Entre Amigos escrita por Camila J Pereira


Capítulo 1
Riley retorna


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!!!!
Como tinha dito, a história retornou.
Acredita que teve um leitora que falou tanto dessa história que acabei escrevendo essa continuação?
Espero que agrade tanto quanto a outra, viu Michelle Garcia, viu leitoras?
Aproveitem!



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“Queria poder estar no August hoje com a minha linda amiga de cabelos rebeldes”

Riley enviou a mensagem e como sempre, me fazia sorrir. Aquela semana completaríamos um mês que não nos víamos, era tempo bastante para mim. Meu amigo tinha recebido uma grande proposta de emprego e tinha ido meses atrás para outra cidade para morar e trabalhar. Sempre que possível, nos visitávamos e era sempre uma festa. Porém, nenhum encontro era como antes, não como quando morávamos juntos. A despedida estava sempre presente, espreitando e nos fazendo distanciar em seguida.  

Desde sempre fomos nós dois, inseparáveis. Os últimos tempos, no entanto, tinham sido bastante tumultuosos. Desde que ele havia se afirmado homossexual e terminado com o nosso breve namoro, costumamos ser grandes amigos. Ah, como eu amei o Riley!  

Nosso relacionamento sempre foi de confiança e nada podia abalá-la, nem mesmo a quedinha que ainda nutria por ele. Porém, no último ano tudo mudou. Fui pedida em namoro por um homem másculo e viril, Dimitri, com quem já estava morando por 7 meses. Descobri no momento do casamento que não o amava o bastante para dar aquele passo importante. Senti que poderia me arrepender e então recuei.

Meu relacionamento com o Riley, a essa altura, já tinha sofrido o primeiro abalo. Pois, mesmo sabendo que não estava tão louca de amor pelo Dimitri, queria que o meu amigo me apoiasse naquele novo ciclo da minha vida. O motivo real, era que eu me apegava ao Dimitri e ao nosso relacionamento como uma forma de salvação pelo que sentia com o Riley. Porém, meu amigo, naquele momento em que mais precisei, jogou uma bomba na minha cabeça quando estávamos escolhendo o vestido. Meu coração ficou abalado, sempre me apoiei nele. Sei, isso não é bom, não poderia ser.

Depois disso, quando nos acertamos novamente. Comecei a nutrir certo interesse por um ruivo misterioso. Não demorou muito para descobrir que aquele maravilhoso espécime, era um primo distante do Riley que foi parar em uma noite direto no apartamento que na época estávamos dividindo para um jantar.

O trabalho mais difícil que já fiz em minha vida, foi fingir costume ao lado daquele homem. Nunca na minha vida tinha visto alguém tão bonito. Parecia algo saído de uma história de fantasia, um ser criado pelas próprias mãos de um deus. Tudo nele me atraia, desde o início. Edward Cullen me afetava de tal maneira que sempre pareci estabanada em sua presença.

Para o meu deleite, nosso relacionamento foi natural e logo estávamos mais íntimos, mesmo que ele ainda tivesse a Maria, a sua namorada do Canadá. Essa fulminante aproximação entre nós dois, começou a provocar um distúrbio no meu relacionamento com o Riley. Se sentindo ameaçado pela presença do primo, começamos a nos desentender à medida que comecei a construir uma relação mais profunda com o Edward.

Neste ponto, Maria já não existia em nossas vidas e tinha me libertado da dependência e expectativas que nutria pelo meu amigo de longa data. Mas, eu pisei na bola. Foi um único momento de confusão. Riley estava também perdido, lutando contra a mudança entre nós e achou estar sentindo algo por mim. Nos beijamos e Edward viu. Foi a pior época da minha existência desde então, pois ele me cancelou totalmente em sua vida.

Fui atrás dele no Canadá, mas o vi se divertindo com a Maria. Perdida e ferida, achando que não havia mais volta, passei um tempo viajando. Foi quando eu conheci o Étienne, um meio francês, meio americano, charmoso e fácil de lidar.  Passar aquele tempo entre estudos, turismo com esta nova amizade, foi o que eu precisava para me dar mais gás e voltar.

Foi na volta que tudo pareceu ainda mais estranho, pois Edward estava me procurando. Étienne tinha ido me ver também e em um jantar, os dois pareciam disputar força. Não suportei que Étienne tenha dito tantas coisas para atingir Edward, acabou atingindo a mim e eu revidei.

Ele foi embora e Edward... Bem... O homem que não havia saído nunca mais da minha cabeça desde a primeira vez, ele veio até a mim. Não podia ser boba novamente, não podia deixa-lo escapar. Aquele arrebatamento, era tudo o que eu sempre desejei.

Isso sim tinha sido um bom resumo dos acontecimentos recentes da minha vida. Isso era o que tudo o que o relacionamento com Riley me proporcionou. Sou muito grata por todos os anos de amizade, pelo amor incondicional, por todo o apoio e muito mais por ele ter sido o canal que me trouxe o Edward Cullen, o grande amor da minha vida.

“R, ir ao August sem você não é a mesma coisa. ”

Respondi sinceramente. Nem mesmo ir com o Edward era o mesmo. A curtição era diferente, isso porque quando estava com o meu namorado, eu não conseguia fazer nada mais do que curtir a ele. Eu já disse que sou louca pelo Edward Cullen? Talvez quem me visse suspirando naquele momento achasse que estava tendo algum tipo de ataque, mas era apenas as lembranças do meu lindo namorado brotando na minha mente.

“B, se estiver livre agora, venha me encontrar. Estou aqui, no August, esperando você. ”

“Sério? ”

Escrevi rápido, pois a surpresa e a ansiedade estava me preenchendo. Claro que eu largaria tudo e iria correndo vê-lo. Estava morrendo de saudades e queria muito abraça-lo.

“Sim, venha. ”

— Jane! – Levantei, já me despindo do meu jaleco.

Arrumei tudo sobre a minha mesa às pressas. Jane entrou e sorriu ao me ver tão eufórica. Jane, tinha deixado de ser tão tímida, mesmo ainda se mantendo discreta, havia algo de mais firme em sua personalidade. Talvez estivesse amadurecendo ou talvez o amoro com o professor Jacob Black surtisse esse efeito.

— Algo bom? – Perguntou a minha secretária que agora não era apenas uma estagiária.

— Muito bom! Pode ir embora assim que finalizar, eu peço desculpas por sair primeiro. A Bree já foi, não é mesmo? – Peguei a minha bolsa e ela assentiu para a minha pergunta. – Tudo bem eu te deixar terminar com o Liam? – Liam era o assistente que ajudava a Jane, pois éramos duas Odontólogas trabalhando agora.

— Não tem problema.

— O Riley está aqui e vou encontrá-lo. – Animada, peguei as suas mãos dando pulinhos como uma menina.

— Ele está na cidade? – Assenti sorridente. - Ah que, bom, Bella! Faz tanto tempo que não se veem. – Disse animada também.

— Sim. Tchau, Jane! – Soltei um beijo no ar em sua direção e sai depressa.

— Tchau, Bella.

Meia hora depois, entrava no bar que sempre ia com o meu amigo, o Bar August. O lugar era cheio de recordações e sentia-me bem ali. Imediatamente o vi, na mesa em que costumávamos sentar, pois dava uma bela visão panorâmica do ambiente. Riley levantou e foi me encontrar no meio do caminho. Nos unimos em um abraço forte e cheio de saudades. Era bom enfim sentir aquele cheiro de novo. Riley cheirava muito bem e estava sempre assim.

— Ah, meu amor, que saudades. – Ouvir a voz dele no meu ouvido finalmente me deixou emotiva. Eu o amava demais e estar longe me deixava sempre nostálgica.

— Você tem sido tão malvado, desta vez demorou tanto. – Riley pegou a minha mão e me levou até a mesa em que estava sentado. O paletó estava no encosto de uma das cadeiras.

— Sabe que sou malvado. – Afirmou passou as mãos propositadamente nos cabelos.

— Bicha má!

— Você também não tem sido fácil, mocinha. – Disse em tom de uma reprimenda falsa. - B, você está linda. Um arraso. – Olhou-me de cima a baixo. – Vou matar todos esses héteros de inveja. – O beijo no rosto foi de orgulho e Bella riu daquilo.

Passei as mãos pelos cabelos soltou, no meu conjunto de linho claro, constituído por uma cropped de alças e uma calça de cintura alta quando nos separamos.

— Tenho que me vestir bem. Afinal, meu namorado é um galã. – Riley revirou os olhos debochado. – Você veio de algum trabalho? – Indiquei a roupa dele.

— Ah, na verdade, passei em casa apenas para deixar as malas e vim para cá.

— Então acabou de chegar?

— Sim, sem descanso, estou aqui. – Piscou para mim sorridente. Riley havia deixado o apartamento vago para quando quisesse voltar. – Achei que matar as saudades neste lugar, nada tinha a ver em ficar sozinho, então te chamei. Não se chateie, quis fazer surpresa. Surpresa! – Ergueu as mãos na altura do meu rosto e abriu os dedos como se fosse fazer mágica.

— Diga que não voltará logo, que ficará um tempo por aqui. – Segurei a sua mão apertando em um exagero de desespero. Ele pegou o canudo da bebida a sua frente e começou a mexê-lo em suspense, fingindo não sentir o aperto, então pressionei mais a sua mão. – Riley? – Insisti. Com carinho ele acariciou a minha mão até que eu cedesse e entrelaçou nossos dedos olhado para elas.  

— Por enquanto, estou de volta, tempo indeterminado. – Eu pulei e o abracei.

— Ei mocinha, se acalme. – Senti que ele acariciava os meus cabelos e depois enfiou os dedos entre eles massageando um pouco o meu couro cabeludo. Aquilo foi relaxante.  – Vamos pedir alguma coisa para você. – Disse me afastando com delicadeza.

— Sabe o quão ruim foi ficar longe de você? – Riley pôs a mão no queixo parecendo pensativo.

— Imagino que tenha sido um inferno. Apesar de não ter durado um ano inteiro?

— Como se sente longe de mim todo esse tempo? – Ergue uma sobrancelha para parecer ameaçadora.

— Foi um inferno. – Disse rindo, mas sincero.

Nós bebemos enquanto nos atualizávamos e não percebi o tempo passar. Até que vi que a noite já havia avançado.

— Não avisei ao Edward que não iria direto para casa.

— Nossa, estamos assim? – Disse em tom crítico.

— Moramos juntos, então, devo avisá-lo quando não for para casa. Olha só, ele já havia me ligado.

— Linda, por onde anda? – Edward perguntou do outro lado da linha.

— Desculpe, amor. Mudei os planos em cima da hora. Estou no August. – Disse sorridente demais, sim, estava muito bêbada já. – Vim me encontrar com o Riley que chegou hoje. Estamos um pouco bêbados. – Confessei e Riley sacodiu a cabeça negativamente bebendo do seu drink.

— Riley está aqui? – Perguntou. – Os dois beberam muito?

— Sim, não vi o tempo passar.

— Tudo bem, meu amor. – Disse carinhoso como sempre. – Espere um pouco, estou indo buscá-la.

— Está bem. – Eu confirmei veementemente com a cabeça. – Ele vem me buscar. – Desliguei e guardei novamente o celular.

— Vocês estão bem sintonizados. Este arrebatamento parece mesmo duradouro. Quando tempo faz? – Perguntou apoiando a cabeça de lado em minha direção sobre a sua mão.

— Sim, fui arrebatada. E completaremos um ano juntos este mês.

— Teremos algum tipo de comemoração? Bem sacana? – Gesticulou sexy com os lábios.

— Estou pensando sobre isso.

Conversamos um pouco mais e pagamos a conta. Esperamos o Edward na porta do bar e havia esfriado um pouco. Eu me encolhi e Riley me abraçou como costumava fazer.

— Bella.

— Sim, querido. – Mesmo em meio a tontura do álcool ofereci toda a atenção possível. Estava mesmo nas nuvens pelo seu retorno, por estarmos de novo daquela forma sem um tempo limite. Era como há tempos atrás.  

— Eu senti a sua falta demais. – Eu sorri largamente ao ouvi-lo. – Não sabe o quanto foi terrível.

— Bella. – Ouvi a voz de Edward perto.

Perto o bastante para sentir o seu calor ou era só a minha hipersensibilidade aquele homem, mas mesmo assim, não havia notado a sua presença até que me chamasse. Senti que Riley me apertava mais naquele abraço.

— Oi, amor. – Eu pulei para ele e o beijei nos lábios. – Olha quem voltou. – Indiquei com a mão na direção do Riley.

— Primo, está mesmo de volta. – Edward cumprimentou e o abraçou dando a costumeira tapinha nas costas.

— Isso aí, estou de volta. – Riley respondeu.

— Seja bem-vindo. Porque não nos disse que viria? – Meu homem passou suas mãos nos cabelos ruivos desalinhados e me abraçou para me aquecer. – Poderíamos ter marcado um encontro.  

— Era uma surpresa. Decidi em cima da hora também. – Riley colocou as mãos em seus bolsos e pareceu estar inquieto.

— Está com frio? – Observei. Riley manteve o seu olhar baixo e pensativo. Então pensei que havia visto muito daquela expressão todo o tempo em que estivemos juntos aquela noite.

— Um pouco. – Afirmou.

— Vamos, eu te levo para casa. – Edward ofereceu.

— Vamos, querido. – Peguei o Riley pela mão, sem me afastar do Edward e o puxei. Eu ainda o conhecia o suficiente para perceber que estava com algum problema.

Andamos assim até o carro, Edward me abraçando de lado e eu segurando a mão do Riley. Soltei a mão do meu amigo apenas quando o Edward abriu a porta para mim e Riley entrou na parte de trás do carro.

—  Não deveríamos organizar uma festa de boas-vindas? Um encontro, como o Edward disse.

— Essa foi a minha festa de boas-vindas. - Disse atrás e eu bufei sem aceitar a sua resposta.

— Quem é você e o que fez com o meu amigo, Riley? Devemos aproveitar que é final de semana. O Paul está na cidade? – Gargalhei recordando de todas as provocações dele para mim. – Não acha que ele merece festejar? Todos nós merecemos festejar a sua presença.

— Acho que ele está na cidade sim, não sei até quando.

— Sim, acho que está. Ele tem viajado com a nova peça. – Virei-me apoiando as mãos no encosto do meu banco para olhá-la lá atrás. – Ainda não acredito que a primeira peça dele foi tão bem que durou tanto tempo em cartaz na cidade e que agora está viajando pelo estado para apresenta-la. É incrível! – Disse animada, porque estava com os homens importantes da minha vida. – Lembra que fomos para a estreia, Ed? – Agora olhava para o meu namorado que parecia sempre mais bonito do que antes.

— Claro. – Edward respondeu sem mover a sua atenção da estrada. – Foi quando disse que gostava de você e nos beijamos pela primeira vez – Eu ainda ficava boba ouvindo-o falar sobre o nosso primeiro beijo. – Foi a quase um ano atrás.

— Vocês são um nojo. – Edward sorriu de lado mais relaxado pelo comentário do Riley.

— Ah, obrigada, amigo. – Disse em voz afetada. – Podemos chamar nossos amigos para irem te ver? Edward cozinha muito bem, podemos preparar alguma coisa.

— Está jogando a responsabilidade para o seu homem?

— Eu vou ajudar, só que ele é melhor cozinheiro.

— Por mim tudo bem. – Edward foi gentil como sempre.

— Certo, tudo bem. Se for algo em casa só para os mais íntimos, acho perfeito. – Ele suspirou vencido. – Quando irão se casar mesmo? – Soltou de repente.

— Não pensamos em casar. – Edward respondeu e sempre que ele dizia aquilo o meu coração retraía uma pouco.

Tinha sido um mal-entendido de uma sucessão de conversas durante aquele último ano juntos em que o meu namorado chegou à conclusão que não queremos casar, mas a verdade era que eu ansiava por aquele momento.

Porque eu não dizia nada? Insegurança. Morria de medo de expor os meus pensamentos reais e abalar o meu namoro por tão pouco.

— Verdade? – Riley estava incrédulo. – Não esqueça de me convidar para ser o padrinho. Na verdade, esperei durante todos esses meses pelo convite. Entendi errado quando sai daqui e imaginei que estavam pretendendo casar logo?

— Porque começou a tagarelar tanto agora? – Eu o olhei, virando todo o meu corpo com uma grande interrogação no rosto.

— Fiquei um pouco confuso. – Arrisquei dar uma conferida no meu namorado, estava sério como sempre quando seguia o assunto. Sabia que não tinha nenhuma chance.

— Não fuja do assunto. – Voltei ao controle da situação. – O que quer em sua festa?

Para o meu alivio, o resto do percurso de deu recheado de conversas fúteis. Assim, podia me recuperar do baque de ter a recusa de Edward novamente. Se poderia chamar mesmo de recusa.

— B, foi muito bom estar contigo hoje. – Riley estava debruçado na janela do lado de fora. Nossos rostos estavam a centímetros de distância. Podia sentir o perfume dele e também o hálito com alto teor alcoólico.

— Iremos conversar amanhã. – Vi novamente um lampejo de algo por baixo daquele sorriso tranquilo.

— Sim. – Ele pôs a mão totalmente aberta em cima da minha cabeça e bateu de leve como se faz com uma criança. – Obrigado pela carona, primo.

— As ordens. Durma bem.

— Tchau, B. – Riley se aproximou ainda mais do meu rosto, olhando para os meus lábios e desviou no último segundo para beijar o meu rosto antes de sair e pensei que Edward talvez não tivesse visto pela rapidez, mas ao olhar para o meu namorado ele estava com a cara fechada.

— Ele está bêbado.

— Eu já ouvi isso antes. – Cerrei os lábios com força e me calei.

Apesar de ter sido a meses atrás, Edward havia nos flagrado em um beijo. Foi por causa disto que nos separamos e ainda fico andando em corda banda com os dois. Tento agir naturalmente, mas ainda percebo em Edward certo receio no meu relacionamento com o Riley.

Assim que entramos em casa, um focinho gelado veio de dentro do nosso apartamento nos cheirar. Morissey agora estava muito maior do que antes, mas ainda mais amável.

— Oi, Momo. – Era como o apelidei. Brinquei um pouco com ele enquanto me livrara das roupas da rua. – Te deixei sozinho hoje, não foi? Me perdoa? – As lambidas era um bom sinal.

Edward era muito atencioso, trocou a água do nosso grande bebê e então o fez beber um pouco. O meu namorado estava em algum lance interno, eu podia ver mesmo estando um pouco alta. Pensando nisso, pus a roupa na lavanderia e voltei para encontra-lo apenas de sutiã e calcinha. Guiei-o até o sofá e sentei sobre ele, uma perna de cada lado.

— Ei, você está bêbada. – Edward me disse como se me acusasse, estava mesmo sério, mas a suas mãos tocavam a minha bunda, o que me deu coragem para continuar.

— Isso nunca foi impedimento. – Beijei a sua boca com o desejo que nunca sumia, mas ele me afastou.

— Você me ama? – Em qualquer outro momento eu riria daquela pergunta por ser tão ridícula. Eu era tão louca por ele que era difícil me manter lúcida.

— Você sabe que sim. – Tentei beijá-lo mais uma vez, só que o meu namorado estava decidido a ter algum tipo de resposta.

— Diga, com todas as palavras, pequena. – Pediu usando o apelido que sempre me chama e me fazia derreter.

— Edward Cullen eu sempre te amei, eu te amo mais do que tudo e sempre será assim.

Recebi o seu beijo esmagador e suas mãos hábeis já estavam me livrando do sutiã. Eu já me sentia totalmente úmida, sempre era assim, fácil. Momo veio meio fungando para nossos pés. Ele sentia certo ciúmes quando estávamos nos abraçando.

— Ei garoto, essa brincadeira é só entre nós dois. – Então pegando-me pela cintura e nos levantando ele me olhou nos olhos. – Só nós dois, entendeu? – Assenti repetidamente, louca para senti-lo dentro de mim de uma vez. – Diga de novo. – Pediu nos levando para o quarto escuro. Momo ficou na sala deprimido por ficar sozinho.

— Eu te amo, te amo, te amo.

— Eu te amo. – Edward me pôs na cama e deitou sobre o meu corpo seminu.

As palavras que vieram em seguida entre as carícias cada vez mais ousadas, não foram tão sentimentais e fofas. Adorava como ele podia extrair o melhor de mim, até nos momentos de prazer. Com ele podia ser a mulher amável e também a amante sensual.

Edward tirou meus cabelos molhados que grudavam no rosto. Ambos arfando e suando por causa dos momentos quentes de minutos atrás. Estávamos nus, ainda nos braços um do outro. Ele me olhou como que me admirando e me beijou mais uma vez.

— Eu não quero que nada mude entre nós dois.

— Não vai mudar. – Aquele comportamento já estava me preocupando.

— Ainda acho que o Riley sente algo por você, eu nem sei explicar.

— Sabe que ele estava sendo acompanhado por uma psicóloga e que não era nada disso.

— Talvez ele seja pansexual e ainda não saiba. – Rebateu.

— Estamos mesmo falando sobre a sexualidade do meu amigo enquanto estamos na cama assim? – Duvidei do que estava acontecendo.

— Eu devo admitir que senti ciúmes.

— Então foi isso a sua estranheza. Pensei que estivesse passado.

— Nunca passou, só entendi. – Deu de ombros.

— Não existe nada desse tipo entre nós dois. – Fui enfática. – Somos apenas amigos. Eu me curei do Riley no momento em que entrou na minha vida.

— Tudo bem.

— Ok. – Me afastei dele, estava chateada, pois não senti que ele acreditava de verdade.

— Meu amor, me desculpe. Foi um momento de fraqueza. Eu confio em você. – Edward me abraçou por trás. – É que vocês dois tem muita história e tem uma ligação forte.

— Edward, não quero ter que ficar me repetindo. Embora eu tenha sim, cedido e beijado o Riley naquele dia, isso foi um evento único. A minha ligação com o Riley é forte, mas a que sinto por você também é e é uma ligação diferente. Não tem como comparar.

— Eu sei. – Beijou o meu ombro como sempre fazia. – Eu sei. Fui bobo tendo ciúmes.

Nos aconchegamos e voltamos a normalidade, sem estranheza e com muito carinho até adormecermos.


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Notas finais do capítulo

Então?
Só é o início, mas o que acharam?
Acompanhe sobre a atualização da fic aqui: https://www.facebook.com/groups/172084100849591



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