La Lumière Au Bout Du Tunnel escrita por Mercenária


Capítulo 19
Capítulo 19 - Tentação!


Notas iniciais do capítulo

>.< Casinha da verrrgonhaaaa...
Desculpe-me, eu nem percebi que a fic ja tinha sumido o aviso de "atualizada" ¬¬



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19 – Tentação!

À noite, dois dias depois...

PDV ANNIE

A noite não estava tao fria assim. Estava estranhamente quente. Havia acabado de terminar o banho e sai do banheiro. Nessas duas noites depois de eu descobrir tudo, estou com a sensação de estar sendo observada. Mas deve ser neura da minha cabeça!

Eu estava apenas de toalha e podia sentir algumas gotículas de água escorrem pelas minhas pernas, braços e colo. Alguns fios do meu coque haviam molhado e estavam grudados no pescoço.

Eu teria que comprar um roupão. Essa toalha era curta demais. Estava acima da metade de minhas coxas. No quarto, andei ate a cama e olhei minha roupa. Na verdade, meu curto pijama. Eu não tinha culpa, estava calor!

-Annie... – a voz veio de trás de mim. Virei-me sobressaltada e sem querer a toalha que eu segurava, caiu aos meus pés.

Belo momento para travar completamente!

-Luke, o que...? – gaguejei coisas que nem eu entendi. Eu só sabia que logo ficaria um pouco mais magra, afinal, Luke estava me secando na cara dura!

-Fascinante... – murmurou com os olhos vidrados em meu corpo. Meu rosto estava quente e eu estava sem respirar. Ele piscou os olhos, saindo do transe e me olhou no olho. – Desculpe... – e se virou de costa.

Soltei um som aliviado e abaixei-me rapidamente para pegar a toalha. Pigarreei. Ele inclinou a cabeça para o lado, acho que era um sinal de que estava ouvindo.

-Vou me vestir no banheiro, fica a vontade! – falei ainda com o rosto pegando fogo. Luke deu um breve assentimento. Peguei meu pijama e corri para o banheiro.

Tranquei a porta e me encostei nela!

Meu coração batia loucamente no peito. Respiração rápida. “Foi apenas o susto que ele me deu e não sua presença que causou isso...” Eu tentei me convencer. Na verdade eu nem estava mais... mais... chocada com o que ele é. Na verdade, eu nem sei por que eu fiquei daquele jeito.

No modo automático, vesti a roupa intima e em seguida o pijama. Grande porcaria! O short do pijama era mais curto que a toalha. A blusinha era uma regata de alças finas. Pelo menos eu tive a sorte dele ser preto, porque se fosse branco... Estremeci.

Após destrancá-la, abri a porta lentamente. Ele estava olhando pela janela e parecia distraído. Mas acho que eu não precisava chamar a atenção dele. Afinal, ele pode me ouvir, certo?

Ele me fitou e por um minuto, eu vi a cobiça e a luxuria tomarem conta de seu olhar. Mas ele olhou pela janela de novo. Luke me olhava de um jeito que me fazia sentir nua. Era como se ele olhasse a minha alma. Sentei-me quase no centro da cama, com as pernas cruzadas no estilo borboleta.

-Como passou por Hannah? – perguntei com a testa franzida. Luke me fitou com cuidado, como se eu estivesse pelada ali e ele não quisesse ver. Suspirou e se sentou na ponta da cama, quase ao meu lado.

-Ela esta dormindo. – respondeu dando de ombros. Minha irmã é uma sedentária mesmo, não sai da frente daquela TV por nada. Bom, pelo menos ela não fica me perturbando... tanto.

-Hmmm... – resmunguei. – E o que veio fazer aqui? – perguntei na lata.

-Eu... – refletiu por alguns instantes. Esperei ansiosamente. – Eu precisava falar com você! – declarou olhando para as suas mãos cruzadas sobre o colo.

-E então... o que queria falar? – perguntei um pouco hesitante.

-Eu... – bom, seu tom era tímido, como se estivesse com vergonha. – Eu esqueci após vê-la... – engoliu seco e fitou a janela de novo. Não podia negar que ficava com vergonha também, mas...

Era engraçado. Dei uma risadinha nervosa ao sentir o rosto esquentar. Eu realmente não sabia o que dizer. Tinha medo de dizer algo ainda mais constrangedor. E isso não era legal! Ele se sentou corretamente na cama, ficando realmente ao meu lado, enquanto eu mudava de posição. Estiquei as pernas e me recostei nos travesseiros.

-Eu realmente não me lembro do que vim fazer... – falou um pouco tenso. Eu o fitava com a testa franzida. Ele virou o rosto e seus olhos faiscaram nos meus. – Na verdade... – sussurou e um sorrisinho perversamente malicioso nasceu em seus lábios. – Eu não tinha nenhum motivo para vim aqui...

-E então porque veio? – sussurei de volta sustentando seu olhar penetrante.

-Porque eu queria vê-la!

Eu não sei bem o que aconteceu, mas o calor aumentou e fez meu corpo transpirar. O espaço era opressor, como se as paredes estivessem se fechando em volta de nós. De repente, a cama pareceu grande demais para mim sozinha. E eu desejei alguém para ocupá-la comigo!

Ate então, eu não havia percebido que tinha me inclinado em sua direção. Na verdade, eu quase não me mexi, foi mais Luke que se aproximou de mim. Porque ele estava tao relutante em avançar? Não tinha nada escrito em meus olhos? Expressão? Ou ate mesmo meu corpo estaria dando sinais para ele...

Agora ele estava perto.

Tao perto que sua respiração quente batia contra meu rosto e me fazia ansiar por algo a mais. O calor se aproximou de minha boca. Enquanto ele não tocasse em mim, eu não iria tocá-lo. Não sei por que, mas queria que ele fizesse primeiro. Ele levantou a mão esquerda e a colocou rente ao meu rosto e...

TOC-TOC-TOC

-Aninha? Aninha, acorda... – minha irmã gritou do outro lado da porta. O som de suas pancadas na porta me fez saltar de susto e ele se afastou de mim. Praguejei mentalmente e levantei-me da cama. – ANINHA, ACORDE!

-O que é? – reclamei ao abrir apenas um pouco da porta. Ela sorriu inocentemente.

-Preciso de 20 euros... – falou. – Pedi pizza, quer?

-Não, estou sem fome... espere ai! – alertei-a. Ela assentiu. No criado mudo, peguei o valor que ela pediu. Evitei olhar para o outro lado do quarto. – Aqui esta... – entreguei a ela.

-Obrigada! – sorriu e saiu rebolando aquela bunda magra. Suspirei e fechei a porta, me virei.

-Oh... – ele estava tao perto. Encurralando-me contra a porta. Eu não podia negar, Luke mexia com todos os meus sentidos. Mexia tanto que eu ficava atordoada. Ele foi se aproximando, se aproximando e... me deu um beijo demorado na testa.

Não era o que eu esperava, mas fez o mesmo efeito. Meu coração quase sai da caixa torácica. Minha respiração... estava como se eu tivesse subido 20 lances de escada correndo. E minha pele estava levemente arrepiada, como estática.

-Boa noite! – disse ainda com o rosto perto de mim. Coloquei a mão onde deveria ser seu coração. E como se sua sanidade estivesse ido embora, Luke segurou minha nuca e entrelaçou seus dedos nas raízes dos meus cabelos presos. Era agora! Eu amoleci como se fosse uma boneca de trapos, ficando com os olhos semi abertos e os lábios separados.

E então... eu estava sozinha no meu quarto. “Oh droga, vou ter que tomar outro banho. Mas dessa vez, um que seja bem gelado!

PDV RICHARD

Eu estava morrendo de preocupação. Tipo, eu não via mais Emy. E eu queria vê-la, ou pelo menos, falar com ela. Murphy concordou em me dar licença de duas semanas. Eu teria que cuidar da minha mãe, que não estava bem emocionalmente.

Nem eu estava!

Ela estava sentada no sofá, assistindo TV. Sentei-me ao seu lado, colocando seus pés no meu colo. Minha mãe estava vestida uma bata preta, (que parecia um vestido) e uma legging bege por baixo. Suspirei tentando prestar atenção no programa.

-É a Oprah. – mamãe disse cruzando os braços. – Ela faz pergunta aos famosos... perguntas que todos querem fazer. – explicou sem emoção.

-Hmmm... – não soube o que dizer. – Sabe mãe, faz um tempo que eu não vejo Emy...

-Vá vê-la! – disse quando eu mal fechei a boca.

-Tem o irmão dela... ele não gosta de mim! – falei cabisbaixo. Minha mãe se sentou corretamente, ficando ao meu lado e abraçando meus ombros.

-Então ligue... – sugeriu com um sorriso doce. O sorriso que ela sempre dá quando quer dizer que sempre me apoiará. – Se ele atender, desligue... mas creio eu, que você tem o celular dela, não é?

-Sim... mas meu celular esta descarregado e eu não lembro o numero dela de cor. – meu rosto ficou quente. Ela riu jogando a cabeça para trás.

-Que lastima hein meu filho? – criticou-me num tom zombeteiro. – E esta esperando o que para ligar para ela? A terceira guerra mundial!?

Eu não podia mentir. Adorava a ironia que minha mãe usava para me fazer as coisas mais rápidas. Eu costumava pensar que era apenas o empurrãozinho que toda mãe dá para seu filho. Mas às vezes, tenho dificuldade em saber: quem é a mãe e quem é o filho da relação.

Suspirei e peguei o telefone de casa. O fiquei encarando por alguns minutos e voltei o olhar para minha mãe, que me olhava com a sobrancelha arqueada. Ela me deu um tapa na nuca e sussurou um “liga logo!”. Bom, eu não costumo desobedecer ela.

Chamou uma vez... duas vezes... três vezes... e atenderam!

-Alo!?

PDV SANDY

Enterrei meus dentes no pescoço de um qualquer em um beco escuro. Eu estava furiosa! Quer dizer, eu estava frustrada... e isso me deixava furiosa!

Em instantes, aquilo estava seco e sem nenhuma serventia. O arremessei a dez metros de distancia. Meu pessoal me olhou curiosamente. Também pudera: porque eu estava andando de um lado para o outro!?

Bufava parecendo um touro selvagem. Lambi os beiços, retirando o excesso de sangue deles. Ajeitei os cabelos com a mão e sai andando o mais sedutoramente possível. No começo do beco, passava pessoas. Eu precisava descontar minha ira em alguém!

-Ei... – chamei a atenção de uma garota. Ela não passava dos 17 anos. Os cabelos vermelhos eram curtos no estilo Cleópatra. Os olhos verdes eram desconfiados ao me fitar. Sorri. – Venha para mim, criança... – eu sentia o poder emanar em ondas fortes de mim.

Eu esperei-a pacientemente enquanto ela andava como se estivesse numa passarela. Ela era tao branca, quase translúcida. Magra, não tanto como as modelos. A blusa verde escura deixava seu ombro à mostra, calça escura colada com um cinto de rebite. Nos pés, saltos vermelhos. “Muito estilosa...”

-Não tenha medo... – sussurei para ela, que estava parada a minha frente com os olhos vidrados. – Vou ti dar um novo mundo. – passei as mãos carinhosamente por seus cabelos.

-Érrr... tem certeza Sandy? Sabe o quão descontrolados ficam os que são transformados... pelo menos, durante o primeiro dia! – ouvi a voz atrás de mim. – Se tiver força de vontade, consegue controlar... mas se não tiver, se transforma num...

-Calado Hurley, não pedi tua opinião! – ralhei ríspida. A olhei. – Vai doer só um pouquinho, menina...

Sorri amigavelmente.

Tombei sua cabeça para o lado e me aproximei de sua jugular. É sempre assim, o veneno fica preso nos dentes e você escolhe se quer liberá-lo ou não. Eu podia sentir seu gosto amargamente acido em minha língua. Cravei meus dentes em seu pescoço, rompendo facilmente a pele.

-Aaahhhh... – o grito ficou sufocado na garganta enquanto ela tentava se debater. Eu faria acabar rápido.

Suguei um pouco de seu sangue. “Hmmmmm... delicioso!” Destilei meu veneno, infestando completamente seu sistema. Ela se debateu por mais três segundos e ficou inconsciente. Afastei meu rosto de seu pescoço e sustentei seu corpo inerte.

-Chris, cuide dela enquanto dorme... – falei. O homem levemente bronzeado a pegou nos braços com um pequeno sorriso. – E Lisa, fique de olho nele! Não quero que faça besteira...

A mulher de grandes madeixas loiras assentiu seria. Ela era parceira de Christopher. Por isso pedi para ela ficar de olho. Mas eu ainda estava com raiva. Com a costa da mão, limpei a boca.

-Maldito americano... – praguejei mais pra mim do que para eles.

-O que vamos fazer? – alguém perguntou.

-Voltem para a mansão... – ordenei autoritária. – Eu vou resolver uma coisa... não sou de deixar trabalhos inacabados!

Com passos suaves, eu segui o cheiro daquele maldito. Parecia estar na cidade inteira, mas eu sabia onde encontrá-lo. Na velocidade inumana, eu estava na porta do prédio onde aquele desgraçado mora!

FIM DO CAPITULO


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Notas finais do capítulo

Eu realmente fiquei orgulhosa de mim com esse ponto de vista da Sandy. Gente, foi a 1ª vez que narrei algo realmente vampiresco! *-* HSUAHSUHSUASHUSHASUAHSU
:) Booooom... eu acho que voces vao ficar curiosas!

bj ate o proximo
=*



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