MeliZoe e os Olimpianos escrita por Zoe


Capítulo 1
Quando monstros se tornaram reais


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, faz muitos anos que não escrevo. Espero que a qualidade melhore com a evolução. Fui inspirada por um RPG de Percy rolando no facebook ♥. A apresentação da personagem vai durar 2 capítulos.



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A menina caia no sono enquanto amarrada a um galho de árvore. Não sabia qual ferimento doía mais e cada vez que fechava os olhos era tomada por pesadelos. Tentava se manter acordada. Pensava que depois de tantos anos já teria se acostumado, mas não, os pesadelos ainda apareciam toda vez que cochilava.
    Em uma inspiração ela dormiu. Na sua cabeça passou as imagens de quando seu pai a abandonou com sua madrasta que a odiava. A mulher sempre a culpava pelo sumiço do homem. Lembrou-se de quando decidiu que era melhor fugir. Tinha apenas 12 anos.
   Em uma viagem escolar Luna se distanciou dos colegas e adentrou na floresta, onde se sentia mais segura. Iria dormir ali e procurar por sua mãe no dia seguinte. A primeira noite foi magnífica, com toda aquela sensação de liberdade e esperança. No dia seguinte, não sabia por onde começar a busca e não muito longe dali uma busca por ela começava.
  Entrou mais adentro da floresta para se esconder das autoridades e fazer outro plano. O primeiro ataque aconteceu.
  Primeiro ela supôs que uma senhora estava em apuros caída em uma vala. Quando chegou mais perto a unha da senhora entrou em seu abdômen rasgando a pele como seda. A mulher se tornou menos e menos humana, e Luna não tinha explicação nenhuma para o que estava acontecendo. Seu instinto de sobrevivência acordou e ela bateu na senhora com uma pedra até o monstro estranhamente desaparecer em cinzas. Sem entender muito a menina saiu correndo.
  Durante o primeiro ano os ataques de monstros como aquela senhora eram constantes, mas a menina conseguia evitá-los o Máximo possível. Era uma estrategista muito boa e conhecia todos os caminhos da floresta.
  Andava todos os dias, sem saber para onde. Ainda não sabia como começar a procurar sua mãe e não queria recorrer ao pai. Vivia comendo plantas e frutas, poucas vezes caçava animais. Depois dos primeiros 12 meses se pegou pensando que gostaria de poder comer a carne dos monstros que matava e não ter que matar animais inocentes.


  Pouco depois da marca de um ano, enquanto andava perto da estrada, achou um celular. O dispositivo não tinha senha. No desespero, com fome e muito machucada, discou o último numero que lembrava que seu pai a atendera.
“Alo?”
  A menina ouviu a voz do pai e quase chorou. Mentia a si mesmo dizendo que não sentia saudades do velho, mas claramente o queria de volta.
“Pai, sou eu, sou a Luna” ela disse com a voz tremendo. Ouviu um suspiro.
“Encontrou o acampamento? Poderia ter me ligado antes, sabe o quanto gastamos na sua busca? No seu funeral?” Ele parecia estar ficando cada vez mais nervoso. Ela respirou fundo e lembrou com quem estava falando.
“Acampamento? Estou procurando mamãe, pai”
“Não achou o acampamento? Vá até Manhattan, se ela quiser te ver, ela vai te achar.” Ele respondeu com pressa.
“Como ela vai saber que estou lá? Pai, preciso de ajuda.” Ela respondeu com os olhos cheios de água se arrependendo da ligação.
“Ela vai saber. Não posso te ajudar.” Ele disse com pressa novamente e desligou o telefone. Nada mais. Ele a enterrara e não queria saber se ainda estava viva. Se estava perdida, com medo e com fome. E com muito frio.
  A menina vestiu o casaco que tinha feito da pele de uma raposa e chorou. Agora seus dentes já estavam batendo.
  Quando esse frio começou? Ela lembrava de estar com calor quando saiu para andar na estrada.
  Tentou se concentrar em andar. Para Manhattan. Não estava tão longe assim, poderia chegar em um mês se andasse nesse ritmo.
  Podia pedir carona... Mas não gostava de pensar no que acontecera da última vez. Não queria pensar nisso.
  Quando se virou para entrar mais a fundo na floresta encontrou uma garota com vestes estranhas na sua frente. A menina a olhava com ironia.
“Eu esperava que a sua raça já tivesse aprendido a não usar celulares.”
“Minha raça? O celular é seu? Eu não estava roubando, o achei na beirada da estrada.” Estendeu sua mão para entregar o celular, a garota na sua frente revirou os olhos como se tudo aquilo a entediasse muito.
“Voce deveria se manter longe dos céus, Zeus não é o único que pode ouvir suas conversinhas. Vamos ver quanto tempo você demora para achar a vadia da sua mamãe agora.” E sem aviso nenhum, a atacou.
  Luna tentou fugir, mas a garota parecia aparecer em sua frente sempre que ela virava. Depois de alguns cortes em seu braço por algo que parecia gelo, Luna pegou sua lança improvisada e tentou contra-atacar.
  A luta era injusta e qualquer um que visse isso teria dó da menina que não conseguia dar mais de 2 passos. Sua lança foi rapidamente quebrada ao meio. Ela nunca tinha lidado com nada dessa altura. Quanto mais as nuvens cobriam o Sol, mas ela se sentia fraca e sem capacidade de atacar de volta.
  A mulher que se movia como o vento parecia não se cansar e atacava com espaços parar rir e desafiar a menina.
  Luna tentava voltar para dentro da floresta onde conseguia pensar melhor. Se arrastando, conseguiu chegar na beirada, mas a falta de Sol a atrapalhava como se não comesse a semanas.
  A mulher sumiu e quando Luna levantou os olhos viu um furacão se formando, derrubando arvores e levando consigo tudo que podia. E vinha em sua direção.
  Luna tentou pensar mais e decidiu tentar um golpe que parecia loucura. Mal conseguindo levantar, a garota mirou no meio do furacão e depois de respirar profundamente atirou.
  Por um minuto pareceu que tudo piorou e a menina se arrastou para mais longe da desgraça.
Mas tudo parou.
  O furacão desapareceu em cinzas, como muitos monstros antes.
  Em um piscar de olhos Luna estava salva. Em outro, uma árvore que antes voava caia em cima dela.
  A garota perdeu todos sentidos.


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