Shes a Girl escrita por CrazyLoveBaby


Capítulo 1
Capitulo Único - Shes a girl




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Sonhos. Mais uma vez preenchendo o vazio de uma noite. Mas como sempre, ao acordar eles se esvaem como o vento que entra na minha janela a noite. Do que ele falava? Não me lembro mais. Apenas sei que não queria esquecê-lo assim, era importante para mim. Eu gosto dos meus sonhos. Alguns a gente conhece enquanto estamos dormindo, o que nos possibilita dar total atenção a eles. Outros são mais realistas e vem quando estamos de pé. São os sonhos de futuro, vontades, desejos. O sonho que acabo de sair é uma mistura dos dois. Eu não me lembro dele, mas eu sinto.

Olhei para o lado apenas para ver quantas horas eram. Ainda era cedo, mas eu já havia perdido o sono mesmo.

“Já de pé filho?” – meu pai me perguntou. Seu nome é Billy, anda numa cadeira de rodas, mas não se deixe enganar por essa cara de impossibilitado, pois de inofensivo ele não tem nada.

“Perdi o sono” – disse sentando-me em frente à mesa. Peguei de tudo que tinha na mesa e formei o meu sanduíche. Pode parecer exagero, mas eu tenho um grande apetite.

“Filho, você vai encontrar com Bella hoje?” – meu pai me perguntou.

“Vou sim.” – disse. – “Por quê?”

“Nada. É que, se você me avisa eu não fico sozinho em casa sem aviso prévio.” – só por isso? Não precisava nem perguntar.

“Ta precisando de uma namorada então” – brinquei.

“Ta querendo me jogar pra fora não é menino?” – ele estava brincando.

“Para com isso. Eu nunca viveria sem você para lavar minhas meias” – ele olhou para mim com aquela cara de assassino e percebi que eu deveria sair logo dali.

Ainda ouvia as risadas de Billy quando corri para a porta. Ainda era cedo, e eu ainda tinha meu sanduíche pela metade na mão. Rumei para a praia, onde mais tarde ficaria fazendo nada com Bells. Sentei na areia branca e tentei forçar a memória, tentar lembrar do sonho. Nunca havia me empenhado tanto para me lembrar de algo, eu nunca me empenhava em nada. Uma coisa que eu não gostava era de aparentar fraqueza, e esse sonho estava me tirando do serio. Não me mostrava nada, mas mesmo assim eu o sentia como uma chama forte, acesa numa lareira de uma casa fechada. Quente e perigosa. O que será que tinha sido passado na minha mente à noite? Eu não sei dizer.

Eu senti um pouco de areia ser jogada em mim. Olhei pra cima com a raiva se formando. Era Bells, seu sorriso brincalhão me mostrava que nosso dia de sábado já havia começado.

“Não te esperava tão cedo aqui Bells” – disse deixando claro a minha surpresa. Ela me olhou como se eu fosse um alienígena.

“Cedo? Você por acaso olhou no relógio desde que chegou na praia?” – bem, não. Olhei pro relógio e vi as horas. 11:11. Antes de registrar as realmente as horas sabia o que fazer. Make a wish. O que eu mais desejo nesse segundo? Eu desejo lembrar de meus sonhos. Eu nunca acreditei realmente neste Make a wish, mas hoje eu senti como se eu necessitasse acreditar neste desejo.

“Nossa nem senti que o tempo voava enquanto estava aqui. Estive tão centrado em meus pensamentos.” – eu sabia que os desejos não eram atendidos de imediato, mas quanto mais demorava o tempo, mas ansioso eu ficava.

“E posso saber qual era esse seu pensamento que te deixou tão desligado do mundo ao seu redor?” – Bells me perguntou. Ela sentou ao meu lado no banco natural feito do tronco caído de uma arvore e olhou para mim cheia de expectativas.

Eu a olhei de volta e a respondi:

“Eu só estava pensando num sonho que tive e não consigo me lembrar...” – Minha voz foi caindo de tom a cada palavra. Eu nunca havia reparado nos olhos de Bells, eram tão lindos, uma cor de chocolate rara e perfeita. Combinavam perfeitamente com sua pele, branca no tom certo. Eu nunca havia reparado direito em Bells, mas de repente ela me pareceu tão feminina, hoje ela me pareceu ser realmente uma garota.

“Jake, não me olhe assim, você sabe que eu fico vermelha aos olhos masculinos” – e ela ficou realmente vermelha, adicionando o tom que faltava em sua pele. Ela realmente estava linda, divina.

“Desculpe, mas eu sou um homem e não tenho controle sobre meus instintos” – eu disse de maneira seria, mas ela entendeu minha piada e me acompanhou nos sorrisos.

“Bells, o que você acha dos sonhos?” – eu perguntei, assim que consegui recuperar meu fôlego.

“Ah Jake, os sonhos são lindos, nos ajuda a fugir da pressão do mundo real. Acho que se não existissem os sonhos as pessoas se enlouqueceriam mais fácil e a felicidade nunca seria encontrada.” – ela disse olhando para o mar, uma paisagem realmente bonita.

“Brigado.” – disse. Levantei minha mão e acariciei a dela que estava depositada no banco. Ela me olhou, eu sorri pra ela, ela me respondeu no sorriso. Éramos sempre assim, cumprisses nas piadas, cumprisses nas opiniões.

Eu ouvi um barulho estranho e meu estomago revirou. Era meu estomago mostrando sinal de vida. Como disse Bells, eu não percebi o tempo passar.

“Bem, parece que alguém aqui dentro de mim ta com fome. Quer ir comigo em Port Angels fazer um lanchinho diferente? To de moto.” – disse.

“Aceito o convite.” Eu me levantei e estendi a mão pra ela. Meu corpo se arrepiou assim que ela tocou na minha mão, não sei se ela sentiu, mas eu realmente senti.

O vento batia em meu rosto e eu sentia o sabor da liberdade. Bella agarrada em minha cintura. Para mim era a personificação do paraíso. Queria que o tempo parasse ali e eu nunca tivesse que abandonar aquele momento. Mas nada dura para sempre, nem um sonho.

 

“É, um lanchinho diferente néah? Estou vendo nada de diferente neste sanduíche.” – Ela disse assim que nossos lanches chegaram na mesa.

“Mas não é todo dia que se faz um lanche em Port Angels com o homem mais sexy da região.” – Disse me achando. Ela me deu um tapa na cara, de leve. Fingi que foi forte e a olhei com a mais cara de ‘por que você fez isso?’. A gente caiu novamente no riso.

Ela mordeu seu sanduíche e sujou sua boca. Eu ri novamente.

“O que foi?” – ela perguntou com a voz abafada pela boca cheia.

“Você sujou sua boca.” – Ela se alarmou. Me arredei pra mais perto dela. “Deixe-me limpar para você.” – Levantei minha mão para passar em sua boca e me vi tão perto dela. Seu rosto estava tão perto, era uma tentação, uma tentação que eu como um homem não conseguia segurar.

Levantei meu rosto e levei meus lábios aos seus. Ela tinha uma boca linda, fina e macia, quente. Ela se assustou com meu movimento repentino e assim que passado o susto cedeu passagem para a minha língua. Ela era macia e seus movimentos precisos. Ficamos assim, naquela dança calma até que nossos pulmões gritassem pedindo oxigênio, mas eu não queria me separar dela, nunca. Logo cedi aos meus instintos de ser humano. Mas uni minha testa a dela, olhando seus olhos mais uma vez lindos.

“Jake, por que você fez isso?” – ela me perguntou. Sua voz não me acusava, mas mesmo assim não demonstrava nenhum sentimento.

“Por que era isso que meu sonho mostrava, que eu estava me apaixonando por você. Por você, a garota que sempre considerei minha irmã. Você era a mulher de meus sonhos.” – disse, e estava sendo sincero, era isso que meu sonho dizia, não sei como, mas as palavras saíram de minha boca e vi o sentido delas.

Ela se afastou um pouco de mim. Eu não queria esse afastamento, mas deixei que ela o fizesse, ela mandava em seus movimentos não eu.

“Sabe Jake, eu acho que estava percebendo isso também. Já o olhava de maneira diferente de antes. Jake eu também estou apaixonada por você.” – ela disse, como se isso fosse um absurdo, mas que fosse a verdade.

“Então Bells, isso é uma coisa boa. Tanta gente hoje que corre atrás de alguém que a ame e nunca acha a pessoa certa, e nós dois aqui, apaixonados um pelo outro, percebendo isso, sem precisar ir atrás de outro alguém. Isso é bom para nós.” – mais uma vez eu não sabia de onde essas palavras vinham, mas que eram verdadeiras. – “Então, Isabella Marie Swan, mulher que me conquistou, aceita namorar comigo, Jacob Black?” – disse da maneira mais formal e apaixonada possível, o que não foi difícil.

“Eu... eu aceito.” – Ela olhou decidida para mim. Ela como eu ia abraçar esse novo sentimento sem medo de ser feliz.

Nós juntamos nossos lábios e nos beijamos mais uma vez. Ali. Em Port Angels. Numa tarde de sábado. Dois adolescentes sem medo de ser feliz, apaixonados.

E eu realmente senti o que meu sonho queria dizer, que Isabella era uma garota. A garota. A menina. A mulher que era destinada a mim, como um imprinting.


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