Sauvetage - Proj. Fada Madrinha escrita por AmyMackenzie, QG Dramione


Capítulo 5
Capítulo Final


Notas iniciais do capítulo

×× Abaffiato ××
Caraaaa... Eu vou falar um negócio para vocês bem aqui. Eu AMEI escrever esse capítulo. Nem vi a hora passar. Queria poder dizer tudo o que eu to sentindo mas acho que não dá, então vou postar o capítulo de vez kkk

Ps:
Nas Notas Finais irei revelar qual era o meu conto.

Sem mais, excelente leitura ❤



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Era incrível o fato de algo sempre parecer inteligente e prático antes de ser feito, quando na verdade, a dificuldade era gritante e completamente incômoda e Draco e Hermione sabiam disso, já que ambos estavam curvados debaixo daquela capa a pelo menos dez minutos completos, esperando um momento de distração dos dois gigantes horríveis que estavam ali para poder derrubar-los de uma só vez, com uma enorme pedra que graças a perspicácia e observação dela, foi notada por estar solta sob alguns rochedos. O problema, no entanto, era que por mais que os gigantes fossem desprovidos de uma inteligência razoável e racionalidade completa, eles também não eram idiotas de um modo geral e claramente não iriam simplesmente esperar que uma enorme pedra caísse em suas cabeças se a vissem de longe flutuando sobre eles. Era por isso que eles estavam esperando pacientemente — ou não tão pacientes assim — que os dois trogloditas sentassem.

    Draco já havia estressado Hermione com seus gestos de reclamação e sussurrando reclamações e resmungos e ela considerou seriamente se empurrá-lo seria muito ruim.  Pelo menos ele seria uma distração para que ela pudesse enfim, jogar a pedra sobre os gigantes, mas esse pensamento triunfante não durou nem meio segundo, antes que Draco voltasse a cutucá-la e ela lhe encarou com os olhos arregalados, completamente irritada com o loiro, mas dessa vez, diferente das centenas de outras vezes, ele não lhe chamou para reclamar mais uma vez e sim mostrar que finalmente os dois gigantes haviam sentado-se, grunhindo coisas estranhas entre eles. Hermione se sentiu exultante no mesmo momento e tratou de executar seu plano, flutuando a grande pedra na direção da cabeça de ambos e logo em seguida, soltando e deixando que todo o peso da pedra ficasse dez vezes pior com a queda e eles desabaram, causando um barulho completamente alto no chão e a castanha jurou sentir o mesmo tremer sob seus pés, em seguida ela conjurou dois bastões enormes e colocou ao lado dos gigantes.

    — Até que enfim. Eu não aguentava mais ficar todo encolhido debaixo dessa capa. — Malfoy disse, puxando a capa. Hermione o olhou em reprovação, tomando o tecido de suas mãos e o jogando novamente sobre eles. — O que foi agora?

    — Olha, pelos relatórios de sumiços deste caso, os sequestros sempre ocorriam por volta desse horário da manhã. Depois, geralmente as 16h e por fim as 22h. — Ela informou, categórica. — Isso significa que com a margem de erro, eles podem aparecer aqui a qualquer momento entre agora e daqui a vinte minutos. Não podemos arriscar ser vistos. Trate de ficar aí sem reclamar. Segui-los será ainda pior.

    Ainda de cara amarrada — e sob o olhar irritadiço de Hermione — Draco continuou aguardando. Como sempre, a pequena estava certa e em menos de cinco minutos, dois homens apareceram ali, segurando cada um uma pessoa, o que fez Hermione arregalar os olhos e sentir o coração perder uma batida naquele momento. Vestida na blusa de quadribol das Harpias, ali estava Gina, com seus belos cabelos ruivos esvoaçantes parecendo completamente adormecida. Ao ver sua amiga parecendo tão vulnerável ela sentiu seus olhos enchendo-se e quase não conseguiu controlar seus impulsos, não fosse Draco com um pouco de dificuldades abraçá-la de lado, olhando-a com uma expressão que dizia “Vai ficar tudo bem.” e ela se agarrou a isso. Agora, definitivamente daria a sua vida por aquela missão. 

    — O que diabos aconteceu? — Um dos homens odiosos, que segurava um menino que parecia ter seus 15 anos de idade disse.

— Não se preocupe, Many. — O outro, que segurava Gina como se ela fosse uma boneca maltrapilha e que não merecia o mínimo de cuidados, falou. — São gigantes. Os bastões são novidades, mas são dois idiotas e vivem arrumando maneiras de brigar. Pelo menos sobram mais bijuterias para a próxima vinda.

Dando de ombros, ambos saíram andando e Hermione de forma automática os seguiu, o medo inicial agora estava dando lugar para a raiva incandescente que ela sentia subir por suas veias e só notou que algo estava errado quando Draco segurou seu pulso, pedindo um pouco mais de calma. Andar rápido estando inclinado não era fácil, afinal. Assim, ela tentou se acalmar e ambos continuaram seguindo os sequestradores, que seguiam um caminho de pedras que contornava a montanha. Quando enfim terminaram de descer toda a montanha, os homens tiraram suas varinhas e tocaram em quatro pontos específicos da pedra. Hermione observava tudo e tinha os movimentos gravados em sua mente como se aquilo fosse uma coreografia. A mais importante que ela dançaria em toda a sua vida até ali. Assim que os homens sumiram e a pedra voltou a se fechar como se sempre fosse uma montanha, os dois tiraram a capa.

— Vamos pegá-los agora!

— Não. Eles estão lá dentro, não sabemos quantos são e nem como faremos para rende-los. E é uma questão de tempo até os gigantes acordarem e dizerem o que realmente aconteceu.

— O que você sugere então?

— Você vai subir novamente e mandar um patrono para Harry, para trazê-lo até aqui. Eu vou entrar.

— O quê? Ficou maluca de vez se acha que eu vou fazer isso Granger. Você não entra sozinha.

Hermione sentia-se no fogo cruzado. Ele estava certo em se preocupar, afinal, mas a melhor maneira de ambos conseguirem fazer aquilo terminar rápido era se conseguissem se dividir. Antes que pudessem pensar por mais um tempo, ouviram a parede se movendo e com a varinha em riste, os dois se preocuparam e viraram para a entrada, onde os dois homens que tinham acabado de levar os reféns, agora saíram sem ninguém. Antes que notassem a presença do casal de aurores ali, foram atingidos ao mesmo momento em que a pedra se fechava, impedindo que qualquer um que estivesse lá dentro visse algo e no final das contas, tudo havia dado mais certo do que se eles se planejassem bem naquela hora. Draco e Hermione se encararam ainda em silêncio, como se estivessem se perguntando quais seriam seus próximos planos, até que a castanha enfim lembrou-se.

— Draco, é isso! Eu trouxe um pouco de poção polissuco. Agora você só precisa arrancar o cabelo de um desses homens asquerosos e tomar. Aqui na bolsa eu tenho alguns fios de cabelo da minha assistente e você finge que sou uma refém.

— O quê? — Ele perguntou, mesmo que tivesse ouvido. Ainda estava confuso. — Por que você anda com poção polissuco na bolsa?

— Somos aurores, não é óbvio? Sempre é necessário um disfarce. Por sorte eu lembrei desse e não temos tempo a perder. Mande de uma vez um patrono para Harry, vamos esconder esses dois aí e você pega o sobretudo do infeliz em quem você se transformar. Vamos entrar logo e acabar com isso. 

 

Em poucos minutos, Draco e Hermione já aguardavam se transformar em outras pessoas, da mesma forma como haviam mandado um patrono corpóreo à Harry com todas as instruções sobre como chegar no lugar e do que fazer para a entrada aparecer. Se entreolharam ainda com certo receio e repassaram todo o plano que tinham traçado em segundos. Entrariam ali para sondar o território, Hermione se fingiria de desmaiada em seu colo enquanto ele entraria, olhando tudo ao redor. Torciam para que desse tudo certo, pois a única coisa que os ajudaria a ganhar aquela “guerra” seria o elemento surpresa, que consistia em um ataque quando os bandidos menos esperassem e havia só uma coisa contra eles: o tempo. Tinham que aguentar até os aurores chegarem ou estariam perdidos. Draco segurou as mãos de Hermione um momento antes de se transformarem em pessoas diferentes e ela o olhou nos olhos, sentindo tudo o que aquele momento trazia de tensão sob os dois

— Granger?

— Sim, Malfoy?

— Eu quero que saiba de algo antes que entremos nesse lugar para uma possível morte…

— Não. Não quero saber de nada. Nenhum tipo de despedidas agora. Não precisamos de mais esse clima de tensão.

— Eu preciso dizer.

— Fique vivo e eu prometo ficar também. E aí você me fala o que tiver de dizer quando sairmos daqui.

Ele sorriu, um dos sorrisos sarcásticos e ladinos que secretamente ela adorava, mesmo que nunca fosse admitir e assim, com os dois trocando sorrisos e sentimentos inexpressáveis, eles enfim viram a poção polissuco fazer efeito. Agora não passavam de uma refém e um sequestrador. Estava na hora do show. Com maestria, a castanha usou sua varinha para marcar os pontos em que Harry deveria bater quando chegasse ali, apenas para garantir que eles conseguiriam entrar e depois ela simplesmente bateu a varinha para abrir o portal, o que de fato aconteceu. No mesmo momento a castanha fez-se de desmaiada e Draco passou um braço por sua cintura, puxando-a pela entrada de pedras observando o lugar discretamente. Era fétido e úmido, com algumas grades e espécies de jaulas onde dividiam alguns bruxos desacordados jogados uns sobre os outros e aquela imagem era de partir o coração, tamanha crueldade. Alguns bruxos que pareciam estar de guarda andavam pelo local com caras de poucos amigos.

— O que está fazendo aqui novamente, Targus? — Um deles gritou ao fundo, parecendo enraivecido.

— É, e onde está o Many?

— Foi fazer o trabalho dele, oras. — Draco disse, usando sua melhor voz de deboche e falta de sentimentos. Agradeceu mentalmente por ter esse lado que sabia muito bem mentir. — Encontramos essa garota aqui pelas montanhas. é uma bruxa e eu desconfio que trabalhe no ministério. Deveria estar nos seguindo e por isso tratei de dar um jeitinho nela.

— Sim, eu vi essa garota pelo ministério. — Disse outro homem e assim que a castanha ouviu sua voz, percebeu que era de Jacob Kowast e um arrepio de verdadeiro ódio perpassou por ela. — Acho que ela trabalhava com aquela idiota da Granger. Parece que ela é mais esperta do que demonstrou. Mandou primeiro uma assistente para o perigo antes de vir ela mesma. — Disse com um sorriso debochado.

— Eu só sei que a trouxe, já que aqueles dois emprestáveis estão desmaiados lá em cima e não estão vigiando porcaria nenhuma.

— Certo, certo. Mas deixe logo a garota aqui e volte a fazer seu trabalho. — O primeiro homem que havia falado com ele, voltou a responder. 

Draco caminhou cuidadosamente até o local para onde ele apontava, mas quando chegou no meio do local, enfim ouviu a porta de pedras se abrindo, e segundos depois, vários aurores apareceram em seu campo de visão, ao mesmo tempo em que Hermione saltava do colo de Draco com sua varinha. Demorou apenas um segundo antes que os bandidos ali percebessem que aquilo era uma emboscada até que vários feitiços começaram a ser trocados, lampejos de todas as cores por todos os lados enquanto Hermione lançava feitiços protetores nas grades e jaulas dos inocentes desacordados. Tudo era um pandemônio de sons, batida, pessoas caindo no chão e aparições de vários dos bandidos. Eram tantos que Hermione até assustou-se, chegando a considerar que apenas aquele esquadrão não conseguiria contê-los. Lutou, como há muito não lutava e nem mesmo percebeu quando voltou a ter suas feições normais. Enfim, eles estavam contendo os sequestradores e aquilo era um alívio, tanto que por um momento a bela mulher baixou a guarda por um segundo apenas, para passar as mãos por seu rosto úmido de suor gelado. Só percebeu que havia cometido um erro quando ouviu a voz de Draco.

— Granger! — Um lampejo verde passou bem perto dela, ao mesmo momento que sentia seu corpo ser prensado com toda a brutalidade sobre a imensa parede de pedras e percebeu que era Draco ali e que o feitiço quase o atingira. Era o feitiço da morte e ele quase morrera para defendê-la. Ela o encarou, chocada. — Não ouse morrer antes que eu possa beijar essa sua boca insolente, mulher!

Sem palavras. Era exatamente assim que ela se encontrava. Boca completamente seca e coração à mil, batendo tão forte que jurou que ele seria capaz de ser ouvido por todos ali presentes. Estava tão entregue ao homem de olhos tempestuosos naquele momento que quase esqueceu-se que estavam no meio de uma briga. Quase. Mas então, outra chama veio até ela naquele momento. A chama do ódio assim que viu Kowast apontar a varinha para Harry e então o modo “amiga-irmã leoa” foi ativado na mesma hora e ela empurrou Draco com certa rapidez.

— Ah seu desgraçado, o meu amigo não. — Gritou. — Estupefaça!

E assim ela estava lutando novamente, até que enfim, percebeu que todos estavam caídos no chão, desmaiados ou presos por feitiços e que aquela era mais uma batalha vencida contra as artes do mal. O alívio foi tanto em todos ali que Hermione pode jurar que choraria, se não fosse o fato de ter pessoas ali com quem se preocupar. No segundo seguinte ela já estava correndo para os reféns. Trinta pessoas, jovens, adolescentes e adultos, todos desacordados e com os rostos pálidos. Hermione e os demais aurores tiraram aquelas pessoas dali imediatamente e o esquadrão de resgates já estava a postos para levar os reféns até o St Mungus. Em segundos, todos estavam sendo transportados por meio de aparatação acompanhada e antes que Hermione aparatasse no ministério com os presos, viu sua amiga Gina, já acordada nos braços do noivo que chorava emocionado ao vê-la bem e sem mais delongas, correu para os braços da ruiva, com todo o amor que tinha por ela.

***

Já era fim de tarde, Hermione acabara de concluir seu relatório sobre a prisão depois de comparecer aos depoimentos de todos os sequestradores, que haviam ingerido veritasserum obrigatoriamente. Segundo eles, os sequestrados seriam submetidos ao feitiço de Obliviate e seriam vendidos como escravos mágicos para um grupo de contrabandistas dos Estados Unidos e seriam usados para todos os tipos de trabalho ilegal, como por exemplo transporte de objetos das trevas, testes de poções ilegais e roubos em geral. Eles apenas não haviam concluído o plano completamente maléfico porque o único que era bom com o feitiço de memória estava longe e eles não conseguiram apagar as memórias dos reféns. Harry já havia denunciado a tal operação para o ministro da magia americano e tudo parecia enfim estar se normalizando ali pelo ministério britânico. Os jornalistas e colunistas de jornais bruxos haviam parado de cobrar explicações na porta do ministério, os familiares dos reféns já haviam sido encaminhados para o St, Mungus onde todas as vítimas estavam para fazer exames e os presos estavam enfim em Azkaban, tudo parecia excelente e mesmo que Hermione continuasse cansada, a felicidade de ter mais um caso resolvido com todos os envolvidos a salvo e os criminosos devidamente presos a deixava mais relaxada. Duas batidas suaves soaram na porta e ela educada disse para a pessoa entrar, ficando feliz ao ver Harry ali.

— Harry, que bom ver você! Como está Gina? Fiquei muito preocupada.

— Oi Mione. É bom ver você também, principalmente por saber que está bem e fora de perigo. — Ele disse com um sorriso gentil e verdadeiro, mesmo que o seu rosto denunciasse todo o cansaço causado por conta dos dias anteriores. — Gina está bem, graças a Deus. Acabei de levá-la até a toca, ela foi liberada do St Mungus na mesma hora. Nada de grave lhe aconteceu, parece que ela só ingeriu a poção do morto vivo, mas não o suficiente para lhe fazer passar mal.

— Entendo. Isso é ótimo. — A castanha disse, aliviada. — Mas o que está fazendo aqui, Harry? Você deveria estar com ela, tentar descansar depois de toda essa tragédia.

— É sobre isso que vim conversar com você, Mi. Rony está terminando de colher os depoimentos das vítimas que estão conscientes no hospital e depois disso ele deixará o relatório aqui e vai embora. Rony, você, eu e todo o esquadrão que estava de plantão nesses dias vai ganhar uma folga de dois dias para conseguirmos descansar, mas ainda precisamos terminar esses relatórios hoje para podermos sair deixando tudo ok.

— Certo. Você precisa que eu fique aqui até o fim das entregas dos relatórios, não é isso?

— Eu sei que não deveria pedir isso ainda mais porque sei que está tão cansada quanto nós, mas eu estou esgotado, Mi. E o Rony está preocupado com a irmã, quer ir para a casa da mãe vê-la.

— Harry, não precisa se sentir culpado em pedir isso… — Ela disse com ternura. — Além do mais, eu consegui dormir um pouco ontem. Estou um pouco mais descansada que você, então aguento ficar aqui sem problemas.

— É, eu falei com Draco antes de vir aqui. Ele comentou que vocês dormiram na caverna. Juntos. — Ele concluiu, um sorriso sarcástico dando o ar de sua graça nos lábios enquanto encarava a melhor amiga com a sobrancelha elevada. Ela enrubesceu e pigarreou, desviando o olhar enquanto ele sorriu. — Você tem muito a me contar, pelo visto.

— Harry, cale a boca antes que eu mude de ideia sobre ficar aqui. — O moreno riu alto dessa vez e ela tentou se controlar, mas quando deu por si já ria com ele. — Vá de uma vez, garoto. Diga que eu mandei um beijo para Gina e que amanhã irei visitá-la, ok? 

— Certo, Mione. — Harry disse indo até ela e depositando um beijo carinhoso em sua testa. — Assim que terminar aqui, vá para casa descansar, isso é uma ordem do seu chefe.

— Sim senhor, senhor! — Falou, batendo continência e arrancando mais um sorriso de seu amigo, que foi embora naquele momento, deixando Hermione sozinha com seus pensamentos, finalmente. Agora, depois de tudo ter passado, ela tinha muito o que pensar sobre os momentos que passou com um certo loiro, principalmente o último em que ela o tinha visto, depois da exclamação sobre beijá-la.

.

.

.

Ela não sabia quantas horas haviam passado desde que seu amigo saiu, mas a julgar pelo silêncio nos corredores e o horário, ela sabia que pouquíssimas pessoas ainda estavam no ministério naquele momento. Alguns aurores de plantão, os guardas e — quem sabe — Shacklebolt. Ainda assim, ela aguardava em sua sala sabendo que a palavra de Harry era uma só e se ele disse que no final do dia alguém levaria até ela os relatórios, era isso que de fato aconteceria. Tomou um longo gole de seu chá e esticou o pescoço, a fim de livrar-se da tensão instaurada pelo cansaço — e por outras coisinhas mais — que ali estavam. Ouviu algumas batidas na porta e imediatamente pediu para que a pessoa entrasse.

— Granger! — A voz rouca de Draco soou, fazendo com que arrepios involuntários percorressem toda a extensão de seus braços, o que ele pareceu notar, já que imediatamente sorriu de forma cafajeste. — Aqui estão os relatórios. — Completou, chegando mais perto e colocando os papéis na mesa dela.

— Ótimo. Vou catalogá-los por ordem de acontecimentos, assinar e deixar na sala  de Kingsley.

— Eu já os cataloguei. Só precisa assinar e eu mesmo posso levá-los até a sala do ministro.

Ela pareceu surpresa quando piscou duas vezes, sob o olhar atento do loiro que lhe sorria de uma forma diferente. Pegou uma pena, mergulhou no tinteiro e com sua bela caligrafia reclinada, assinou o seu nome. Quando voltou a encarar Draco, ele ainda a avaliava de uma forma intensa.

— Obrigada, Malfoy, mas pode deixar que eu mesma vou levar os documentos.

— Você quem sabe. — Respondeu, dando de ombros.

— Ok, então é melhor eu levar logo. — Disse, desajeitada, tentando fugir do olhar do belo homem à sua frente. Quando estava passando por ele, no entanto, sentiu seu pulso ser puxado com certa delicadeza, mas rápido o suficiente para que seu corpo quase se chocasse com o dele. — O que você… — Tentou perguntar quando percebeu a proximidade de ambos. Teve que olhar para cima para poder ver seus olhos.

— Antes de entrarmos onde os reféns estavam… — Ele começou a dizer, interrompendo-a. — Eu tinha algo para dizer. Você disse para que eu dissesse depois.. Lembra-se?

— S-sim. — Se odiaria por gaguejar naquele momento, senão estivesse tão focada naqueles lindos olhos cinzas.

— Quero falar agora. — A voz era tão rouca que produzia coisas, sensações inexplicáveis na pequena.

— Então fala. — Agora uma das mãos do loiro estava na base de suas costas, trazendo-a mais para perto e a outra estava em seu rosto, prendendo os olhos dela aos dele.

— Pare de ser tão difícil e me deixe te mostrar o quanto você mexe com minha cabeça, inferno.

E foi exatamente nesse momento em que Draco a puxou ainda mais perto, encostando seus lábios nos dela, profundamente, com voracidade e ela correspondeu, agarrando-se a ele ainda mais. Suas línguas de repente travavam uma batalha doce sobre quem ali era o mais faminto e no meio daquele momento insano, a castanha só conseguia pensar que ele sempre iria tirá-la do sério, não importava em que circunstâncias. Os beijos continuaram por horas, dias, semanas, meses em um segundo apenas. Os dois cabeças duras enfim aceitaram de uma vez que se queriam e que não havia nada que pudessem fazer.

— Hermione. — Draco chamou entre ofegos e beijos.

— Hmm?

— Se eu soubesse que você queria me beijar tanto quanto eu desejava isso, ainda estaríamos naquela caverna até agora. 

Ela riu, ele a acompanhou e antes que os dois percebessem, estavam novamente perdidos nos lábios e respirações um do outro. Ser provocada por ele era bom, afinal.


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Notas finais do capítulo

Então amores, o meu conto era João e o pé de feijão hahaha
Eu usei apenas a essência da história. Uma pessoa boa (Hermione) que é enganada por alguém ruim (Jacob Kowast) e ainda assim consegue se dar bem no final. Usei referências como os gigantes e o feijão kkk e aí, consegui surpreender vocês? Eu mereço comentários né? Alegrem meu coração porque foi muito difícil me despedir dessa história, mas estou tão feliz com o final digno que dei a eles.

Se você chegou aqui, muito, muito obrigada.
Meus agradecimentos mais que especiais ao @qgdramione que sempre me incentiva a escrever.
Eu dedico esse capítulo ao amor doeu coração @powergirl00. Obrigada por ser tão maravilhosa, minha ruiva incrível!
Obrigada à todos. Desafio concluído ❤

×× Finite ××



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