Ítaca, um lugar ótimo para se morar, aqui todos podem ser o que quiserem, pois é. Não é atoa que muitos a chamam de "a terra dos sonhos". O lugar onde jovens e valentes homens, ainda em sua mocidade, partem com seus corações aficcionados por aventuras até suas naus, e navegam por esse mar a fora...Bom, pelo menos é isso que nos contam, mas, mal sabe eles que...Isso é ridículo. Sair de Ítaca? Quem seria maluco? haha até parece...

CAPÍTULO 1:UM SIMPLES MORDOMO

Então, vamos lá! Oi, meu nome é Páris, sou apenas um simples mordomo, servindo uma simples família. E quando eu digo simples família, eu quero dizer o rei e a rainha de Ítaca. Eles me acolheram quando eu era bebê. Só que, teve uma vez que uns cavalheiros reais comentaram que a 18 anos(A propósito, essa é minha idade =)) o rei e a rainha tinham seguestrado um bebê para cria-lo e usá-lo como um mordomo, depois, o rei acabou ouvindo eles conversando e disse para leva-los pra sala de execução. Eu não sei direito para que serve essa sala mas, deve ser um lugar bem divertido, porque todos que vão pra lá ficam soltando gritos de alegria, bom, pelo menos é o que me dizem. O estranho é que eu nunca mais vejo eles depois. 

E, bom haha, essa é a história de como minha vida perfeita como um mordomo de Ítaca, se tornou numa perigosa, triste e sombria...Odisséia.

—Vossa majestade, será que eu posso dar uma palavrinha com o senhor??

 disse com uma voz ofegante, um dos servos do rei.

—Diga-me Telêmaco, do que precisas

—Bem, é que a princesa Tétis ainda não acordou, e a cerimônia de nomeação do  seu novo escudeiro começa em 20 minutos!

—Ahh de novo não. Tudo bem Telêmaco, agradeço por ter me avisado. 

O rei então estufa seu peito e se prepara para um dar uma belo...

—PÁAAAAAAAAAARIS!!!

...grito.

E é aí que eu entro. Eu eu não contei para vocês mas, eu sou o ajudador real da princesa. Eu que ajudo ela a escolher seus vestidos de festas, lavo suas roupas, dou banho em seus animais de estimação e claro acordo ela todos os dias. Resumindo, eu sou bem útil para eles.

—Ah Páris, aí está você. Como tens sido útil para nós*Viu só?

Curvo-me diante do rei e digo com um  tom leve e doce:

—Do que necessitas majestade?

—Preciso que vá até minha filha,Tétis, e a desperte. Sua presença é crucial na sala de cerimônias.

—Deixe comigo majestade, vosso servo será ainda mais útil!!

—Assim espero. Agora vá!

—SIM SENHOR!!

A princesa Tétis, a mais formosa e encantadora donzela de toda Ítaca. Se eu não fosse seu servo, com certeza pediria a sua mão em casamento. Porém, mesmo com toda sua formosura e elegância, ela ainda tem problemas para acordar cedo. 

Ao cegar no quarto de Tétis, me deparo com a porta fechada, sem nenhum tipo de aviso, acabo entrando, e um silêncio ensurdecedor paira pelo ambiente.

Aproximo-me de sua cama e sussurro em seu ouvido.

—Princesa Tétis!! Princesa Tétis!! Seu príncipe chegou!!!

—O QUÊ???

Diz Tétis, após um belo espavento.

Como quem não quer nada, eu dou aquela ludibriada sinistra usando aquela palavra que as pessoas dizem quando não querem repetir o que disseram hehe

—Oi??

;)

—Páris!! Falou alguma coisa?

—Ahh nada não, eu só...Estava....Quer dizer, eu vim desperta-la. Vosso presença é aclamada na sala de cerimônias.

Tétis, surpresa com a notícia, murmura com suas mãos sobre os olhos:

—AH!!! Eu não acredito!! Esqueci-me da cerimônia de escolha de escudeiros.

—Sim, minha princesa. Contudo, não te aflijas...Seu verdadeiro e fiel escudeiro vai ajudá-la!

—Meu o quê??

—SEU TEMPO ESTÁ ACABANDO!É melhor irmos. O pessoal te esperas.

Ahh, princesa, como queria eu dizer a ti como me sinto. Tenho certeza que se soubesse não ficaria mais correndo atrás desses escudeiros. 

É, mais um dia maravilhoso no castelo Feace, estava tão encantado pela beleza da princesa que nem sequer cogitei, a possibilidade de...algo ruim acontecer.

•Cidade de tróia, praça principal.

Em meio a praça da cidade de troia, passeiam 2 comerciantes, um mais sujo que o outro, e com sigo carregam uma caixa.

—SOCORRO!!! POR FAVOR ME TIREM DAQUI!?? SOCORRO.

—Cala essa boca ninfa nojenta.

Grita um dos comerciantes bantendo com os pés no carvalho seco que compoê o objeto.

—Haha vamos ganhar um bolada com essa aqui, né não Aquiles?

—É isso aí Pátroclo!! Em breve seremos podres não só de aparência, mas de dinheiro também HAHA!! Espere e verá meu amigo HAHAHA...

Enquanto passavam por uma estrada, uma figura encapuzada se introduz na passagem e brada com sua alta voz:

—Com licença, onde os senhores estão indo?

No exato momento, os dois vagabund...Quer dizer, comerciantes param sua carroça, e é silenciado o trote de seus cavalos.

—Olha só que belezinha. Será que podemos ajudá-la donzela?

Fazendo uma pose, a figura se propõe a retrucar o comentário e diz:

—Só para vocês saberem, eu não sou uma donzela. E também, não estou interessada em vocês dois, apenas quero o que é meu por direito.

—O que é seu? Mas do que a senhora está falando?

Diz Patrócloco.

—Essa caixa que vocês carregam. Tem algo que me pertence aí dentro. 

Aquiles, um dos comerciantes, respira fundo e diz com palavras e gestos arrogantes:

—Ohhhh, entendi. A senhora está falando da caixa, não? Hahaha...Olha docinho, pode me pedir qualquer coisa, um beijo, dinheiro. Mas eu não gosto de mulheres se intrometendo nos meus negócios, entendeu? Então, porque você não dá meia volta antes que eu mude de ideia.

—Ah, eu acho que você não entendeu. Isso não foi um pedido.

—Uiuiuiuiui! Que medinho! A senhorita formozura tá boladinha. HAHAHA

—HAHAHAHA

—É por isso que eu odeio troianos...

—Já que vocês não querem cooperar, então acho que vou ter que tomar medidas mais agressivas.

Após isso, a desafiante arranca seu capuz, revelando sua verdadeira identidade. E com apenas um golpe...

—Vamos acabar com logo com isso...

•Monte fazão, norte de troia.

—Não precisva da sua ajuda.

—Mas claro que precisava, eu escutei você gritar socorro.

—Escuta só Atena, eu não sou mais uma criança, eu sei me defender de uns vagabundos. Aliás aquilo não foi um grito de socorro. Fazia parte da estratégia.

—Ah entendi. Hahaha 

—Olha só, cê que parar de me incomodar? Que saco!

—Penélope, eu entendo que você já é uma mocinha, com 19 anos e etc mas, você não acha que é melhor ir um pouco devagar? Tipo, aqueles tais "vagabundos" poderiam ter te matado. 

—É poderiam, mas não mataram. Atena, eu estou bem tá? Não preciso de supervisão 24h.

—Bom, foi só um conselho, da deusa da sabedoria sabe? ;)

—Dá um tempo.

—(risadinha) Você realmente é uma figura, vem vamos voltar para o Olímpo, antes que alguém me reconheça.

Penélope, aos berros, diz:

—CALMA...Antes de ir, será que você poderia, me ajudar com uma coisa?

Atena abre um grande sorriso.

—Ah, já estava na hora hahaha. O que você... 

Antes que possa terminar sua frase, Atena é interrompida por um ruído.

—Ahh vocês são tão adoráveis!!

Atena e Penélope, espantadas, se viram e seus olhos travam-se numa silhueta de um homem com vestes largas.

Atena fixa seus olhos no indivíduo, assim, identificando o portador de tal forma.

—O quê!!? Não é possível!!!

Com passos leves e Soltos, o homem se aproxima da luz revelando sua face. E com um tom sarcástico diz:

—Oh me desculpe, onde estão meus modos? Prazer, meu nome é...

—Agamenon...

Indaga Penélope, assustada.

—...É, muito espertinha você! 

—Agamenon!!?? O-o que você está fazendo aqui???

—Eu estou apenas de passagem não se preocupe, não vou machucar sua amiguinha, até porque você é muito melhor nisso do que eu.

—Impossível. Eu bani você para o tártaro...

—Ah você baniu? Me desculpe eu não sabia. Quer que eu volte, outra hora? hahaha

—Você realmente pensou que era o fim? Achou que iria se livrar de mim? DEPOIS DE TUDO, O QUE EU FIZ POR VOCÊ??

Agamenon poê a mão em seu bolso e retira uma pedra de uma cor  verde fluorescente.

—Ahh, tudo bem! Tudo bem. Sou um homem de palavra me lembro bem de dizer que não ira maxucar sua amiguinha...Mas, eu não me lembro de dizer o mesmo sobre você...

—PENÉLOPE, CORRE!!!!

Reconhecendo o artefato, Atena grita num último suspiro, e com ímpeto, retira sua lâmina dourada da bainha.

—Hahahha, o que é que foi agora? Aprendeu a demonstrar sentimentos? Vamos, não fuja, eu não mordo..

Agamenon caminha até Penélope, Atena então se poê em seu caminho, e diz:

—Deixe-a em paz Agamenon, esse luta é entre eu e você. 

—Não existe mais "eu e você". Não mais. O seu pecado Atena, foi não ter acertado meu coração.

Agamenon quebra em, seu punho, o artefato que possuí , e então é tomado por seu ódio. Numa tentativa de golpea-lo, Atena direciona a espada em sua direção, porém, sua tentativa não gera efeito, e acaba por ser subjulgada pelo forte e estufado punho de Agamenon.

—Atena!! NÃO!!!! NÃAAAAO!!!!

—Não se preocupe, seu sofrimento não será eterno, sua sabedoria, estará em boas mãos......

—Sua morte não será em vão.

Agamenon crava sua adaga envenenada no coração de Atena, sugando assim 2/3 de seus poderes. 

—ATENAAAAAAAA!!!

Penélope em uma tentativa deseperada, desenbanha sua espada e avança, agamenon, vira-se, estufa seu peito e sopra, prendendo Penélope num turbilhão. Reconhecendo o fracasso, Penélope lança-se em direção a Atena, e suga 1/3 de seus poderes restantes, reduzindo-a a uma mortal. 

Possesso com o atrevimento de Penélope, Agamenon Lança a pobre ninfa aos ventos. 

•Castelo real, Ítaca

Enquanto isso, o castelo se prepara para receber uma festa que será realizada a chegada do por do sol. junto a princesa, tranco-me em um quarto para organizar as vestimentas reais de Tétis. Enquanto o rei Ulisses se encontra no salão real com sua esposa.

—Ulisses meu rei.

—Diga-me Helena, minha esposa.

—Precisamos de mais suprimentos para o evento de hoje a noite.

—Não te preocupes minha rainha, enviarei um de nossos servos ao nosso armazén para trazer quantos suprimentos desejar.

—PÁAAAAAAARIS.

Bom, fazer o que né...

Enquanto ajudava Helena, ouço uma voz alta e forte, após, dirigo-me as preças a presença do rei e curvo-me, perante sua presença.

—Meu querido Páris! Tenho uma missão para vós.

—Sim meu rei.

—Vá até o armazén real, e traga suprimentos reais, para a festa real.

—Deixe comigo meu rei. Trarei quantos suprimentos desejar.

Dirigo me ao armazén, que inconvenientemente está situado do outro lado de Ítaca. Sem necessidade.

 A chegada do por do sol, todos os convidados se apresentam ao local do evento, a princesa e seu escudeiro sentam-se juntos e conversam entre si graciosamente, coisa que nunca fizemos juntos.

Enquanto a festa se inicia, eu estava chegando ao armazén, o sol não estava muito forte então minha visão acabou por ser comprometida pela escuridão. Chegando ao local, deparo-me com uma tranca, um portão, um idiota que esqueceu a chave do portão, e um caminho longo a prosseguir. 

Para apassiguar meu desepero, um turbilhão surge por entre as árvores e causa um buraco nos portões do armazén. Quando entro vejo deitada no chão, duas pessoas. Pasmo e assustado pelo que aconteceu, demorou um tempo até que eu assimilasse a situação, mas logo me vem a cabeça a ideia de leva-las para serem tratadas no Palácio real. Após leva-las ao carrinho, sem perceber acabo derrubando uma barra de ferro, espantando os corséis que ,num grande fuzuê, correm como os guerreiros da derrotada troia, quando virão a chegada de Aquiles.

Aturdido pela longa viajem, não tenho forças para correr atrás deles. Ao virar-me, vejo então um cadáver de uma velha senhora no chão do armazén. Confuso arrasto-o para fora com o intuito de leva-lo para ser tratado. Passando pelo local, curioso e assustado pelo tumulto, surge um velho coveiro, que no mesmo instante, se assustou com o que viu. Atormentado pela visão, o velho coveiro grita por ajuda. E então, dois guardas reais aparecem. Assustado com a situação, tento dissuadi-los a não me prenderem, porém, a esse ponto, um homem com um cadáver em seus pés, não tem cara de ser inocente.

—Você!! Você é o mordomo do castelo real...!!

—...Como podê...!!?

Fim capítulo 1