La Lumière Au Bout Du Tunnel escrita por Mercenária


Capítulo 16
Capítulo 16 - O retorno do passado! Parte I


Notas iniciais do capítulo

Atenção: esse capitulo pertence ao Luke...



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16 – O retorno do passado! Parte I

 

PDV LUKE

 

-Só pra constar, eu estou ouvindo... – disse voltando a olhar para frente. Engoli seco. “O que eu havia feito?!”

 

Respirei fundo e mergulhei nas lembranças. Eu tinha dois jeitos de contar para ela: falando ou mostrando. Mas acho que se eu mostrar, minha situação vai piorar, então melhor eu falar.

 

-Minha família era poderosa...

 

Flashback

 

E eu era rebelde! A regressão era tao intensa que eu podia sentir o cheiro da grama do meu lugar favorito. Longe da fazenda e da família real do México. Eu adorava cavalgar no Ventania.

 

-Luke! Luke! – alguém me gritou ao longe. Eu estava penteando Ventania debaixo de uma arvore, para evitar ficar debaixo do sol escaldante. Olhei na direção da voz e sorri. Lilith!

 

Parei o que estava fazendo e esperei ela chegar perto de mim. Bom, não dá para ser rebelde vestido adequadamente, né? Por isso eu usava apenas uma calça de linho com os suspensórios abaixados. Sem camisa.

 

-Luke! – ela pulou em meus braços. A girei no ar e a pus no chão novamente. Seu sorriso era encantador. Porque minha mãe não via a beleza de Lilith? Simples: Lilith não era da “realeza”, por esse motivo, ela sempre a chamava de: Lilith, a plebéia!

 

-Lilith... – a felicidade era tao grande. – Estava ti esperando, mi amor! – falei radiante. Montei em Ventania e a puxei para cima, que com graciosidade e pratica, se sentou de lado atrás de mim. Passou os braços por minha cintura.

 

-Para onde vamos?

 

Flashback

 

Engoli a saliva com dificuldade.

 

-Conte mais... – pediu sussurrante. Fiz uma expressão de dor. Era torturante lembrar. Era desgastante contar... Mas eu mergulharia em acido, só para agradá-la!

 

-Claro.

 

Flashback

 

-Oh meu filho, isso são trajes? Vista-se corretamente, não é elegante ficar seminu na frente de damas... – minha mãe disse se abanando com aquele leque irritante. Assenti e fui para o meu quarto.

 

Entrei na banheira e tomei um banho. Eu estava suado, caso contrario não tiraria o cheiro de Lilith de mim. Suspirei. Sai da grande banheira e sequei-me. Vesti a ceroula, calça de linho, camisa de linho, os suspensórios, o colete, o paletó e o sapato adequado. Aquilo tudo era muito quente!

 

Retornei a sala.

 

-Lo sentimos madre... – falei com as mãos para trás. – Não me educaste dessa forma e...

 

-Sim, sim, sim... esta tudo perfeitamente bem! – mamãe gabou-se. Estreitei os olhos. Ela deveras ter aprontado algo, com toda a absoluta certeza. – Meu filho, Luke, cumprimente... Samantha e sua Irma mais nova, Fleur.

 

-Tens um formoso nome, Fleur! – falei e os olhos da garotinha brilharam.

 

Aproximei-me das duas e beijei a mão de cada uma. Sentei-me ereto numa poltrona, olhando todas na sala atentamente. O que diabos uma donzela esta fazendo na sala de casa?

 

-Meu filho, sabestes que Samantha és filha do segundo maior fazendeiro daqui? – perguntou cheia de requinte. Eu quis mandar tudo para o inferno.

 

-É minha mãe, papai me disse de fato. – falei educadamente. A roupa estava começando a me incomodar.

 

 -Viemos direto dos Estados Unidos... – disse Samantha me olhando com devoção. Oh merda! ¬¬ - Papai disse que deveríamos sair de lá, outros países querem tomar as terras e pode haver uma guerra. Mas ele não acredita nisso... – deu de ombros. Para uma mulher, ela entendia de posses.

 

Eu já havia entendido tudo. Minha mãe estava planejando meu casório sem mesmo me avisar. Olhei direto nos olhos de minha mãe.

 

-Sabe, ouvi rumores de uma guerra civil, e pensei... – fiz uma pausa forçada. Samantha estava com uma xícara na mão, a levou ate a boca. – E eu pensei em me tornar militar!

 

Aquilo havia sido maldade, mas eu só a observava de soslaio. Meu alvo era Katherina, minha mãe. Pelo canto do olho eu a vi arregalar os olhos, mas controlou sua expressão e voltou sua atenção para a xícara. Entretanto quem eu queria atingir, não se moveu um milímetro!

 

-Não sejais tolo, meu filho. És filho único, não podeis ir a guerra... – disse com superioridade.

 

-Deveria me avisar antecipadamente quando planejas algo para minha pessoa, madre. – acusei com elegância. – E lembre-me madre, de ter dois filhos!

 

-Filhos? Mas e se for...

 

-Na verdade, não me importo muito se for homem ou mulher, vai sofrer na realeza do mesmo jeito, mas eu quero dois! – cortei-a deixando as visitas constrangidas. Se duvidasse, saíra ate faísca dos olhares trocados entre eu e minha adorável mãe. Ouvimos um delicado pigarro e foi o bastante para nos distrair.

 

-Veja como ficas tarde... devemos nos apressar, Fleur, papai não vai gostar nada de estarmos fora ate tarde. – Samantha disse. E se dirigiu a minha mãe. – Obrigada pelo chá senhora Johnson!

 

-Esta cedo ainda, menina... fique mais um pouco! – mamãe pediu. As três se levantaram. E eu também, automaticamente.

 

-Esta tarde...

 

-Volte mais vezes, hum? – deixou o convite em aberto. – Luke, porque não age como um cavalheiro nato que é, e acompanhe Samantha e Fleur ate a carruagem? – ela me pegou de guarda baixa. Não dava para falar: “não to afim!”

 

-Claro, minha mãe... Acompanhe-me, Srta. Miller. – pedi oferecendo meu braço a ela. Samantha o aceitou de bom grado e radiante. Fleur disparou em nossa frente.

 

Andamos lentamente ate a porta da frente. Descemos as escadas devagar por causa do longo vestido dela. A carruagem já a esperava, assim como Fleur, que já estava lá dentro.

 

-Ate mais Srta Miller... – falei num tom respeitoso. Ofereci minha mão para ajudá-la a subir em seu transporte. Evitei seus olhos verdes.

 

-Ate nos ver, Sr. Johnson! – exclamou.

 

Flashback

 

-Então essa era sua noiva? – perguntou curiosa. A olhei.

 

-Não... minha mãe queria que fosse, mas eu amava outra, não ela! – falei tentando não parecer rude.

 

-Porque disse que matou sua noiva? – perguntou.

 

-Porque foi isso que eu fiz... – sussurei abaixando a cabeça.

 

-Como foi?

 

A sensação da lembrança era como uma estaca sendo cravada no peito. Mas se ela queria saber, ela iria ficar sabendo!

 

Flashback

 

-Somos um inteiro, se lembra? - Lilith me perguntou, deitada sobre meu peito.

-Claro... nunca iria me esquecer disso! - falei alisando seus cabelos loiros cor de mel.

-Mas... e se eu morrer? - rebateu a pergunta calma como sempre. Assustei-me.

-O que quer dizer? - falei com medo.

-Sinto meu fim próximo... só isso! - como ela pode dizer tão naturalmente sobre sua morte?

-Meu amor, não digas isso, eu lhe imploro! - pedi com a voz agoniada.

-Todos vamos mor... - mas ela foi interrompida. Pessoas invadiram nosso espaço, foi tudo muito rápido... Não me lembro de ver os rostos...

[...]

Meu corpo inteiro doía, cada milímetro dele. Uma ardência por dentro... Como se eu tivesse bebido acido puro! Minha cabeça parecia que ia explodir... E a sede? Ah maldita sede... Senti cheiro de sangue...

Olhei ao redor e vi Lilith, com machucados espalhados pelo corpo inteiro. Inconsciente! Ao pensar em me aproximar, eu já estava ao seu lado. Como pude ser tão rápido? A sede aumentou, tomando conta de todo o meu ser... Não me controlei!

-Luke? - chamou-me com a voz de soprano rouca. - Luke?! - eu alisava seu pescoço, que agora parecia tao exposto e ao mesmo tempo, tao frágil! - Luke?? - minha visão ficou vermelha e eu a mordi.-LUKE, NÃO, NÃO POR FAVOR! LUKE, NÃO, PARE LUKE...

Ela se debatia em meus braços...

[...]

Depois disso, só me lembro de tê-la desacordada, deitada sobre minhas pernas. Eu chorava feito uma criança arrependida. Era isso o que eu estava sentindo: arrependimento! O que eu fiz? Olhei para o seu rosto e o peso da culpa eu levaria pro resto de minha "vida": eu matei Lilith!

 

Flashback

 

Ficamos em silencio. Eu a deixei absorver todas as informações. Era demais para ela e eu entendia isso. Eu quis lhe abraçar, lhe confortar, dizer que tudo ia ficar bem. Mas eu tinha receio de tornar esse momento mais tenebroso para Annie.

 

O tempo passava.

 

Uma brisa suave nos tocou e trouxe consigo o cheiro das tulipas. Eu estava louco para dar uma olhadinha na mente dela, mas eu tinha que respeitá-la. Eu tinha se eu não quisesse que ela fosse embora para longe de mim.

 

-Tulipas... a casa de meus pais tem exatamente esse cheiro... – murmurou tristemente.

 

-Quer ir embora? – perguntei docemente.

 

-Não quero enfrentar Hannah nesse momento... – falou e em seguida, fungou. Meu lado protetor estava gritando para eu ajudá-la.

 

-Não tem que enfrentar ela...

 

-Tudo bem, me leve para um lugar que eu não tenha que vê-la! – disse. Levantei-me do banco e estendi a mão para ela. Annie a olhou bem e se levantou sozinha. Assenti e recuei a mão. Agora, eu teria que reconquistá-la. Ou mostrar que eu sou de confiança!

 

 FIM DO CAPITULO

 

N/a: Fotos só pra voce terem noção da epoca é tals...

LILITH:

VESTIDO DA LILITH:

 

SAMANTHA:

VESTIDO DA SAMANTHA:

e eu não achei uma foto para Fleur... ¬¬ sorry!


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todas que estao comentando... obrigada!



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