Fora da Lei escrita por Neline


Capítulo 12
Paternizando


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo da segunda fase!

Espero que gostem!
Enjoy ;*



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Blair Waldorf

- O que você está fazendo aqui? - Perguntei exasperada vendo o estado de choque no rosto dele. Por que ele tem que aparecer? Logo agora. 

- Vim te visitar. - Ele falou, estendendo um buque de peônias. - Serena está subindo. - Ele falou e eu sorri levemente, vendo que ela já estava há menos de um metro de nós.

- BLAIR! - Ela gritou, pulando encima de mim. Eu gargalhei, retribuindo o abraço.

- Serena! A quanto tempo! - Ela sorriu para mim.

- Ah, passamos um tempo muito divertido! Quem é essa garotinha? - Pigarrei.

- Minha... filha. Vamos, entrem. - Disse os empurrando para dentro. Agradeci mentalmente pela casa estar arrumada e os dirigi até os sofás. - Por que não ficam aqui. Vou buscar algo para petiscarmos e vocês me contam as novidades. - Completei, indo para a cozinha totalmente desesperada.

Serena van der Woodsen

Olhei para os lados, enquanto a garotinha se sentava sozinha numa poltrona. Chuck colocou o buque de flores sobre a mesinha de centro, e me encarou. É claro que a criança havia o intimidado. 

- Então pequena, qual o seu nome? - Ela exibiu um lindo sorriso banguela.

- Me chamo Carrie. - Ela respondeu.

- É um nome muito bonito! - Eu disse animada. - E quantos anos você tem? 

- Tenho 4 anos! - Ela respondeu animada. - Mamãe disse que ano que vem, quando eu fizer cinco, ela vai dar uma festa enorme! Faltam apenas nove... mesas. - Sorri.

- Acho que você quer dizer meses... - Ela assentiu e eu olhei para Chuck. Ele estava com a boca entreaberta e com uma face completamente chocada. 

- Onde está seu pai? - Chuck falou desesperado e eu pensei que se tudo aquilo era para saber se a Blair estava casada era mais fácil ele pedir para ela, mas a garotinha deu de ombros.

- Mamãe não gosta de falar sobre isso. Acho que machuca ela. - Ela revirou os olhos. - Ei, isso no seu bolso é uma arma? - A menina pediu com os olhos brilhando apontando para o revolver no cinto do Chuck.

- Essa garota adora armas. Podia ser sua filha. - Eu falei, gargalhando logo depois, mas ele não me acompanhou. Comecei a encarar a garota. Cada pequeno traço da Blair e... cada semelhança com o Chuck. Ah, não, ah não. Meu Deus! É claro! Ela tem 4 anos, mais o tempo de gestação é... é a época que a Blair e o Chuck... eles... AH MEU DEUS! 

Blair Waldorf

Entrei na sala com as bandejas, estranhando o silêncio. Minhas mãos tremiam, mas eu consegui colocar sobre a mesinha, pegando o buque de flores e colocando junto com outras em um vaso com água.

- Você tem uma linda filha. - Chuck falou, fazendo meu coração disparar.

- Ela só não é um anjo. Espero que não tenha enlouquecido vocês. - Falei servindo um pouco de vodka para Chuck, algum licor para Serena e para Mim e um copo de coca-cola para Carrie.

- Não. Ela apenas nos contou sobre o aniversário dela. - Gelei. Essa garota não disse a idade dela, disse? Olhei para ela, que bebericava o refrigerante batendo os pés contra a poltrona, alta demais para ela. 

- É. - Disfarcei. - Ela está realmente animada com isso. 

- Onde está o pai dela, Blair? Adoraria conhecer o homem de sorte. - Chuck disse novamente e Serena me olhou seriamente. Aquele olhar queria dizer que ela ainda sabia fazer contas. Pigarrei, nervosa.

- Ela é produção independente. - Chuck andou, parando ao lado da garota. 

-  Ela tem cara de produção independente. - Ele rugiu, e eu passei os dedos com mais força ao redor do copo.

- Ela é. - Serena olhou para nós, fagulhas voando.

- Carrie, por que não vamos tomar um sorvete? - Minha filha olhou para mim, apreensiva. 

- Carrie, você fica. - Vocerifei.

- Se quiser que ela escute, não tenho problemas com isso. - Ele falou e eu suspirei.

- Vão. - A menina me olhou. Não parecia preocupada.

- Até mais senhor, foi um prazer lhe conhecer. - Ela falou, dando a mão para Serena e saindo do apartamento. Encarei Chuck novamente. ele estava ficando vermelho. Sua face era séria.

- Eu acho que tenho o direito de saber que tenho uma filha. - Ele gritou e eu continuei firme.

- Talvez tivesse há 4 anos, mas não agora. - Eu disse com calma.

- Ela é minha filha Blair, eu também tenho direito sobre ela! - Ele falou com a pupíla dilatada.

- Ela não é sua filha Chuck. Ela é minha filha. É isso que diz nos documentos dela, e é isso que vale legalmente. - Ele gargalhou, mas era algo nervoso.

- Como se eu realmente me importasse com legalidade. Você não pode privar Carrie de ter um pai! - Eu caminhei até ele, com os punhos cerrados.

- Eu criei Carrie durante 4 anos, sozinha, aguentando ela perguntar sobre o pai sem ter coragem de dizer que ele é um assassino que me abandonou, e agora você quer simplesmente aparecer no meu apartamento, com um buque de peônias e fingir que está tudo bem? Pois não está tudo bem! - Gritei o mais alto que pude, mas ele não pareceu se intimidar.

- Eu estava disposto a vir aqui e pedir desculpas quando você tenta omitir de mim minha própria filha? Você não vai fazer isso. - Ele falou, chegando extremamente perto de mim. ele não me encarava mais. Ele encarava meus lábios, provavelmente trêmulos. 

- Por que você voltou? - Pedi com a voz falha. Ele suspirou. Aquele hálito gelado batendo no meu rosto e me desconcertando.

- Por você. Porque você não sai da minha mente. E a partir de hoje. Pela Carrie. - Olhei para o chão, suspirando e me sentando logo depois.

- Você tem razão sobre eu não poder privar ela de ter um pai. Mas isso não significa que está tudo bem entre nós. Não posso fingir que estou bem. - Eu falei friamente e ele abaixou o olhar.

- Você sabe que eu tive meus motivos para sair da cidade... - O interrompi.

- Sei e aceito isso. Portanto exijo que você tenha o mesmo respeito pelo meu direito de ficar chateada. - Ele abaixou a cabeça novamente. - Qual é a grande jogada dessa vez? - Perguntei, fazendo com que ele me encarasse, de cenho franzido. - Você não voltou para Nova York por nada. 

- Você tem razão. - Eu sempre tenho. - Estou em um lance grande. O meu objetivo maior. A coisa mais perigosa que eu já fiz. - Sorri.

- Definitivamente não é só uma temporada tranquila passeando pelo Central Park. - Ele negou com a cabeça.

- Não, mas vai funcionar. - Olhei para sua face cansada e seus sapatos brilhantes e engrachados. Certo, admito que senti falta daquilo. Até seu cheiro que me embriagava continuava perfeito. 

- E se não funcionar...? - Pedi casualmente, vendo como sua expressão se tornava dura.

- Seria muito, muito ruim. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que será que Chuck está fazendo dessa vez? O_O

Deixem Reviews!

XOXo, Neli ;*