The Wave Girl escrita por Miah


Capítulo 1
Prólogo




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As ondas batiam cada vez mais fortes em nosso navio. Cada onda que vinha eu gritava, minha mãe me deixará no único lugar onde ainda não estava alagado. O mar estava furioso, eu sentia. Eu escutava vozes gritando no convés em poucos segundos, eu sabia, as ondas iriam quebrar o navio.
Que legal, vou morrer como no Titanic, mas sem um Leonardo DeCaprio ao meu lado.
Eu rezava, para Deus, para as próprias águas, mas ninguém me escutava. De repente a janela se partiu com a força D’água e onde eu estava começou a se encher, corri para cima o que nada ajudou a situação. Era uma cena horrível, marinheiros corriam pra lá e pra cá atando cordas erguendo velas. Nosso navio era como o dos piratas, mesmo estando no século XXI. Minha mãe era a capitã. A gente participava de muitos festivais até pelo modelo ser antigo, mas suportava as mais diversas tempestades....até aquele momento.
— Mãe!! – gritei por ela desamparada e chorando – Mãe! MÃE
Não pude saber se ela respondeu, pois uma enorme onde bateu no navio me levando junto. Tive que me segurar na beirada do navio para não cair naquele vasto oceano. Relâmpagos brilhavam no céu, era como se o apocalipse tivesse chegando antes, poderia pelo menos ter mando um E-mail
Eu estava toda encharcada, mas consegui tirar uma força não sei de onde e voltar pra dentro do navio. O piso estava escorregadio, acabei caindo de bunda no chão. Eu já estava enraivecida por tudo aquilo. Era pra ser uma viajem legal, com a família. Era tão poucos dias que eu podia ter um tempo com a minha mãe. Comecei a chorar não de tristeza, mas de raiva o que era pra ser um sonho acabará em um pesadelo.
Levantei-me e sai correndo tentando achar minha mãe, correr era uma péssima ideia. O piso escorregadio fazia cair varias vezes, fui até onde minha mãe dirigia o navio. Lá estava ela tão encharcada como eu e com um brilho feroz nos olhos. Na frente aparecia a tempestade, relâmpagos, trovões, ondas gigantescas que batiam no navio.
— Mãe – disse chegando lentamente, o que era difícil já que o navio balançava pra todos os lados.
— Alice! O que está fazendo aqui? – gritou ela por cima do ombro. – porque saiu do lugar onde ti deixei.
— Mãe as ondas, ch-chegaram e alagaram onde eu estava – gaguejei.
— Pelo Amor dos Deuses! – falou ela – filha vem cá. Você já tem ideia do que vai acontecer.
— Mãe, a gente vai morrer? – disse chorando abraçando-a pela cintura.
— É o inevitável, hoje o mar está agitado. – ela falou “mar” como se fosse um ser.
— Mãe eu não quero me separar de você, nunca! – falei abraçando-a mais forte.
— Eu sempre vou estar contigo, nunca vamos nos separar.Eu te amo, minha filha.
— Eu também te amo, mãe!
Uma onda gigantesca bateu na ala direita do navio o destruindo. O mar entrou com tudo, destruindo e empurrando todos para o fundo. Eu estava abraçada com toda minha força em minha mãe, mas a onda era mais forte e nos separou.
Cada vez eu afundava mais, pensei no rosto de minha mãe e daqueles amigos que eu acabara criando no navio. Pensei na vida que podia ter tido. Olhava para aquela escuridão e via as frágeis bolhas de ar saindo de mim, uma tentativa falha de aguentar, de viver. Cada vez eu afundava mais, antes de cair na inconsciência parecia ter ouvido uma voz distante.
Eu não sabia... Perdoe-me.


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