Little Things escrita por Siaht


Capítulo 17
XVII. a scientific experiment


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridas!!! ;D
Tudo bem com vocês?
Espero que gostem do capítulo! ♥



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XVII

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{a scientific experiment}

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Scorpius Malfoy passara a maior parte da vida desejando um irmão ou uma irmã. Alguém para lhe fazer companhia, para brincar com ele, para dividir o pesado nome de sua família. Encostado a uma das paredes da ala hospitalar, observando James Sirius, Albus Severus e Lily Luna Potter gritando uns com os outro, o garoto se sentia feliz com seu status de filho único pela primeira vez.

— O que vocês dois estavam pensando? — James esbravejava, andando de um lado para o outro.

— A culpa foi dela. — Albus sibilou irritado. Segurava uma bolsa de gelo sobre o nariz quebrado. Sangue lhe manchava o rosto de a camisa. — Foi essa louca que quebrou o meu nariz.

Lily enviou um olhar fulminante ao irmão do meio, enquanto segurava uma bolsa de gelo sobre a mão quebrada. A mão que quebrara socando a cara de Albus.

— Você mereceu. — não havia qualquer sinal de arrependimento na voz da menina.

— Agora vocês estão saindo no soco no meio dos corredores de Hogwarts. Maravilha! Nossos pais vão adorar saber disso. Sabe quem mais vai adorar saber disso? Rita Skeeter. Ela vai adorar escrever um artigo de capa sobre a rivalidade sangrenta dos irmãos Potter. Nossos pais vão adorar ler. Nossos avós também. Vai ser incrível!

— A culpa foi dela. — repetiu Albus. A ruguinha que se formou na testa dele, no entanto, indicava que sabia que o irmão mais velho estava certo. E odiava isso. — Eu não soquei ninguém.

— Você não conseguiria me socar, nem se tentasse por mil anos. — Lily debochou — Além disso, a culpa foi sua. Eu estava tentando ser uma boa irmã.

Albus riu sem humor.

— E como exatamente você estava tentando fazer isso? Distribuindo socos?

— Não se faça de desentendido, eu só fui te falar para que pegasse leve nessa sua rixa ridícula com o Wood. As minhas amigas acham que você é doido, sabia?

— Eu não dou a mínima para o que as pirralhas das suas amigas acham, Lily.

— Tanto faz, eu ainda estava tentando ser uma boa irmã.

— Você me chamou de doido e depois me socou.

— Você disse que, como bailarina, eu nunca entenderia um mundo realmente competitivo e difícil como o do Quadribol.

— Aí você socou a minha cara. Isso não tem desculpa, Lily Luna!

 — Você mereceu, Albus Severus! Como você ousa subestimar o balé? Você já equilibrou o peso do seu corpo na ponta dos seus pés? Já fez isso, com um sorriso no rosto, enquanto seguia coreografias elaboradas? Não, a única coisa que você faz é ficar sentado numa vassoura. E ainda chama isso de esporte!

— Você precisava ter falado isso, Al? — James questionou com um suspiro. Nunca era uma boa ideia subestimar Lily.

— Você está do lado dela, James?

— Eu não estou do lado de ninguém. Vocês dois são idiotas. Nossos pais deviam ter tido um único filho, a vida seria muito mais fácil. — o primogênito esbravejou, passando as mãos pelos cabelos escuros.

— Como você se atreve, James Sirius? Seus irmãos machucados, feridos e com dor, aguardando atendimento na ala hospitalar, e você dizendo essas barbaridades. O que nós pais vão achar? — Albus indagou ofendido.

— Você é mesmo um animal, James. Um completo selvagem sem noção de família. — Lily devolveu indignada.

— Ah, agora eu sou o errado da história? Vocês dois estão se socando em público, seus pirralhos inconsequentes, e eu sou o errado?

— Eu não soquei ninguém!

— Você mereceu o soco!

Os Potter continuavam a gritar uns com os outros, enquanto Scorpius pensava em uma forma de escapar daquela zona de guerra. Agora que se certificara de que Albus não ia sangrar até a morte – fora um soco muito bem dado –, ele podia sair de fininho e ainda ser considerado um bom amigo, certo? O garoto ainda analisava suas opções de fuga, quando a porta da enfermaria se abriu audivelmente, revelando uma Rose Weasley esbaforida. Os cabelos ruivos completamente bagunçados, o rosto coberto por um rubor vermelho, os olhos preocupados.

— O que aconteceu? — ela exigiu, ofegante — Está todo mundo falando que Albus e a Lily disputaram um duelo no meio do corredor e se feriram gravemente. Tem gente até falando em maldições imperdoáveis.

— Ah, que maravilha! — James levantou as mãos para o teto. — Eu já consigo ver as manchetes.

— Quem se importa com manchetes, James? — Lily perguntou, revirando os olhos.

— Eu me importo.

— Não foi um duelo. — Scorpius esclareceu. — A Lily só socou o Albus.

— Ah! — Rose relaxou, como se aquilo não fosse grande coisa.

— Um duelo? Por favor... — Albus debochou — Como se uma terceiranista como a Lily sequer soubesse segurar a varinha direito.

— Você vai ver como sei segurar minha varinha, quando eu a enfiar no seu...

— Chega! — James interrompeu com um grito.

— Você não pode gritar comigo, James Sirius. — a menina se defendeu.

— Você não pode gritar com a Lily, James Sirius. — Albus apoiou a caçula.  

Scorpius e Rose trocaram um olhar silencioso.

— Hum... já que está todo mundo bem. — Rose começou — Acho que eu já vou, tenho que terminar um dever de Herbologia. Aquele com o qual você tinha ficado de me ajudar, Scorp.  

— Claro, aquele dever. Aquele que eu disse que ia te ajudar há muito tempo. Acho que devíamos mesmo ir fazer isso, Rosie.

Era difícil dizer qual dos dois era um mentiroso pior. Albus apenas revirou os olhos diante a desculpa esfarrapada. James e Lily continuavam concentrados em gritar um com o outro. Ainda assim, os dois adolescentes não perderam tempo e saíram praticamente correndo da ala hospitalar. Não estavam muito longe, quando trombaram com Bradley Wood. Os três precisando se segurar uns nos outros, para não caírem de cara no chão.

— Wood? O que você está fazendo aqui? — Rose questionou com um misto de surpresa e curiosidade.

O rapaz hesitou, os olhos castanhos se arregalando, a pele negra se tornando rubra. Se empertigou meio minuto depois, erguendo o queixo, enquanto o rosto assumia uma expressão indiferente.

— Fiquei sabendo que o Potter se feriu seriamente em um duelo com cinco pessoas e vai precisar se afastar do Quadribol pelo resto do ano. — o rapaz estremeceu, quando disse aquilo. Embora tenha fingido que não e apenas enfiado as mãos trêmulas nos bolsos da calça — Vim saber se é verdade... Porque seria muito bom para a grifinória, é claro. Apenas por isso.

Rose e Scorpius trocaram um olhar que dizia que não acreditaram em nenhuma palavra que saíra da boca do goleiro.

— Não, ele só teve o nariz quebrado mesmo. Nada demais. A Madame Pomfrey conserta isso em um segundo, ela só o está fazendo sofrer um pouquinho. — Scorpius informou.

Alívio tomou as feições de Bradley. Um sentimento que ele rapidamente encobriu.

— Hum... uma pena então. Espero que, pelo menos, ele sofra bastante. — Wood afirmou, antes de lhes dar as costas e voltar por onde tinha vindo.

— O que diabos foi isso? — Rose perguntou boquiaberta.

— Não faço ideia. Parece que a escola inteira enlouqueceu. A propósito, obrigado. Por ter me salvado na enfermaria e tudo mais...

— De nada. — a menina sorriu. — Ninguém quer ficar preso no meio de uma briga dos Potter.

— Como se você e o Hugo fossem melhores...

— É claro que somos. — Rose soou ofendida.

Scorpius arqueou uma das sobrancelhas.

— Bom, nós não gritamos um com o outro daquela forma.

— Talvez não com as suas vozes, mas sinalizam tão rápido e com tanta violência que só Merlin sabe o que estão falando um para o outro.

A menina deu de ombros.

— Nada que não possa ser facilmente perdoado.

Scorpius também sorriu.

— Você não tem nenhuma tarefa de Herbologia com a qual precisa da minha ajuda. Tem? — ele sabia que a amiga estava apenas mentindo, mas ainda queria passar mais tempo em na companhia dela.

 A ruiva balançou a cabeça, mas um brilho suspeito surgiu em seus olhos castanhos.

— Não, mas... posso precisar de sua ajuda em outra coisa. Se você aceitar, é claro.

— Outra coisa? — o Malfoy indagou com misto de curiosidade e suspeita.

— Um experimento cientifico. E social.

O garoto arqueou novamente a sobrancelha.

— O que você tem em mente, Rosie?

A garota mordeu o lábio inferior, hesitando por meio segundo. O colar com o símbolo de peixes cintilou em seu pescoço, as pulseiras de missangas coloridas tilintaram em seus braços.

— Como você se sentiria se nós nos beijássemos? Sabe, como um experimento cientifico... e social. Apenas como um experimento cientifico.


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Notas finais do capítulo

Então, Scorpius, como você se sentiria? haha
Um capítulo basicamente de diálogos, porque quis tentar algo diferente. Estou um pouco atrasada com os comentários, mas juro que estou lendo todos e vou tentar colocá-los em dia o mais rápido possível. Muito obrigada por eles. ♥
Espero que tenham gostado! ♥
Beijinhos,
Thaís