Incondicional escrita por Evi Carvalho


Capítulo 2
A festa não tão indesejada


Notas iniciais do capítulo

Mais um para animar vcs!



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Julia estava furiosa, mas resolveu circular e tentar achar alguém realmente conhecido. Pegou uma bebida e ficou observando do bar todas aquelas pessoas circulando pelo seu apartamento. Vários jovens estavam ali, imaginou que alguns poderiam ser seus funcionários do jornal.  Foi quando seus olhos encontraram uma figura que prontamente hipnotizou-a. De costas, ela conversava animadamente com outras pessoas. Os olhos de Julia percorriam cada detalhe, desde os saltos – incrivelmente altos e delicados – passando pelo vestido preto, com um decote nas costas que ia até quase o quadril. Quando se deu conta já estava indo em direção aquela jovem desconhecida, precisava ver seu rosto, olhar em seus olhos, entender que magnetismo era esse...

— Boa noite, posso me juntar a vocês?

— Claro! – respondeu um rapaz rapidamente, devorando Julia com os olhos.

Neste momento a jovem misteriosa se vira e seus olhos encontraram. Foi como um vulcão em plena atividade. Julia sentiu seu coração bater violentamente, como se fosse saltar de seu peito. Os olhos da jovem pereciam imãs, era impossível parar de olhar.

— Eu sou Rodrigo, muito prazer! – estendeu a mão o rapaz que continuava devorando Julia. – Esses são Roberto, Camila e essa linda aqui é Luana.

Luana, era esse o nome da jovem misteriosa. Os olhos não se desgrudaram e Julia não fazia questão alguma de saber dos outros.

— Então, essa festa "tá" meio caída né? – disse Roberto.

— Fiquei sabendo que a dona da casa voltou hoje depois de 10 anos fora do país. Com a grana para ter um "apê" assim só pode ser uma tiazona viúva ou filha de politico, mas aposto em tiazona. – Riu Rodrigo abraçando Luana de lado.

— Nossa, que falta de educação minha, não me apresentei para vocês. Sou Julia, a dona do "apê", ou melhor, segundo nosso convidado aqui, "tiazona viúva". – Julia disse com um tom gélido.

Todos se olharam sem graça. Julia disse tudo isso sem tirar os olhos de Luana, que se soltou do abraço visivelmente constrangida.

— Er...eu... – gaguejava Rodrigo.

— Acho que você precisa de uma bebida. – Sorriu a anfitriã, enquanto um envergonhado Rodrigo se afastava juntos aos outros do grupo, exceto Luana.

— Desculpe, ele não tinha intenção... – disse Luana timidamente.

— Não se desculpe por algo que você não fez, seu namorado foi infeliz no comentário. – Julia falou sentindo um desconforto pela palavra "namorado".

— Ah não, ele não é meu namorado...na verdade é meu irmão. E sempre fala sem pensar.

— Oh! Ele é seu irmão? – ela falou entusiasmada até demais.

— Sim, apesar de mais velho sempre parece o contrário e eu que preciso cuidar dele. – sorriu Luana. Julia precisou se controlar, pois uma fraqueza se apossou de suas pernas ao ver Luana sorrir.

— Entendi... é... você gostaria de uma bebida? Se me permitir uma sugestão, temos muitos drinks fantásticos essa noite, mas ainda prefiro o bom e velho Martini e... desculpe, estou falando como uma tiazona viúva? – sorriu sem jeito.

— Calma, fique tranquila, não contarei seu segredo. Mas confesso que nunca provei um Martini... quem sabe hoje? – sussurrou Luana, sem perceber o quanto isso era provocativo.

— Precisamos resolver essa falha imediatamente senhorita, acho que você vai gostar... – Julia resolveu provocar um pouco também, só não entendia o porquê.

As duas foram em direção ao bar, pediram suas bebidas e conversavam animadamente. De longe eram observadas por Jonas, que tinha um sorrisinho malicioso, como uma criança prestes a fazer uma bobagem.

 


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