A Fera da Lua escrita por WM Aries


Capítulo 3
Capítulo 1 - A chegada; parte III




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Ao entrar na casa de Romerio, Jorgun a observa e nota que era uma casa de madeira um pouco maior que as outras, e havia o nome Cigano nela. Damkrit começa a brincar com o Nataniel, Jorgun se aproxima dele e estende a mão 

— Prazer, me chamo Jorgun.

— Eu sou o Dramkit - Responde enquanto aperta a mão dele.

— Então, de onde você é?

— Sou de Kimritenimerotekishm.

Jorgun coloca a mão no queixo indicando que estava pensativo e pergunta - Kimritenimerotekishm hmm, não me recordo de ter ouvido falar dele, é um reino pequeno?

— Sim.

— Ah sim. E quem é esse seu amiguinho aí? - Apontando para o rato.

— É o Nataniel.

— Ah sim. Espero poder contar com você nessa caçada. No exército eu aprendi que para nos tornamos uma equipe forte precisamos nos conhecer e obter a confiança de nossos parceiros.

— Ah sim.

— Enfim, acho que é isso. Boa sorte. - Jorgun se afasta e começa a olhar em volta.

— Obrigado.

Após entrarem na casa, Romerio toma outra postura e diz firme e mais disposto - Vamos direto ao que interessa senhores, a quase duas estações, uma criatura vem atacando os rebanhos da cidade, e também das fazendas mais próximas, já perdemos quarenta talvez setenta animais para esta besta, o nosso vilarejo não pode caçar esta criatura, como podem ver a poucos jovens e poucas armas, então escrevi para a capital pedindo ajuda, estou lhes oferecendo cerca de 50 Peças de ouro por qualquer auxilio que pudessem nos dar. Vocês vão caçar a fera? - Ele propõe.

— Claro - Diz Dramkit enquanto guarda o Nataniel no bolso.

— Da mais - Lillie diz de forma petulante.

— Como? - Romerio fica confuso com as palavras de Lillie.

— Vocês já conseguiram alguma informação do que pode ser a besta? - Jorgun diz tentando abafar o que a Lillie disse e obter mais informações sobre a criatura.

— Da mais dim dim tongo mongo tchongo longo, a criatura parece ser perigosa e você me oferece 50 de ouro? - Lillie insiste de forma grosseira.

— Suponho que seja o suficiente. Não temos muito mais o que oferecer, mas se quiserem um adiantamento terão, claro só se aceitarem. - Responde para ela.

— Por mim, guarde seu dinheiro, nós nem sabemos se voltaremos vivos de lá - Damkrit sugere

— Da o dim dim— Lillie ainda insiste.

— Concordo com o Dramkit. - Jorgun diz

— Agradeço a boa vontade, mas eu sei que no mundo afora só a boa vontade não ajuda.- Responde a Damkrit - Quero saber quem estou contratando e... não estavam em quatro?

— Eu tenho certeza que você não deve confiar tanto na gente, se morrermos lá, apenas perderá seu dinheiro, a não ser que alguém aqui esteja planejando fugir com ele não é mesmo - Damkrit completa olhando para a Lillie.

— Minha expectativa sobre vocês é que possam dar cabo da criatura. Vou começar a explicar melhor quando todos aceitarem, então só estou esperando a jovem trovadora. Deseja apenas a Peça de Ouro? - Romerio pergunta para Lillie.

— Deixe o pagamento para quando voltarmos. Agora sobre a minha pergunta, vocês já conseguiram identificar que criatura é? - Jorgun fala com o intuito de deixar a conversa sobre o dinheiro de lado.

— Me dá - Lillie diz, mas é ignorada.

Romerio diz mentalmente “Realmente, o pagamento vai ser quando eles voltarem” - E começa - Eu irei falar sobre o que eu sei e não, só ouvimos apenas sons assustadores quando chega de noite. 

A esposa de Romerio aparece e confirma - Os rugidos eram assustadores, tanto que mal conseguimos dormir a noite. Ficávamos todos juntos no quarto assustados.

— A criatura deixou alguma pegada, ou marca de ataque? - Jorgun pergunta.

— Várias Marcas de garras e buracos são encontrados nas cercas, mas ninguém sabe dizer de que animal eles são. Na fazenda dos Morgam até se pode ver algumas das marcas mais “recentes”. - Romerio responde.

— Me leve até essa fazenda por favor. - Jorgun diz ansioso.

— Agora? eu ainda nem terminei de explicar tudo que sei. - Pergunta surpreso.

— Assim que você acabar de explicar. - Ele responde, guardando sua ansiedade.

— O Monstro ataca seres de grande porte, ignorou o galinheiro da fazenda dos Wiliam, mas matou duas vacas, e arrebentou um dos cavalos ao meio. É frequente o ataque das fazendas, aconteceram direto, toda noite nos últimos dois meses e sempre são perto da meia noite.

— Então podemos afirmar que é uma criatura noturna. Algum histórico de ataque a luz do dia? - Pergunta Jorgun.

— Durante o dia ele não aparece. - Romerio responde negando com a cabeça.

— Hmm… - Dizia Jorgun enquanto tentava lembrar de alguma criatura com essas características. Porém ele só conseguia lembrar de algumas lendas de uma criatura fantasmagórica com presas e com um manto preto. Batia com algumas das caracteristicas, mas não parecia ser a criatura certa. - Nenhuma criatura me vem em mente nesse momento.

Damkrit também tenta se lembrar, mas não vinha nada na cabeça dele além do fato da criatura ser maior que ele e então concluiu - Não sei também... afinal onde está a outra que você comentou?

— Outra o que? - Romerio pergunta

— A elfa da floresta.

A mulher que estava junto na sala fica um pouco inquieta sobre isso e Romerio diz - Ela não estavam com vocês? Achei estranho ela ter sumido também, deve estar em meio a cidade ainda. Seria bom ela vir e tirar as dúvidas que ela provavelmente teria.

—Não podemos ficar aqui esperando ela aparecer, vamos para a fazenda, quanto antes fomos para a tal fazenda com marcas recentes mais informações iremos obter. - Jorgun afirma

— Está certo, mas antes deixa eu pegar algumas roupas de frio. vai começar a esfriar quando escurece. Já trago para vocês também, não vai demorar muito. - O Conde diz ao sair do quarto.

— Uma criatura que consegue partir cavalos no meio, com certeza não será uma luta fácil. - Jorgun diz para Damkrit.

Havia uma garota espiando vocês da cozinha, a qual a esposa do Romerio deu um toque nela para voltar pra cozinha, vendo isso Damkrit pergunta - Você viu? 

—Sim. Parecia uma criança. - Jorgun responde.

— Deve ser filha deles.

Jorgun olha para a esposa do Romerio e pergunta -Aquela era sua filha?

— É sim. E desculpe pela curiosidade dela, se causou algum mal. - Ela responde.

— Não se desculpe, é através da curiosidade que aprendemos. - Jorgun comenta.

— A curiosidade matou o rato - Damkrit diz olhando para o Nataniel

— Espero que seu rato não seja curioso então. - Ele brinca

— Tenho ciência disso, mas escutar os mais velhos e com eles passando suas experiências de vida para os mais jovens é onde nós podemos aprender, de fato. - A mulher diz e dá uma risadinha - Não seria matou o gato?

— É uma das nossas tradições sabe, sem querer ofender. - Ela completa.

— O gato matou o rato curioso, depois foi o gato que morreu - Damkrit explica.

— Faz sentido. E quem matou o gato que matou o rato curioso? O dono do rato? - O anão pergunta.

— Foi uma cobra curiosa… Mas essa é uma longa história.

— Quem sabe um dia tenhamos tempo para que você possa me contar ela completa. - Jorgun diz.

— Ah bem... Falando em longas histórias. O que acham de histórias Ciganas? - A esposa do Conde começa.

Para Dramkit parece que veio algo em sua mente para dizer, mas de fato não conhece nenhuma tradição. Já o Anão, estava vendo borboletas. - Cigarras? - Dramkit pergunta. Enquanto a única coisa que passa pela cabeça de Jorgun é “Como será que as borboletas voam durante uma ventania?”

— Não... Nada não. 

O Conde reaparece saindo do cômodo, usando um manto feito de lã de ovelhas do Pasto do ShaunSheep e trazendo mais quatro consigo. - Tomem, vão precisar. - Ele diz entregando os mantos para o grupo.

— Irei levá-los a fazenda enquanto isso minha esposa fará uma bela refeição para quando voltarmos. - Romerio fala e a esposa sorri e assertiva - Vamos?

— Com essas lãs de ovelhas não iremos atrair a atenção do monstro? - Jorgun questiona.

— Acredito que não, mas não teremos que se preocupar com isso até que chegue a noite. até lá seria ruim se tivessem os tendões trêmulos por conta do frio.

— Hmm... Ok, vamos - Responde o anão pensativo: “Será que borboletas sentem frio?”

— Vamos.


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Notas finais do capítulo

capitulo 1 finalizado. próximo capitulo: Investigação



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