Os Mistérios do Amor escrita por AmanteSolitária


Capítulo 2
Com Carinho, Nate


Notas iniciais do capítulo

Pessoas!
Mil desculpas! Prometi na outra fic que postaria o segundo capítulo ontem e realmente achei que tinha postado. A quarentena/final de semestre está me deixando louca.
Bom capítulo!



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Na manhã seguinte eu já estava pronta e encostada no carro de Cameron quando eles saíram de dentro:

—Desencosta, encosto. -Disse ele assim que me viu. - Vai riscar meu carro.

—Bom dia para você também, Cam.

—Bom dia, amiga. - Disse Emma saindo da casa e fechando a porta atrás de si.

—Vocês não cansam uma da outra, não? - Perguntou Cam.- Passam o tempo todo coladas.

—Não.- Respondemos em uníssono e rimos juntas. Cameron grunhiu.

***

Chegamos na escola um pouco antes do sinal bater. Dessa vez, consegui passar no meu armário para deixar as minhas coisas antes de ir para a sala. Havia um bilhete lá:

“Percebi, assim que cheguei em casa, que não peguei seu numero ontem. Se precisar de mais caronas, me avise. xxx-xxxx-xxxx. Com carinho, Nate.”

Com carinho? Será que aquilo queria dizer o que eu pensava que queria dizer? Pare de se iludir, Sam, vocês se conheceram ontem. Mas, e se… Para, Claire. Foi um carinho de amigo, abstrai.

Foi o que eu fiz, mas guardei o bilhete.

***

Na hora do almoço, estávamos conversando animadamente, eu, Emma, Nate e Nick, quando o capiroto se aproximou outra vez:

—Maninha, Encosto. Não poderei levar vocês para casa hoje outra vez. Tenho treino extra para o jogo de amanhã. - Nate me olhou e piscou para mim. Teria carona para casa. Sorri em resposta. - Ouviu, encosto?

—Tudo bem, Cam. Obrigada por avisar.- Respondi sem olhar para ele.

—Porque encosto? - Perguntou Nick.

—Não sei. - Respondi.- E prefiro não tentar entender o babaca do Cameron. - Olhei para Emma.- Sem ofensas.- Ela deu de ombros em resposta.

***

Dessa vez, quando Shawn Mendes tocou no rádio do carro, não tinha Cameron para me impedir de ouvir a música até o fim, o que me deu uma certa sensação de realização. Agradecemos os meninos mais uma vez quando eles pararam em casa, mas antes que eu descesse do carro, Nate segurou a minha mão:

—Ei. - Eu olhei para ele.- Me avise se precisar de carona amanhã. - Ele completou.- mas, principalmente, me manda uma mensagem se quiser, sei lá, conversar.- Eu sorri e assenti com a cabeça, sentindo minhas bochechas corarem.

***

Entramos na casa de Em e corremos para a cozinha. Eu estava morrendo de fome. Ela estourou um pacote de pipoca e colocou em uma vasilha grande. Fomos para a mesa da sala e começamos a fazer o dever.

Aproximadamente uma hora e meia depois, ouvi o carro parado na entrada. Lá vinha Cam. Esperei pela cutucada, mas ela não veio. Cameron estava de bom humor. Ele simplesmente entrou todo suado na casa e correu para o chuveiro.

Menos de vinte minutos depois a campainha tocou. Em abriu para o amigo de Cam e ela voltava para a mesa quando a campainha tocou novamente. Ai, não. Tyler e Jason.

—bonequinha, marionete.- Disse Jason para Em e para mim respectivamente. Aquele cara conseguia ser pior que Cameron.- Hey, bonequinha.- Disse ele segurando a mão de Em.- Será que você não quer sair comigo um dia desses?

—Ela não é pro seu bico, meu amigo.- Respondeu Cameron descendo as escadas com o cabelo molhado.- Além disso, o encosto viria de brinde, não acho que você iria querer isso. - Disse ele olhando para mim, que estava fingindo estar concentrada.

Owch, aquela sim havia doído, mas era Cam, eu já estava acostumada.

—Cam, não seja tão malvado com a minha amiga, por favor.- Disse Em.- E quanto a você, Jason, eu passo, obrigada.

Como eu conseguia ter uma amiga tão maravilhosa? Me diz! Só ela pra dispensar o cara mais popular da escola na maior classe.

***

Não demorou muito para o trio começar. E eu ainda estava na metade da minha tarefa. O barulho vindo da garagem era ensurdecedor. Cam tocava a bateria compassadamente e Tyler cantava e tocava guitarra muito bem, mas Jason estragava tudo com a tentativa de teclado. Não demorou muito para Emma perder a paciência:

—CAMERON! - Disse ela abrindo a porta da garagem, o que fez o som ficar mais alto.- Abaixa o volume desse amplificador, estou tentando estudar.

—Aumentar? - O ouvi dizer por cima do barulho.- Ok, maninha, se é isso que você quer. - E ouvi o som aumentar ainda mais. Tive que tapar os ouvidos.

Era a minha hora de descontar tudo o que eu vinha passando nas mãos de Cameron nos últimos quase três anos:

—Em, - Chamei a minha amiga.- Em, vem cá. - Ela se aproximou.

Eu cochichei a minha ideia no ouvido dela e ela sorriu. Cam não ficaria nem um pouco feliz, e por isso valeria a pena.

Ela foi até o quadro de força da casa e desligou a chave das tomadas da garagem, fechando este com força e correndo de volta para a mesa.

—Mas que porra aconteceu? - Consegui ouvir Cam gritar de dentro da garagem, logo antes de abrir a porta que dava para dentro da casa num estrondo.- O que foi que você fez? - Disse Cam se aproximando rapidamente e apontando o dedo na minha face. Coloquei em prática todos os meus anos de teatro naquele momento.

—Como assim? O que aconteceu? - Me fiz de sonsa. A expressão dele oscilou varias vezes.

—Você desligou os meus equipamentos.

—Olha, Cam. -Bufei.- Você pode achar que eu sou muitas coisas, mas eu não tenho poderes. - Disse dando de ombros e colocando o cabelo atrás da orelha.- Como eu faria qualquer coisa do lado de fora? Você está passando dos limites nessa sua implicância comigo. - Ele tinha uma expressão confusa.- Eu, de verdade, não sei  o que te dizer.

Ele bufou e saiu bravo batendo o pé de volta para a garagem. Ouvimos os equipamentos sendo guardados e Emma correu para ligar o disjuntor novamente. Demos um hi-five silencioso.

***

Mais tarde, antes de dormir, decidi enviar uma mensagem para Nate, no número do bilhete:

Sam: Boatos de que o dono desse numero queria alguém para conversar.

Nate: Os boatos são verdade. Como foi seu dia?

Sam: Sabe como é, estudo e mais estudo. Nada novo.

Nate: Sei bem, esse colégio é bem mais puxado que o meu na Califórnia.

Então ele tinha vindo da Califórnia? Bom saber.

Sam: Ta aí, mais uma coisa que eu não sabia sobre você.

Nate: Tem muito mais pra descobrir, se quiser.

Dei um gritinho de alegria, mas não soube exatamente o que responder. Fiquei aliviada quando ele se adiantou.

Nate: Talvez em um sorvete, sexta-feira, depois da aula. O que acha?

Sam: Me parece interessante. Combinado.

Queria ligar para Emma para contar, mas as luzes da casa dela já estavam desligadas, então decidi ir dormir e contar para ela amanhã.

***

 Na manhã seguinte, lá estava eu mais uma vez. Pronta, em frente ao carro de Cam, com a mochila nas costas. Dez minutos se passaram e nada. Me aproximei da casa e toquei a campainha.

Não tive nem tempo de me afastar da porta, Cam saiu como um furacão de dentro da casa, me derrubando:

—Você é um animal, Cameron Woods. - Disse me levantando.

—Sua amiga está impossível hoje. - Respondeu ele me ignorando.- Se ela não sair em dois minutos, largo vocês aí.

—EMMA! - Disse gritando na porta.- Socorro.

Emma apareceu descabelada com e eufórica, com a mochila nas costas.

—O que foi, Sammy? - Perguntou ela.

—Você me deixou sozinha com seu irmão. - Respondi olhando para Cam, que mexia no celular.- Vamos. - Peguei na mão dela e entramos no carro.


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Notas finais do capítulo

Eai!? Promissor?
Conversem comigo! Me contem o que estão achando nos comentários!
Nos vemos amanhã!
Um beijo



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