Fora da Lei escrita por Neline


Capítulo 9
Admitindo


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ;*



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Creio que não dê tempo para aquele nosso jantar, não é? - Sr. Smith falou, entrando no banheiro.

- Vá embora Smith. - Chuck falou, se colocando na minha frente com mais autoridade.

- O que você... está fazendo aqui? - Eu pedi fazendo o homem gargalhar.

- Vim fazer o que o Bass está adiando. Sinceramente Charles, achei que você já teria acabado com ela quando eu chegasse. - Chuck bufou e eu fiquei ali, raciocinando.

- Espere: O senhor mandou me matar? - Não é possível!

- Nada pessoal querida. Mas você é enxerida demais. - Chuck levantou o revolver um pouco mais. Ele parecia nervoso. Mas não nervoso, apenas muito, mas muito irritado. Minha mente começou a funcionar novamente. As peças se interligavam. É claro!

- Você mandou Chuck matar todos os outros. Os agentes, promotores, juizes, delegados, criminalistas... você fez com que a ordem lhe colocasse como próxima vitima para desviar meu foco. Mas por que? - Ele sorriu.

- Não é simples? O FBI não precisa da policia federal. Estamos tentando mostrar que vocês são apenas um bando de incompetentes. Depois daremos um belo golpe de estado e tomaremos o EUA. Tudo tão fácil que chega a ser sem graça. Íamos lhe chamar para se juntar a nós, mas infelizmente você acabou se metendo onde não foi chamada. -  Ele disse calmamente, enquanto Chuck andava na direção dele.

- Se você a matar, eu lhe mato. - Os dois ficaram se encarando.

- E depois você é morto pelos meus agentes. Vamos Charles, achei que você fosse profissional. Eu lhe dei mais uma chance depois que ela fugiu, mate-a e o acordo continuará de pé. - Chuck me olhou. Eu não sabia como agir, então, apenas abaixei minha arma. Eu sei que pode parecer algo idiota mas seria melhor. Ele me mataria, mas não morreria o que adiantariam se ambos morressem em uma luta sem fundamento.

- O que está esperando? - Eu murmurei, fazendo com que Chuck ficasse com uma face mais confusa ainda.

"- Então essa é a famosa Blair Waldorf. – Ele disse se aproximando da cama.

- Senhorita Waldorf. Não costumo ter intimidade com assassinos. – Sorri levemente enquanto ele gargalhava abertamente.

- Não estava louca para me conhecer? – ele disse abrindo os braços."

Eu suspirei. Não era possivel que em tão pouco tempo eu tivesse tanta consideração assim por Chuck Bass.

"- Respire, ou não poderei lhe beijar. – Sussurrou-me ao pé do ouvido, me girando, e tomando meus os lábios com voracidade."

Ele continuava imóvel. O Sr. Smith nos olhava, como se aquela situação o divertisse.

"- Está pensando em como vai lidar com isso. - ele franziu o cenho. - Sua mão vai estar manchada do meu sangue, logo. Como você pretende lidar com isso? - Ele olhou para os lençóis por um momento, como se digerisse o que eu falei.

- Da mesma maneira que sempre lidei. Como o profissional que eu sou. - ele se levantou.

- Isso quer dizer... me matando? - Falei um tanto indignada, enquanto ele calçava os sapatos.

- É para isso que eu fui pago, não? - Eu mordi o lábio inferior.

- Então por que não o fez ainda? - Silêncio. - Para poder me usar? - Mais silêncio. ele não olhou para mim.

- Você entende as coisas rápido. - e saiu do quarto. "

Eu olhei para baixo. Chuck levantou a arma. Ouvi um tiro. Não senti dor, então olhei para os lado. Ele olhava para a porta abismado. Serena estava lá, enquanto Smith caia no chão. Chuck colocou a mão no peito e olhou para baixo. Havia sangue.

"- Aparentemente Chuck não quer te deixar ir. - Ela falou em um tom alegre e eu franzi o cenho.

- Isso devia me alegrar? - Ela assentiu.

- Ele não gosta de manter reféns no nosso apartamento. Geralmente as mata na rua, como você deve perceber. "

- CHUCK! - Eu falei me ajoelhando ao lado dele. Serena veio correndo e fez o mesmo.

- Oh meu Deus! Chuck, pode falar alguma coisa? - Ele olhou para mim.

- Você está bem? - Ele perguntou, com um pouco de dificuldade.

- Deixe de ser idiota, quem levou em tiro foi você! - Ele gargalhou baixo e eu senti meu olho marejar.

- Já não era sem tempo. Quem na minha profissão nunca levou um tiro? - Ele olhou para mim, enquanto seus olhos se fechavam. Uma lágrima caiu do meu olho.

- Não.. eu... eu te amo. - Eu falei, começando a chorar como uma idiota, enquanto ele desmaiava no chão.

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Estávamos no apartamento. Serena disse que não poderiamos levar Chuck para o hospital sem explicar o que aconteceu, então chamou um médico de confiança.

- Que demora... - Eu falei, batendo o pé no chão.

- Blair, tem uma bala no peito dele, é normal demorar. - S. também estava impaciente, afinal, é o irmão dela. - Nosso pai... ele morreu assim. - Eu a olhei. Ela encarava o chão. - Foi assassinado enquanto tentava proteger a mamãe. O pai dela era um dos lideres da máfia, ou algo assim, nunca soubemos direito. Bart se apaixonou por ela numa época difícil. Os inimigos do meu avô tinham descoberto o caminho mais fácil para afeta-lo: a filha; Papai não conseguiu conviver com a ideia de ver nossa mão morta e pulou na frente dela, levando o tiro em seu lugar. Eu e Chuck vimos tudo, estávamos escondidos debaixo da escada. Eu tinha uns 4 anos e Chuck deveria ter 8 na época. - Olhei para o chão. Queria poder falar algo para confortá-la, mas o que?

- Eu sinto muito. - Ela sorriu para mim.

- É, eu também.

Já haviam passado cerca de 10 horas. Eu não conseguia dormir e me recusava a comer. A porta do quarto se abriu. O médico saiu de lá e parou na minha frente.

- Ele quer lhe ver. - Meu coração disparou.

- Ele está bem? - Serena sorriu enquanto passava a mão pelo meu braço.

- É feito de ferro, aparentemente. Vai sobreviver. - O médico falou, me levando até o quarto. Chuck estava deitado, com uma grande faixa enrolada no peito. Um pouco branco, mas em geral parecia bem.  - Vou deixar vocês a sós. - Ele falou, saindo do quarto. Eu me aproximei, vendo um pequeno sorriso se formar no rosto do Chuck.

- Olhe, você está viva. - Ele falou com um sorriso irônico.

- Graças a você, aparentemente. - Ele olhou para baixo por um momento enquanto eu me sentava ao seu lado. - Eu estou muito grata a você. Não posso acreditar no que fez por mim... principalmente pelo que... aconteceu com seu pai. - ele levantou o olhar. - Me perdoe, Serena me contou a história. - Ficamos em silêncio por um tempo.

- Eu nunca entendi o motivo pelo qual Bart fez aquilo. Ficava pensando que talvez o Super-Homem poderia ter vindo e salvado ele e Lily, assim ambos estariam vivos e nenhum teria se sacrificado. - Ele soltou uma pequena risada. - Quem diria que eu passaria pelo mesmo, não?

- Por que você fez aquilo? - Eu perguntei, provavelmente com lágrimas nos olhos. - Você poderia ter me matado, poupado trabalho, inimigos... - Ele olhou para mim.

- E ter que conviver com a ideia de não poder lhe importunar mais? Eu não poderia. - Chuck falava em tom sério. - O que você disse enquanto eu estava desmaiando... sobre você me amar... é verdade? - Foi minha vez de desviar o olhar.

- Sim. Por mais imbecil que soe é a mais pura verdade. - Não tive coragem de levantar o olhar. Mas de repente a mão dele veio de encontro ao meu queixo e levantou meu rosto. Ele sorria para mim.

- Eu também te amo. 


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Reviews, por favor!

XOXO. Neli ;*