Se tinha uma coisa que todos da U.A já estavam acostumados, era a falta de noção do espaço pessoal a que Bakugou Katsuko tinha. O loiro vivia se aproximando, mais do que o necessário, quando estava gritando com alguém. Isso é, a grande parte do tempo. Porém, havia uma pessoa especial a qual ele fazia questão de chegar mais perto. Em suas palavras, ele dizia que era para que "o maldito meio a meio ficasse mais intimidado por mim". 

No entanto,  —  tirando o loiro explosivo — era do conhecimento de todos o sentimento que o bicolor possuía por Katsuki. Além se saberem, todos eles apoiavam o casal, mesmo muitos duvidando que fosse possível Bakugou em qualquer relacionamento que seja. 

Durante um dos intervalos, o grupinho de Midoriya ficou na sala batendo papo, sendo o principal motivo da conversa o meio ruivo e o seu crush. 

— Acho que se você tentar uma abordagem muito direta, o Bakugou vai querer explodir sua cara — Comentou o de óculos.

— Claro que não! Quanto mais direto você for, mais fácil é para o Kacchan aceitar seus sentimentos! 

Enquanto o esverdeado falava, a porta foi aberta pelo dito cujo, que, para o azar de Izuku, acabou ouvindo seu maldito apelido ser pronunciado no meio daquele grupo o qual ele considerava um bando de inúteis de uma categoria ainda maior que o resto da sala, já que o "Deku" era um dos integrantes.

— O que você está falando de mim ai, ein, DEKU? — Berrou, se aproximando do rosto do de sardas, além de apoiar ambas as palmas da mão na carteira do menor, soltando pequenas explosões, Não sendo o suficiente para quebrar o objeto. 

— N-não é nada, K-kacchan! — Exclama em desespero, rezando para que o "amigo de infância" não quisesse o agredir ali mesmo. 

Porém, antes que Bakugou pudesse fazer qualquer outra ameaça, o bicolor se intromete, querendo evitar que seu amigo saisse machucado.

— Midoriya não estava falando nada de mais, Bakugou. Pare de se estressar com tudo. — Disse com a sua voz tediosa de sempre. 

Bastou que Katsuki digerisse o que o mais falou para que o foco de sua raiva mudasse. Se afastando do portador do One for All, o loiro foi até a carteira de Todoroki, segurando a camisa do mesmo com força, grudando suas caras até que Deus narizes estivessem se encostando. 

— Hã? O que você falou, seu bast-

Bakugou foi interrompido pelos lábios de Shoto tocando os seus, em um selinho que deixou o mais baixo atordoado, o que o fez demorar para que empurrasse o meio albino com tudo. 

— TÁ LOUCO, CARALHO? — Berrou com o rosto completamente em vermelho. — POR QUE VOCÊ FEZ ISSO, SEU BASTARDO?

— Meu espaço, minhas regras, Katsuki! — Bastou que terminasse a fala para receber um soco na cara do mais baixo, que saiu apressado logo em seguida.

Se perguntassem a Todoroki Shoto se o que fez valeu a pena, ele prontamente concordaria. Até porque, não seria a última vez que que Bakugou Katsuki  invadiria seu espaço pessoal.