Os Mistérios do Amor escrita por AmanteSolitária


Capítulo 17
Donuts, hamburgueres e piano


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores!
Cá estou eu mais um capítulo que eu amo e espero que vocês compartilhem o sentimento.
Boa leitura!



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Acordei no sábado seguinte com o barulho do despertador. Segunda-feira teríamos uma prova de biologia e eu havia combinado com Cam de revisarmos a matéria juntos. Meu pai estava fora da cidade em uma viagem de trabalho e, por isso, estudaríamos na minha casa.

Precisaria de cafeína para conseguir passar por um dia inteiro de estudos, mas antes que a água fervesse, a campainha tocou. Cameron estava na porta com dois cafés e um saquinho:

—Trouxe croissants, donuts e café. - Disse ele estendendo as mãos.

—Estou desesperada por isso. - Respondi, tirando o porta-copos de sua mão e dando um gole em um dos cafés.

—Se eu soubesse que a situação estava neste nível, teria trazido mais. - Ele sorria. Sorri de volta.

—Não precisava nem ter trazido esses, estava preparando um agora mesmo na cozinha, mas obrigada. - Dei outro gole no meu copo.

—É o mínimo que eu posso fazer por estar me ajudando em um sábado. - Como ele conseguia ser tão fofo? Abstrai, Sam. Você tem namorado.

—Eu teria que estudar de qualquer forma.

—Não, não teria. - Ele me olhava com ternura.- Você poderia dar aula aos professores.

—Exagerado.- Retruquei, balançando a cabeça, o que fez uma mecha de cabelo cair sobre a minha face.

Ele deu um passo em minha direção, estendeu a mão, colocando a mecha caída atrás da minha orelha. Com a mão ainda em meu rosto, desceu até meu queixo e me fez olhar para ele:

—Você sabe que estou certo.

Meu coração começou a bater mais rápido novamente. Não que ele batesse no ritmo normal quando eu estava perto de Cam, principalmente na última semana, mas bateu ainda mais rápido. Eu queria muito sentir os lábios dele novamente, sentir a pele dele novamente. Ele virou levemente o rosto para o outro lado, soltando um sorriso sem humor.

—Acho melhor começarmos a estudar o quanto antes. Caso contrário, não terminaremos hoje. - Disse ele se afastando em direção a mesa.

 

No que eu estava pensando? No meu namorado é que não era. Foco, Samantha! Você não pode beija-lo. Você tem namorado. Qual é… Ele é o Cameron, famoso capirote, que fez seus últimos três anos um inferno. Você não pode simplesmente se esquecer disso.

 

***

Na hora do almoço, decidimos que comeríamos hambúrgueres. Eu estava fritando-os, enquanto Cam colocava os pães em outra frigideira para dourarem. Estávamos brincando e rindo, nos divertindo com a companhia um do outro.

Entretanto, o óleo explodiu e respingou na minha mão:

—Aí. - Disse, puxando a mão com força.

—Deixa eu ver. - Ele se aproximou e pegou minha mão.

Senti uma onda de calor invadir meu corpo com seu toque. Ele levou minha mão até bem próximo de seus lábios e começou a soprar levemente. Comecei a imaginar sua boca percorrendo meu corpo. Para, Sammy. Que errado e indecente. Entretanto, não conseguia tirar os olhos de seus lábios e ansiava pelo toque deles nos meus.

—Melhor? - Ele me perguntou depois de um tempo. Assenti sem conseguir pronunciar nenhuma palavra, ainda boquiaberta. Ele voltou sua atenção para as frigideiras novamente.

 

***

No meio da tarde, não nos concentrávamos mais em nada. Eu tentava focar e fazer com que Cam também focasse, mas sem êxito, estávamos cansados demais. Decidimos fazer uma pausa.

Me sentei ao piano da sala e comecei a tocar “Para Elise”. Ele sentou no mesmo banco que eu, ao meu lado, e me auxiliou na melodia. Eu tocava com a mão esquerda e ele com a direita. Ele errou uma nota e eu soltei um riso leve, encostando a cabeça em seu peito. Aquilo tinha sido legal. Ficamos assim por um tempo.

Quando fui me afastar de seu abraço, nossos olhares se encontraram. Aqueles olhos verdes, tão penetrantes, me chamavam para perto dele. Sua boca, carnuda e hidratada, me pedia para ser beijada.

Ele aproximou um pouco a cabeça lentamente e eu concluí o trajeto, selando nossos lábios. O beijo dele era ainda melhor do que eu me lembrava. Eu só sentia seu toque, seu cheiro, e nada mais importava no mundo. Sentia como borboletas quisessem, desesperadamente, sair de dentro da minha barriga. Sua mão alcançou minha cintura e me puxou para perto. Eu passei as mãos pelos seus cabelos e puxei sua boca para mais perto da minha. Como se isso fosse possível. Eu queria Cam cada vez mais próximo de mim e o sentimento parecia ser reciproco. Ele depositou seu peso levemente sobre mim, o que me fez arquear um pouco para trás.

Comecei a ouvir um barulho ao fundo, que a princípio não me incomodou. Só existíamos eu e Cameron naquele momento. Conforme o barulho continuou, eu consegui distinguir. Era um toque de telefone. Era o meu telefone. O beijo continuava, ainda sedento por mais. Era o toque de Nate. Meu namorado estava me ligando. Meu namorado estava me ligando enquanto eu beijava o irmão gêmeo da minha melhor amiga.

Empurrei Cam com força e corri para atender o celular:

—Oi, meu amor. O que foi? - Disse, colocando o celular na orelha.

—Só queria saber se você não quer assistir um filme ou algo do gênero.- Disse ele carinhoso do outro lado da linha.- Posso ir até a sua casa.

—Eu estou estudando para a prova de biologia que teremos na segunda-feira. E meu pai está viajando, não sei de gostaria da ideia de ficarmos sozinhos aqui.

—Eu só queria te fazer companhia.- Retrucou ele meloso.

—Eu sei, Nate. Mas hoje realmente eu não consigo.- Fiz uma pausa.- Me desculpa.

—Fazer o que?- Ele parecia chateado.-Bons estudos. - E desligou sem esperar a minha resposta.

Cam olhava para mim, se aproximando. Ele sorria:

—Sammy, -O sorriso dele tinha certa malícia.- Por que não contou para o Nate que eu estou aqui? - Eu dei de ombros. Ele começou a se aproximar.

—Não queria brigar com ele outra vez. - Olhei para baixo. Ele ainda se aproximava.- Parece que todas as nossas brigas ultimamente têm sido sobre você.

—E por que isso, Sammy?

—Porque ele afirma que eu sinto algo por você. Como mais que amigo.- O sorriso dele aumentou. Ele continuava a se aproximar, meus batimentos aumentaram novamente.

—E isso tem algum embasamento, Sam? - Seus olhos buscavam os meus e estava prestes a pular em seus braços novamente. Virei de costas para responder. Estava tensa com o caminhar daquela conversa.

—Ele diz que passamos muito tempo juntos e que eu não dou mais atenção para ele. - Respirei fundo, tentando me acalmar.- Alias, me desculpe pelo beijo, eu não tive a intenção.- Óbvio que eu tive, como se beija alguém sem intenção? Entretanto, eu namorava e não podia, em hipótese alguma, me apaixonar por Cameron Woods.

Cam me abraçou por trás, seu toque me fez estremecer. Droga. Ele colocou seu queixo em cima da minha cabeça. Droga, droga, droga. Por um segundo um pensamento passou pela minha cabeça, mas o afastei com a mesma velocidade que ele veio: Estou, finalmente, em casa.

—Tudo bem, Sammy.- Disse ele com carinho.- Só não quero perder a sua amizade.


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Notas finais do capítulo

POR FAVOR, POR FAVOR, POR FAVOR: Compartilhem comigo o que acharam desse capítulo, pois era um dos capítulos que estava mais ansiosa para compartilhar com vocês.
Amo vocês e até sábado!



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