O Pistoleiro II escrita por Macs


Capítulo 2
Lovely




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Após o Homem comer um ensopado de milho e se cobrir com uma das mantas de Brown, ambos se sentam em volta da lareira. O Homem demonstra gratidão por ter sido acolhido pelo estranho na cabana. Após isso, a verdadeira conversa começa.
– Como devo chamá-lo, estranho que bate à minha porta quando a escuridão já consumiu o mundo lá fora? Brown pergunta.
– Ah, quanto a isso... Eu já fui chamado de muitos nomes no passado. Mais do que você pode contar com os dedos de suas mão e pés. Mas pode me chamar de Walter. É como me apresentei em Tull.
– Walter. Hum..Você passou por Tull, obviamente. Bom, Walter então! Eu me chamo Brown.
Nesse momento o corvo repete: “Brown”. O Homem se volta para o local de onde veio o a fala.
– Não se preocupe. É meu corvo. Ele está em sua gaiola lá trás. Se não fosse a agitação de agora pouco já estaria dormindo.
– Um corvo que fala. Haha, tão improvável quanto achar um fazendeiro no meio do deserto! Diga-me, você planta algo além de milho?
– Ás vezes planto feijão, quando o Papa Doc vem de Tull para me trazer sementes. Ele vêm no início de cada mês e trás uma boa quantidade de sementes, apesar de que até a metade do mês tudo já se foi. Mas na maioria do tempo estou ocupado plantando e cuidando do milho. Aliás, como estavam as coisas lá em Tull quando você esteve lá?
– É assim que pretende começar a conversa, falando de coisas mortas e em decomposição?
Brown fica ao mesmo tempo surpreso e horrorizado.
– O que estás dizendo, Walter? O que houve em Tull?
Walter fica em silêncio e sua face se torna dura de se ver. O silêncio se torna ensurdecedor e quando Brown acha que não consegue aguentar mais o Homem fala:
– Tull agora é habitação da espécie de seu corvo. Eles crocitam aos céus chamando seus semelhantes para o banquete que é servido em Tull nesse momento.
Agora Brown se levanta realmente horrorizado e exclama contra a loucura que Walter acabou de falar mas é interrompido:
– Fazendeiro Brown, o que falo é a verdade. Poderá verificar isso se for para o leste ver com seus próprios olhos. Talvez tenha percebido que Papa Doc não tem feito muitas viajantes para essa parte do deserto recentemente. Ele nunca mais fará outra viagem, afinal chegou ao fim da lareira.
– Como pode dizer algo assim? Dessa forma? Quem é você de verdade?
– No fim pouco importa, não é mesmo? Se eu disser outro nome ou algumas palavras genéricas para representar quem sou, ainda assim você não ficará satisfeito. Quer mesmo é saber de minha história, posso ver em seus olhos. Você também tem uma interessante.
Brown abaixa a cabeça. “Ele sabe”, pensa, e sabe o que provavelmente o espera. O Pistoleiro tinha lhe avisado sobre o Homem de Preto.
– Ótimo, então comece. Não o interromperei.
– Finalmente! Que comece a história então!


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