Já passava das 16 horas quando Dean acordou e, não muito depois, telefonou para o seu novo seu mais novo amigo, Castiel.

— Hola.

— Dean? — Mesmo através do telefone, a surpresa de Castiel era perceptível. — Yo no esperaba esto.

— Usted me dio su número. Venga a vernos hoy? — perguntou, na esperança de que se encontrassem naquela noite também.

— Me has llamado para una cita?

— Cita? Qué es esto? — Dean tentava lembrar se conhecia o significado dessa palavra, mas não obteve sucesso. — Me preguntaba si usted va a la Gandaia.

— Voy. Por qué estás hablando en español? Entiendo su portugués.

— Estoy tratando de impresionarte — brincou, mas era aquele tipo de brincadeira com um fundo de verdade.

— Usted no necesita esto para impresionarme.

Depois disso, a conversa não durou muito porque Dean precisava desligar para comer alguma coisa e se arrumar para ir trabalhar. Aquele era um dos poucos dias em que Dean não ia trabalhar se queixando, pois o final da noite compensaria. Mas, é claro, se alguém falasse sobre sua ansiedade, ele negaria com veemência.

Os outros funcionários do bar perceberam que ele não estava em seu estado normal, pois depois de ajudar na limpeza e organização do bar, Dean tomou banho no banheiro dos funcionários – coisa que não costumava fazer por detestar aquele cômodo.

Terminando de se aprontar para aquela noite, Dean ainda baixou em seu celular um aplicativo de tradução de palavras e expressões espanholas para ajudá-lo a se comunicar com Castiel, caso fosse preciso. E essa seria mais uma das coisas que ele negaria.

Para estrear o aplicativo, Dean escreveu a pergunta de mais cedo, quando não conseguiu entender o que Castiel quis dizer, e então descobriu que "cita" significava "encontro".