Mais um dia comum se passava em Tomoeda. Sakura agora com 18 anos, iniciava seu primeiro ano na Faculdade de Tomoeda, tinha optado pelo curso de Enfermagem e trabalhava meio período em uma lanchonete perto de sua casa.
Touya agora já não morava com eles e sim com Yukito, os dois finalmente haviam assumido seu amor.
Com os eventos mágicos tendo sumido quase completamente, Yue já não aparecia com frequência. Mas Kero continuava em sua casa, se esbaldando em qualquer doce que aparecia em sua frente.
Tomoyo agora estudava moda, era uma das poucas pessoas com a qual Sakura ainda mantinha contato da escola, além de Rika, por conta de sua rotina agitada.

— KEROOOOO! - Gritava a maga, claramente irritada - Você não deixou nada do almoço que fiz?
— S-Sakura eu... eu posso explicar - Disse o guardião assustado - É que estava tudo tão bom e quando eu olhei... Hehehe já tinha
acabado.
— Tudo bem, Kero... Mas é uma pena, porque agora você vai ficar sem a sobremesa maravilhosa que tinha trazido pra você, disse balançando o saco de guloisemas.
— AH SAKURA, POR FAVOR ISSO NÃO! - Suplicou ele.
— Está de castigo Kerberus. E bateu a porta enquanto descia para fazer seu almoço.

A garota suspirou enquanto cozinhava "Pena que papai está tendo que ficar fora esse mês. Touya mal aparece em casa... Acho que poderia ligar para Tomoyo, faz tempo que não podemos realmente conversar".

Enquanto isso, em Hong Kong...

Syaoran alternava entre seus treinos e a faculdade. Como iria assumir o comando como herdeiro dos Li, decidiu optar por fazer um
curso de administração e gestão empresarial, junto com Meiling, que agora estava noiva.
Jin era um rapaz sério e calmo, sendo o equilíbrio perfeito para a irritada e impulsiva jovem Li e aparentemente a fazia feliz.

Hoje seus pais pediram para que tirasse o dia de folga, pois queriam ter uma reunião com ele. O rapaz suspirou pesadamente antes de entrar na sala, sabia que tendo suas irmãs ali a reunião seria definitivamente longa e exaustiva.

— Syaoran, que bom que se juntou a nós. - Exclamou sua mãe, que normalmente era séria e rígida e hoje estava estranhamente
acolhedora... Pro jovem lobo, isso não era um bom presságio.
— Olá, mãe. Então, o que vamos discutir hoje com tanta urgência? - Indagou.
—  Não vamos nos precipitar, que tal um chá? - Ela disse com tanta gentileza que quase o convenceu. Mas o que o rapaz estava
estranhando era suas irmãs sempre tão falantes, estarem com um semblante tão triste e quietas.
— Mãe... Não minta pra mim. O que está havendo?
Colocando então sua xícara de chá calmamente na mesa, ela iniciou sua fala.
— Você sabe Syaoran, que logo irá assumir o controle das empresas Li. Porém, os acionistas temem que você seja um jovem desajuizado, que não se importará com o nosso negócio e só quer gastar o dinheiro com bebidas e festas.
— Mas eu estou na faculdade exatamente pra levar isso a sério! - Disse irritadamente.
— Eu sei, mas eles são de uma geração mais antiga... Então o termo que concordamos foi que... Você teria que se casar. Em no máximo seis meses.
— O QUE? E QUAL É O SENTIDO DISSO?
— Não grite Syaoran Li. Eles acreditam que casado você vai estar menos disposto a fazer besteiras e se sentir mais responsável.
—  Eu não irei me casar, mãe. Como em seis meses vou conhecer alguém? Como eles podem medir minha responsabilidade com um casamento?
— São os termos. Ou você se casa, ou vamos ter que acabar vendendo a empresa, você sabe que seu pai não anda nas melhores condições de saúde e ele que detém a maior parte desses homens. Filho, pense nisso. Você pode até escolher com quem vai se casar, fazendo uma rigorosa seleção, é claro.
— Certo - O rapaz com um suspiro resignado abaixou a cabeça e pediu licença.

"Então é assim que vai ser? Me casar com alguém que não amo... Pelos negócios. Destruindo qualquer possibilidade de ficar com ela novamente" Pensando na jovem flor de cerejeira que havia deixado no Japão.