Meu pai estava bem, bem como se nunca estivesse à beira da morte. Eu sabia que Ellen tinha feito algo como eu pedira, mas ainda não pode confirma, pois dês que tinha acordada não tinha a visto.

 Outra coisa estranha era que o cocheiro que guiava a carruagem no lugar de Renan naquela noite havia sido encontrado morto sem sangue algum. Renan também não havia aparecido para me contar o que houve naquela noite. Falaram-me que alguém nos assaltara e nos fugimos, durante a correria eu bati a cabeça e desmaie.

 O problema é que eu me lembro muito bem o que ouve aquela noite, havia alguém atrás de mim, alguém que sabia o meu nome e que ai me mata. Alguém que Renan me defendeu, alguém que fez Jasper fala comigo antes de eu apaga. Mas claro que não contei isso a ninguém...

Já fazia três dias após esta noite e não havia obtido respostas, as únicas coisas que eu ouvia era as reclamações de minha mãe sobre eu ter saído mais cedo da festa. Eu ainda tentava entender o que acontecera e tudo parava no mesmo alguém: Jasper. A primeira carta dele de certa forma estava correta, afinal Hans não tentou nada comigo, e a segunda pedindo desculpas pelo ocorrido o que confirmava sua presença e que ele estava envolvido com tudo que me ocorrera.

E assim as coisas continuaram por mais uma semana, e o único progresso que obtive foi com Ellen que finalmente veio fala comigo enquanto eu andava pelo jardim, mesmo que só tenho sido uma frase não muito acolhedora.

-Realizei seu pedido Alice, mas lembre-se que foi a ultima vez. Não posso nos arrisca a tanto.

 Ela não me deixou responder e sai depressa para a casa. Eu tinha razão sobre ela ter salvo meu pai mais pelo que percebi não ai poder contar com ela de novo.  Mas o que mais me chamou a atenção foi ela disser que não podia nos arrisca a tanto. Nos? Não sabia a quem ela se referia alem dela. E foi mais uma pergunta que surgiu e tive que acrescenta a minha lista.

Nesta mesma semana tive outras perguntas que surgiram depois de um encontro. Mas não são tão importantes comparados ao que me aconteceu:

Capitulo oito-

  Era uma quinta-feira da mesma semana do ocorrido com a Ellen, eu estava em meu quarto lendo um livro qualquer, meus pais haviam indo visitar um sócio e só iam voltar antes do anoitecer.

-Senhorita? –Ouvi a voz de Renan do outro lado da porta, guardei o livro e abri a porta para ele com a esperança de obter respostas.

-Entre. –Eu disse mantendo a porta aberta e encarando seus olhos dourados, ele tinha que me conta a verdade.

-Desculpe pela aquela noite não foi uma boa idéia sairmos mais cedo.

-Não se desculpe por isso, e sim por ter me deixado no escuro por esse tempo. –Disse um pouco grossa. Mais passei dias pensando no que tinha acontecido, quem queria em mata e ele não havia me ajudado em nada. –O que aconteceu naquela noite?

-Sinto muito senhorita, mas não estou com permissão para lhe responder, vim com outro propósito.

-Espera um pouco, de quem você recebe ordens? –Mais uma pergunta sem resposta...

-Como disse vim com outro propósito, meu senhor que se encontra com a senhorita neste momento antes da chegada de seus pais. Vim para te levar ao local, se me permitir é claro.

-Quem é o seu senhor? –Perguntei desconfiada, pela primeira vez comecei a sentir medo dele.

-Você já o viu senhorita.

-Jasper?! –Perguntei sem acredita, ele não me respondei apenas sorriu e me fez outra pergunta.

-A senhorita ira ao encontro? –Depois de tudo que havia acontecido o mais correto era eu disser não, afinal já havia corrido perigo demais. Mas me lembrei de quando me encontrei com Jasper, me lembrei da alegria que senti, de como me sentir ao seu lado. E fiz o menos sensato.

-Vamos. –Disse já saindo do quarto.

Renan guiou a carruagem pela cidade sem me contar para onde estava me levando. Minutos mais tarde ele finalmente parou e me deixou sair. E para minha surpresa conhecia muito bem o local, já que era o mesmo local onde o conheci.

-Ele esta na arvore. Ele disse que você sabe qual é.

 Não olhei para trás para Renan, apenas respirei fundo tirei meus sapatos e senti a grama sobre meus pés e fui ao seu encontro. E como Renan me disse ele estava la, encostado na arvore me esperando.

 Aproximei-me mais um pouco e parei um pouco atrás dele que só conseguia ver seus cabelos cor de mel.

-Quer se sentar comigo? –Não o respondir apenas sentei um pouco mais próxima, mas não o suficiente para ver seus rosto, apenas seus pés descalços assim como os meus.

 -Você não vai me contar, não é? –Perguntei olhando na direção aposta a seu rosto. Tinha medo de olhar sua expressão.

-Vou te contar apenas três coisas, por enquanto será apenas o que posso lhe disser. Só peso para não me olhe. - Não o respondir, de alguma forma sua parecença me acalmava, me deixa leve e feliz ao seu lado. 

-Por quê? –Perguntei finalmente mantendo meu olhar longe dele, mesmo contra minha vontade.

-Essa pergunta não faz parte das três respostas. Que não pode contar a ninguém. –Ele disse rindo não pode deixa de ri também. Era engraçado como eu mal o conhecia mais me sentia completamente à-vontade com ele.

-Então me fale a primeira resposta. –Pedi. - E não se preocupe ninguém sabe de nada.

-A primeira resposta é que sim você corre perigo. Não posso lhe disser ainda o porquê, mais me desculpa.

-Porque me pede desculpas? –Perguntei segurando a vontade de ver seu lindo rosto novamente.

-Não devia lhe responder, mais de alguma forma eu estou envolvido.- Sua declaração devia me ter feito sentir medo, mas eu sorri, sorri feliz por ele esta me contando a verdade, ou parte dela.

-Mesmo não sendo uma das respostas eu já sabia, não sou burra.

-Não, na verdade você é muito inteligente Alice, mas não esta com medo? –De repente senti a calma que me cercava ir embora aos poucos, mais a felicidade permaneceu dentro de mim e o respondi com a verdade.

-Não, com você jamais sinto medo. –Ele suspirou a ouvi sua reposta. –Qual a outra resposta?

-Naquela noite tinha sim alguém atrás de você, e ele ira volta.

-Mas você ira me proteger, assim como me protegeu naquela noite.

-Sempre estarei a te proteger. –Meu coração acelerou com suas palavras, e mais ainda quando senti sua mão sobre a minha fazendo meu corpo tremer com sua temperatura fria.

-Qual a ultima resposta?

-Na verdade não é uma resposta, é algo que quero lhe fala, algo que vem me consumindo.

-Então me diga... –Implorei.

-Antes preciso que me olhe. –Então fiz o que ele me pediu, virei meu rosto devagar o encarando e a primeira coisa que me chamou atenção foi seus olhos, que estavam vermelhos brilhantes.

-O que você é? –Perguntei em um sussurro, para minha surpresa não estava com medo da resposta .

-O seu pior pesadelo, me desculpa eu não devia...

-Não pesa desculpas. –Disse entrelaçando nossos dedos, eu já conhecia muito bem as historias para saber o que ele era mais algo dentro de mim me dizia que não era para eu temer, que era normal... Algo me dizia que Jasper estava muito longe de ser meu maior pesadelo e que meu coração acelerado e meu bem estar ao seu lado queriam disser algo que não conhecia ainda... Ainda.

-Porque não se importa? –Ele me perguntou afastando uma mexa de meu cabelo do meu rosto me fazendo fechar os olhos e sentir o toque suava de sua pela encostando lentamente na minha.

-Não sei. –Respondi. –Você ainda não me disse a terceira coisa...

-Não sei se devo.

-Por favor, pode ser a minha resposta. –Pedi sem perceber que havia posto minha outra mão em seus rosto.

-Não posso lhe dizer o como, nem quando. Só posso te dizer que o motivo pelo qual corre perigo sou eu, o motivo por ter alguém atrás de você sou eu, e o motivo de eu esta aqui é muito mais do que lhe dar respostas, te alerta. É dizer que eu descobri o que é amor, descobri que mesmo sendo o que sou e ter feito o que fiz posso ama. Mary Alice, eu te amo e por isso peso desculpa, eu não posso.

 -É engraçado como sempre o que não podemos é o que mais queremos. Mais engraçado ainda é quando podemos e não percebemos. –Disse ainda entendendo suas palavras, ele me amava e isso fez meu coração me alertam fez eu percebe o que finalmente eu sentir por ele,  me fez perceber o porque de me sentir tão bem ao seu lado, de me fazer me sentir alguém, de me fazer sussurra seu nome todas as noites implorando sua presença, o que não me fez sentir medo.

 E mesmo já descobrindo o que acontecia comigo não conseguia fala, não por falta de coragem mais sim de tempo. Pois o olhando tentando o implora que sim ele podia, e ele o entendendo sentir seus lábios gelados sobre os meus. Sente meu primeiro beijo com um amor verdadeiro.

 -Eu te... –Não terminei de fala, pois quando abri os olhos ele não se encontrava mais, penas seu gosto em minha boca, e seu amor em meu coração.