Acordei assustada, olhei ao redor, mas estava sozinha e assim que tentei levantar uma dor enorme atingiu minha cabeça me fazendo volta para o chão. Anda era a noite e todos já estavam dormindo, resolvi fazer o mesmo. Arrastei-me ate a cabeça conseguindo me joga nela antes que caísse novamente.

 Tentei adormecer, mas não consegui, não consegui para de pensar no sonho que havia tido. E naquela noite comecei a perceber que meus sonhos não eram comuns, havia sonhado com Jasper antes de conhecê-lo, e naquela noite havia sonhado com a voz daquele que me perseguiu, havia sonhado que seu nome era Aro e algo me dizia que era mesmo.

 E foi assim que consegui dormi, pensando no que eu era e no que fazia e qual a ligação de Jasper nisso tudo. Quando eu acordei no outro dia tentei fingir que as coisas estavam normais. Quando desci para tomar meu café minha mãe já me aguarda, tentei olhara do mesmo jeito que sempre mais meu medo e raiva tomou conta de mim. Medo porque jamais imaginara que um dia ela fizesse o que fez comigo e raiva por não ter direito em minha própria vida, raiva por coloca minha família em risco.

-Hans vira te busca para jantarem. –Ela me falou assim que sentei.

-Irei jantar com a família dele? –Perguntei tentando parecer feliz.

-Não, iriam a um restaurante, apenas voce e ele, então se comporte.

-Claro Mãe. –Disse me levantando da mesa voltando para meu quarto.

-Não vai comer senhorita? –Ellen me perguntou percebendo que algo estava errado.

-Estou sem fome. –Respondi antes de me tranca dentro do único lugar que poderia fica sozinha sem minhas ações serem julgadas.

 Já estava decidido, não só por mim, mas também por todos. Tinha que me casa com o Hans, tinha que ser a sua mulher, tinha que ser a esposa ideal. Apenas dele de mais ninguém, nem do Jasper....

 -Me perdoe Jasper. –Sussurrei para mim mesma deixando que uma lagrima saísse de mim e se chocasse contra o chão. Sim eu o amava, mas o que poderia fazer? Já estava comprometida com minha família, não podia voltar atrás, por eles já que por mim a vontade de corre para seus braços é maiôs do que tudo.

 De repente ouvir um barulho da janela, caminhei lentamente para ver o que era e quando abri me deparei com quem menos esperava. Jasper, que estava escondido entre as três árvores que são do jardim de trás do meu quarto. Quase não dava para reconhecê-lo embaixo das sombras das arvores, ainda mais num dia nublado.

-O que esta fazendo aqui? –Perguntei não muito alto para que minha mãe não me ouvisse.

-Vim te ver, não precisa fala alto posso te ouvi normalmente. –Ele disse sorrindo fazendo com que uma ponta de alegria crescesse em mim, alegria esta que desapareceu depois de me lembrar do meu dever.

-Você não pode esta aqui, não pode me ver, nunca mais. –Disse num tom que só daria para ouvir quem visse perto, mas para meu espanto ele me ouviu.

-Sei que não posso esta aqui, sei que não posso te ver. Mais sou meio teimoso e insistente. Sei o que sua mãe lhe fez, quero saber se esta bem.

-Como sabe? –Perguntei mais ele não me respondeu não o que eu queria.

-Hoje não temos respostas, não vindo de mim.

-Estou bem. O que aconteceu não foi nada.

-Nada comprado ao que vai não é. Seu que ira sair com seu noivo, sei que esta noiva, sei que o casamento esta marcado e tudo mais... Mas que saber? Isto não muda em nada o que sinto por voce.

-Você não pode me...

-Te amar? Tarde demais amor eu já te amo e nada ira mudar isso. Não quero saber se ira se casar ou não, o que resta de meu coração já é seu. Agora preciso ir, voce ficara bem, meu eterno amor. Minha Mary.

 E com essas ultima palavras ele desapareceu do nada, e outra figura entrou no jardim me fazendo me abaixa rapidamente para não ser pega.

-Você também Jasper, voce também. –Sussurrei para mim mesma já sem saber o que fazer novamente.

A noite chegou mais rápido do que eu gostaria. Hans já estava vindo me pegar e eu pronta esperando o pesadelo recomeça. Minha mãe não parou não parou de fala nas qualidades dele, e meu pai não gostou muito da ideia de nos irmos janta sozinho. Como eu queria que ele soubesse que eu também não.

-Ele chegou senhorita. –Ellen me disse me lançando um olhar de boa sorte.

-Boa noite Senhor e Senhora Brandon. –Ele disse assim que passou pela porta.

-Boa noite. –Meu pai respondeu.

-Irei cuidar e proteger sua filha como se fosse a ultima jóia valiosa do mundo.

-Creio que sim. –Meu pai respondeu sem qualquer animação.

 Depois disso ele me complementou e me acompanhou ate sua carruagem sentando afastado de mim.

-Vai ser uma noite inesquecível Alice.

-Acredito que sim. –O respondi imaginando para onde lê estava me levando.

-Espero que não esteja com fome.

-Não vamos jantar? –Perguntei começando a desconfia.

-Vamos fazer algo melhor do que isso. Acredite no que disse, será inesquecível.

 Encolhi-me ainda mais com suas palavras, o medo já estava surgindo, mas eu tinha que manter minha calma e acredita que ai ficar bem. Acreditar nas palavras daquele que eu realmente amo e queria que estivesse ao meu lado.

 Não demorou muito e a carruagem parou e Hans me obrigou a solta. Assim que fui para fora vi que estávamos longe de qualquer restaurante, longe de qualquer coisa.

-Deposito de armazéns. –Disse reconhecendo onde estava.

-Sim, vamos. –Ele disse tirando uma chave da mão de seu cocheiro que murmurou algo sobre nos espera. Hans abriu um dos armazéns e me empurrou para dentro me fazendo cair no chão. Levantei-me antes que ele se aproximasse e olhei ao redor. O local não era nem um pouco limpo e só havia uma lâmpada acessa fazendo com que grande parte do local ficasse escuro.

-Finalmente só nos dois minha noiva. –Ele disse avançando para mim que tentava escapa. Ate que lê conseguiu me segura me jogando novamente no chão e por sorte não batia a cabeça.  Tentei escapar mais ele se abaixou e segurou meus pulsos e tocou em meu ponto fraco.

-Não lute, senão é sua família que terá que luta para sobreviver. –Suas palavras me acertaram em cheio então eu parei de me mexer e fechei os olhos e pensei em Jasper e em como ele consegue me acalma.

-Boa menina. –Ele disse beijando meus lábios me fazendo sentir nojo de mim mesma. Mas uma vez Jasper tomou minha mente, nosso beijo me tomou e me lembrei de como havia sido o beijar. Como eu havia sonhado em fazer isso com alguém que eu amasse como eu havia percebido o quanto amava.

 Hans então começou a me toca antes de sua mão abri a abertura do meu vestido e arria-lo aos poucos.

-Você é linda. –Ele disse, mas de repente parou me de me toca e seguidamente ouvi um barulho de algo se chocando com a parede. Abri os olhos e vi Hans do outro lado do armazém contra o chão.

-Mary... –Olhei para frente e me deparei com Jasper olhando para mim. Ele estava um pouco afastado.

-Jasper? – Olhei novamente para Hans que começava a se mexer, me virei para Jasper... Ele havia feito aquilo?

-Desculpa, não quero te assustar. –Ele disse se aproximando devagar.

-Não me assustou. –Disse a verdade. –Que bom que esta aqui. –Declarei quase chorando, ele então se abaixou e eu o abracei sem ao menos pedi permissão. Ele apareceu não se importa e envolveu seus braços eu meu redor e então me senti segura.

-Quem é voce?! –Hans perguntou já de pé com sua boca sangrando. –Solte ela! Ela é minha vadia e vai me satisfazer!

 Jasper então me soltou e sem ao menos me olhos avançou numa velocidade surreal a sua direção pegando seu pescoço com sua mão e cravando seus dentes dele.

-Jasper? –O chamei assustada em quanto seus olhos de vermelho ficaram vermelhos brilhantes.