Como Eu Odeio Dias de Chuva! escrita por TashaAR


Capítulo 1
Como Eu Odeio Dias de Chuva!


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal. Essa é a primeira fanfiction original que eu posto e a minha primeira one- shot. Essa história narra um pouco da vida do personagem Carlos, que será um dos protagonistas da minha futura fanfic: Os Garotos de Oswald City. Espero que gostem da história e lembrem-se, plágio é crime. Beijos e boa leitura!!!



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"Eu, definitivamente, odeio dias de chuva!", reclamou o garoto mentalmente enquanto observava as gotas de água baterem sobre o vidro com violência, fazendo barulho, como que de propósito, só para irritar o menino.
 Carlos se afastou da janela, bufando bastante irritado. Não sabia se a chuva estava realmente tentando irrita-lo e, parando para pensar, parecia que o menino estava ficando paranoico. Desde quando chuva tem intenção de irritar alguém?
 Não, quem faz esse tipo de coisa é o Enéias, quando ele fica bancando a "voz da razão" ,dando sermão que ele deveria estudar mais, que deveria prestar mais atenção nas aulas, que deveria parar de arranjar confusão com aqueles "idiotas" da escola...
 Blá, blá, blá.

Grrr!

Rosnava só de pensar na voisinha do amigo falando essas coisas.
 Nossa, como ele era chato!
 Bonzinho? Sim, muito! Gentil?Sim,muito! Humilde?Sim,muito! Inteligente? Sim, muito!
 Mas chato!
 Entretanto, o menino tinha que ser justo, entre os seus melhores (e únicos) amigos, o nerd era o que menos lhe enchia o saco. Nem se comparava ao Mike e o Dylan, que não perdiam uma oportunidade para importunar o garoto.
 Na semana passada, os dois foram na casa dele para fazer um trabalho da escola. Certa hora, o garoto acabou ficando com sede e desceu para a cozinha para beber água. Foi quando aqueles dois enxergaram uma boa oportunidade para pegar um peça no nele.
 Enquanto Carlos enchia o copo, os meninos desceram até a cozinha, com um semblante visivelmente nervoso.
 A expressão do rosto dos amigos não passou despercebida pelo menino.
 - O que houve?- perguntou Carlos com uma sobrancelha arqueada  enquanto bebia um gole da água.
 Dylan puxou o ar e foi o primeiro a falar.
 - Carlos, primo...- começou, um pouquinho hesitante- Prometa-me que não irá fazer nada que possa se arrepender depois!
 O menino cerrou o cenho.
 O pedido que Dylan havia feito foi muito estranho e o garoto começou a ficar um pouco preocupado.
 - O que houve?- Carlos perguntou e os meninos se entreolharam.
  Mike olhou para Dylan como se dissesse " Posso contar?" e recebeu como resposta um aceno de cabeça afirmativo.
 Então, Carlos percebeu que Mike trazia alguma coisa em suas mãos e que fazia questão de esconder atrás das costas, mas não demorou muito para o menino descobrir o que era. Mike não falou nada, apenas ergueu o que escondia para que Carlos pudesse ver.
 O seu fone de ouvido azul.
 O novinho, que o seu pai havia lhe dado de presente de aniversário ( na verdade, um dos poucos que havia passado com o pai).
 Estava quebrando.
 Não.
 Destruído!
 Um silêncio perigosamente mortal parou sobre a cozinha. Carlos encarava tão fixamente os seu fone que nem piscava, sua mão apertava tão forte o copo que parecia iria quebrar a qualquer momento. Sua respiração também começou a ficar pesada, ficando audível, mas ele nem se mexia e nem falava nada, encontrando-se em puro êxtase.
 Mike engoliu a seco e decidiu que deveria quebrar o silêncio.
 - Hum...Cara?...- chamou a atenção do amigo meio receoso, o despertando do estado de choque- Me...desculpe?

 Tudo sucedeu de forma muito rápida.

Sem breve aviso, Carlos urrou tão alto que assustou os meninos. Todavia, eles entenderam muito bem o recado: eles deveriam correr, bem rápido e para bem longe.
 Foi exatamente isso que fizeram. Carlos os seguiu, correndo tão rápido como nunca correu na vida. Até deixou o copo cair no chão durante o processo, fazendo ele se espatifar no elegante piso de porcelana da cozinha em vários pedaços.
 Dylan sempre foi bastante rápido em comparação aos seus amigos, especificamente ao primo. Sempre foi bastante engraçado brincar de pega-pega com o Carlos quando os dois eram crianças, porque o primo era muito lento e nunca conseguia alcança-lo e, quando conseguia, era porque Dylan ficava com dó e se deixava ser pego.
 Todavia, o garoto só pedia para uma pessoa na corrida: Mike. Esse sim era rápido. Uma vez eles apostaram para ver quem sairia de uma extremidade da rua e chegariam na outra primeiro: se era Carlos, de bicicleta ( e olha que o que o menino não corria, ele compensava pedalando) ou se seria Mike, correndo.
 O resultado foi empate.
 Mas é claro, se fosse os dois correndo, Mike já estaria voltando quando Carlos chegasse na metade do caminho.
 Porém, naquele dia ninguém sabia explicar o que aconteceu, nem mesmo Carlos. Ele saiu em disparada da cozinha em direção a rua ao alcance dos meninos que nem um guepardo. A princípio, os meninos acharam que ele ficaria cansado um pouco depois de virar a esquina, aí ele apelaria em jogar a primeira coisa que visse no caminho em uma tentativa de fazê-los parar, como sempre fazia.
 Porém, depois do parecia ser uma eternidade que eles estavam correndo, Mike e Dylan já estavam ficando cansados, mas Carlos continuava a persegui-los, aparentando poder correr até a Argentina só para alcança-los.
 E ele quase os alcançou umas três vezes, mais os meninos aceleraram o passo. Quando Carlos finalmente deu por si, os amigos estavam no topo de uma árvore que haviam escalado para fugir dele.
 - EU VOU MATAR VOCÊS DOIS!- gritava para os amigos escutarem lá de cima
 - Calma, cara! - Mike implorava desesperado pois o amigo furioso começou a escalar o tronco da árvore em que estavam.
 Percebendo que seria questão de segundos para que o primo chegasse no galho onde os dois se encontravam pendurando, Dylan resolveu acabar com a brincadeira que já tinha indo longe demais (literalmente, se levar em consideração o quantas quadras eles haviam corrido).
 - A gente não quebrou os seus fones, seu imbecil.- gritou Dylan para o primo escutar lá de baixo- A gente acho esses fone quebrado no caminho quando estávamos indo para sua casa, perto de uma lata de lixo. Achamos que seria engraçado fingir que era o seu para ver a sua reação.
 Então, Dylan pegou o fone quebrado das mãos de Mike, que ainda estava o segurando, e o jogou para Carlos revista-los.
 O menino apanhou e deu uma boa olhada. Então, aquele não era o seu precioso fone? Tudo não passou de uma pegadinha?
 Ele ficou com raiva atoa?
 Quebrou o copo da sua mãe atoa?
 Perseguiu os meninos toda aquela distância correndo que nem um maluco atoa?
 O garoto deu meia volta e se pôs a andar. Encarou mas uma vez o fone falso, soltou e levou as suas mãos a testa. Sua franja estava grudada em sua pele suada.
 Era impressão dele ou estava muito quente?
 O dia estava ensolarado, deveria está fazendo uns 30° C, e ele havia correndo por um tempo indeterminado em uma certa distância que nunca conseguiria correr na vida.
 Tudo isso de vestindo uma jaqueta de couro sintético.
 Não era impressão, estava quente mesmo!
 Apesar de está de costas, conseguiu ouvir os seus amigos gargalhando e dando risada dele enquanto desciam da árvore. Os ouviu chamar por ele enquanto se aproximavam, mais o garoto não estava mais raciocinado, as sua vozes pareciam estarem distantes e abafadas. Provavelmente estavam aliviados porque achavam que Carlos não iria bater mais neles já que os mesmos não haviam quebrados o seu fone de verdade.
 Realmente, Carlos não bateu neles.
 Não por falta de vontade, ela ainda estava lá, mas sim porque ele desabou no chão.
 - CARLOS! - os amigos gritaram desesperados.
 Se aproximaram do menino, pensado que ele havia desmaiado, todavia, ao chegarem mais perto, perceberam que o amigo ainda estava consciente, com os olhos semi abertos e com a respiração ofegante, tentando recuperar o ar.
 O garoto não havia desmaiado, mas estava exausto.
 - Eu ... Odeio ... Vocês!- fui tudo que conseguiu disser entre uma respiração e outra, com os dentes cerrados.

 Parecia que o barulho da chuva estava aumentado gradativamente.  Carlos admitia, os itens de coisas que lhe tiravam facilmente do sério em sua lista eram extensos, mas "chuva", nunca foi um deles. Porém, por alguma razão, o garoto não aguentava mais ouvir o som da água caído do céu. O barulho já estava ficando insuportável.
 Nem a voz da Graci, a amiga irritante do Enéias lhe incomodava tanto assim!
 E olha que aquela menina era chata!
Graci era a versão feminina e piorada do Enéias. Os dois simplesmente se odiavam. Nunca se quer conseguiram ter uma conversa amigável um com o outro. Ela era uma mala sem alça. Seguia os meninos para todos os cantos só para reclamar das coisas que faziam.
 Não podiam ver um filme de terror porque Graci tinha medo, não podiam ir nadar no lago porque a menina não sabia nadar, não podiam ir andar de bicicleta no parque florestal porque aquela "tartaruga de óculos" não conseguia  acompanhá-los e, aparentemente também não sabia usar os freios,  já bateu a sua bicicleta com tudo na da dele, fazendo os dois caírem, rolarem barranco abaixo e ainda por cima fazer com que ele tivesse o torcido o tornozelo.
 Ok, tá legal que ela era menina, nunca teve nenhum amigo antes do Enéias e tinha problemas de timidez. Carlos já ficou com dó dela várias vezes, mas eles não conseguiam serem amigos. Sei lá, parecia que ela tinha medo que roubassem Enéias dela, sempre que eles saiam juntos ela não saia de perto dele e, quando eles não andavam com ela ,a menina dava um jeito de ficar por perto, observando de longe que nem uma fantasma. Parecia que ela era obcecada ou coisa do tipo.
 Mas, perto de Hannah Maltez, Graciella era mais adorável que um filhote de cachorro. Na escola da chatice, Hannah não era só a diretora, mas a fundadora também. E o seu melhor aluno, é claro, seria Patrick Cooper, aquele esqueleto com constipação.
 Eles não podia cruzar o caminho de um dos outros sem que acabassem trocando insultos e, mês passado, Patrick falou tanta besteira em relação a Mike que Carlos não aguento e partiu para cima do garoto, lhe deferindo uma sequencia de golpes. Os meninos lhe seguraram e tiram ele de cima do garoto antes que Carlos pudesse  feri-lo mais. Todavia, o moreno havia conseguido deixar um olho roxo na cara de Patrick e não deixou de sorrir satisfeito com a façanha.
 Mas agora, Carlos não sorria e nem estava contente. A chuva não parava e seu pai havia comentado no café da manhã do dia anterior que choveria a semana inteira
 Carlos colocou o seu fone de ouvido e procurou uma música em sua playlist para ouvir. Acabou escolhendo "Piils - The Perishers". Enquanto escutava, Rita, a mulher que os seus pais haviam contratado para cuidar dele enquanto estavam fora, depositou uma bandeja com alguns sanduíches e chocolate quente na mesinha de centro à sua frente.
 O menino agradeceu e a mais velha se retirou. A Rita até que era uma moça simpática, mas não se sentia confortável com ela.
 Ela não era sua tia Talissa, a irmã mais nova de sua mãe, mãe do seu primo Dylan e, além de tudo, a sua babá.
 Apesar de já ter treze anos, Carlos não ligava em ter uma babá, não sendo que a babá em questão era a sua tia Talissa.
 A gravidez de Carlos nunca foi uma coisa planejada. Sua mãe, Abigail Aubert, havia nascido e crescido em Oswald City, mas o seu sonho sempre foi ser uma grande e renomada advogada.
Em sua época de escola, a mulher sempre tirava as melhores notas, participava do clube de debates, da equipe de ginástica, foi representante e oradora da turma. Com muito esforço, conseguiu ganhar uma bolsa em uma faculdade na França, onde cursou direto.
 Foi lá que ela conheceu o seu pai, Wallace Aubert, ou como gostava de ser chamado, Wall, um homem educado, inteligente e  bastante charmoso. O avô de Carlos era um rico empresário francês e sua avó era americana, fazendo com que tanto o seu pai, que havia nascido e crescido na França, quanto Carlos possuíssem dupla nacionalidade.
 

 Seus pais se conheceram durante o ultimo ano da faculdade e ficaram noivos logo depois. Quando o avô de Carlos (por parte de mãe) morreu após ter um infarto, sua mãe voltou para os Estados Unidos para morar com a sua avó e a sua tia, e o seu pai acabou vindo junto.  Depois de algum tempo, quando o período de luto finalmente passou, a sorte parecia está a favor dos de sua família.
 Como sua avó sempre foi uma pessoa bastante ligada a fé, conseguiu se reerguer-se bem rápido depois da morte do seu companheiro de longa data.

— O Senhor sempre foi bastante bondoso para mim e para o meu avô.- disse uma certa vez durante um piquenique em família no parque— Vivemos mais de quarenta e dois anos juntos e tivermos duas filhas lindas e maravilhosas que me deram dois netos abençoados, e agora o seu avô está descansando. Sou grata a Deus todos os dias.
 Seus pais finalmente se casaram, foram morar em um apartamento no centro da cidade e começaram a trabalhar em um escritório de advocacia, onde começaram a se destacarem bastante.
 Parecia que as coisas também estavam indo bem para a sua tia Talissa. Ela estava cursando pedagogia e trabalhava em meio período como babá. Ela também começou a namorar Jacoby, seu tio e pai do Dylan que na época estava cursando matemática e estava no seu último ano.
 Carlos nunca soube o porque disso, mais parecia que naquela época o universo havia estipulado uma lei que quando as coisas pareciam estarem indo bem para a sua família, alguma coisa de ruim deveria aparecer para acabar com a felicidade de todo mundo e jogar tudo por ladeira abaixo.
 E dessa vez, o nome dessas coisas que haviam surgido para atrapalhar os planos de seus pais se chamavam: Dylan e Carlos.
 Acontece que, tanto Talissa quando Abigail ficaram grávidas na mesma época. Foi uma surpresa e um grande choque para ambas. Nem uma das irmãs estavam em condição de terem filhos no momento. Talissa ainda era uma universitária enquanto Abigail não estava tento tempo nem para comer direito, quando mais criar um bebê.
 Sem contar, que nem ela nem o marido queriam ter filhos.
 Após longas conversas e discussões, Talissa acabou trancando a faculdade para cuidar do filho. Como sua tia já atuava como babá mesmo, sua mãe fez um acordo com ela, então, quando Carlos nasceu, Talissa passou a cuidar do menino em tempo integral juntamente com Dylan.
 Praticamente, Carlos ganhou uma outra mãe e um irmão de brinde. Ao mesmo tempo em que cuidava do próprio filho, Talissa cuidou do sobrinho durante toda a vida do menino. Levava ele pra escola, ajudava  com o dever de casa, dava comida, levava para passear, ensinou ele a andar de bicicleta e tinha vezes que até colocava ele para dormir e até deixava ele de castigo quando necessário.
 - Você não é minha mãe!- dizia um manhoso Carlos de seis anos que se recusava a guardar os seus brinquedos para ir tomar banho.
 - Ah, é? Tudo bem. -Talissa respondeu enquanto pegava o telefone- Vou ligar para ela então!
 Aquilo foi o suficiente para fazer o menino arregalar os olhos.
 - NÃO!- gritou e imediatamente começou a recolher os brinquedos.
 Abigail sabia ser bastante ameaçadora quando queria e Carlos tinha bastante medo da sua mãe quando o assunto era castigo. Porém, o truque do " Eu vou ligar para a sua mãe", só funcionou até quando o menino completou dez anos, quando ele teve noção o suficiente para saber que sua mãe não iria para casa só por causa dele, porque a mesma sempre estava ocupada demais para ele.
 E se sua mãe já estava ocupada, seu pai estava muito mais.
 Eles estavam ocupados demais com o trabalho.
 Depois ficaram ainda mais ocupados quando resolveram abrir o seu próprio escritório.
 E depois ficaram mais ocupados ainda quando o seu avô por parte de pai faleceu, deixando a sua empresa na França para o filho cuidar.
  Para Carlos, ter tempo com os seus pais era um privilégio.

 O garoto terminou de comer o seu lanche, pegou a bandeja à sua frente e levou até a cozinha. Disse para Rita que iria terminar o dever de casa que o professor havia passado para o feriado e subiu para o seu quarto. A chuva estava diminuindo, apesar do barulho ainda irritar Carlos, aquilo já era uma melhora.
 O menino nunca foi o do tipo estudioso, ou ''nerd", como costumava falar. Mais as sua notas estavam indo muito mal ultimamente e ele estava com medo de repetir de ano, por isso, resolveu fazer o trabalho de geografia o quanto antes e estava decidido que iria tentar fazer algo bom (ou "entregável" o suficiente para o professor).
 Tirou o seu caderno e o seu estojo da mochila e ligou o computador para fazer a pesquisa que o professor havia pedido quando percebeu que Dylan lhe mandou um e-mail.
 Carlos leu o que o primo havia mandado. Praticamente, o primo escreveu que estava bem e perguntou como o mesmo andava, que viajem estava sendo bastante divertida, a praia era muito bonita, a pousada onde ele e os pais estavam hospedados era bastante aconchegante e arejada, apesar dos pernilongos terem feito a festa na perna dele na noite anterior, que os seu tio Jecoby havia pegado no sono enquanto tomava sol, esqueceu de passar protetor solar e agora estava todo vermelho e que iria para um parque de diversões que tinha ali perto com os seus pais a noite que, claro, não se comparava ao Space Land, mas com certeza seria bastante divertido.
 Por ultimo, lamentou que Carlos não podia está lá com ele e disse que estava com saudades.
 Dylan também havia mandado um anexo com uma foto da praia que, por sinal, realmente era bonita.
 Carlos desligou o computador ao terminar de ler o e-mail e fechou o seu caderno. Seu estomago estava embrulhado.
 Os tios haviam combinado de viajar para a praia durante o feriado e queriam levar Carlos com eles. Todavia, o menino recursou. Seus pais tirariam o dia de folga para leva-lo ao Space Land, seu parque de diversões favorito e, segundo ele, o melhor lugar do mundo.
 Entretanto, apareceu um imprevisto na empresa de seu pai ( aquela que ele havia herdado do seu avô) e o mesmo teve que fazer uma viajem de última hora para a França, e sua mãe acabou precisando ir junto.
 Por isso que Rita era quem estava cuidando dele, e não sua tia Talissa.
 - Sinto muito, filhão- seu pai dizia enquanto colocava o seu casaco e verificava os bolsos para ver se não havia esquecido nada- Na próxima folga eu prometo que irei te levar ao Spance Land.
 Se aproximou do filho e bagunçou os seus cabelos negros e sedosos, porém, já naturalmente bagunçados.
 O menino apenas deu de ombros com uma expressão indiferente.
 - Tanto faz.
 Antes de sair, seus pai haviam dado ordens para Rita e disseram que se ele quisesse poderia chamar um dos amigos dele para dormir lá em casa. Mas Carlos não tinha a quem chamar.  Dylan estava viajando, Enéias havia ido a um acampamento da igreja com a Graci e o pobre do Mike tinha ficado gripado.
 Então Carlos estava sozinho.
 Sem seus amigos.
 Sem seus pais.
 Sem seus tios.
 Sem poder nem sair por causa da chuva.
 Chuva.
 Segundo o dicionário: é o fenômeno que resulta da condensação do vapor de água da atmosfera em pequenas gotas que, quando atingem peso suficiente, se precipitam sobre o solo.
 O menino direcionou o seu olhar para a janela. O dia estava cinzento e triste, as nuvens estavam escuras e carregadas e a chuva escorria pela vidro assim como as lágrimas estavam escorrendo pelo o seu rosto.
Carlos sempre foi uma pessoa muito difícil de chorar, mas como até as nuvens choram quando estão sobrecarregadas, o menino finalmente permitiu que as lagrimas que estava guardando a muito tempo saíssem para fora.
 Ele odiava ficar sozinho. Odiava chorar. E a partir daquele dia, ele também começou a odiar chuva.
 "Definitivamente”, pensou o menino enquanto fungava " Eu odeio dias de chuva!".

 


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado. Não se esqueçam de comentar. Bye,bye.



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