Obi Wane-Shots escrita por Pugamegold


Capítulo 14
Sentimentos á flor da pele


Notas iniciais do capítulo

Ahhhhhh olá tudo bem com vocês? Espero que sim

Estava muito ansiosa para compartilhar esse capitulo com vocês, pq eu simplesmente amei hahahaha Não consegui me conter então aqui está!

Depois de acompanhar os maravilhosos contos Obitines da Gabi, tive essa ideia depois de algum tempo sem conseguir escrever algo novo.

Tive um Insight e acabei apagando tudo o que tinha escrito até então ( alguns capítulos inacabados que no final não estavam me agradando e eu não conseguia de forma alguma deixa-los do jeito que eu gostaria) E esse foi um deles

A ideia para esse conto seria totalmente diferente. Eu fiquei pensando: E se os dois tivessem conseguido fugir do cerco de Maul em Mandalore?
A ideia inicial até que ficou boa e pretendo usa-la um dia kkkk mas decidi que iria começar tudo de novo e não é que deu certo? Pelo menos dessa vez kkkk

Então, juntando a imagem e a vontade de escrever algo sobre os dois, saiu esse capitulo que eu amei demais ( mesmo que eu tenha ido dormir depois das 3:00 pois estava terminando de escrever)

Sem mais delongas, espero que gostem hahahaha

Eu iria postar um outro antes desse, mas estava tão ansiosa para postar esse que o outro virá depois kkkkk

Boa leitura

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A porta abriu-se e Obi Wan deixou a sala do conselho cabisbaixo, acompanhando das palavras duras e frias de Mestre Yoda e Mestre Windu ainda ecoando em seus ouvidos. Apesar de quase ter perdido sua posição juto ao conselho, ele não se arrependia de ter tomado aquela decisão. Ele não podia simplesmente deixar Satine a própria sorte, não por que era ela, a loira que as vezes invadia seus pensamentos e desviava sua atenção nos momentos mais inoportunos, ele teria feito o que fez por qualquer um que lhe pedisse ajuda.

  Embora tentasse convencer a si mesmo disso, no fundo sabia muito bem a verdade por qual arriscara tudo: Ele tinha sentimentos por ela, sentimentos proibidos para qualquer cavaleiro jedi e negar isso fazia com que o sentimento crescesse cada vez mais.

  Parou no meio do corredor e esfregou o rosto com as mãos. Começara a suar frio só de pensar no escândalo que causaria ao expor suas reais intenções aos mestres. Não, isso era algo intimo e ninguém além dele poderia saber.

— Mestre? — Anakin que vinha na direção oposta disparou em sua direção e parou a sua frente, colocando a mão no ombro do ruivo. — Como foi a reunião com o conselho?

— Bom.  Obi Wan ergueu o rosto e lançou um sorriso tímido para seu amigo. — Considerando as circunstancias, eu escapei por pouco de uma punição maior.

— Quer dizer que eles não o expulsaram do conselho? — Anakin cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha.

  Kenobi o fuzilou surpreso.

— Não Anakin, não fui expulso. — Ele coçou a barba e suspirou. — Me admira saber que esperava por isso.

— Foi Ahsoka quem disse isso, mestre — Anakin sorriu. — Eu Sabia que iria se safar dessa.

— Eu não me``safei´´, meu amigo...  Obi Wan caminhou em direção a uma das varias vidraças presentes no enorme corredor e parou em frente a ela, observando a paisagem de Coruscant. — Eles entenderam meus motivos. Diferente de você — Ele olhou para Anakin de forma acusatória — Que geralmente age sem pensar, eu sabia das consequências e estava disposto a assumir a responsabilidade sobre meus atos.

   Com as mãos erguidas em sinal de rendição — contra fatos não há argumentos, ele pensou —  Anakin juntou-se ao seu ex-mestre e parou ao seu lado. Já anoitecera em Coruscant, mas o movimento intenso das naves nunca parava.

— E você por acaso disse quais foram seus reais motivos para ter ido numa missão de resgate sem a autorização deles? — Skywalker perguntou relutante. — Disse o que sente em relação à Duquesa?

  Ao ouvir a palavra Duquesa, Obi Wan prendeu a respiração.

— Meus sentimentos não... — Ele não conseguiu completar o raciocino, pois foi interrompido por uma tosse fingida de Anakin.

— Não me venha com esse papo, Obi Wan. É obvio que você sente algo por ela, mas está lutando contra isso. Por que não pode simplesmente aceitar? Por acaso amar é um erro?

— Amar não é errado Anakin. — Obi Wan disse sem forças. Não conseguia encontrar argumentos para rebater. - Mas eu sou um Jedi, não posso me deixar levar por esses sentimentos mundanos. — Ele encarou o jovem cavaleiro Jedi ao seu lado. — Você sabe muito bem disso, não precisa que eu lembre você do código. — Ele sentiu um pouco de tensão na postura de seu ex padawan. — Satine significa muito para mim, é o bastante para que eu não pudesse permitir que ela sofresse nas mãos de Darth Maul. Porém, não posso me dar ao luxo de me entregar ao sentimentalismo, não quando tenho um dever a cumprir com a ordem.

   Anakin respirava fundo, como se algo estivesse preso em sua garganta e ele estivesse fazendo força para conter.

— Até quando vai enganar a si mesmo mestre? — Anakin o encarou. — Você quase a perdeu uma vez. Como consegue dormir a noite, sabendo que a qualquer momento poderá perde-la para sempre?

   Fitando seu ex-aprendiz, aquela sensação de sempre estar no controle das coisas foi substituída por uma sensação de tristeza. Por uma fração de segundos, sentiu todo seu autocontrole escorregar por entre seus dedos.

— Quem disse que eu consigo dormir? — Disse o ruivo antes de fixar seu olhar desolado em um ponto qualquer no horizonte. 

  Um bipe cortou o silencio que havia se formado entre os dois. Era Ashoka, pedindo a Anakin que a encontrasse imediatamente para conversarem sobre a missão de pacificação em Felucia, para qual iriam no dia seguinte.

— Eu preciso ir. — Anakin conseguia sentir a angustia na postura de seu mentor e isso o deixou se sentindo culpado por ter que deixa-lo. — O que vai fazer agora?

 O ruivo fuzilava a movimentada noite, esperando assim encontrar uma solução para seus conflituosos pensamentos. Ele então fechou os olhos e levantou a cabeça.  O que mais queria fazer naquele exato momento era deitar-se em sua cama e adormecer imediatamente, mas como dissera a Anakin minutos antes, dormir era algo em que ele não vinha tendo êxito ultimamente.

— Satine mencionou uma irmã. Talvez possa nos ajudar a achar um lugar seguro para ela ficar de agora em diante. — Ele inspirou fundo. — Mas primeiro vou ver como ela está. Foi uma viagem difícil, e alias. — Ele abriu os olhos e encarou Anakin, erguendo seu dedo indicador. — Me lembre de na próxima vez não lhe pedir uma nave emprestada. Por pouco não explodimos junto com ela.

  Anakin sorriu.

— Se tivesse me pedido, ao invés de simplesmente sair sem me avisar, eu teria lhe oferecido uma nave melhor, Obi Wan.

  De fato, Kenobi não havia sequer avisado Anakin sobre sua missão ilegal e não podia culpa-lo pela Crepúsculo estar um caos. Por esse e outros motivos, Obi Wan detestava voar.

  Depois de se despedir de seu ex-aprendiz, Obi Wan ficou mais algum tempo parado no corredor, contemplando a vista nada agradável de Coruscant. Com Mandalore nas mãos de Maul, Satine não tinha para onde ir. Ficar em Coruscant era uma opção, mas não a ideal. Ela com certeza não iria gostar de ter que andar com soldados em seu encalço, mesmo que fosse para sua proteção. Precisava ir para um lugar onde ficasse segura, e de preferencia longe de Obi Wan.

Não que ele a quisesse longe. Seu coração queria exatamente o contrario. Quanto mais perto ela estivesse dele, mais sossegado ele estaria. Mas sua mente o alertava para o perigo dessa aproximação. Talvez ele não fosse capaz de aguentar a tentação de tê-la tão perto assim.

A irmã de Satine era a única solução viável. Embora nunca tivesse ouvido falar dela, se a loira a mencionara era por que confiava nela.

Decidido então a encontrar a suposta irmã, Kenobi se deu conta de que precisava de mais informações para rastreá-la e Satine era a única e a melhor fonte para conseguir isso.

Um calafrio então percorreu lhe a espinha. Desde que haviam chegado ao templo, com extrema dificuldade por conta do estado lastimável da Nave em que estavam, carinhosamente chamada de Crepúsculo por Anakin e Ahsoka, ele e Satine não trocaram uma palavra. Observou apreensivo quando a encaminharam para o interior do templo para que pudesse ser examinada, depois não teve mais noticias dela.

O que haveria para dizerem um ao outro? ``obrigada por salvar a minha vida´´ estava fora de cogitação. Jamais esperaria que ela o agradecesse por fazer algo que ele julgava plenamente ser seu dever. O que ele realmente queria ouvir de seus lábios e o que ele queria poder dizer em resposta nunca poderia ser dito em voz alta. Pelo menos não na frente de todas aquelas pessoas que os recepcionaram no hangar do templo.  

Sua mente estava tão agitada, que não se deu conta de havia andado até o corredor no qual se encontravam os aposentos vagos. Olhou ao redor, procurando localizar-se e foi então que ouviu um grito vindo do quarto logo à frente. Sem pensar duas vezes, ele apanhou seu sabre de luz e adentrou no quarto. Brandindo a arma ao lado do corpo, buscou com o olhar a fonte do grito e possivelmente o que causara o som estridente, mas só o que encontrou foi um par de pernas esbeltas caídas ao lado da cama.

Um arrepio espalhou-se por seu corpo e por um momento ele ficou paralisado. Ao voltar a si, desativou o sabre e correu em socorro da vitima.

— Satine! — Ele exclamou ao se jogar ao lado da loira, caída desacordada no chão. — Satine, o que aconteceu?

Sem uma resposta, ele desviou o olhar do rosto pálido dela e apertou os olhos, tentando aprimorar a visão e identificar o responsável pelo ataque a Duquesa. Com o sabre numa mão e a cabeça da loira apoiada na outra, ele respirava aceleradamente.  Quem quer que fosse  se arrependeria amargamente por ter machucado Satine.

— Meu querido Obi Wan. — Satine murmurou algumas palavras e em seguida um som estranho saiu de sua garganta, algo como  uma tosse .— Obi ... Obi Wan. — Ela ergueu a mão vacilante em direção ao rosto Jedi.

Obi Wan Olhou de relance para a loira delirante em seu colo e depois para o criado mudo ao lado da cama e imediatamente identificou o responsável pelo estado em que ela se encontrava.

— Satine, o que você fez? — Ele disse exasperado, desativando o sabre novamente e o prendendo a presilha em seu cinto. — Desde quando você bebe?

— Chega de sermão, papai! — Ela exclamou irritada e deu um murro no tórax de Obi Wan, que recuou surpreso pelo impacto — Quero mais um pouco de suco!

— Suco? — Ele disse, pegando a loira cuidadosamente nos braços e levantando-se. Se aproximou da cama e suspirou. — Ah Satine. — Ele a colocou em cima do lençol perfeitamente esticado sobre o colchão. —  Quem foi que lhe trouxe isso?

  Obi Wan Sentou-se na beirada da cama e a observou, enquanto ela virava de um lado para o outro na cama, inquieta. Ele sentiu uma pontada de remorso. Ela estaria assim por causa dele? Temia que a resposta fosse sim.

— Não interessa, quero mais. — Ela falou, erguendo metade do corpo e agitando os braços freneticamente. — Preciso de mais.

— Não, não precisa. — Kenobi a empurrou carinhosamente, de modo que ela deitasse novamente e sua cabeça afundasse no travesseiro. — Você precisa dormir, teve um dia cheio. Está cansada.

— Ainda estou sóbria. — Ela resmungou, afastando as mãos do ruivo para longe. — Eu só quero esquecer e para isso não posso estar sóbria.

 Obi Wan arqueou a sobrancelha e se afastou alguns centímetros para o lado. Não fazia ideia do que ela estava falando.

— Está longe de estar sóbria, principalmente depois de ter tomado todos esses drinks. — Ele pegou a garrafa de cima do criado mudo e a olhou com curiosidade. — Não sabia que tínhamos esse tipo de bebida aqui no templo. — Ele engoliu em seco.- Não me diga que foi Anakin que lhe deu isso?

  Satine rolou e ficou deitada de lado, de costas para o ruivo.

— Eu só quero esquecer. — Ela Murmurou e novamente o som estranho saiu de sua garganta.

— Seja lá o que for que quer esquecer, isso não vai ajudar. — Ele colocou a garrafa de volta e suspirou. — Acho que terei que voltar amanha para conversar com você. — Descansou o olhar sobre Satine.

Mesmo que tivesse perdido sua posição no conselho Jedi, ele não se arrependeria do que fez. Ver que Satine — apesar de ela não estar totalmente bem — estava viva, era o suficiente para que nada mais importasse, pelo menos não naquele momento.

— Durma bem. — Ele sussurrou próximo ao ouvido dela e se levantou.

Antes que pudesse dar mais um passo, sentiu um aperto forte em seu pulso. Com os olhos arregalados, virou-se e flagrou Satine o fitando intensamente. Com a mão direita, segurava  com tanta força o pulso dele que suas unhas chegaram a furar a carne.

— Eu quero esquecer você e tudo o que eu sinto por você, mas eu não consigo! — Sua voz saiu embargada. — Por que eu não consigo?

Obi Wan sentiu suas pernas vacilarem sob o peso do próprio corpo. Ouvir aquelas palavras foi como ter o coração perfurado por laminas.

— Satine...

— Não, já chega! — Ela se levantou e ficou de joelhos em cima da cama. Puxou Obi Wan para mais perto de si, fazendo com que ele se desequilibrasse e apoiasse os joelhos na cama também. — Diga que não me ama, diga que não me quer! Diga que me salvou, não por que me ama, mas por que é o que um Jedi faria! Vamos, Diga Obi Wan! — As palavras saíram rasgando sua garganta, fazendo a sentir um gosto metálico na boca.

— Eu... — Ele foi interrompido novamente quando Satine se inclinou sobre ele e agarrou sua vestimenta Jedi com força. — Satine, espere!

 Não houve tempo para se esquivar. Quando percebeu, a Loira já puxara metade de sua túnica, deixando boa parte de seu peito à mostra.

— Você não sabe como é difícil viver dia após dia, sabendo que nunca poderemos ficar juntos. — Ela passou a ponta dos dedos na pele da clavícula de Obi Wan. — Eu te amo, Obi Wan... Sempre te amei e...

 Dessa vez foi o Jedi que a interrompeu, segurando suas mãos sem pressão, apenas para que ela parasse de desenhar sobre sua pele com as pontas dos dedos. Era uma sensação intensa demais.

— Você não está acostumada a beber, Satine. — Ele abaixou as mãos dela devagar, depositando-as no colo. — Por isso está dizendo essas coisas. Não está pensando com clareza.

— Nunca estive tão lucida na minha vida, senhor Jedi Obi Wan Kenobi! — Ela elevou a voz e apontou o dedo indicador para ele. — Você é que não está pensando direito. Aliás, nunca pensou. Nunca pensou em mim e no que eu sinto por você.

— Eu sinto algo por você Satine e eu me importo demais com você, acredite — Ele gaguejou. Estava segurando a respiração, pois assim manteria seu corpo afastado do corpo da loira. — Mas ambos seguimos por caminhos diferentes, temos que aceitar e seguir em frente.

— Eu não posso. — Ela desabou sobre ele. — Devia ter me deixado para morrer. Seria mais fácil.

— Eu nunca me perdoaria se deixasse isso lhe acontecer. — Sentir a respiração quente da Duquesa em sua pele o estava deixando atordoado. — Só de pensar em te perder... — Ele a afastou e procurou os olhos dela. — Eu te amo Satine e ...

Não teve tempo de completar a frase, pois a loira simplesmente adormecera em seus braços e dessa vez ele tinha certeza de que ela apagara, por conta do assobio suave que saia de seus lábios semiabertos.

 Tentando recuperar a compostura depois de tudo isso, ele a acomodou novamente sobre o travesseiro e a cobriu com o edredom.

Depositou um beijo suave na testa da loira e afastou-se da cama. De frente para ela, Obi Wan suspirou fundo. Sabia que ela não se lembraria de nada no dia seguinte, nem mesmo do que ele dissera a ela. Mas ele jamais se esqueceria da sensação agradável que teve ao segurar Satine em seus braços, tirando a parte em que ela estava totalmente alterada por conta dos drinks excessivos.

Olhou para sua roupa e a fechou rapidamente. Sentiu a vermelhidão tomar conta de seu rosto e balançou a cabeça. Os dois nunca poderiam ficar juntos, não do jeito que gostariam, mas saber que Satine estava bem já era o bastante para que pelo menos naquela noite, ele conseguisse dormir.


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Notas finais do capítulo

Talvez eu demore um pouco a postar, pq antes eu costumava ir escrevendo e postando aos poucos. Mas estou tentando outra abordagem para ver no que dá kkkkk

Me digam o que acharam
Adoro saber hahaha

Obrigada por acompanharem viu

que a força esteja sempre com vocês



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