Obi Wane-Shots escrita por Pugamegold


Capítulo 8
Mestre e Aprendiz


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem com vocês? Espero que sim
Acabei voltando mais rapido do que esperava kkkkkr
A dona inspiração resolveu voltar de malas cheias... Ufa!!

Então, segue um capitulo que eu gostei bastante de escrever... Espero que gostem também viu...

Artista : @lingi_15

https://www.instagram.com/p/B3W7bMCFrFS/?igshid=11xmx8iry7dgy

Nas notas finais tenho duas perguntinhas para vocês... Então até lá
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/791584/chapter/8

 

 

Obi Wan caminhava lentamente em direção à biblioteca do Templo, pensando em como repreender seu pequeno aprendiz pelo que aprontara mais cedo, durante o treinamento em grupo com outros Padawans. Ele não gostava nem um pouco de ter que fazer isso, pois apesar de Anakin estar treinando para ser um cavaleiro Jedi, ele cresceu longe dos preceitos que os Jedi valorizavam como a obediência e a convivência pacifica, além da paciência, coisa que o jovem não tinha e teria que adquirir com o tempo.

  Tempo. Anakin só precisava de tempo para se acostumar por completo. Apenas um ano se passou desde que ingressara no treinamento e todos pareciam exigir que ele atingisse a perfeição, mesmo sem ainda estar totalmente habituado no templo Jedi. Tendo isso em mente, Obi Wan raramente lhe dava uma punição, ele geralmente o advertia verbalmente e lhe fazia meditar por longos períodos.

  Mas dessa vez, o proprio Mestre Yoda lhe ordenou que reprendesse Anakin, de uma forma mais concreta.

— Amadurecer, o Jovem Skywalker precisa. Para isso, uma lição deve ensinar a ele, mestre Kenobi.

Obi Wan não teve escolha senão acatar a ordem de seu mestre.

  O Jedi passou pela porta e logo avistou seu padawan, carregando alguns arquivos que Jocasta pediu que guardasse. De má vontade, Anakin colocava os arquivos em qualquer lugar que estivesse vazio e chegou até a deixar alguns caírem no chão, que rolaram para debaixo da prateleira.

— Anakin – O Jedi mais velho se aproximou – Vejo que esta fazendo um excelente trabalho. – Ele disse com um pouco de ironia e pousou a mão na cabeça do menino. – Mas que tal dar uma pausa para conversamos um pouco? Falar sobre o que aconteceu hoje mais cedo.

  O garoto esquivou de seu toque e o encarou. Estava com o rosto vermelho e um pouco inchado. Estava chorando, concluiu Obi Wan com um aperto no coração.

— Para que? Já não basta ter que aguentar essa tortura? – Apontou o dedo para o Jedi. – Veio me dar outro castigo, aposto!

  Virou-se e continuo seu trabalho mal feito, dessa vez socando os arquivos com raiva nos espaços reservados.

— Se continuar assim,  Jocasta irá mandar que você tire tudo de novo e desamasse cada um deles, Anakin. – Ele colocou a mão novamente, dessa vez no ombro do jovem. – Venha comigo, vamos conversar em outro lugar.

— Não posso, Mestre Windu mandou que eu ficasse aqui até segunda ordem. – Ele largou os arquivos restantes, que caíram no chão. – Já estou cansado disso, sempre sou o culpado. Tudo que acontece é culpa minha! – Ele disse exaltado.

— Anakin... – Obi Wan usou a força para recolher os pergaminhos e os direcionou para seus lugares certos. – Quer dizer que não foi você que pendurou os outros Padawans no lustre da sala de treinamento? Ou que derrubou Mestre Windu no chão? Se não foi você, por favor me diga quem foi e eu irei pessoalmente conversar com quem quer que tenha sido. – Ele cruzou os braços após concluir o trabalho com os arquivos.

— Não precisa. – Anakin murmurou, olhando para seus pés.

— O que? Não entendi, fale mais alto Anakin.

— Não precisa... Fui eu que fiz aquelas coisas. – Ele olhou para seu mestre. – Eu fiz por que fiquei com raiva das outras crianças, elas estavam rindo de mim, dizendo coisas que eu não gostei.

— Hum... Vamos comer alguma coisa e conversaremos sobre isso. – Obi Wan foi em direção à saída. – Você não vem?

  Anakin andou devagar até seu mestre, demonstrando não estar nem um pouco interessado em conversar.

— Mas Mestre Windu...

— Eu sou seu mestre e você é meu aprendiz Anakin, deve me obedecer...  – Ele passou a mão pelo queixo, onde já estava começando a crescer uma barba arruivada. – Conversarei com ele depois, afinal  você precisa se alimentar. – Passou pela porta e parou para esperar Anakin lhe alcançar.

— Mas não estou com fome. – disse de mau humor. – Já comi minhas barrinhas.

— Meu jovem, não é preciso ser um cavaleiro Jedi para ouvir um estômago roncar. – Obi Wan colocou a mão nas costas do garoto. –  Tortura é ter que comer essas barrinhas.

 Obi Wan achou melhor que fossem caminhando até seu destino, assim teria mais tempo de conversar com Anakin. Notou para seu alivio que o jovem estava mais animado e menos carrancudo, o que significava que ele absorveria melhor as palavras.

— Na biblioteca... – Ele estava escolhendo com cuidado as palavras. – Disse que os outros padawans estavam rindo e falando coisas ruins sobre você. Que tal começarmos por ai?

 A expressão animada de Anakin sumiu. Estava emburrado de novo, o que desencorajou seu mestre.

— Não quero falar sobre isso. – Ele olhou para Obi Wan. – Acha que  vou ser expulso?

— O que te faz achar que será expulso? – Kenobi ergueu uma sobrancelha – Os padawnas lhe disseram isso?

  Anakin não respondeu e o Mestre achou melhor não insistir. Ele podia sentir um grande distúrbio no garoto, uma mistura de raiva, frustração e medo. Sentimentos perigosos até para o Jedi mais experiente. Caminharam em silêncio por um tempo, quando um sujeito maltrapilho foi em direção a Obi Wan e esbarrou nele de proposito. O sujeito pediu desculpas e antes que pudesse se afastar o suficiente para correr, o Jedi agarrou seu capuz e o puxou para perto.

— Eu não faria isso se fosse você. – Kenobi estendeu a mão. – Devolva e eu não vou te entregar para as autoridades. E mais uma coisa. – Ele apontou os dedos para os olhos do sujeito e lhe ordenou que dissesse: Sinto muito, nunca mais farei isso.

— Sinto muito, nunca mais farei isso. – o ladrão então esticou a mão e lhe devolveu o sabre de luz furtado.

 Anakin assistia a tudo impressionado com as habilidades de seu Mestre e quando o sujeito se afastou correndo, disse eufórico:

— Mestre, por favor me ensine a fazer isso!

  Obi Wan guardou o sabre em sua cintura e passou a mão para ajeitar os fios rebeldes de seu cabelo.

— Não fiz nada demais Anakin... – Ele percebeu que o jovem o fitava com enorme admiração. – Mas se me contar exatamente o que aconteceu, posso pensar no assunto e lhe ensinar algumas coisas interessantes.

— Já disse, não há nada para falar...

— Anakin...

  Ele acenou positivamente com a cabeça, emburrado novamente e então retomaram sua caminhada. Logo chegaram ao estabelecimento e Obi Wan deixou Anakin entrar primeiro. Era uma típica lanchonete, com varias mesas e cadeiras cheias de clientes, comendo e bebendo coisas que o pequeno Skywalker nunca vira na vida. Sentaram-se numa mesa ao fundo, longe o bastante para poderem conversar sem interrupções. O ruivo parecia procurar por alguém e quando encontrou, deu um grande sorriso e levantou a mão acenando.

— Olá Dex! Há quanto tempo, meu amigo!

  O Besalisk de quase 2 metros de altura saiu de trás do balcão e foi em direção à mesa dos Jedi, de braços abertos. Agarrou Obi Wan e o apertou tanto que o deixou sem folego.

— Obi Wan! – Ele o soltou. – Nunca mais veio visitar seu velho amigo. O que tem feito?

— Estive ocupado. – O Jedi indicou o garotinho tímido atrás dele. – Este é Anakin Skywalker, meu Padawan.

  Dex então colocou uma de suas grandes mãos na cabeça do garoto e bagunçou seus cabelos.

— Olá Jedi. Quer alguma coisa?- Anakin assentiu, tentando se afastar de enorme mão do Besalisk. – Hey... - Ele chamou um dos droids serviçais. – Traga o que eles quiserem, por conta da casa!

— Dex não precisa se preocupar. – Obi Wan não gostava de ser tratado diferente dos demais clientes. – Eu posso...

— Sente-se ai Obi Wan e fique a vontade. Você também, rapaz! – Ele deu uma batida de leve na cabeça de Anakin e saiu, voltando ao seu lugar atrás do balcão.

— Ele é uma figura. – Kenobi sentou-se de frente para seu aprendiz. – Agora vamos tratar de assuntos importantes. – Ele cruzou os braços sobre a mesa. – Por onde prefere começar?

  Anakin contra sua vontade começou a falar e Obi Wan o ouviu atentamente, sem o interromper uma única vez. Já estava desconfiado há um tempo que seu jovem aprendiz vinha sofrendo provocações dos outros padawans, mas não fazia ideia que eram tão serias assim. Anakin lhe contou que Erick, um Padawan que estava em seu grupo de treinamento era o principal, enquanto os outros apenas o acompanhavam. Naquele dia em especial, Erick passara dos limites.

— Ele disse. – Anakin evitou os olhares atentos de seu mestre. – Que eu sou perigoso e que não deveria estar ali. Que eu deveria voltar para o deserto de onde vim e continuar a ser um escravo nojento, como minha mãe. – Ele fechou as mãos, como se estivesse prestes a dar um soco em alguém. – Eu não ligo quando falam de mim, mas não gosto quando falam ela. – Ele levantou os olhos para Obi Wan. – Por isso fiz o que fiz, só queria que parassem de falar dela.

  O Jedi mais velho se endireitou e pôs a mão no queixo. Anakin começou o treinamento Jedi muito tarde e por isso ainda tinha fortes ligações emocionais com a mãe, o que era completamente normal, achava Obi Wan. Ele também sabia que nem todos pensavam assim e por isso, ouvir o relato de seu aprendiz o deixou sem saber o que dizer. Sentia-se culpado por não ter percebido antes e por não ter lhe prestado a assistência necessária para lidar com esse tipo de situação.

— Quando mestre Windu chegou ele não estava com uma cara muito feliz.

— Ninguém estaria Anakin, você poderia ter machucado os outros Padawans quando os ergueu naquela altura. – Exclamou.

— Eu ia descer todos de lá mestre, mas fiquei nervoso e acabei derrubando Mastre Windu no chão e os outros Padawans  caíram em cima dele.

— Essa parte eu não sabia. – Obi Wan arregalou os olhos.

  Anakin ficou em silencio, olhando para as mãos em seu colo, visivelmente arrependido.

—  Mas Acho que já é o bastante. – Obi Wan tomou um gole do refresco que o droid trouxera e empurrou a outra taça para Anakin. – Tome um gole, vai se sentir melhor.

  O jovem obedeceu e quando sentiu o gosto adocicado, lambeu os beiços e tomou outro gole.

— Isso é incrível mestre! Nunca experimentei nada igual! – Ele exclamou com entusiasmo.

— Tome devagar Anakin, vai engasgar. – Obi Wan deu um sorriso, mas logo ficou serio. – Você entende que o que fez foi errado, não é?

  Anakin assentiu. Obi Wan sabia que ele estava sendo sincero e que jamais faria isso de novo.

— Estava em uma reunião importante quando fui informado do ocorrido. – Ele deu outro gole e limpou os lábios com um guardanapo. – Mestre Yoda me orientou a lhe dar uma punição e era o que eu estava prestes a fazer.

— Não vai fazer mais? – o garoto perguntou esperançoso.

— Anakin, quero que entenda uma coisa. – Ele se apoiou sobre a mesa. – Você é especial, mas isso não o torna melhor ou pior do que ninguém. O torna único e por isso não pode deixar que as opiniões dos outros te abale a ponto de não conseguir controlar seus sentimentos, ou suas ações. Então... – Ele afagou a cabeça do pequeno Jedi. – De agora em diante, quando começarem a te provocar, feche os olhos e medite. A força irá iluminar seus pensamentos e lhe mostrar a melhor maneira de agir. Sempre me ajudou.

— Sim mestre. – Ele disse, apagando aquele entusiasmo de seu rosto. – Mas você não entende...

— Na verdade, entendo um pouco. – Ele deu uma garfada em seu prato, que continha uma substancia rosada. – Quando eu era um pouco mais velho que você, era rebelde e não gostava de receber ordens. Por isso nenhum mestre Jedi queria me ter como Padawan. Sentia-me diferente dos outros e frequentemente recebia provocações. Temia que nunca fosse escolhido, até Quin- Gon aparecer e me dar uma chance.

— Não consigo imaginar o senhor sendo rebelde, mestre. – Anakin o seguiu e experimentou sua refeição. Pareceu gostar, pois seus olhos brilharam. – E como conseguiu fazer com que parassem de mexer com você?

— Quin-Gon me ensinou a acreditar em mim mesmo e no meu potencial, mas principalmente, me ensinou a acreditar na força ao meu redor. Se não fosse por ele, não estaria aqui hoje com você. – Ele esboçou um sorriso. – Se Quin-Gon acreditou em mim, então eu acredito em você, mas o mais importante é que você acredite em si mesmo. Lembra-se do que eu lhe disse no funeral de meu mestre?

— Que eu seria um Jedi. Você prometeu. – Anakin já havia terminado sua refeição e seu refresco. – Podemos pedir mais disso?

  Obi Wan, que não tinha comido nem metade do prato, ergueu uma sobrancelha e riu.

— Claro. – Ele ergueu a mão direita para chamar a atenção de um droid. – Quanto ao seu castigo, suponho que tenha gostado de passar um tempo na biblioteca do templo, certo?

 O jovem negou veemente.

— Otimo. – Kenobi deu uma piscada para seu aprendiz. – Irá passar as próximas semanas lá.

 

 

   No caminho de volta para o templo, Kenobi parou em frente a um comerciante que vendia algumas coisas embrulhadas em papel metálico, os quais Anakin não conseguiu identificar o que era, mas tinha um aroma muito apetitoso. O Jedi remexeu no bolso de suas vestes e tirou alguns créditos da republica. Entregou ao comerciante e pegou dois embrulhos, entregando um deles para o garoto e indicando que ele o seguisse. Ao chegar ao banco, Obi Wan sentou-se com a Anakin ao seu lado.

— Isso é bem melhor do que as barrinhas de que estamos acostumados. – Ele desenrolou seu pacote. – Experimente.

  Anakin então abriu seu embrulho, revelando um pão recheado e sem cerimonias, deu uma mordida. Mastigou por uns segundos e engoliu. Nunca experimentou nada igual em toda sua vida.

— Isso é muito bom mestre! – Disse maravilhado antes de dar outra mordida.

 Obi Wan sorriu. Sabia que o garoto teria uma difícil jornada pela frente, mas cumpriria sua promessa até o fim. Não iria decepcionar Quin-Gon e muito menos Anakin. Estaria ao seu lado para o que precisasse, não como um mestre, mas como um Amigo. Querendo ou não, acabou se apegando ao garoto de olhar curioso e temperamento explosivo e cuidaria dele até o fim.

— Sabe mestre. – Anakin estava com a boca cheia. – Na verdade tem uma coisa que me torna melhor do que todos eles.

— E o que seria meu jovem?- O Jedi mordeu seu lanche e esperou.

— Simples... – Ele sorriu para  Obi Wan. – Tenho o melhor mestre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?
Ah sim, vamos lá

primeira pergunta: Vocês estão conseguindo ver as imagens?Junto com o nome do artista eu estou colocando o link, mas se por acaso não estiverem conseguindo ver me avisem e eu dou um jeito kkkkk

Segunda: Acho que vou mandar a inspiração dar uma volta mais vezes, pq gente, escrevi um conto com mais de 5 mil palavras... Ufa
Então quero saber de vocês se preferem que eu coloque o capitulo inteiro, ou divida-o em partes para a leitura não ficar cansativa...
O que preferem?

Fico aguardando...
Obrigada por estarem acompanhando e até os proximos. Que a força esteja com vocês



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Obi Wane-Shots" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.