Special To Me escrita por Arcchan


Capítulo 1
Single Chapter — You're handsome all the time




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Special To Me

By: Archie-sama

Single Chapter — You're handsome all the time 

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Capítulo Único — Você é bonito o tempo inteiro. 

 

Finalmente havia chegado o tão esperado dia. Kaneki acordou alvoroçado, pulando da cama e indo direto até o guarda-roupa. Abriu uma das gavetas e começou a jogar peças de roupas por todo o quarto, enquanto procurava uma roupa decente que parecesse digna daquela ocasião. Falando com sinceridade, ele nem sequer havia dormido direito aquela noite. Suas expectativas estavam altíssimas e a ansiedade à mil. Ficara se revirando na cama, sentindo o coração meio acelerado, e quando se deu conta já era de manhã. 

Não tinha mais tempo a perder. 

Depois de finalmente escolher suas peças — uma camisa social azul escura que quase nunca usava, uma calça jeans preta e tênis esportivos — e deixar o quarto todo bagunçado por causa disso, ele correu para o banheiro a fim de tomar um banho rápido. Quando terminou, penteou os cabelos claros com a mão e passou um pouco de perfume, olhando-se no espelho e aprovando sua aparência. Parecia um pouco cansado, mas nada que seu bom humor não pudesse resolver. Deu um sorriso discreto para o espelho, percebendo que suas íris brilhavam de felicidade por conta própria e disfarçavam as pequenas olheiras abaixo de seus olhos. Estava pronto. 

Pegou a carteira na mesa de cabeceira e saiu em disparada do quarto, andando pelos corredores da casa e passando pela porta de madeira que dava para a cafeteria :re. 

— Bom dia, Bakaneki! — Touka o cumprimentou com um sorriso provocador, enquanto fazia café detrás do balcão. Yomo, Hinami e Nishiki davam conta de servir os clientes e ajudar Touka no restante dos afazeres do estabelecimento. 

— Bom dia, Touka-chan — Ken sorriu de lado, cumprimentando também os outros amigos. — Eu estou indo. 

Touka arqueou uma sobrancelha. 

— Não vai nem tomar um café? — ela questionou. — Sei que está ansioso, mas não faz bem sair por aí sem se alimentar — falou em tom de repreensão, fazendo o rapaz coçar a nuca e dar um sorriso sem graça. 

— Desculpe, eu não estou pensando direito. 

— É compreensível — afirmou a Kirishima —, você juntou dinheiro para isso um tempão. — Fitou-o com uma expressão amigável, colocando uma xícara de café à frente dele. — Vamos, sente-se aí. 

Preferindo não contrariá-la — apesar de Touka estar mais complacente depois de tudo que passaram, ela ainda podia ser bem esquentadinha —, Kaneki sentou-se e observou o dia. O sol parecia brilhar forte do lado de fora, e havia muitos transeuntes nas ruas, assim como carros nas pistas. Servindo-se de seus cubos de açúcar especiais, ele mexeu o café com uma colher e começou a tomá-lo. Saboreou devagar, decidindo que não iria perder nenhum vislumbre daquele dia por conta de sua pressa. 

Quando terminou, agradeceu a gentileza de Touka e empurrou a xícara de volta até ela, voltando a despedir-se. 

— Boa sorte. — Dessa vez, o sorriso dela era pequeno e atencioso. — Espero que dê tudo certo. 

— Eu também espero. — Ele suspirou, voltando a ficar nervoso. — Obrigado, Touka-chan. 

— Eu não quero você de volta aqui hoje, ouviu bem? — Ela estreitou os olhos para ele. — Aproveite seu dia de folga e mande lembranças para o Hide. 

— E-Eu… farei isso. — Ele assentiu. À menção daquele nome, o coração de Ken voltou a bater tão forte quanto na noite anterior, e ele secou as mãos suadas nas laterais da calça. 

Era hora de ir. 

× × × 

Kaneki engoliu em seco atrás da porta. O número era 402. As informações dispostas ao lado diziam "Paciente: Nagachika Hideyoshi". Ele nunca esteve tão nervoso. 

— Eu sei que você está aí, Ken. — Ouviu a voz afetada de Hide soar do outro lado e levou um susto, sua respiração ficando desregulada. — Por que não entrou ainda? 

Vendo que não tinha outra escolha — ele havia tido a noite inteira para se preparar para aquilo —, Kaneki respirou fundo e empurrou lentamente a porta de correr. A visão que tinha era sempre a mesma: um quarto de hospital muito, muito limpo e tons sóbrios de bege espalhando-se ao redor. Hide sempre dizia que era grato por poder olhar aquelas cores, pois branco o deixava enjoado — menos o branco de seus cabelos. Sorriu com a lembrança, sentindo-se mais calmo, e finalmente adentrou o quarto. 

Hide estava assistindo televisão, vestido com a costumeira bata hospitalar e com um pano amarrado no rosto, acima do nariz. O pano que encobria suas feridas. Embora Kaneki estivesse acostumado, ainda era muito doloroso lidar com a verdade. Ele fora o responsável por machucar Hide daquela maneira. Era difícil olhar para ele e não se culpar. Havia dilacerado a boca dele. Não era algo que um simples pedido de desculpas podia resolver. 

— Pare de me olhar com essa cara — Hide brigou, mas estava bem tranquilo e nem havia tirado os olhos das imagens na TV. 

— Desculpa. Eu… estou sendo mal-educado, não é? — Kaneki aproximou-se dele, parando ao lado da cama com um sorriso simples. — A Touka-chan mandou lembranças. 

— Está tudo bem — o loiro disse suavemente, finalmente olhando-o. — Vou falar com a Touka-chan assim que sair dessa chatice de hospital — reclamou, brincalhão, parando somente para analisar o amigo dos pés a cabeça. — Espera, você se arrumou todo pra vir ao hospital? — ele indagou com incredulidade, franzindo as sobrancelhas e se segurando para não rir. 

Kaneki ficou vermelho. 

— Você pode estar indiferente, mas para mim é um dia especial… — Ken se justificou, embaraçado. 

— Está bonito. — Nagachika soltou de repente, voltando o rosto para a TV outra vez, escondendo que também estava envergonhado. Ter alguém dedicando-se tanto a ele era estranho, mesmo que esse alguém fosse Kaneki. — E cheirando muito bem. 

Dessa vez, o meio-ghoul ruborizou violentamente. E, mesmo que a vergonha dissesse em seu íntimo que devia ficar calado, ele tinha que responder. Tinha que falar para Hide algo que já tinha em sua mente há muito tempo:

— Você é bonito o tempo inteiro — sua voz saiu baixa, porém clara. Tinha certeza de que ele ouviu. E, a julgar pelos olhos arregalados em sua direção, pôde constatar que Hide ficou realmente surpreso. 

— O que… O que você quer dizer? — As orelhas do Nagachika avermelharam-se. — Desde quando aquele garoto tímido diz essas coisas em voz alta? — perguntou incrédulo, questionando intimamente se Kaneki não se lembrava que uma parte de seu rosto estava desfigurada. Hide abaixou a cabeça, os olhos vagando para o lençol que cobria parcialmente suas pernas. — Não me acha bizarro? — indagou num sussurro, com vergonha de encará-lo.

— Você é — Ken respondeu no mesmo segundo, o que foi o suficiente para Hideyoshi voltar a fitá-lo, ainda mais perplexo. — Mas… eu não me importo de ser bizarro ao seu lado. — Ele sorriu, ativando o seu kakugan do lado esquerdo. Era um meio-ghoul, afinal. O que poderia haver de mais bizarro? 

E Hide começou a rir, compreendendo o ponto dele. De toda forma, sabia que não precisava se preocupar com aquele tipo de coisa, embora a insegurança o acometesse algumas vezes. Era humano, no fim das contas. Mas havia um detalhe: Kaneki nunca mentia para ele. Então, estava tudo bem. Confiava nele como nunca havia confiado em ninguém em toda sua vida. 

Diante da risada do melhor amigo, Ken deu de ombros, sorrindo com uma felicidade que, para Hide, era meio difícil de compreender. Ele estava perdendo o dia de folga em um hospital, como podia não se importar com isso? Entretanto, quando o loiro estava prestes a questioná-lo sobre essa questão, uma das enfermeiras apareceu no quarto. 

— Está na hora, Nagachika-san — a mulher afirmou, e Kaneki deu espaço para que ela ajudasse Hide a se organizar. 

Nos minutos que se seguiram, Hideyoshi estava deitado em uma maca, prestes a ser levado para uma sala de cirurgia. Kaneki estava ao lado dele, ao mesmo tempo ansioso e preocupado. Hide o fitou, sorrindo por detrás do pano e sentindo o coração começar a palpitar desenfreadamente. Ken o mirava como se ele fosse a pessoa mais preciosa em sua vida. Sentia-se grato e muito feliz, mas ainda era desconcertante. O melhor amigo era o único que o fazia se sentir assim, fora do eixo. 

Kaneki apertou a mão dele com força, entrelaçando seus dedos e dando um sorriso afetado. Hide observou uma gota de suor escorrer pela têmpora dele e riu, dizendo:

— Eu que vou fazer a cirurgia e você que está nervoso. 

— Mas é claro! Eu esperei muito tempo por isso! — Kaneki exaltou-se, fazendo o outro apertar sua mão de volta. 

— Você não tem jeito… — ele replicou, a voz suave. 

— Eu vou estar te esperando — garantiu Ken, olhando profundamente nos olhos escuros de Nagachika. O rapaz acenou positivamente com a cabeça, devolvendo o olhar. Havia muitas coisas implícitas nele. Gratidão misturada com confiança, tranquilidade e um outro sentimento mais forte. Amor, talvez? 

Então, o melhor amigo de Kaneki finalmente foi levado. E o sinal da sala ficou vermelho, indicando que os médicos estavam em operação. A cirurgia para reconstruir o maxilar de Hide foi iniciada. 

× × × 

Kaneki esperou na frente da sala o tempo inteiro, saindo apenas quando sentia vontade de ir ao banheiro ou para tomar um café forte sem açúcar. Continuava nervoso, mas a expectativa de bons resultados não deixava que perdesse o equilíbrio. Sentado em uma das cadeiras de espera, ele aguardou por horas.

Quando enfim o sinal acima da porta ficou verde, sinalizando que a cirurgia havia acabado, o rapaz colocou-se de pé rapidamente e apertou suas mãos uma na outra. O médico responsável surgiu primeiro, já sem as luvas, retirando a máscara e a touca e dirigindo-se a ele. 

— Eu sou o Dr. Hisoka Eiji. — Ele estendeu a mão para Kaneki, que prontamente a apertou. Era um homem alto, de pele clara e cabelos escuros. Parecia bem confiável e, em sua área, era o melhor médico do hospital.

— Kaneki Ken — ele cumprimentou de volta. 

— Como vai, Kaneki-san? 

— Vou bem... — respondeu o rapaz, sentindo seu estômago embrulhar de nervosismo. — E como foi a cirurgia? — ele perguntou, todo agoniado.

— Um sucesso. — O doutor sorriu, fazendo Ken soltar a respiração que nem sabia que estava prendendo. — Foi você que pediu por mim, não foi? — o homem questionou, com certa curiosidade. Kaneki anuiu com a cabeça, os lábios repuxando-se num sorriso leve. Realmente havia solicitado o melhor médico para ser responsável pela cirurgia de Hide. — Deve gostar muito dele… Aquela cirurgia é cara. 

Kaneki ruborizou com a afirmação do médico. Afinal de contas, era verdade. Ele gostava muito de Hideyoshi, e mesmo que o rapaz tivesse tentado impedi-lo de fazer aquilo — ele insistia para deixarem o passado de lado, dizendo que não tinha importância —, não podia deixá-lo daquela forma. Não era somente porque sentia culpa, era porque se sentia na obrigação de cuidar do amigo. Ele devia cuidar das pessoas que amava, não? 

— Hide é especial para mim — retrucou e, deixando que o nervosismo se dissipasse pela primeira vez, permitiu-se sorrir genuinamente. 

— Ele está dormindo agora. — O doutor sorriu amigavelmente. — Poderá visitá-lo quando ele acordar — afirmou, despedindo-se e indo embora em seguida.

E Kaneki ficou sozinho novamente, mas dessa vez tomado por um alívio que era impossível de se explicar em palavras.  

× × × 

Um mês se passou. Kaneki ia visitar Hideyoshi todos os dias, juntando-se a ele para jantar e passando algumas noites no hospital sempre que podia. A recuperação de Hide estava indo muito bem. A cicatrização era lenta, mas o rapaz podia dizer que aquilo valera totalmente a pena, uma vez que quase não sobraram marcas em seu rosto. Hisoka Eiji realmente era bom no que fazia. 

Os dias se passaram de forma sossegada, até que finalmente chegou a hora de Hide receber alta. Enfim poderia voltar a comer normalmente — e não seguir aquelas refeições regradas sem graça nenhuma —, falar mais tempo que o necessário, mostrar seu rosto na rua, beijar… 

O rapaz corou com o pensamento, dirigindo o olhar para o melhor amigo. Lembranças agridoces o atingiram. Contudo, por mais doloroso que tivesse sido, ele não se arrependia de nada. Estar ao lado de Ken e ajudá-lo sempre seria sua prioridade. 

— E então, está pronto? — Kaneki o encarou. Havia um brilho de satisfação nos olhos acinzentados, pois o médico responsável por Hide já havia assinado os papéis da alta. 

— Não sei… — Nagachika esfregou a nuca, um pouquinho inseguro. 

Percebendo isso, Kaneki aproximou-se, tomando a mão dele na sua depois de reunir toda a coragem que conseguiu. 

— Qual é o problema? — murmurou, os olhos suaves fitando os dele como se quisesse passar confiança. Hide o encarou de volta, sem conseguir desviar-se da situação. Também não sabia se queria, visto que as íris cinzentas de Kaneki eram bonitas demais para ignorar.

— Eu… Eu já estava acostumado a me esconder, Ken. — Ele foi sincero, sentando-se na poltrona do seu quarto de hospital, mas sem soltar a mão que acolhia a sua. Mirou os dedos de Kaneki, começando a acariciar um por um com seu polegar. — Agora eu não sei exatamente como devo aparecer. 

— Hide — o rapaz o chamou, colocando a outra mão no ombro dele —, você só tem que ser você mesmo. — Hideyoshi olhou para cima, comprimindo os lábios, e Kaneki voltou a sorrir. — Só tem que sorrir como você sempre faz. — Apertou a mão dele novamente. — E, quando as coisas ficarem difíceis, eu não ligo se você chorar no meu colo — falou brincando, vendo o loiro fazer uma careta.

— O único bebê chorão aqui é você, Ken. — Ele começou a rir, sem perceber que já estava mais relaxado. 

— Isso, exatamente assim — sussurrou o meio-ghoul, inclinando-se para que seu rosto ficasse de frente para o de Hide. Era assim que queria vê-lo agir, como o seu melhor amigo de sempre. 

O loiro piscou algumas vezes, surpreso, e sua respiração descompassou no mesmo instante. Seu coração começou a bater forte contra as costelas. Estava nervoso. A última vez que os dois haviam ficado tão próximos assim… foi naquele dia. O dia em que ele deliberadamente pediu para que Kaneki se alimentasse dele. 

— Antes de ir, Hide… — Ken voltou a falar, ainda bem perto. — Eu quero fazer isso direito. 

— O… O quê? — Nagachika indagou, engolindo em seco, porém não teve muito mais tempo para pensar. Os lábios de Kaneki cobriram os seus. Exatamente da mesma forma que havia feito com ele anos atrás, antes de ele perder o controle e arrancar parte de sua boca. Mas era diferente dessa vez. 

Kaneki tinha os lábios macios, e o beijo era quente de um jeito bastante agradável. E, sem fazer menção em afastar-se, Hide entreabriu os lábios e permitiu que o beijo se aprofundasse. Porque ele desejava isso desde sempre. A língua de Kaneki adentrou sua boca, e ele sentiu o próprio rosto ficar super vermelho, porém não queria voltar atrás. Retribuiu o contato, apertando a mão que Kaneki havia levado ao seu rosto e usando a outra para prender os cabelos da nuca dele. Nunca imaginou que poderia ser assim. Amava Kaneki, era apaixonado por ele desde que conseguia se lembrar, contudo nunca pensou que ele pudesse sentir o mesmo. 

Continuaram se beijando durante segundos, as línguas se encontravam timidamente e os lábios se movimentavam sem pressa, porém com necessidade. Passaram anos reprimindo o que sentiam um pelo outro. Mas quando Kaneki percebeu que queria muito beijá-lo e não podia, aquilo havia sido como um golpe bem doloroso em seu estômago. Porque amava Hide, mas a culpa era sua de ele estar daquela forma. Esse era outro motivo pelo qual juntou dinheiro para aquela cirurgia. Não conseguia mais ficar longe dele. E agora que ele estava ali na sua frente, mais bonito do que nunca, Ken sentiu que precisava acabar logo com aquela vontade que tinha desde que percebeu os seus sentimentos. 

Separaram-se algum tempo depois, as respirações entrecortadas. As testas estavam coladas uma na outra. Enfim haviam feito o que mais queriam. Agora não precisavam mais guardar o que sentiam. 

— Eu sei que essa cirurgia foi um pedido egoísta meu… — Kaneki se pronunciou, de olhos fechados. — Você não queria e mesmo assim eu insisti. Desculpa, Hide. 

— Eu não poderia me importar menos agora. — Hide sorriu. — Não peça desculpas por isso.

— É que… você é especial pra mim — Kaneki sussurrou, envergonhado. — Eu realmente… realmente amo você — declarou-se, com as maçãs do rosto pegando fogo.

Hide riu outra vez, extremamente feliz com toda aquela situação, e beijou os lábios dele novamente. Um selinho demorado que transmitia tudo que estava sentindo. 

— Cara, você me deixa constrangido — ele brincou, fazendo Kaneki morrer de vergonha e tentar se afastar. Mas ele não deixou, pelo contrário, levantou-se da poltrona e abraçou o meio-ghoul, afundando o rosto no pescoço dele e aspirando o perfume masculino que ele sempre usava para visitá-lo. — Eu sempre vou te amar. 

E Kaneki o abraçou de volta, sentindo um calor inexplicável no peito. Eles foram embora do hospital depois disso, entretanto não havia qualquer tipo de rótulo para o novo relacionamento. Eles continuavam sendo eles mesmos, apenas Kaneki Ken e Nagachika Hideyoshi. Saber que eram especiais um para o outro era o suficiente.


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