdes brilhantes ao fim, capazes de inflamá-lo com toda a vontade que tinha de amá-la e de dar sentido à sua existência astral. 

Tomado por uma certa coragem, o Malfoy terminou de dobrar as mangas da camisa até os cotovelos, para expor a grande rosa que parecia enterrar-se cada vez mais em sua pele; em conjunto, marca e pele eram una. Deixou os primeiros botões abertos, o cabelo mais ou menos penteado para trás, lavou o rosto com água fria para diminuir a calidez de sua pele e limpar os sinais da angústia que fazia seu coração latejar. Tinha consciência que só ficaria em paz quando ao lado de Rose, abraçado a ela, sentindo os efeitos colaterais de sua presença acelerando sua circulação sanguínea. 

Faltando apenas alguns minutos para o horário marcado, ele e Alvo se juntaram aos demais alunos da Sonserina que, naquela noite, seguiam a mesma direção. Andando em passos lentos, absorto nas centelhas de fogo que delineava o caminho, Scorpius inspirava o ar puro da brisa que, gelada, causava arrepios e o enchia de esperanças. Alheio à conversa sorrateira dos seus colegas, observava o céu demasiadamente estrelado. Quando o relógio da torre marcava onze e quarenta, a maioria dos estudantes do sétimo ano se encontravam nos jardins do castelo, segurando suas respectivas lamparinas apagadas, alguns com mais firmeza, outros com as pontas dos dedos. Enxergavam-se pela iluminação das chamas flutuantes, que lhes inscrevia num imenso círculo. Baldrick e Aurora Sinistra estavam bem ao centro, as cabeças inclinadas, apontando e comentando entre si algumas das estrelas mais brilhantes enquanto aguardavam a presença de todos para iniciar a observação característica do céu. Scorpius não sabia ao certo o que aconteceria ali — a única informação que tinha era de que cada aluno tinha uma lamparina, e que elas guardariam uma chama perene, inextinguível, símbolo de algo além do compreensível. Como, exatamente, essas chamas seriam acesas, ele não sabia, mas já tinha sido surpreendido o suficiente para aprender a não duvidar. 

— Onde ela está? — ele mordiscava os lábios, externalizando os próprios pensamentos em sussurros agoniados. Mesmo olhando ao redor, não conseguia enxergar nada através da luz baça, e via-se mais e mais abatido pela possibilidade dela não comparecer. Tentava evitar sua angústia ao prestar atenção na conversa de Alvo, Megan e Zabini, mas não era capaz de permanecer alheio por muito tempo e, claramente, os ponteiros pareciam voar, tão ansiosos quanto ele. 

— … Elas são magicamente elaboradas para suportar a energia — a Creevey dizia, olhando para o objeto dourado. Alvo parecia incrédulo que aquele pedaço de ferro, ou sabe-se lá de que, conseguiria segurar e manter uma estrela. — Pelo que o meu avô me contou, a última vez que Hogwarts encomendou essas lamparinas, foi na década de quarenta, quando um tal de Alphard queria dar um fragmento de uma estrela para a alma gêmea dele e fez essa sugestão para o comitê da Noite Estrelada daquele ano. O Scorpius deve saber dessa história, parece que é um parente dele. 

— Quem? — desorientado, as orbes cinzas pararam de olhar ao redor para focar na garota loira. 

— Alphard — Alvo o olhou compadecido, suspirando. — Para ter esse nome, deve ser mesmo da sua família. Mas é esse tipo de conversa que você tem com o seu avô, Megan? Lamparinas

— A minha família fabrica lâmpadas desde o século dezenove. Os trouxas vivem precisando de novas, porque elas param de funcionar e, você sabe, eles não tem magia para… 

Scorpius soltou o ar dos pulmões, passando as mãos pelo rosto, desligando-se de vez daquele momento. Aos poucos, seu peito começou a vibrar e suas pernas foram acometidas por um súbito frio, trazendo de volta a sensação de incompletude que sentira mais cedo, tudo dobrando de intensidade quando a voz de Sinistra reverberou pelos jardins, chamando a atenção dos alunos para dar início àquele momento; aturdido, retrocedeu alguns passos, cambaleando em câmera lenta na sua própria falta de fé. 

Seus olhos cinzentos começaram a arder, transbordando com toda a saudade, a vontade, o amor; precisava de Rose ali, ao seu lado. Independentemente dos milhares de quilômetros que os separavam aquela noite, dos motivos ou de qualquer outra coisa, ele já conseguia perceber que toda a ânsia de seu coração não seria apaziguada, não enquanto não tivesse a garantia de que passaria o resto da eternidade com Rose. Tomado pela assertividade daquele pensamento, sequer pestanejou; girando sobre os calcanhares, correu, guiado apenas pelo desespero que pesava em seus ombros. O nó em sua garganta dificultava a respiração e o medo tensionava todos os seus músculos, mas ele apenas corria. Estava certo de que percorreria todos os continentes, atravessaria qualquer mar, qualquer céu, crédulo de que ainda não existia algo capaz de fazer com que ele desistisse de encontrá-la ao final de um quase infindável túnel de espinhos, ou de doer tanto quanto sua ausência. Pensar em perdê-la era aterrorizante e, por isso, praguejava mentalmente, amaldiçoando a ideia que o fez permanecer tanto tempo estagnado. Faria o impossível para mudar o que já era, e começaria naquele instante. 

Mesmo não fazendo ideia de onde Rose poderia estar, Scorpius sabia que ela não iria para os jardins, sabia que não estaria no dormitório, sabia que o ritmo descompassado de seu coração pulsava em algum lugar, aguardando sua chegada. Não tinha recursos para duvidar dos corredores que o atraíam, ou das escadarias que subia saltando dois, três degraus de uma vez; sentia-se induzido por uma força maior, incapaz de estragar tudo pelas equívocos criados pela própria mente durante semanas de inexplicável tristeza. De uma forma que não era capaz de explicar, apenas sentir compelida contra o seu corpo, tinha certeza de que alcançaria Rose. 

Talvez tudo tivesse ficado mais claro para o Malfoy ao perceber as próprias limitações como mero ser vivente; seu destino estava escrito em linhas límpidas, impossíveis de serem lidas por olhos cegos pela incredulidade ou de serem mudadas por desejos e medos do extraordinário desconhecido. Parecia claro para ele, enquanto corria para alcançar o que nunca desejou com tamanho ímpeto, que o destino tinha sido bom com ele, havia lhe concedido uma alma gêmea essencialmente perfeita, e permitia, a cada passo, que ele pudesse tê-la nos braços novamente. E, quem sabe, permitiria para todo o sempre.

Rose, por sua vez, parecia estar mais e mais distante na medida em que o tempo passava e nada acontecia; no parapeito da Torre de Astronomia, nem mesmo o céu atingia uma tonalidade diferente ou as estrelas brilhavam com mais ardência. Com a mente nublada pelo medo de não ter sido tão privilegiada em encontrar sua alma gêmea, temendo perdê-la para a vida que se esvairia com a iminência do tempo, era incapaz de enxergar o óbvio: o destino ainda se escrevia sozinho

Rosie — a voz suave de Scorpius chegou aos seus ouvidos ao mesmo tempo que uma brisa gelada fazia seu rosto marcado por lágrimas arder. 

Por alguns instantes, considerou ser a própria mente enganando seu coração que, aos poucos, começava a mudar de ritmo, quase parando quando o toque de mãos quentes acalentaram sua pele. Scorpius estava ali, encostando o corpo ao seu, repousando o queixo na curvatura de seu pescoço, controlando a respiração ao pé do ouvido, envolvendo-a no abraço do qual nunca deveria ter saído, do qual nunca deveria ter sentido medo de estar, ou de perder. Fechou os olhos, entrelaçando os dedos nos dele, tentando inspirar um pouco de calmaria. 

— Essa é a última vez que deixo que você me barre dessa forma — ele sussurrou, suspirando demoradamente. — Era o que eu ia dizer naquele dia. 

— Eu pensei que você não continuaria-

— Apaixonado por você? — Scorpius riu, baixinho, desentrelaçando as mãos. — Rosie, como eu poderia me desapaixonar sem mais nem menos? Realmente achou que aquela briga seria suficiente para eu desistir de nós? — tentando conter o arder das inevitáveis lágrimas silenciosas, ela se virou para ele, tocando seu tórax delicadamente. — Seja sincera — pediu, passando o polegar por debaixo dos olhos marejados. 

— Pensei que ser cautelosa ajudaria em algo… Ajudaria a postergar o fim  — prontamente, Scorpius assentiu, inclinando o rosto para selar os trêmulos lábios avermelhados num beijo casto. — Me desculpa

— Eu não consigo imaginar o que vai ser de mim sem você se um dia esse fim chegar. Eu quero te amar, Rosie — segurando o rosto de sua alma gêmea, ele sentiu o braço esquerdo arder pelas brasas vivas que havia tanto não davam as caras. — Te amar devagar, pelo resto da minha vida. E eu sei que vai ser pra sempre assim, porque meu amor por você — com as testas encostadas, as orbes verdes e cinzas se encontravam numa fuga para a dor que começava a emanar de suas marcas — não vai ter fim

Naquele instante, eles não precisavam ver o brilho das marcas para perceberem, num beijo cálido e urgente, que tinham tido uma conexão. 

 

Ao longo dos anos, Rose e Scorpius aprenderam a controlar os efeitos colaterais das marcas e a conviver com a intensidade delas. 

 

O professor Slughorn ofereceu para Alvo um estágio em Poções nas Ilhas Orientais do Norte, onde reencontrou Alice Longbottom três anos depois. Numa tentativa de conversa com sua irmã mais nova, Alvo pôde descobrir o patrono de sua alma gêmea e ter sua primeira conexão. 

 

Doze anos após Hogwarts, Dominique encontrou um espelho idêntico ao da sua marca quando entrou numa loja de antiguidades no centro de Londres, e teve a sua conexão ao ver o reflexo de sua alma gêmea nele refletido. Ela ainda carregava o relógio astral consigo.

 

Megan teve convicção de que sua marca era uma referência à Lorcan durante a briga entre ele e Scorpius no sétimo ano. Enquanto ele viajava o mundo em busca de sua alma gêmea, ela criou um mapa para saber a localização do Scamander e manter-se no extremo oposto pelo resto de sua existência. 

 

Adam passou anos ponderando se a sua marca era ou não astral; ela de fato era, mas ele nunca experimentou a felícia de encontrar sua alma gêmea.

 

Roxanne conseguiu ver sua alma gêmea numa bola de cristal, mas decidiu dedicar-se ao Departamento de Mistérios quando descobriu que a mulher era única. 

 

Baldrick e Sinistra permaneceram em Hogwarts, ajudando os alunos a enfrentar o equinócio de primavera, cumprindo a promessa que fizeram um ao outro quando descobriram ser almas gêmeas. 


FIM


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Notas finais do capítulo

[quldditch] E dessa forma, nos despedimos de Antares.

Tenho muitos apontamentos para fazer, que talvez saiam incompletos pela enxurrada de emoções, mas vou tentar.

Primeiramente, eu gostaria de agradecer à Tahii pelas duas colaborações maravilhosas que fizemos esse ano. Foi extremamente acolhedor voltar para um antigo hobbie e ser tão calorosamente acolhida nesse universo. Antares foi, de longe, a melhor experiência de escrita que tive, e isso tudo se deve à você! Muito obrigada por confiar em mim para esse projeto.

Meus agradecimentos à você, leitor que acompanhou, favoritou, comentou e recomendou essa história, não podem ser colocados em palavras. Devo a vocês e ao Junho Scorose a motivação renovada, para fazer aquilo que desde tão pequena sempre me encantou e me fez tão bem. Não tive a oportunidade de responder seus comentários como gostaria, mas vocês, sem qualquer resquício de dúvida possível, moram no meu coração. Obrigada, obrigada, obrigada!!!

Espero que tenham gostado dessa história que com tanto carinho esculpimos e amamos. Ela agora é tão nossa quanto de vocês, e não consigo explicitar a satisfação que isso me traz.

Espero ver vocês nos reviews mais uma vez! Digam tudo, não nos escondam nada.

Com muito carinho,

Tahii & quldditch ♥