Senti o toque de Tasha em minha mão e ao me virar para olhá-la eu poderia decifrar muitas coisas, mas o que vi foi um imenso carinho, meu coração se encheu com aquele gesto e eu queria abraça-la ali na frente de todos, mas me segurei, sustentamos nossos olhares por alguns segundos e ela se virou para dormir. Me levantei e sentei na cadeira velha que estava disposta ao lado da cama. Fechei meus olhos, mas o sono não vinha. Permaneci assim por alguns minutos até sentir um movimento. Abri meus olhos e Tasha estava de pé na minha frente, e dessa vez o olhar que recebi foi bem mais profundo que o primeiro. Ela não disse nada, apenas se virou e caminhou em direção ao banheiro, ela já estava na metade do caminho quando parou e se virou para me olhar. Eu entendi tudo. Olhei para nossos companheiros que pareciam dormir profundamente, então me levantei e fui até ela. Entrei após ela e me certifiquei de trancar a porta.

— Você acha que é uma boa ideia? – Perguntei assim que me vi de frente pra ela.

— Talvez a pior? – Ela deveria estar tão insegura quanto eu, mas alguém teria que dar esse passo.

— Estou cansado de esperar a hora certa. – Me aproximei um pouco mais. – Eu quero se você também quiser.

— Ah, entendi. – Natasha se voltou para mim e sorriu. Eu não conseguia para de olhar para seus lábios. – Agora que estamos fugindo e você está sem opção está tentando me ganhar!
— Está certo. – Não era só por isso, fazia tempo que eu a queria, só não quis me precipitar depois de tudo que aconteceu da última vez. Estava esperando um sinal dela e talvez esse fosse realmente o momento certo.

— Você realmente acha que é a melhor opção? – Ela prendeu meu olhar com o dela e sua expressão era séria, ela queria minha aprovação e teve.

— Com toda certeza.

Eu a beijei, de leve, sentir os lábios dela nos meus novamente foi intenso, tracei um caminho pelo pescoço dela até a orelha e a senti acelerar sua respiração, sua pele era suave e seu cheiro inebriante, acho que ela queria esse momento tanto quanto eu. Olhei novamente pra ela e seu olhar estava quente, seu rosto corado, e ela me falou baixinho – Faz isso de novo. – Mas não foi do mesmo jeito, nossos lábios colidiram com força e o beijo foi quente e intenso.
Eu tocava seu corpo com as mãos firmes e queria que não existisse espaço entre nós, retirei seu casaco enquanto ela esfregava as mãos em meus ombros e pescoço também na tentativa de retirar minha jaqueta, acho que desistiu, pois desceu as mãos até minha calça e agilmente desabotoou meu cinto e abriu o botão da minha calça, enquanto isso minhas mãos desceram por sua calça e retirei-a com pressa. Nossos lábios estavam pressionados novamente e minha língua pedia espaço em sua boca e Tasha correspondia a todos meus movimentos. Retirei a blusa que ela usava e a admirei por um breve instante apenas de lingerie, eu amava aquele corpo, as formas definidas, a cintura marcada, os seios firmes, ela era linda e estava ali na minha frente, toda pra mim. Como não parecia justo ela conseguiu retirar minha jaqueta e a ajudei com os botões da camisa. Ela traçou com as mãos do meu tórax até o abdômen e eu soltei um gemido quando ela colocou a mão por dentro da minha boxer e segurou firme, eu estava muito duro e apreciei esse momento por um instante.

Desci minhas mãos até seu bumbum e apertei fazendo-a gemer meu nome, tratei logo de calá-la colocando minha boca na dela. Passei o polegar levemente por dentro de sua calcinha e desci mais um pouco, ela estava muito molhada, circulei seu clitóris e ela engoliu o gemido. Tasha retirou sua calcinha e a levantei até minha cintura. Agora nossos olhares estavam na mesma altura e tudo o que eu via nela era desejo e eu estava ali para satisfazê-la primeiramente. Desabotoei seu sutiã e levei minha boca até seus mamilos e a senti desmanchar sob meu toque, ela emitia gemidos baixos enquanto aproveitávamos esse momento. Tasha estava toda entregue e se posicionou sobre mim antecipando minha intenção de penetrá-la, com um impulso dela eu a preenchi totalmente. Ela me olhou com sensualidade e eu só consegui exprimir um “Uau”. A prensei contra a parede e pressionei seus lábios com os meus, ela cravou seus tornozelos em minha cintura e começamos nossos movimentos. Estávamos na mesma sintonia, nada parecia existir, e que o mundo acabasse se fosse isso que estivesse acontecendo lá fora, porque aqui apenas ela importava pra mim, e eu pra ela. Nossas bocas permaneciam unidas para abafar os sons que emitíamos. Eu podia sentir suas unhas cravadas em minhas costas, mas não sentia dor, apenas aumentava meu prazer. Ela estava toda entregue e em alguns minutos senti seu aperto aumentar e ela se derreteu toda, continuei com movimentos um pouco mais suaves para prolongar seu orgasmo, quando ela pareceu se acalmar um pouco eu aumentei novamente a intensidade dos movimentos até me derramar dentro dela.

Permanecemos unidos por um tempo, nossas testas coladas, mas sabíamos que estava na hora de voltar, não queríamos ser descobertos assim. Tasha desceu da minha cintura e rapidamente nos limpamos e nos vestimos. Eu a puxei pra mim e a beijei novamente. Olhei bem em seus olhos. – Tudo será diferente entre nós daqui pra frente. – Ela me deu um sorriso doce e concordou comigo. De mãos dadas voltamos para nosso lugar junto aos outros.
Tasha era meu tudo, meu mundo, meu amor, meu desejo, era nela que eu queria encontrar todo o sentido do meu existir, era pra ela que eu queria voltar após um dia cansativo, era no abraço dela que eu queria dormir, era ao lado dela que eu queria terminar os meus dias. No olhar dela eu conseguia ver que os meus sentimentos eram recíprocos e que toda a espera havia valido a pena.

“E se você me machucar,
Tudo bem, querida
Somente palavras sangram
Dentro destas páginas você apenas me abraça
E eu nunca vou te deixar ir
Espere por mim para voltar para casa”
(Trecho da música Photograph)