Longa Despedida escrita por CHER
TODAS AS MINHAS MOEDAS
Que fortuna reserva meus infortúnios?
fama que teve de tudo trazer
Cuspiu-me no rosto uma pobreza
Não somente de espírito, mas de corpo inteiro.
Enganei-me, por certo,
ao entregar-lhe todas as minhas moedas
Em questão de poucos anos
Encarei as mãos vazias.
Foi como como colocar pedras nos bolsos
e, infeliz, atirar-se na água!
Ainda assim não morri
para vislumbrar meu fracasso.
A vida é mesmo assim
sem fortuna, endividados
Sem sentido a cada segundo
Embora, as vezes, há de nos dar esperança.
Permitiremos que nos furtem
Que nos desnudem e
riam de nossos esforços,
pois, somos grandes
miseráveis e desafortunados.
SEMPRE NUBLADO
Se chovesse todos os dias...
Não tempestade que assola,
falo das garoas fininhas.
O tempo cinza quietinho
traria a alegria dos passarinhos
e o gotejar eterno na calçada...
Mil poças, alguns casacos
e uma coleção de guarda-chuvas.
Tão logo suspiro ao ver a chuvinha,
já não espero sol, noite ou dia.
Será sempre nublado...
Ainda assim, será feliz.
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