Os Mistérios do Amor escrita por AmanteSolitária


Capítulo 23
A família completa (Cam)


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, tudo bem?
Deixei esse capítulo progamado para que vocês não fiquem sem história hoje já que estou maluquinha com o TCC. (Prometo responder os comentários em breve)
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/791646/chapter/23

P.O.V. Cameron

Mas se você tivesse contado para Sammy antes, ela não teria ficado de coração partido, e não teria decidido ir embora para Minnessota.

O QUE? SAMMY IRIA EMBORA?

—Como assim, Sammy vai embora para Minessota, Em? - Isso não podia estar acontecendo.- Me explica isso direito.

—A mãe dela voltou ontem, disse que quer que Sam vá morar com ela, e agora ela vai partir POR SUA CULPA. - Ela se virou para mim com os olhos inchados.- Você não podia simplesmente ter nos contado?

—Eu só queria juntar provas antes… Para que vocês realmente acreditassem em mim.

***

Passei o dia remoendo isso. Pensando uma forma de me desculpar com Samantha e fazer com que ela decidisse ficar. Não sabia quando ela partiria, mas pelas reações de Emma ao longo do dia, suspeitava que seria em breve. Precisava pensar em algo. Não imaginava mais a minha vida sem Sammy.

Tomei um banho longo para pensar sobre o assunto. Quando voltei para sala, minha mãe consolava Emma, que chorava, desolada. Ela olhou para mim e disse apenas:

—Ela já foi, Cam.

Como assim? Tão rápido? Eu nem tinha tido tempo de pensar em algo para fazê-la mudar de ideia. Fui até a janela. Nem tudo estava perdido, ela estava entrando no taxi. Abri a porta e corri o mais rápido que pude em direção a ela, sem me importar com a chuva:

—Sammy.- Eu gritei, ainda correndo. Ela parou e me olhou. - Sam, por favor. Me escuta.

—Eu não sei o que você pode me dizer neste momento, Cameron. Eu estou indo conhecer a minha família.

Família? Não. Ela já tinha uma família. Havia me contado isso em uma das nossas conversas na janela. Ela fechou a porta do carro atrás de si. Respirei fundo antes de retrucar:

—Sua família está aqui, Sam. Emma, seu pai, eu, meus pais. Nós somos sua família.- Ela fechou ainda mais a cara.

—Família, Cameron?-Sam cuspia as palavras para mim. Eu realmente tinha errado com ela.- Família que mente? Que omite? Que não cuida? Como você pode dizer que é minha família depois de tudo? - Cada uma daquelas palavras doíam. Eu estava arrependido por tudo. Mas a mãe dela também havia errado, anos atrás.

—Família também erra, Sam. - A chuva aumentou e tive que gritar para que ela pudesse me ouvir.- Família também erra. - Repeti mais baixo. Ela abaixou o guarda-chuva, deixando que as gotas ocupassem espaço em sua face. - Você está indo com ela, mas ela também errou. Ela foi embora. - Lembrei a ela.

—Cameron, eu…-Ela não terminou a frase. Estava conseguindo convencê-la.

—Sammy,- Eu já chorava a esse ponto e via as lágrimas saindo de seus olhos, mas estas logo se misturavam com a chuva.- eu não posso te prometer que eu não vou errar de vez em quando.- Completei bufando e passando as mãos pelos cabelos. Eu precisava dela, ali, em casa.- Eu sou humano, poxa. - Seus olhos castanhos claros encontraram os meus. Peguei suas duas mãos e trouxe para perto. Seu toque mais uma vez me arrepiou.- Mas eu posso te prometer que eu, assim como esse tantão de gente, - Me virei para trás, apontando para o pai dela e para minha família na porta da casa dele, encarando a cena, para provar meu ponto. - vamos estar aqui por você e vamos te defender com unhas e dentes.

—Samantha, - A mãe dela se pronunciou, saindo do carro e pude vê-la pela primeira vez. Sam era a mistura perfeita do ex-casal. vamos perder o voo. - Ela já estava irritada.- Entre no carro. - Ela se virou para mim.

—Promete? - Ela olhava no fundo dos meus olhos.- Promete que vai me considerar família, não importa o que aconteça?- Assenti.

—Alguma razão existiu para eu vir morar na casa ao lado da sua.- Dei de ombros.- Estamos juntos nessa, Sam. - Ela se virou novamente para a mãe.

—Não, mãe. Eu vou ficar. - Sam respondeu rapidamente, fazendo uma onda de felicidade percorrer meu corpo e fazer com que parecesse que meu coração estava expandindo no peito.

—Jura? -Perguntei.

—Eu ficarei ansiosa para conhecer meu irmão no verão. -Ela disse olhando para a mãe, logo antes de abaixar a cabeça. - Se você ainda me quiser por lá. - Espera. Irmão? Eu realmente estava por fora da vida de Sam.

—Tem certeza, Samantha? Já falamos sobre isso ontem. Você terá uma família e condições muito melhores- A mãe dela perguntou. Tirei o guarda-chuva abaixado da mão de Sam e coloquei acima de sua cabeça para que ela não se molhasse mais. Ela assentiu.

—Eu estou em ótimas condições aqui, mãe. Além disso, não acho que uma transferência será favorável para a minha inscrição na faculdade. - Esse era o melhor argumento que Sam poderia jogar contra ela. A ex-Senhora Vermond não iria querer estragar o futuro da filha depois de tudo o que a havia feito passar, não é?

—Tudo bem, minha filha. - Respondeu a mãe de Sam, agora doce. Larguei o guarda-chuva no chão e a abracei com força. Ela ficaria. Ela ficaria. Quando nos afastamos, passei a mão por seus ombros e a guiei para a entrada coberta de sua casa. O pai dela a abraçou rapidamente.

—Senhor Vermond, - Me virei para o pai de Sammy. - você me ajudaria a tirar as malas do carro? - Fomos até o carro. Enquanto tirávamos as malas de dentro, ele se virou para mim.

—Obrigado, Cameron. - Ele respirou fundo.- Não sei o que você falou para ela, mas deu certo. Ficaria perdido se ela tivesse partido com a mãe, mesmo que por um segundo tenha acreditado que ela ficaria melhor por lá.

—Não precisa me agradecer, Senhor Vermond, queria que Sam ficasse tanto quanto o senhor. - Respondi.

—Pode me chamar de Phil. - Ele me estendeu a mão.- Já passou da hora de acabarmos com essas formalidades.

Quando estávamos voltando para dentro da casa, a mãe de Sam se direcionou a mim:

—Cuide bem dela, ok? - Eu assenti.- Não a faça pensar que ela não é amada aqui, isso partiria ainda mais o meu coração.

—Amada é uma coisa que ela sempre será. - Retruquei com um sorriso, indo em direção a Sam com as malas em mãos.

O senhor Vermond entrou com as malas e eu fiquei com Sam na porta. Ela estava tão linda. Instintivamente, levei minha mão ao seu rosto para tirar uma mecha de cabelo molhado e aproveitei para levantar seu queixo, fazendo com que me olhasse.

Eu não a havia perdido hoje, e isso fazia com que o mundo continuasse infinitamente melhor. Tudo que eu precisava era dela ali, mesmo que não estivesse comigo:

—Sammy, eu queria…- Eu havia perdido as palavras, mas nada disso importava, pois ela encarava meus lábios.

Aproximei meu rosto lentamente, mas antes que nossos lábios se encostassem, senti ela ser puxada para longe de mim:

—Eu não acredito que você vai ficar! - Era Emma, em êxtase. Ela a abraçou. - Eu estou tão feliz!- Então, se virou para mim.- Ainda bem que você criou vergonha na cara e pediu desculpa para a nossa amiga.

Amigos. Eu não podia esquecer do fato de que meu foco era ser amigo de Samantha Vermond, sem nenhum outro tipo de relação.

Mais tarde, Samantha e Phil foram jantar em casa. A mesa estava cheia e todos conversaram. Era ótimo terminar a noite com a família completa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam das conversas de Cam com a mãe e o pai da Sam? E do capítulo?

Nos vemos em breve!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Mistérios do Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.