O Último Rodopio escrita por Miah


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá amiguinhos!!!
Uma história no melhor clichê romântico (spoiler? Kkk acho que não) bom ela é baseada em tudo com romance que eu já tenha visto/lido, juntando isso e aquilo e..... tcharam!!! Deu essa Fic.



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Em um rodopio, a bailarina está concentrada em seu corpo, em sua força e no fazer o movimento. A técnica tem que ser perfeita para o agrado de quem a vê, principalmente se for uma competição. Mas naquele momento ao ver ela, o seu rosto sério e concentrado, ao notar o suor no seu pescoço e na dificuldade em que ela exercia o movimento.... eu não percebia nada mais do que o esforço dela.
Pra mim a “dor” que ela sempre demonstrava era pelos treinos duros.
Eu estava enganado, era algo muito maior que isso.
.................................
O dia em que conheci Angeline Brown estava chuvoso. Por volta das seis da tarde eu sempre me encontrava com um grupo de amigos em um café no centro da cidade,desde a época do colegial, naquele dia tudo estava transcorrendo pra mim não ir. Além da chuva eu estava repleto de trabalhos da faculdade, mas depois de encherem tanto meu saco eu resolvi ir.
Fui a pé, usando um guarda-chuva preto era uma pequena caminhada do apartamento onde morava até o café e a chuva estava até mais fraca. Enquanto caminhava pensava em várias coisas, desde o monte de livros e cadernos que eu deixei na escrivaninha do meu quarto até meu recente término. Não foi bonito para nenhuma das partes e com isso prometi a mim mesmo não me envolver com outras pessoas, era uma situação desgastante e eu já estava exausto.
Foi tudo muito simples, eu namorava há dois anos Caterine Summer, tínhamos uma relação bem normal, vários momentos lindos que passavam na minha mente como uma forma de eu querer voltar atrás. Discutíamos é claro, ela era bem geniosa mais eu sempre achei que o amor ali era recíproco. Fazia mais ou menos duas semanas que eu recebi uma mensagem do meu amigo Alec, uma foto de Caterine aos amassos com um cara que eu não conhecia. Eu sempre falei que não perdoaria uma traição, ela ficou super mal e começou a tentar me persuadir a não terminar, se auto-mutilando e mostrando as imagens, dizendo que iria se matar. Realmente não foi nada saudável.
Eu estava absorto nos acontecimento do meu término que acabei esbarrando em uma pessoa.
— Cuidado! Você não vê por onde anda? – indagou ela recolhendo uma grande bolsa que havia caído na calçada molhada.
Era uma garota, não havia percebido que estava em frente a uma escola de balé possivelmente ela estudava lá. Estava com seu cabelo em um coque alto e seu rosto enfurecido pela bolsa molhada.
— Minhas sinceras desculpas. Não estava olhando por onde andava – disse.
— Rum
Ela saiu com passos fortes na chuva e pegou seu guarda-chuva de flores do chão.
Percebi que não estava muito longe do café e não dei bola pro ocorrido. Quando cheguei já estavam todos lá, desde o ensino médio éramos um grupo bem unido. Alec, Natan, Maria, Rosa e eu. Somente Alec estudava na mesma faculdade que eu, por isso éramos tão mais próximos. Todos já estavam sentados nas mesas que tinham poltronas, estavam em uma história já que ao entrar eu ouvi as risadas.
— Olá galera – cumprimentei.
— Oi – disseram em uníssono
Sentei-me ao lado de Maria, ela estava bem fofa com um laço na cabeça. Ela avermelhou na hora, acho que ela tinha um certo afeto por mim.
— A gente quase tivemos que chorar no celular pra você vir Ed – disse Rose – parece que não gosta mais de nós
— Não é nada disso. É que eu estava repleto de coisas, mas tudo bem.
— Ficamos sabendo sobre o término com a Caterine... – murmurou Maria.
— Tá tudo bem... eu estou bem já com tudo isso, não precisam se preocupar – disse para melhorar o clima da conversa – então qual era o motivo das risadas quando cheguei?
— Era sobre a paixonite aguda do Natan ... – Rose conseguiu falar até Natan tapar a boca dela.
— Não é nada disso! E não existe paixonite nenhuma – exclamou ele.
— Como não? Você ficou todo envergonhado quando ela dirigiu a palavra.... quase tanto como a Maria agora – disse Rose apontando para uma Maria constrangida.
— Vocês estão vendo coisas, não é possível – completou dando um tapa na testa.
Natan sempre fora caçoado por sempre se “apaixonar” pela primeira garota que dirigisse a palavra pra ele, isso rendeu diversas confusões principalmente quando a garota em questão já estava namorando.
— E quem é a pobre coitada dessa vez? – perguntei.
— É uma das alunas da Prof. Spraut, ele se encontraram na lanchonete e o Natan ficou tão encantado com aquela beldade, que se esqueceu que estava parado igual um bobão até ela pedir licença pra passar.
— Eu só observava como ela tinha uma postura magnífica.....
— Quem diabos repara na postura das pessoas? Você tava é olhando pra bunda dela, seu pervertido...
— Aaaa não é nada disso... – disse com as mãos na cabeça
Tive que rir, Natan e Rose sempre foram o alivio cômico do grupo e por isso, por ser uma dupla imbatível era certo que em certo momento iria surgir um romance, porém, nenhum dos dois iria admitir... isso era certo.
A única pessoa que não participava ativamente era Alec, ele estava concentrado em algo no celular e não levantou o olhar uma única vez.
— Alec tá tudo bem, cara? – perguntei.
Ele olhou pra mim e assentiu, mas percebi em seu olhar que algo estava incomodando-o.
— Então pra gente comemorar essa junção aqui, que eu posso dizer por mim mesma que foi difícil, vamos pedir algo? estou morrendo de fome e vi uma torta muito bonita aaaa – comentou Rose com as mãos na barriga.
Após fazer os pedidos e eles chegarem, se instalou um silêncio o único barulho era as conversas dos outros clientes e a musica baixinha que tocava na loja, o novo álbum da Taylor Swift.
— Devíamos fazer mais disso... – comentou Maria. Ela tinha pedido um sanduíche, e um pedacinho de alface ficou preso nos seus dentes.
— Desde que saímos do ensino médio a convivência não foi a mesma – disse Natan – tenho receio que os elos cada vez diminuam mais.
— Não posso negar que esteja acontecendo, estamos crescendo né? Conhecendo outras pessoas, outros ciclos sociais.... cada vez mais isso – ela apontou ao redor – é mais difícil de conseguir.
— Eu não ia gostar disso, vocês são importantes e me ajudaram em momentos tão difíceis... – disse Rose, concentrada no seu cappuccino.
— Se as coisas forem pra ser assim, vão ser... – terminou Alec seu café – desculpe ter que sair assim de repente, mas recebi uma mensagem importante.
Ele se despediu e saiu. Olhamos para Alec caminhando apressadamente pela chuva que já estava forte agora pela vidraça.
— Ele está estranho hoje, não deu uma única palavra desde que chegou – disse Natan. – Você sabe de algo Ed? Já que são mais próximos.
— Não, não sei absolutamente nada na verdade faz tempo que não nos falamos...
— Você andou se isolando demais Ed, desde o problema com sua ex – disse Rose me olhando.
— Eu sei...
— Acho que você não devia se isolar assim das pessoas... nem todos os relacionamentos serão tóxicos como foi com a Caterine – completou.
Ficamos mais um tempo lá, mas o clima tinha mudado. Já fazia tempo que sempre terminava assim, não era como antes quando tudo era mais fácil. Cada dia era mais notável a nossa distância e como aquilo já era esperado.


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