Aún Hay Algo escrita por LilizIris


Capítulo 5
CAPÍTULO 5 – ESCÚCHAME, NO SÉ VIVIR SIN TI


Notas iniciais do capítulo

*Bom... Chegamos ao fim!
*Espero de verdade que vocês tenham gostado, foi muito bom voltar a escrever e pretendo dá continuidade nisso.
*Vamos ao último capítulo.



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“Olhe bem para mim, porque contínuo aqui, me matando para te encontrar em mim. Olhe bem para mim, porque contínuo aqui, me escuta, não sei viver sem você” – Aún Hay Algo, RBD. 

POV TANYA 

Já devia ser altas horas da madrugada e depois da minha conversa com Victoria, decidi ir para a praça que tinha perto da Forks High School, claro, eu estava ligeiramente alterada por conta da quantidade de cerveja que foi consumida, mas eu precisa ir para essa praça, pois foi aqui que vi Edward pela primeira vez, foi aqui nós demos o nosso primeiro beijo, foi aqui que ele me pediu em namoro e foi aqui que eu terminei tudo com ele. 

James havia me dado o anel mais lindo do mundo! Foi um pedido de casamento perfeito, mas em troca eu terminaria com EdwardIa ser muito ruim fazer isso, mas James me fez enxergar que eu era muito madura e precisava de um homem de verdade e Edward era só um menino. 

Quando cheguei na praça, Edward já veio me abraçar e me beijar, mas eu desviei dele e fui me sentar no banco, James ficaria muito bravo se eu tivesse mais alguma intimidade com Edward. 

— O que foi, amor? – Se sentou do meu lado. 

— Eu preciso falar com você, Edward – Ele me olhou estranho, sabia que quando eu o chamava pelo nome, nada de bom vinha depois. 

— Tudo bem, estou ouvindo, Tanya – Disse meu nome de forma irônica. 

— Temos que terminar – Ele me olhou mais confuso ainda. 

— Só não entendo o porquê. 

Eu simplesmente explodi. James me disse que ele não entenderia nada, que eu teria que explicar tudo, ele disse que garotos tinham dificuldade de entender conversas serias como essa... E por eu ser muito madura para minha idade, teria que ter muita paciência, mas James tinha brigado comigo no dia anterior, por que eu estava usando uma roupa muito curta, então estava sem paciência e acabei descontando em Edward. 

— Porque eu conheci um homem de verdade, que me entende e sabe que sou uma mulher, que sou madura o suficiente para fazer as minhas próprias escolhas! – Edward só me olhava – E você é só um garoto e nunca vai entender isso, precisa namorar uma garota que tenha a mesma mente pequena que você! Não somos mais compatíveis, Edward, você não pode me dar as coisas que eu quero. 

Ele só afirmou com a cabeça, com lágrimas nos olhos e foi embora”. 

E foi assim... Edward ouviu e aguentou tudo calado. Não revidou ou não gritou comigo, ouviu tudo e foi embora. Por isso não entedia como foi tão fácil para ele me perdoar. 

Eu devia estar parecendo uma maluca bêbada, chorava e soluçava alto, ainda bem que essa hora não tinha ninguém na rua, bem de fundo eu conseguia ouvir o meu telefone tocar, mas não queria atender... Eu precisava encontrar a força para me perdoar dentro de mim. 

Então, fiquei sentada naquele banco chorando por horas. 

— Tanya, acorda, quer me matar de susto! – Ouvia Edward me chamar bem baixinho, mas não queria acordar, o álcool ainda fazia efeito no meu corpo e deixava minhas pálpebras pesadas. 

— Vai embora, Edward! Eu quero dormir — As palavras saiam enroladas. 

— Está bom, eu deixo você dormir, mas não na praça da escola – Disse com toda paciência do mundo. 

Levantei-me com tudo. Ainda estava na praça, ainda era de madrugada, mas o sol aparecia muito timidamente no céu, com o movimento brusco fez com que o álcool fosse para a minha cabeça, me deixando tonta... E sem muito controle das minhas ações. 

— Por que você ainda sente algo por mim? – Edward me olhou como se eu fosse uma completa maluca — Quer dizer, por que sente algo de bom por mim? 

— Do que você está falando, Tanya? 

— POR QUE VOCÊ NÃO ME ODEIA COMO EU ME ODEIO?! -Gritei com toda força dos meus pulmões. 

Ele suspirou e passou a mão no rosto, como se implorasse aos céus por paciência. 

— Me promete nunca mais beber? — Disse com a voz um pouco irritada. 

— Para de ter paciência comigo, Edward – Disse entre dentes. 

E por um minuto nos encaramos. Estava na hora de por os pingos nos i’s. Jogou os braços para cima e respirou fundo. 

— E você acha que eu não te odiei? Que foi fácil te perdoar? Eu te odiei por muito tempo, te pela escola me machucava profundamente e quando você se afastou de todo mundo eu agradeci aos céus, por nunca mais olhar na sua cara — Ouvir aquilo era como levar um soco no estomago, “mas não era isso que você queria ouvir?” — Eu te odiei por muito tempo, mas não valia a pena. 

— Por quê? – Perguntei em um fio de voz. 

— Por que é chutar cachorro morto – Deu de ombros – O que passou, passou... Já foi, aconteceu, não volta mais. 

— Mas eu ainda sinto tudo como se fosse ontem – Disse entre dentes. 

— Em relação ao que? 

— Em relação a tudo! Ainda sinto James me agredindo, ainda vejo o dia em que eu te disse aquelas coisas horríveis – Solucei tão forte que doeu o meu peito – E não sei como lidar. 

— Tanya – Ele segurou meu rosto com as mãos – Sobre o que você com James, eu não tenho como ajudar, nunca estiva ou passei por algo parecido, mas eu vou está ao seu lado e te apoiar sempre – Beijou a minha testa – Em relação a mim, você precisa se perdoar, saber que aquela dia já foi, que eu já te perdoei e que eu contínuo aqui. 

— Eu só não quero te magoar – O abracei. 

— A gente sempre vai acabar magoando alguém, mesmo sem querer — Beijou o topo da minha cabeça – Pode ser que eu te magoe um dia, mesmo não querendo. 

Eu me afastei dele, aparecia que as engrenagens do meu cérebro começaram a trabalhar.  

— James queria isso, não é? – Ele me olhou sem entender nada – Ele queria me machucar, mesmo que eu não merecesse – Comecei a tremer – Antes de terminar com você James me disse coisas horríveis, ele brigou comigo por eu estava com uma roupa curta, mas não tinha nada haver – Comecei sentir falta de ar – Ele me  manipulou, eu só disse tudo aquilo por que estava com raiva dele – Comecei andar de um lado para o outro — James só queria alguém inferior a ele para machucar, me manipulou para que eu machucasse você para me sentir ainda mais inferior... Eu devia odiar somente ele. 

— Tanya você está bem? — Edward perguntou me olhando preocupado. 

Só então eu percebi, estava tremendo, vermelha, suando frio e o ar não entreva nos meus pulmões... Depois tudo ficou preto. 

(...) 

Acordei com uma dor de cabeça horrível, meu corpo todo doía, como se eu tivesse saído no soco com alguém e meu estomago resolveu brincar de gira-gira, só virei o corpo e vomitei no balde que alguém segurava para mim. 

— Menina, ontem você tornou o caldo – Reconheci a voz, era Victoria. 

— O que aconteceu? 

— Você resolveu tomar tudo que tinha no bar, só faltou tomar gasolina — Gemi enjoada – Depois resmungou qualquer coisa e sumiu, tive que ligar para o Edward te procurar — “Por que eu não me lembro dessas coisas?” — Ele disse que você teve um ataque de ansiedade e desmaiou, foi que ele te trouxe para o hospital — Olhei em volta, estava na emergência do hospital e tomando alguma coisa na veia. 

— E cadê ele? 

— Bom depois dele brigar comigo como se fosse seu pai, Rose e Alice rebocaram ele daqui, como a desculpa de que ele precisava ir para empresa, só foi mesmo porque eu prometi ficar aqui até você acordar. 

— Nunca mais quero beber – Disse envergonhada. 

— Alice e Rose disseram que era para eu te dar um sermão quando acordasse, mas eu nunca fui muito boa nisso — Me olhou de forma pensativa – Nunca mais beba, menina! – Disse me apontando o dedo. 

Rimos e minha cabeça doeu e eu gemi de dor. 

Victoria me deixou em casa, Alice e Rose me ligaram e cada uma me deu um sermão, Alice disse que Edward estava ocupado na empresa e por isso não tinha me ligado ainda, mas que ele estava possesso, então era bom eu preparar os ouvidos... Bom, eu preparei... Com a minha mãe me dando um sermão de quase duas horas. 

Fui para o meu quarto com a promessa de ir descansar, mas não consegui... Assim que entrei e fechei a porta, eu quis arrumar tudo. Não era que meu quarto estava bagunçado, mas ali tinha coisas que eu não precisava mais

Comecei pelo guarda roupa, colocando todos aqueles moletons em uma caixa para doar, depois o criado mudo tirando todas as cartas e fotos de James e colocando em um saco lixo e enquanto ia limpando eu ia chorando, ia acabar destratando, “pode limpar o chão com as lágrimas que saem dos seus olhos, vai economizar agua, ri do meu pensamento absurdo. 

Minha mãe devia estar a achando que eu estava cada dia mais biruta, ela só me olhava quando descia chorando para o quintal com caixas ou sacolas, mas ela não disse nada... Talvez ela entendesse o que eu estava fazendo, eu tinha a estranha mania de subestimar ela. 

Acabei arrumando cada cantinho do meu quarto, tirando o que lembrasse do passado que tive ao lado de James... Só queria o passado que realmente me importava, minhas fotos com a turma do colégio, da formatura e as com Edward. 

Coloquei todas em mural na parede e ri por ser ridícula, por só agora, perceber que Edward tinha razão, ficar me martirizando com as lembranças ruins do passado era chutar cachorro morto. Que nada podia me ajudar a voltar no passado e trocar as escolhas que eu fiz, outras as palavras que eu disse, mas eu estava tendo a chance de recomeçar... Ao lado do homem que eu amo. 

E eu parei de chorar e senti que o mundo tinha saído das minhas costas. 

Meu celular tocou e eu vi que era Edward e eu comecei a sentir tudo que uma adolescente apaixonada sente o coração acelerado, o rubor nas bochechas, as borboletas no estomago e o sorriso bobo, estava tão leve que me permitia e adorava sentir isso, mas tinha maturidade suficiente para saber que aquilo não era mais importante que qualquer outra coisa da minha vida. 

Que eram sentimentos bom para se ter com alguém e que era bom permitir dividir minha vida com essa mesma pessoa. 

Isso é amor? 

É! Isso é amor. 

É bobo para deixar igual uma adolescente apaixonada, mas maduro para saber que isso não é mais importante que si mesmo. 

— Oi meu amor — Pude ouvir Edward sorrir envergonhado do outro lado da linha. 

— Se isso for uma estratégia para que eu não brigue com você, saiba que funcionou – Rimos – Você está melhor? – Olhei para as fotos no mural e sorri. 

— Muito melhor. 

— Posso ir aí te ver? 

— Vem logo, porque estou com saudade. 

Não demorou muito e eu pude ouvir Edward conversando com a minha mãe no andar debaixo, já podia sentir me coração acelerado, assim que ele apareceu na porta eu pulei em cima dele e o beijei como se o dia dependesse daquilo. 

Eu estava amando sentir tudo aquilo de novo, sem medo ou receio, só me permitindo ser eu mesma novamente. 

Caímos na cama e mesmo não desgrudei dele, só parei de o beijar quando não tínhamos mais ar para continuar, sentei-me com uma perna de cada lado do corpo dele, com um sorriso enorme no rosto, devia estar parecendo uma boa, mas eu não ligava, estava feliz demais. 

— Isso tudo é para não um sermão meu? – Ele também estava com o mesmo sorriso bobo no rosto – Porque realmente está dando certo. 

— Eu já ouvi da Alice, Rose e um de duas horas da minha mãe, colocaria Victoria na lista, mas ela é péssima nisso, então eu já ouvi bastante – Cruzei os braços – Você podia me poupar – Fiz um biquinho. 

Ele gargalhou e depois se virou ficando por cima de mim, beijando o meu pescoço, o grudei pela cintura com as pernas. 

— Eu só não faço o que eu quero, em respeito à sua mãe que está lá embaixo – Sorriu malicioso. Ele ficou me olhando de forma carinhosa e fazendo carinho meu rosto — Não que eu esteja reclamando, mas você está diferente, mas alegre, não sei dizer. 

— Eu só constatei certas coisas, que demoram muito para eu entender, mas finalmente a ficha caiu – Sorri. 

— Você se recorda só conversamos na praça? 

— Não entendi – Perguntei confusa. 

Nos ajeitamos na cama e nos sentamos um do lado do outro. 

— Você estava muito bêbada — O olhei envergonhada – Ficou me perguntando por que eu não te odiava, depois falou um monte desconexa sobre James e desmaiou, os médicos disseram que foi uma crise de ansiedade – Suspirou – Talvez você precise começar a tomar remédios. 

Tentei puxar da memória, mas as minhas lembranças estavam muito diferentes do que Victoria disse e muito diferente do relato de Edward. 

— Não me lembro, você deve me achar uma maluca – Ele gargalhou – Vai me internar? – Ele negou com cabeça ainda rindo – E o que você respondeu? 

— Isso realmente importa? Não quero ter essa conversa e você desmaiar, não quero desenvolver problemas cardíacos, depois do susto que levei ontem, meu coração está fraco – Fez drama. 

— Bom, você me disse que já me perdoou e digamos que eu também – Eu entrelacei nossas mãos – Eu percebi que infelizmente eu não posso retomar o tempo perdido, não posso retirar as palavras que eu disse, mas que daqui para frente eu posso ser uma pessoa melhor – Subi no colo dele – Eu quero ser uma pessoa melhor ao seu lado e dividir todos os momentos bom com você - Ele sorriu emocionado, tirei uma fita vermelha do bolso e amarrei no dedo anelar dele — Você quer namorar comigo? 

— É o que eu mais quero — Sorriu. 


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Notas finais do capítulo

*Não sou boa com despidas, então é isso! ~risos~
*Agradeço a todos que deram chance a minha história.
*Me acompanhe para novidades!

Bjuss, LilizIris^^



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