Out On The Town escrita por Mavelle


Capítulo 4
Capítulo 4 - Klaus


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Voltei com mais um capítulo rsrs digam o que estão achando nos comentários!
Espero que gostem.
Beijos,
Mavelle



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13 de junho de 2005

Antes do almoço, fizemos uma parada no cemitério para que Caroline fosse deixar flores no túmulo de sua mãe, e eu me afastei um pouco para dar a ela um pouco de privacidade. Às vezes, ela conversava com a mãe e esse parecia ser o caso hoje, então preferi me afastar um pouco e deixar ela ter seu tempo com ela. Depois de uns 20 minutos, saímos para almoçar e ela aproveitou para ligar para Elena e Bonnie, combinando de se encontrar. Combinamos que ela iria ver as amigas enquanto eu ia para o trabalho e que passaria lá para buscá-la quando o expediente acabasse.

Depois de almoçarmos, fui deixar Caroline na casa de Elena e meu telefone começou a tocar antes mesmo que eu saísse da rua. Era Hayley.

— Klaus, eu acho melhor você vir na empresa agora e com uma boa explicação.

— O que diabos está acontecendo, Hayley?

— Mikael tá puto com você. Qualquer coisa sobre Camille ter reclamado de uma garota que estava na sua casa, vestindo só a sua camisa. Isso quer dizer alguma coisa pra você?

Nessa hora, me dei conta de que Camille com certeza teria contado ao tio, que não devia estar nenhum pouco feliz. Aí ele contou para o meu pai, o que me traz um problema enorme. Eu não tinha prometido nada para ele e ele sabia muito bem que eu não gostaria de Camille de jeito nenhum.

— Okay. - respirei fundo umas três vezes, se não mais. Estava tão fudido. - Mande me esperarem. Estou indo.

— Ótimo. Ah, e Klaus.

— Oi.

— Se prepare. A situação está bem ruim pro seu lado. 

— Ok.

Segui na direção da Mikaelson's Company, pensando no que teria que fazer. Não poderia suportar a ideia de ter que ficar com Camille. Não era algo que eu quisesse, nem que iria fazer, muito menos agora, que Care está de volta. Logo que entrei no corredor da sala de reuniões, encontrei o que muitos chamariam de feira, mas que eu chamo de almoço de domingo (ou café da tarde da segunda, nesse caso, tanto faz). Meu pai estava gritando com todos os meus irmãos ao mesmo tempo, enquanto Hayley estava do lado de fora da sala, checando o telefone e fingindo ignorar o que estava acontecendo na sala, enquanto era óbvio que ela estava escutando. Isso era um excelente sinal de que tudo estava dando merda. Lindo.

Entrei na sala o mais discretamente que pude e tentei fazer com que ninguém percebesse que eu estava lá, o que funcionou por uns 3 segundos, até que alguém jogou um copo na direção geral em que eu estava. Instintivamente, afastei um pouco para o lado e olhei para a minha família, sorrindo. As únicas pessoas que não estavam eram minha mãe e Rebekah, que nunca quis ter nada a ver com a empresa, além de ainda ser muito nova.

— O que eu perdi? - perguntei, cínico.

— Niklaus Mikaelson! - meu pai gritava, apontando um dedo para mim. – Você não sabe não fazer merda?

— Não tenho certeza, pai. Você me ensinou a fazer algo direito? - repliquei.

Ele avançou contra mim, praticamente me jogando contra a parede.

— Garoto, quando você vai aprender a não estragar os meus planos?

— O que eu fiz de errado dessa vez? - falei, me fazendo de inocente. Eu sabia muito bem o que tinha feito de "errado", mas não era errado para mim.

— O que você fez de errado? - ele estava puto. - Pelo amor de Deus, Niklaus. Você deixou a porra da Camille ver uma outra garota na sua casa. E você ainda vem me perguntar o que fez de errado?

— Não era outra garota qualquer. Era a Caroline.

— Anda vendo fantasmas, Nik? - Kol zombou. E o que ele estava fazendo aqui? 

— Ah, claro. Camille, Marcel, os funcionários do cartório, da polícia e quase metade da cidade também. Dizem que faz bem para a mente, sabia? Algo sobre aumentar o nível de esclarecimento espiritual. Talvez você também devesse começar a ver. - respondi, sarcástico. 

Kol só me encarou por alguns momentos.

— Olha, Nik, eu acho que você deve estar mesmo muito bêbado, quer um cafezinho?

— Parem, vocês dois. - Mikael interviu. - Nunca encontraram o corpo, quem garante que não está viva? - sorri e balancei a cabeça, concordando com meu pai, provavelmente pela primeira vez na vida. - Mesmo assim, isso não está certo, Niklaus. Você se comprometeu com a Camille. Não vá jogar tudo fora por causa de uma garota que pode ou não ser a sua ex-namorada pobre e possivelmente morta.

— Não fale assim da Caroline. - ameacei-o. - Nunca. Me entendeu?

— Relaxe, filho. Não vou nem tocar no assunto da Caroline novamente.

— Obrigado.

— Com uma condição. - ele completou. - Você vai casar com Camille daqui a três meses, querendo você ou não. - Engoli em seco. Puta que pariu, ele não podia me forçar a fazer isso. - E mais: se tentar escapar disso... - ele olhou bem dentro dos meus olhos, num sinal de desafio - bem, sua namoradinha fantasma vai sofrer as consequências, de uma maneira que você não vai gostar nem um pouco. Estamos entendidos?

— Sim. - respondi, minha voz se sobressaindo no meio do silêncio que se instalou na sala. Mikael sorria, contente com sua aparente vitória. - Eu entendi, Mikael. Não quer dizer que eu vá fazer isso. Muito menos que vá aceitar qualquer coisa que tente me impor. - completei, saindo da sala.

Puta que pariu. O que diabos eu vou fazer? Não tenho muita certeza do que eu sou capaz de armar em três meses para impedir tudo isso... uma ideia começou a se formar em minha cabeça. E se, não pudessem me casar com a Camille porque algum de nós (provavelmente ela) sofreu um acidente e acabou quebrando a perna (o pescoço também serviria)? E se, algum maluco (ou a Freya, que poderia concordar com o estímulo certo) declarasse que a ama no meio da cerimônia? Nenhuma dessas ideias era boa, mas era no que eu podia me apoiar. Um turbilhão de ideias se passou pela minha cabeça e eu, sinceramente, não sabia nem por onde começar.

— Klaus. - Elijah, que tinha passado despercebido por mim até agora, me chamou. Ele passou a mão pelo queixo. - O que você vai fazer?

— Eu não faço ideia. Não importa o que eu faça, o Mikael vai dar um jeito de me obrigar a casar com Camille.

— Não pense assim. Tem que ter um jeito. Freya poderia se oferecer no seu lugar.

— Ela se ofereceu. Mikael não aceitou, apesar de Camille ter gostado da ideia. 

— Eu sei. Se Mikael aceitasse que tem uma filha bissexual, tudo isso já teria acabado. 

— Além disso, elas não podem se casar, pelo menos não aqui na Virgínia. E ele precisa disso firmado num cartório por alguma razão.

— O que você vai fazer sobre a Caroline?

— Sinceramente, eu não sei.

— Certo. Só se decida logo, antes que consiga perdê-la de vez.

— Falar com você sempre me deixa tão tranquilo, Elijah. - murmurei, sarcástico.

— Só se decida, Klaus. Você sabe o que quer fazer, só não quer admitir aqui, na empresa, onde Mikael pode escutar tudo. Não quer que ele saiba sobre o que você está pensando. Eu não tenho certeza sobre o que você está pensando, mas tenho certeza de que não vai deixar o Mikael nem um pouco feliz.

— Meu plano nunca é deixá-lo feliz, Elijah. E você sabe disso. De qualquer forma, logo que eu tiver coragem de admitir o que eu estou pensando, você será o primeiro a saber.

— Obrigado, Nik.

Eu já sabia o que ia fazer, mas não sabia por onde começar. Devia começar pelo básico: chamando ajuda profissional. Precisava fazer algumas ligações, com urgência. 

Fui para o carro e comecei a fazer o caminho de volta para casa, enquanto já ligava para a floricultura. 

A próxima pessoa para quem eu devia ligar era... Damon. Eu não podia simplesmente ligar para a Elena ou Bonnie com a Caroline do lado delas.

— Alô, Damon? É o Klaus. - falei.

— Oi, Klaus. O que foi? - ele perguntou, com certeza estranhando que eu estava ligando. Nunca tínhamos sido próximos, então para que qualquer um de nós ligasse para o outro, era preciso que algo tivesse acontecido.

— Preciso de um favor seu. - respirei fundo. - A Elena tá por perto? Eu preciso falar com ela.

— E eu assumo que seria estranho você ligar para ela com a Caroline do lado.

— Sim. 

— Ok. Ela tá no andar de baixo com as meninas. 

— Ótimo. Passe pra ela e não diga que sou eu. Mande ela se afastar.

— Certo. 

Alguns minutos depois, eu escutei a voz de Elena.

— Alô? - ela perguntou.

— Elena, aqui é o Klaus. 

— Oi. - ela estava estranhando a ligação. - Está tudo bem? - ela perguntou, o tom de voz levemente cauteloso. 

— Sim, sim. Eu queria só pedir para que você enrolasse a Caroline aí por algum tempo. 

— Hm, posso perguntar por que? - ela estava definitivamente desconfiada. 

— Bom, eu preciso de um tempo sozinho em casa para poder preparar tudo. Acho que vou levar pelo menos umas duas horas. 

— Vai preparar um segundo primeiro encontro? - pude ouvir o sorriso na voz dela. 

— Na verdade, não. Vou preparar o lugar para o que deveria ter acontecido no dia em que ela... foi embora. - eu nunca consegui usar outra expressão que não no sentido dela ter ido embora, e agora que ela tinha voltado, aí é que não conseguia mais. 

Elena ficou em silêncio por alguns segundos. E depois explodiu.

— Ai, meu Deus! - ela estava claramente feliz e emocionada e nesse momento eu soube que tinha uma aliada. - Ok, eu enrolo ela. Quanto tempo precisar. Avise quando estiver acabando por aí. Acho que a Bonnie pode passar aí pra deixar ela. 

— Obrigado. E eu aviso.

— Ok. - ela parecia estar prestes a desligar, mas me chamou. - Ah, e Klaus? 

— Sim? 

— É melhor não ter dado aquele anel pra vadia O'Connell.

Revirei os olhos.

— Como se você não soubesse que eu nunca faria isso.

Ela riu.

— Vou ter que confiar em você nessa. 

Quando desliguei, já tinha chegado em casa. As flores iriam chegar em meia hora, então só faltava mesmo a parte mais difícil. Subi até o sótão e peguei as 3 caixas, que estavam cheias de fotos, velas e outras coisas que eu realmente não conseguia distinguir por causa do tempo que passaram fechadas dentro da caixa. Eu tinha encomendado as flores novas e estava arrumando tudo. De novo. Só poderia esperar que, dessa vez, ela viesse.


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